347 research outputs found

    Sensory characterization of aged white wine by experienced tasters

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    Mestrado em Engenharia de Viticultura e Enologia / Instituto Superior de Agronomia. Universidade de Lisboa / Faculdade de Ciências. Universidade do PortoThe present work aimed at the sensory analysis of aged dry white wines to understand which factors drive their quality evaluation by experienced tasters. Nine critics, seven oenologists and fourteen oenology students, aged between 22 and 72 years old, composed the tasting panel. The wines included 16 old white wines and two young white wines, one rosé and one red, used as distractors. Individuals were asked to freely describe the wines, evaluate several synthetic descriptors and characterise the sensory profile through a CATA methodology. In addition, participants reported their liking and predicted wine age. In the free description, the three test panels showed a homogeneous characterisation of the wines consistent with their age and colour. According to the taster group, the quality evaluations were differently correlated with synthetic wine parameters. For critics overall quality scores were driven by wine power (r=0.87), persistence (r=0.90) and complexity (r=0.91). Oenologists influenced by the number of flavours (r=0.72), balance (r=0.87), persistence (r=0.88) and complexity (r=0.83). The quality assessment for students could only be related to wine balance (r=0.79). For critics and oenologists liking was closely related with the quality evaluation (r=0.98 and r=0.97, respectively), while students showed a lower correlation (r=0.78). The influence of colour browning on quality evaluation was more evident in critics, followed by oenologists and students. Further, CATA analysis demonstrated that old white wines were globally described as having a "ripe/matured/evolved" aroma and an "austere" mouthfeel elicited by acidity, salinity, dryness and persistence. This consistent old white wine profile appeared to influence quality evaluation. Conversely, the distractor wines tended to be less scored by critics and oenologists given their young sensory profile and lower browning colour. Accordingly, these two cohorts devalued a white wine with ten years old characterised by low absorbance (0,111 at 420nm) and "fresh" flavours. The age prediction showed that most tasters failed to guess the age wines with more than about 15 years old that can be understood as a sign of their high ageing potential. In conclusion, experienced tasters consistently described and recognised the sensory profile of old white wines. However, the inference of overall quality from synthetic descriptors was relatively different, with critics being more sensitive to wine power while oenologists and students were more influenced by wine balanceN/

    O procedimento especial de despejo : máximas de celeridade ou máximo de complexidade?

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    Dissertação apresentada à Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra no âmbito do 2º ciclo de Estudos em Direito, na área de especialização em Ciências Jurídico-Forense

