Avaliação do potencial farmacológico de chá de ayahuasca no manejo da ansiedade e depressão

Introduction: The vicissitudes of modern life, social, economic and behavioral instabilities have caused the consumption of teas, medicines, drugs and alcohol to increase as an alternative to escape from dayto-day problems. In recent years, some studies have shown the anxiolytic and antidepressant potential of Ayahuasca tea, based on reports by adherents of religious sects who seek a meaning for life or answers to their personal problems.Objective: The present study aims to analyze, in the light of a scientific context, the pharmacological potential of plants (Ayahuasca tea) in the treatment of depression, anxiety and panic syndrome.Material and methods: A bibliographic review was carried out in the electronic databases LILACS, SciELO, BDENF and CAPES between 1990 and 2019.Results: The analysis of the results shows that tea has anxiolytic and antidepressant potential due to the presence of tricyclic and beta-carbonyl compounds whose standardization in pharmaceutical forms may present alternatives for the management of anxiety and depression.Conclusions: Despite the anxiolytic and antidepressant potential, its use in the form of crude infusion is discouraged due to the lack of dose standardization, its hallucinogenic and toxicological potential.Introdução: As vicissitudes da vida moderna, as instabilidades sociais, econômicas e comportamentais tem feito com que o consumo de chás, medicamentos, drogas e álcool tenha aumentado como alternativa de fuga dos problemas do dia-a-dia. Nos últimos anos, alguns estudos mostraram um potencial ansiolítico e antidepressivo do chá de Ayahuasca, baseado em relatos de adeptos de seitas religiosas que buscam um sentido para a vida ou respostas para seus problemas pessoais.Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar à luz de um contexto científico, o potencial farmacológico de plantas (chá Ayahuasca) no tratamento da depressão, ansiedade e síndrome do pânicoMateriais e métodos: Procedeu-se uma revisão bibliográfica nas base de dados eletrônicas LILACS, SciELO, BDENF e CAPES entre 1990 e 2019.Resultados: A análise dos resultados mostra que o chá apresenta potencial ansiolítico e antidepressivo pela presença de compostos tricíclicos e beta-carbonilas cuja padronização em formas farmacêuticas pode apresentar alternativas para o manejo da ansiedade e depressão.Conclusões: Apesar do potencial ansiolítico e antidepressivo, desestimula-se seu uso na forma de infusão bruta em razão da falta de padronização de dose, seu potencial alucinógeno e toxicológico

Characterization of early disease status in treatment-naive male paediatric patients with Fabry disease enrolled in a randomized clinical trial.

Trial designThis analysis characterizes the degree of early organ involvement in a cohort of oligo-symptomatic untreated young patients with Fabry disease enrolled in an ongoing randomized, open-label, parallel-group, phase 3B clinical trial.MethodsMales aged 5-18 years with complete α-galactosidase A deficiency, without symptoms of major organ damage, were enrolled in a phase 3B trial evaluating two doses of agalsidase beta. Baseline disease characteristics of 31 eligible patients (median age 12 years) were studied, including cellular globotriaosylceramide (GL-3) accumulation in skin (n = 31) and kidney biopsy (n = 6; median age 15 years; range 13-17 years), renal function, and glycolipid levels (plasma, urine).ResultsPlasma and urinary GL-3 levels were abnormal in 25 of 30 and 31 of 31 patients, respectively. Plasma lyso-GL-3 was elevated in all patients. GL-3 accumulation was documented in superficial skin capillary endothelial cells (23/31 patients) and deep vessel endothelial cells (23/29 patients). The mean glomerular filtration rate (GFR), measured by plasma disappearance of iohexol, was 118.1 mL/min/1.73 m(2) (range 90.4-161.0 mL/min/1.73 m(2)) and the median urinary albumin/creatinine ratio was 10 mg/g (range 4.0-27.0 mg/g). On electron microscopy, renal biopsy revealed GL-3 accumulation in all glomerular cell types (podocytes and parietal, endothelial, and mesangial cells), as well as in peritubular capillary and non-capillary endothelial, interstitial, vascular smooth muscle, and distal tubules/collecting duct cells. Lesions indicative of early Fabry arteriopathy and segmental effacement of podocyte foot processes were found in all 6 patients.ConclusionsThese data reveal that in this small cohort of children with Fabry disease, histological evidence of GL-3 accumulation, and cellular and vascular injury are present in renal tissues at very early stages of the disease, and are noted before onset of microalbuminuria and development of clinically significant renal events (e.g. reduced GFR). These data give additional support to the consideration of early initiation of enzyme replacement therapy, potentially improving long-term outcome.Trial registrationClinicalTrials.gov NCT00701415

ENVELHECIMENTO NO MEIO RURAL E URBANO: RELAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DEMÊNCIA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA E ATENÇÃO AO IDOSO

Objetivo: o objetivo deste artigo foi avaliar a presença de depressão e demência, assim como sua relação com o meio rural e urbano em adultos e idosos frequentadores de um Centro de Referência e Atenção ao Idoso. Método: realizou-se um estudo transversal no qual as variáveis utilizadas foram obtidas por meio de questionário estruturado contendo dados sociais e demográficos e instrumentos validados e de livre acesso: Escala de Depressão Geriátrica, Miniexame do Estado Mental, Teste do Desenho do Relógio, Teste de Fluência Verbal Semântica dos Animais e o Alzheimer’s Disease Assessment Scale. Resultado: os resultados evidenciaram prevalências de 6%(n=10) para depressão e 12,6% (n=21) para demência. Ainda que não encontradas diferenças significativas ao comparar o meio onde nasceu com depressão e demência, foi possível observar relação entre a maior média de tempo vivido no meio rural, 24,1 (±8,5) anos, e a presença de demência (p=0,031). Conclusão: observa-se maior prevalência de demência dentre os participantes que nasceram no meio rural, podendo, essas prevalências, ter influência de maior tempo vivido em tal meio. Já a baixa prevalência de ambos os distúrbios cognitivos pode ser justificada pela realização de atividades físicas, sociais, culturais e educacionais, ofertadas pelo Centro de Referênciae Atenção ao Idoso

Pirose e resposta encefálica ao estímulo ácido esofágico : estudo da sua modulação por alimento e nortriptilina na doença do refluxo gastroesofágico não erosiva

Introdução: Pacientes com doença do refluxo gastroesofágico não erosiva (DRNE) geralmente apresentam a pirose como principal sintoma, comumente após as refeições. O papel de potenciais fatores desencadeadores e agravantes não está esclarecido. Antidepressivos poderiam ser úteis para aliviar a pirose modificando a percepção periférica e central do refluxo. Objetivos: Avaliar o efeito do alimento, de fatores psicológicos, do cortisol sérico e da nortriptilina sobre a percepção da pirose e a resposta encefálica, frente à infusão ácida esofágica em pacientes com DRNE, estudados com ressonância magnética funcional (RMf) do encéfalo. Metodologia: Em ensaio clínico duplo cego e cruzado, vinte pacientes com DRNE e que não estavam em uso de inibidores de bomba de prótons (36,1 ± 9,3 anos, 75% mulheres) foram randomizados para receber 21 dias de nortriptilina e placebo, de forma alternada, com um periodo de 21 dias de washout entre tratamentos. Mudanças nas respostas encefálicas mensuradas por RMf e na percepção de pirose ácido-induzidas foram avaliadas ao fim de cada tratamento. Aspectos psicológicos foram avaliados na amostra. Dezesseis destes pacientes foram também estudados quanto à percepção da pirose e à resposta encefálica frente à infusão ácida esofágica após a administração ou não de alimento, e dez dos pacientes tiveram o cortisol sérico medido em diferentes passos deste protocolo. Resultados: A nortriptilina reduziu significativamente a resposta encefálica induzida por ácido no cortex pré-frontal, caudado, ínsula, cíngulo e hipocampo em comparação com placebo. Contudo, não houve diferença significativa entre nortriptilina e placebo nos desfechos clínicos. Ambos os tratamentos diminuíram a pirose em relação ao estado pré-tratamento e a sinalização de pirose durante a estimulação ácida esofágica. No experimento que testou o efeito do alimento, a percepção da pirose aumentou no segundo período de estimulação ácida, independentemente da administração ou não de alimento. Níveis séricos de cortisol e escores de ansiedade e depressão não tiveram relação com a percepção de pirose. Discussão e conclusões: A nortriptilina diminuiu a resposta encefálica à infusão ácida esofágica mais intensamente que placebo, mas sem vantagem clínica. Tanto placebo quanto nortriptilina diminuíram a percepção de pirose. A estimulação ácida esofágica repetida é mais importante como fator sensibilizador do que o alimento. A possibilidade de influência de fatores psicológicos na modução da pirose ácido-induzida não pode ser excluída dado o tamanho amostral pequeno do estudo

