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    DA GEOGRAFIA VIVIDA À GEOGRAFIA ESTUDADA: PARA ALÉM DAS FORMALIDADES ACADÊMICAS - CONTRADIÇÕES, CONFLITOS E PROPOSIÇÕES

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    Este artigo é uma reflexão sobre a possibilidade de pensar, entender e analisar o conhecimento espacializante da Geografia, à luz da prática acadêmica do intelectual e da prática vivida por todos. Propõe-se a contribuir para dar noção de “conhecimento do senso espacializante” como práxis humana vital baseada numa geografia vivida que, em geral, é colocada um tanto distante da Geografia considerada científica. Então, busca-se por meio da análise crítica da visão paradigmática da Geografia, apresentar características fundamentais para desmascarar a complexidade de sua formação científica. A elaboração do artigo se deu a partir da revisão bibliográfica, sobreposta por raciocínios lógicos construídos pelas experiências vividas e experimentadas no trabalho com populações tradicionais.  A luz disso procurou-se demonstrar que a Geografia acadêmica teve sua origem, na base epistemológica, no conhecimento de um “senso espacializante” das classes dominantes que, embora possa encontrar respaldo na praticidade das classes subalternas, apesar de terem sido, parcialmente, negligenciadas perante compromisso da Ciência com o Poder. Ciente de tais características instrumentais do conhecimento geográfico, aqui se ousou propor a superação deste histórico compromisso, defendendo outra lógica elaborada no meio acadêmico convencional, tendo na Geografia Crítica esta possibilidade norteadora; isto, não como modelo aplicável, mas como corrente para pensar e agir, buscando no conhecimento do “senso espacializante” das classes subalternas, os caminhos para o rompimento com a relação de subserviência ao poder dominante. Assim, poder-se-á ter uma gradativa retomada, da Geografia como Ciência com compromisso social, sobrepondo às tendências neutras, que na atualidade se recompõem e buscam dominação sobre o pensamento e a prática da Geografia contemporânea. &nbsp

    Territories of environmental protection in the Amazon : formation and space use in protected areas, indigenous areas and surrounding Areas at Estate of Acre, Brazil.

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    Este artigo demonstra as bases da formação espacial de áreas de proteção ambiental e entorno, no Estado do Acre, Brasil, perante suas possibilidades e sentidos de usos. Com isto, espera-se possibilitar uma compreensão diagnóstica da “biodiversidade e gestão ambiental”, sem, contudo, desprezar a riqueza da formação social regional. Desta forma, apresenta-se a organização de informações que possibilita identificar, caracterizar e analisar as áreas de proteção e seus entornos como territórios de proteção, sem negar seu histórico como espaços produzidos e, na atualidade, como áreas de possibilidades diversas de uso e exploração econômica. Assim, deixa-se claro que estas áreas de proteção se firmaram a partir das práticas das populações tradicionais, mas que na atualidade está exposta às lógicas de uma nova territorialização do capital. Para isto, estas áreas passam serem vistas e dispostas aos usos como grandes reservas para a exploração dos recursos naturais, sejam na extração de madeiras, látex, sementes ou mesmos, redirecionadas como territórios não produtivos, mas aptos a serem espaços postos a venda no mercado de serviços ambientais. Nisto, notam-se novas articulações do capital mundial no controle dos recursos regionais, sob a lógica da ecologização monetária dos recursos amazônicos

    Sustentabilidade como estratégia de desenvolvimento: o caso do projeto “Álcool Verde” em Capixaba/AC

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    Today, in face of the environmental issue, the emergence of economic development models that recognize the carrying capacity of the planet earth and respect its limits is remarkable. The proposed Ecodevelopment emerged in a context of controversy over the relations and economic environment as an alternative to growth that reconciles economic viability, social equity and ecological prudence. Later it was called sustainable development as a conciliatory proposal, which acknowledges that technical progress effectively relativizes environmental limits, but does not eliminate them, and that growth is necessary but not sufficient for the elimination of poverty and social inequalities. Finally, it was defined as one that meets current needs without sacrificing the ability to meet its future. In view of these considerations, we point out the “alcohol paper” as a proposal to promote agribusiness in the Amazon “sucroalcooleiro” West, its contributions and drawbacks in the process of sustainable development.Atualmente, diante da problemática ambiental, é notável a emergência de modelos de desenvolvimento econômico que reconheçam a capacidade de carga do planeta terra e que respeite seus limites. A proposta do Ecodesenvolvimento surgiu num contexto de controvérsia sobre as relações econômicas e meio ambiente como alternativa de crescimento que concilie viabilidade econômica, equidade social e prudência ecológica, posteriormente foi chamado de desenvolvimento sustentável como proposta conciliadora, onde se reconhece que o progresso técnico efetivamente relativiza os limites ambientais, mas não os elimina e que o crescimento é condição necessária, mas não suficiente para a eliminação da pobreza e disparidades sociais. Finalmente, definido como aquele que satisfaz as necessidades atuais sem sacrificar a habilidade de o futuro satisfazer as suas. Diante dessas considerações, apontamos o projeto “Álcool Verde” como proposta de promoção de um agronegócio sucroalcooleiro na Amazônia Ocidental, suas contribuições e prejuízos no processo de desenvolvimento sustentável