    Lymphocyte subpopulations and cytokine expression in uveitis

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    RESUMO: As subpopulações linfocitárias, e em particular as células T reguladoras (Tregs), têm sido alvo de intensa investigação nos últimos anos. As Tregs são células reconhecidas pelo seu papel imunorregulador e responsáveis pela expressão de citocinas anti-inflamatórias como, por exemplo, a IL-10 e o TGF-β. A redução de níveis circulantes de Tregs tem sido associada a várias doenças auto imunes, particularmente em casos de doença activa. No caso da uveíte não-infecciosa (NIU), os resultados têm sido contraditórios, sendo necessários estudos adicionais para que se possa entender o papel definitivo da frequência e função das subpopulações de células Tregs na sua patogénese. O presente estudo tem como objectivo analisar as subpopulações linfocitárias, em especial a subpopulação Treg, bem como os perfis de citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias circulantes de doentes com NIU activa, comparando-os com os de controlos normais. Há ainda a realçar a análise adicional de um subgrupo de doentes com NIU após tratamento e resolução da uveíte. Em doentes com uveíte infecciosa (IU) foram ainda analisadas amostras de humor aquoso (HAq), tendo em vista a caracterização de um perfil de citocinas. Em doentes com NIU activa não foram encontradas diferenças significativas nos níveis periféricos de Tregs (incluindo naïve e de memória) relativamente aos controlos. Em doentes avaliados ao longo do tempo, os nossos resultados mostraram um aumento das percentagens de Tregs totais e de memória, numa primeira avaliação, mas novamente sem diferença relativamente aos controlos após o tratamento. Ainda assim é interessante observar que este aumento inicial nas percentagens de Tregs totais e de memória não foi acompanhado de um aumento significativo na expressão de CD39, o que pode significar a perda da normal função supressora destas células. Relativamente aos níveis séricos de citocinas em doentes com NIU e controlos, os nossos resultados mostraram uma tendência para elevação da IL-17 no grupo com uveíte, bem como correlações positivas entre o ratio de citocinas inflamatórias (TNF-α + IFN-ɣ + IL-17) /anti-inflamatórias (IL-10 + TGF-β) e o ratio IL-17/IL-10 com as contagens absolutas de Tregs de memória. Para além disso, níveis séricos mais elevados de IL-17 mostraram uma associação com concentrações mais elevadas de Tregs naïve e de memória e ainda com níveis séricos mais elevados de TNF-α e de IFN-ɣ.Após tratamento, houve uma diminuição significativa nos níveis circulantes de IL-17 e de TNF-α no grupo de doentes com NIU em remissão, bem como uma redução significativa, entre avaliações, no ratio de citocinas inflamatórias/anti-inflamatórias. Por fim, no grupo de doentes com IU, os nossos resultados mostraram um aumento das concentrações de IL-10, TNF-α e IFN-ɣ no humor aquoso de doentes com infecção intraocular comprovada por vírus varicella zoster (VVZ). Já no sangue periférico, não se encontraram diferenças significativas entre perfis de citocinas de doentes e controlos saudáveis. Os nossos resultados não apoiam a utilização isolada da frequência periférica total de Tregs como um biomarcador de uveíte activa. Pensamos que este estudo é pioneiro na avaliação de subpopulações Treg naïve e de memória, e sua respectiva expressão CD39, no sangue periférico de doentes com NIU. No entanto, são necessários mais estudos para que o papel individual de cada uma destas subpopulações Treg na patogénese e eventual tratamento da NIU possa ser esclarecido. Relativamente aos perfis de citocinas em doentes com uveíte de causa infecciosa e não-infecciosa, este trabalho de investigação permite sublinhar a importância da citocina IL-17 na NIU activa e uma eventual associação entre níveis intraoculares elevados de IL-10 e a uveíte associada a infecção por VVZ. Estes resultados podem vir a contribuir para a identificação de biomarcadores de inflamação intraocular activa e na investigação de novos alvos terapêuticos.ABSTRACT: Lymphocyte subpopulations, particularly regulatory T-cells (Tregs), have been extensively studied in the last few years. Tregs are T-cells with an immunosuppressive role, responsible for the expression of regulatory cytokines like IL-10 and TGF-β. A reduction of circulating Treg levels has been associated with various auto-immune diseases, especially in active disease. As for non-infectious uveitis (NIU), results have been conflicting, and further studies are needed to better understand the role of the frequency and function of total Treg and subsets in NIU. The present thesis aimed to analyze the lymphocyte subpopulations, especially Tregs, as well as inflammatory and anti-inflammatory cytokines in patients with active NIU and compare them with normal controls. One subgroup of NIU patients was further evaluated after treatment and uveitis resolution. Later on, in infectious uveitis (IU) patients, aqueous humour (AqH) samples were also analyzed for cytokine characterization. In active NIU, we found no significant differences in Treg levels (including naïve and memory subsets) between patients and controls. In NIU patients evaluated over time, our results showed an increased percentage of both total and memory Tregs in patients with active inflammation, without significant difference from controls after treatment. Nevertheless, it is interesting that this initial increase in total and memory Treg percentages was not associated with an increased CD39 expression, which may lead us to speculate whether these cells maintained their normal suppressive function. When comparing serum cytokine levels in NIU patients and controls, our results showed a tendency for IL-17A elevation in the NIU group and positive correlations between the inflammatory (TNF-α + IFN-ɣ + IL-17A) /anti-inflammatory (IL-10 + TGF-β) cytokine ratio and the IL-17/IL-10 ratio with the absolute counts of memory Tregs. We also found that higher IL-17A levels were associated with higher serum concentrations of memory and naïve Tregs as well as higher TNF-α and IFN-ɣ levels. After treatment, lower levels of IL-17A and TNF-α were present in patients in uveitis remission. