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    Representação do gênio e do homem de gosto:: Considerações e relações da antiguidade clássica à Rousseau

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    Na história da filosofia, é perceptível a existência de uma dificuldade em relação ao indivíduo criador daquilo que deu-se o nome de representação artística. Da antiguidade clássica até a modernidade, determinou-se, sob a luz de algumas correntes de pensamento, conceitos relacionados às características do artista. Entre a representação de um Gênio divinamente inspirado e a representação de um Homem de Gosto apurado por sua formação educacional, transitaram estes conceitos. Propõe-se examinar e expor o pensamento de alguns autores da antiguidade grega ao filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau

    OS SILÊNCIOS POÉTICOS DAS PROSAS: Rousseau por Sartre

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    Embora Sartre esteja se referindo à figura de vários escritores, e não, especificamente a Rousseau, mas também, a ele, afirma que os poetas são homens que se recusam a utilizar a linguagem, mesmo utilizando-a constantemente. E Maurice Blanchot, ao falar da questão literária e da linguagem, nos diz que estas singularidades na literatura nascem com Rousseau, pois, em um século no qual não há quase ninguém que não seja grande escritor, Rousseau é o primeiro a escrever com tédio, como no momento em que diz: nada me cansa, tanto como escrever, a não ser pensar. Estes homens vivem numa crise da linguagem que eclodiu numa crise poética, provocada, precisamente, por suas atitudes poéticas. Sartre elenca uma série de possíveis fatores históricos, sociais etc., que poderiam ter ocasionado a crise dos escritores em face das palavras, em se servir delas e agir contra ela, e destaca uma célebre observação de Bergson ao perceber que os escritores, ao abordarem sobre a linguagem, dentre eles o genebrino, fazem isto com um sentimento de estranheza extremamente frutífero, dando vazão a uma crescente produção de suas obras. Quanto aos leitores desavisados, acabam adaptando esses escritos, às mais diversas interpretações, e transformando essas obras, a partir de fragmentos e trechos deslocados, numa linguagem completamente engajada, a exemplo dos revolucionários de 1789.Palavras-chave: Literatura. Filosofía. Poesia. Prosa. Linguagem. THE POETIC SILENCE OF THE PROSES: Rousseau by Sartre Abstract: Although Sartre make reference to the figure of several writers, and not, specifically to Rousseau, buta lot of them, the autor affirm that the poets are men who refuse to use the language, even using it constantly. AndMaurice Blanchot to speak about the literary question and of the language, says that singularity in the literature beborn with Rousseau, for in a century where there is not almost nobody that is not a big writer, Rousseau is the firstto write with boredom, like in the moment that he says: nothing tired me, as much as to write, beyond to think. Thesemen live a crisis of the language that appeared in a poetic crisis, provoked precisely, for your poetic attitude. Sartreenumerate several possible historics factors sociais, etc; that could have occasioned the writer’ crisis in front of thewords, to use them and act against them and detach one celebrated observation of Bergson to realize the writersthat when speak about the language, among them, the genevan, make this with a strange feeling much fructiferous,giving space to a growing production of his work. While the imprudent reader finish adapting that works, from fragmentand pieces dislocated, in a language completely engaged, an example of the revolutionary of 1789, like is thecase of Rousseau.Keywords: Literature. Philosophy. Poetry. Prose. Language. LOS SILENCIOS POETICOS DE LAS PROSAS: Rousseau por el SartreResumen: Aun Sartre haga referencia a figuras de varios escritores, y no, específicamente a Rousseau, pero también a él, afirma que los poetas son hombres que se recusan a utilizar el lenguaje, mismo utilizándola constantemente. Y Maurice Blanchot, al hablar de la cuestión literaria y del lenguaje, nos dice que estas singularidades en la literatura nacen con Rousseau, pues, en un siglo en que no hay casi ningún que no sea grande escritor, Rousseau es el primero a escribir con aburrimiento, como en el momento que dice: nada me fatiga tanto como escribir, a no ser piensar. Estos hombres viven en una crisis del lenguaje que surgió en una crisis poética, causada, exactamente, por sus actitudes  poéticas. Sartre enumera una serie de posibles factores históricos, sociales etc.; que podrían tener ocasionado la crisis de los escritores en face de las palabras, al  servirse  de ellas y actuar contra ellas, y destaca una célebre observación de Bergson al percibir los escritores que, al abordaren sobre el lenguaje, entre ellos, el ginebrino, hacen esto con un sentimiento de extrañeza extremamente prometedor, dando posibilidad a una creciente producción de sus obras. Cuanto a los lectores desavisados, acaban adaptando eses escritos, a las más diversas interpretaciones, y transformando esas obras a partir de fragmentos y trechos desarticulados, en un lenguaje completamente enrolado, a ejemplo de los revolucionarios d 1789.Palabras clave: Literatura. Filosofía. Poesía. Prosa. Lenguaje.

