Corridors as empty signifiers : The entanglement of Mozambique’s colonial past and present in its development corridors

This article examines the infrastructural histories and legacies of three transnational corridors centered on the Mozambican cities of Maputo, Beira and Nacala. Underpinned by physical infrastructures, corridors were central to the extractive European colonial enterprise in Africa. Corridors facilitated the flows of resources, goods and knowledge between metropoles, African urban centers, and their hinterlands. Nowadays, corridors insert African cities and regions into global circuits of capital that perpetuate past extractive practices and policies. They are also powerful imaginary spaces for advancing political projects and developing specific configurations of government. Accordingly, the idea of a corridor may remain useful over time even as claims for their economic necessity ebb and flow. In this article, we examine the continuities between three contemporary Mozambican corridors and older colonial transitways that connected the three cities to British colonial interests in southern Africa. Then, drawing on Laclau and Mouffe’s discourse analysis, we suggest that corridors can serve as “empty signifiers,” becoming linked to diverse understandings, standing for fluid yet enduring ambitions of connectivity, competitiveness, and regional integration. After scrutizing recent investments in the corridors, we reflect on their role in constructing a ‘new’ Mozambican economic order that is nevertheless deeply entangled in the country’s past

Caracterização das condições socioeconómicas dos deslocados internos no norte de Moçambique ao longo do ano de 2021

O texto tem como objectivo aferir as condições socioeconómicas dos deslocados internos, ao longo do ano de 2021. A partir da realização de inquéritos por questionário e observação no terreno constata-se que o conflito armado exerceu um impacto negativo nas relações sociais no Norte de Cabo Delgado, afectando diferentemente os grupos sociais. Os dados revelam um profundo agravamento das condições de habitação, de acesso a recursos naturais e condições de produção, tornando a população largamente dependente de ajuda humanitária. A elevada concentração de populações deslocadas ao longo do eixo Pemba-Montepuez assegurou uma maior proximidade a infra-estruturas e serviços públicos, aumentando a pressão sobre serviços já altamente saturados. A guerra, as deslocações forçadas e as medidas de prevenção da COVID-19 exerceram um impacto negativo nos serviços de educação, afectando centenas de milhares de jovens e comprometendo a integração socioprofissional de toda uma geração. O deslocamento das populações reflectiu as desigualdades sociais existentes na província. As famílias com maior capital social ou financeiro (entre as quais pequenos empresários, funcionários públicos ou pensionistas) tiveram capacidade de patrocinar a deslocação da família alargada para zonas mais a Sul, assim como acesso a terrenos agrícolas. A população com menos recursos concentrou-se nas zonas mais inseguras ou em centros temporários, altamente densificados, com maior dificuldade de acesso a recursos naturais e mais dependente de apoio humanitário. No Norte da província as populações permaneceram condicionadas no acesso a serviços públicos e à ajuda humanitária. Limitada na assistência às zonas mais inseguras, a ajuda humanitária reproduziu as desigualdades sociais existentes, proporcionando acesso a bens e serviços às famílias com mais recursos. A instalação de toda a indústria humanitária nas cidades do Sul da Província (em Pemba, mas também Montepuez) revitalizou sectores económicos afectados pela interrupção de projectos extractivos, como a hotelaria e restauração, arrendamento de vivendas e armazéns, transporte de mercadorias e rent a car, revitalizando o conteúdo local e empregando centenas de jovens locais. O texto demonstra a existência de descoordenação entre as políticas de intervenção por parte do Estado e de organizações humanitárias, particularmente evidente a partir do final do ano de 2021, em que a intensificação de acções contra-terroristas foi acompanhada por mais dificuldades de assistência alimentar. Nos locais de reassentamento aumenta a competição pelo acesso a terras e tensões com as populações autóctones, sendo que a dificuldade de acesso a meios de produção e incerteza de assistência alimentar precipitou movimentos de regresso para locais particularmente inseguros, tornando-se alvo fácil para ataques, roubos e raptos, realimentando o conflito. O Estado, agências de desenvolvimento e organizações da sociedade civil enfrentam um dilema estratégico: arriscar o regresso das populações a locais inseguros, ou promover o desenvolvimento socioeconómico nos locais de reassentamento, compensando as populações locais pela cedência de terrenos para produção agrícola e subsidiando actividades económicas

Peculiar Type II Supernovae from Blue Supergiants

The vast majority of Type II supernovae (SNe) are produced by red supergiants (RSGs), but SN 1987A revealed that blue supergiants (BSGs) can produce members of this class as well, albeit with some peculiar properties. This best studied event revolutionized our understanding of SNe, and linking it to the bulk of Type II events is essential. We present here optical photometry and spectroscopy gathered for SN 2000cb, which is clearly not a standard Type II SN and yet is not a SN 1987A analog. The light curve of SN 2000cb is reminiscent of that of SN 1987A in shape, with a slow rise to a late optical peak, but on substantially different time scales. Spectroscopically, SN 2000cb resembles a normal SN II but with ejecta velocities that far exceed those measured for SN 1987A or normal SNe II, above 18000 km/s for H-alpha at early times. The red colours, high velocities, late photometric peak, and our modeling of this object all point toward a scenario involving the high-energy explosion of a small-radius star, most likely a BSG, producing 0.1 solar masses of Ni-56. Adding a similar object to the sample, SN 2005ci, we derive a rate of about 2% of the core-collapse rate for this loosely defined class of BSG explosions.Comment: Accepted to MNRAS on March 14, 201

New Hubble Space Telescope Discoveries of Type Ia Supernovae at z > 1: Narrowing Constraints on the Early Behavior of Dark Energy

We have discovered 21 new Type Ia supernovae (SNe Ia) with the Hubble Space Telescope (HST) and have used them to trace the history of cosmic expansion over the last 10 billion years. These objects, which include 13 spectroscopically confirmed SNe Ia at z > 1, were discovered during 14 epochs of reimaging of the GOODS fields North and South over two years with the Advanced Camera for Surveys on HST. Together with a recalibration of our previous HST-discovered SNe Ia, the full sample of 23 SNe Ia at z > 1 provides the highest-redshift sample known. Combined with previous SN Ia datasets, we measured H(z) at discrete, uncorrelated epochs, reducing the uncertainty of H(z>1) from 50% to under 20%, strengthening the evidence for a cosmic jerk--the transition from deceleration in the past to acceleration in the present. The unique leverage of the HST high-redshift SNe Ia provides the first meaningful constraint on the dark energy equation-of-state parameter at z >1. The result remains consistent with a cosmological constant (w(z)=-1), and rules out rapidly evolving dark energy (dw/dz >>1). The defining property of dark energy, its negative pressure, appears to be present at z>1, in the epoch preceding acceleration, with ~98% confidence in our primary fit. Moreover, the z>1 sample-averaged spectral energy distribution is consistent with that of the typical SN Ia over the last 10 Gyr, indicating that any spectral evolution of the properties of SNe Ia with redshift is still below our detection threshold.Comment: typos, references corrected, minor additions to exposition 82 pages, 17 figures, 6 tables. Data also available at: http://braeburn.pha.jhu.edu/~ariess/R06. Accepted, Astrophysical Journal vol. 656 for March 10, 200