Pirose e resposta encefálica ao estímulo ácido esofágico : estudo da sua modulação por alimento e nortriptilina na doença do refluxo gastroesofágico não erosiva

Introdução: Pacientes com doença do refluxo gastroesofágico não erosiva (DRNE) geralmente apresentam a pirose como principal sintoma, comumente após as refeições. O papel de potenciais fatores desencadeadores e agravantes não está esclarecido. Antidepressivos poderiam ser úteis para aliviar a pirose modificando a percepção periférica e central do refluxo. Objetivos: Avaliar o efeito do alimento, de fatores psicológicos, do cortisol sérico e da nortriptilina sobre a percepção da pirose e a resposta encefálica, frente à infusão ácida esofágica em pacientes com DRNE, estudados com ressonância magnética funcional (RMf) do encéfalo. Metodologia: Em ensaio clínico duplo cego e cruzado, vinte pacientes com DRNE e que não estavam em uso de inibidores de bomba de prótons (36,1 ± 9,3 anos, 75% mulheres) foram randomizados para receber 21 dias de nortriptilina e placebo, de forma alternada, com um periodo de 21 dias de washout entre tratamentos. Mudanças nas respostas encefálicas mensuradas por RMf e na percepção de pirose ácido-induzidas foram avaliadas ao fim de cada tratamento. Aspectos psicológicos foram avaliados na amostra. Dezesseis destes pacientes foram também estudados quanto à percepção da pirose e à resposta encefálica frente à infusão ácida esofágica após a administração ou não de alimento, e dez dos pacientes tiveram o cortisol sérico medido em diferentes passos deste protocolo. Resultados: A nortriptilina reduziu significativamente a resposta encefálica induzida por ácido no cortex pré-frontal, caudado, ínsula, cíngulo e hipocampo em comparação com placebo. Contudo, não houve diferença significativa entre nortriptilina e placebo nos desfechos clínicos. Ambos os tratamentos diminuíram a pirose em relação ao estado pré-tratamento e a sinalização de pirose durante a estimulação ácida esofágica. No experimento que testou o efeito do alimento, a percepção da pirose aumentou no segundo período de estimulação ácida, independentemente da administração ou não de alimento. Níveis séricos de cortisol e escores de ansiedade e depressão não tiveram relação com a percepção de pirose. Discussão e conclusões: A nortriptilina diminuiu a resposta encefálica à infusão ácida esofágica mais intensamente que placebo, mas sem vantagem clínica. Tanto placebo quanto nortriptilina diminuíram a percepção de pirose. A estimulação ácida esofágica repetida é mais importante como fator sensibilizador do que o alimento. A possibilidade de influência de fatores psicológicos na modução da pirose ácido-induzida não pode ser excluída dado o tamanho amostral pequeno do estudo

Enzimas da via glicolítica de córtex cerebral de ratos na fenilcetonúria experimental

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