    Teatro, um quadro das paixões humanas: crítica ao etnocentrismo, corrupção do gosto e degeneração dos costumes em Rousseau

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    Na Carta à d’Alembert sobre os espetáculos, Rousseau responde às questões que aparecem no verbete Genebra, publicado no volume VII da Enciclopédia. D’Alembert fazia uma defesa da comédia e dos comediantes, vistos como socialmente inferiores, ao mesmo tempo em que propunha montar uma companhia de teatro em Genebra, o que ajudaria a educar o gosto dos cidadãos. Retomava, assim, o papel do teatro a partir da opinião aristotélica de expurgação dos sentimentos de terror e piedade, adaptando-os da tragédia para a comédia – papel que Rousseau irá recusar de forma veemente, pois o filósofo não era a favor da ideia de que os espetáculos expurgam os vícios dos homens e os educam para as virtudes. D’Alembert não apenas faz uma defesa da comédia e dos comediantes, que eram rebaixados socialmente e tidos com pouca estima na Europa, como também sugere montar uma companhia de teatro em Genebra, considerando que através de espetáculos decentes seria possível educar o gosto dos cidadãos dessa nação específica e quiçá influenciar toda a Europa numa possível reforma no que se refere à arte. Tal iniciativa despertaria as nações para uma delicadeza de sentimento que resultaria em bons costumes sociais. Contudo, para Rousseau o objetivo principal dos espetáculos teatrais é o de agradar e entreter, e, segundo o filósofo, o teatro em geral é um quadro das paixões humanas. Apesar de atestar que o homem é uno, Rousseau nos lembra que esse homem uno vai sendo modificado pelas religiões, pelos governos, pelos costumes, leis, preconceitos, climas, etc. E, entre si, os homens tendem a se tornar diferentes e a depender da época e do lugar em que vivem. Como, então, o mesmo espetáculo poderá agradar e entreter todas as civilizações? É a pergunta que Rousseau faz e que responde dizendo que à cada povo, as espécies de espetáculos vão se adequando conforme os gostos diversos das nações, os seus hábitos e costumes. É baseado nessa observação que o filósofo, diferentemente de d’Alembert, não atribui ao teatro o poder de modificar os sentimentos e costumes, mas antes de reproduzi-los e, com algum esforço, de enfeitá-los. Portanto, a crítica de Rousseau a essa arte de agradar tão perniciosa, execrada na figura do teatro francês da época, sustentava indiretamente o modelo político-aristocrático vigente

    Editorial

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    Editoria

    O PRENÚNCIO DA “NATUREZA ROMÂNTICA” NA ESCRITA DE ROUSSEAU

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    The aim of this paper is to analyze the nuances that flow Rousseau both the first Romanticism in Germany the Sturm und Drang, as the political doctrines of the French Revolution, as well as in moral philosophy and the history of Kant.O objetivo deste texto é analisar as matizes rousseaunianas que desembocam tanto no primeiro romantismo, na Alemanha do Sturm und Drang, quanto nas doutrinas políticas da Revolução Francesa, assim como na moral e na filosofia da história de Kant

    Nature: the resource of memory in Rousseau's new Heloise

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    NATUREZA: O RECURSO DA MEMORIA NA NOVA HELOÍSA DE ROUSSEAU\ud \ud Resumo: na Nova Heloísa, Rousseau constrói um método com todos os rigores e fundamentos, para exorcizar o perigo de diversas situações e terá a paisagem da natureza como recurso singular da memória e dos sentimentos. É o materialismo do sábio, em que se pode cobrir o passado com o presente. O método empregado pelo Senhor de Wolmar, que tem conhecimento do antigo relacionamento de sua esposa com seu preceptor, em que convida o amante para vir morar com eles, com o objetivo de “curá-los” desse amor ou mesmo trazê-los ou convertê-los à virtude, conjurando, dessa forma, dos prestígios do passado. \ud \ud Palavras-chave: Natureza. Memória. Sentimento. Nova Heloísa. Rousseau.\ud \ud Abstract: In the New Heloise, Rousseau constructs a method with all the rigors and fundamentals, to exorcize the danger of diverse situations and will have the landscape of nature as a unique resource of memory and feelings. It is the materialism of the wise, in which one can cover the past with the present. The method employed by the Lord of Wolmar, who is aware of his wife's former relationship with his preceptor, in which he invites the lover to come and live with them, in order to "heal" them of this love or even to bring them or convert Them to virtue, thus conjuring up the prestige of the past.\ud \ud Keywords: Nature. Memory. Feeling. New Heloise. Rousseau

    A EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA A PARTIR DA DEFECTOLOGIA DE VYGOTSKI

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    Este artigo objetiva analisar os conceitos de Vygotski sobre Defectologia que podem ser considerados como precursores para compreensão de uma proposta de Educação Especial inclusiva. A sustentação das concepções e práticas de Educação Especial demanda um embasamento científico para o paradigma da inclusão. Assim, distinguimos a atualidade das ideias de Vygotski em seus questionamentos a respeito das explicações reducionistas e negativas sobre a deficiência. Trata-se de um estudo bibliográfico, e o fenômeno investigado foi situado através do aporte teórico da obra Fundamentos da Defectología,de autoria do próprio Vygotski e das produções científicas de autores que comentam sua obra: Beyer (2005), Barroco (2007), Newman e Holzman (2002), Oliveira (2011), Rego, (2011), Valsiner e Van Der Veer (1996), Delari Junior (2013). Os resultados obtidos evidenciaram a partir dos conceitos vygotskianos relativos ao desenvolvimento e aprendizagem das pessoas com deficiências, que o autor postulou a prática de uma Educação Especial não segregada, unificada à educação regular, para permitir a convivência plena dos alunos com deficiências na escola comum em consonância com o pressuposto da sociogênese das funções superiores humanas

    Diderot e Rousseau:: duas perspectivas acerca do gosto na Ilustração

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    This paper investigates the reason while transformer propose thought by enlightenment from the philosophers Diderot & Rousseau. In both, the notions of rationality, progress, literacy and taste are worked from various provisions. In Rousseau there is a criticism of the sciences and the arts while Diderot maintains a pedagogical proposal for the theater. Investigating about the taste for these literati, the paper realize a written snip of Diderot & Rousseau, to consider a relation between reason and taste, in philosophical and esthetical conceptions of XVIII century.O artigo investiga sobre a razão enquanto proposta transformadora pensada pela ilustração a partir dos filósofos Diderot e Rousseau. Em ambos, as noções de racionalidade, progresso, letramento e gosto são trabalhadas a partir de disposições diversas. Em Rousseau existe uma crítica às ciências e às artes enquanto que Diderot sustenta uma proposta pedagógica para o teatro. Investigando sobre o gosto para esses homens de letras, o artigo realiza um recorte de alguns escritos de Diderot e Rousseau, para considerar a relação entre razão e gosto, nas concepções estéticas e filosóficas do século XVIII

    A FLOR E A MEMÓRIA

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    Uma apreciação dos Ensaios sobre a Pintura de Diderot

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    Apresentar o filósofo Denis Diderot como o criador da disciplina Crítica de Arte em pleno século XVIII. As apreciações de Diderot se encontram em pleno desenvolvimento, mesmo que apenas de forma incipiente se verifique as características de uma crítica mais formal. A forma literária é um dos grandes achados do filósofo. Se as obras artísticas sempre foram objeto de juízos de valor, a justificação dessa nova função, a do crítico, corresponde a uma necessidade de reconhecer seu caráter, dentre outros, de mediador entre artistas e fruidores. Destarte, não há em Diderot, em seus Ensaios sobre a pintura, qualquer constrangimento acerca da possibilidade ou não de dissertar acerca das obras de seus contemporâneos ou suas credenciais para tal empreitada
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