    ASSENTAMENTO RURAL PDS NOVA BAIXA VERDE: NOVOS ENFOQUES DA AÇÃO DA REFORMA AGRÁRIA DO INCRA NA REGIÃO ACRIANA

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    Considerando as formas de assentamentos, este artigo contribuiu para a compreensão deste modelo de assentamento numa área dos municípios de Senador Guiomard e Rio Branco. Tem como objetivo, entender como se deu à implantação do PDS Nova Baixa Verde no tocante as famílias assentadas, sua origem, vinculação com as áreas urbanas e as formas de uso do solo que está sendo desenvolvidas. Contudo neste artigo foram realizadas algumas atividades como: levantamento bibliográfico, realização de colóquios e o trabalho de campo com aplicação de questionários. A implantação do assentamento rural tem apresentado alguns resultados importante, principalmente como atividades diversificados e forma coletiva de produção, mais á pontos negativos como falta de assistência técnica e falta de conhecimento de alguns assentados para produção. De modo geral o assentamento apresenta resultados positivos com essa política agraria

    Cercamento das florestas sob o Capitalismo verde: miradas desde a fronteira tri Nacional Brasil/Peru/Bolívia

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    Neste artigo analisamos as diretrizes e politicas voltadaspara instituir àre-territorialização capitalista na tríplice fronteira Brasil/Peru/Bolívia e a emergência de novos conflitos territoriais dela decorrentes. Ao intensificar as formas de mercantilização/financeirização da natureza para levar a cabo o novo ciclo de acumulação do capital, os territórios ocupados por povos tradicionais submergem em outra ordem de conflitos sociais. Potencializam-se as ameaças relacionadas com a continuidade de suas existências ede suas singularidades culturais e identitárias. Os dados aqui utilizadossão provenientes do Projeto de Pesquisa “Processos de re-territorialização e agenda verde na Pan Amazônia: um estudo da tríplice fronteira Brasil/Peru/Bolívia” (CNPQ, biênio 2013-14). Metodologicamente nos valemos da interface entre as Ciências Sociais e Geografia Humana com o intuito de interpretar adinâmica que anima a re-produção social do espaço nesses territórios reconfigurados no decorrer desse “esverdeamento” do capitalismo. Nas conclusões, procuramos mostrar que a espoliação e transgressões dos direitos territoriais dos povos indígenas e do campesinato constituem um dos traços fundamentais desse processo

    Territórios de proteção ambiental na Amazônia: formação e uso do espaço em áreas de proteção, terras indígenas e áreas de entornos, no Estado do Acre, Brasil

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    This paper reveals the basis of space formation of Areas under environmental protection and surrounding areas in the Estate of Acre, Brazil, facing its possibilities and ways of use. Looking forward the possibility for a diagnostically comprehension of the “biodiversity and environmental management”, without dismissing the richness of the regional social formation. In this way we present the organization of data which makes possible the identification, characterization and analysis of protected areas and its surroundings as territories of protection, without denying its history as produced spaces and, at present, as areas with diverse use possibilities of economic exploration. Taking into account that these areas of protection were once defined based on practices of traditional populations, but currently exposed to the logic of a new terroritorialisation of capital. Therefore, these areas are disposed to be used as big reserves for natural resources exploitation, like exploitation of timber, latex and seeds, or redirected as non-productive territories, but eligible to be sold in the market of environmental services. In this sense, we notice new articulations of world capital in the control of regional resources, under the logic of monetary ecologization of Amazon resources

    Para pensar o turismo rural: Considerações a partir da realidade camponesa na Amazônia - Acreana

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    Pensar no turismo rural como alternativa de renda para as famílias que oferecem seu lugar de vivência aos visitantes é a maior contribuição que apresentamos neste texto. Partindo da realidade territorial amazônica- acreana, analisamos estas questões sob o ponto de vista conceitual, do potencial local, das condições de oferecimento e do território de vida camponês, em áreas tanto de produções agrícolas e pecuárias como florestais

    "NOS VARADOUROS DA VIDA": ANÁLISES DA FORMAÇÃO, EXPROPRIAÇÃO E RESINSISTÊNCIA DOS TRABALHADORES SERINGUEIROS ACREANOS A PARTIR DA EXPRESSÃO DE SUAS ORALIDADES

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    Neste trabalho, partimos da análise da formação da mão-de-obra seringueira vista em depoimentos orais e documentos escritos de agentes testemunhas dos processos de formação socioespacial e político do Acre, para compreender aspectos da formação do mundo do trabalho no campo nesta região da Amazônia. Neste sentido, mais que uma aplicação de certos conceitos a análises de questões do campo, buscamosdiscutir do ponto de vista de uma valorização da oralidade desses agentes, uma metodologia para compreender o processo de formação da força-de-trabalho na floresta, como expressão social das diversidades agrárias regionais brasileiras na Ciência Geográfica, sem perder a possibilidade de uma uma visão transdisciplinar

    APONTAMENTOS TEÓRICOS PARA CONCEPÇÃO DOS ESTUDOS MIGRATÓRIOS COMO UM CAMPO DE INVESTIGAÇÃO NA GEOGRAFIA

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    Neste trabalho buscamos dar respostas a duas questões básicas sobre a problemática do estudo da migração na ciências Geográfica: podemos entender os chamados "estudos migratórios" como um campo de investigação da Geografia? Como os processos de controle social, exiercido ou não pelo Estado ficam evidenciados ou não no caso dos estudos migratórios? Assim, para a primeira questão, apresentamos uma análise do estudo migratório como um campo de investigação da Ciências Geográfica, uma vez que do ponto teórico a migração enquanto um processo social tem uma nítida dimensão espacial se encontrando no centro da investigação geográfica. Para a segunda, refletimos sobre os processos migratórios e o Estado, frente às possibilidades de controle social sobre a população. Partimos então, de situações concretas em que o processo migratório emerge no contexto da reprodução do espaço nacional e que em diversas circunstancia o Estado, direto ou indiretamente, atuou possibilitando ou dificultando os processos migratórios no Brasil. Aí firmamos pontos para a comprensão do exercício do controle social e político do Estado tanto em sua presença como na sua ausência frente à problemáticas migratória
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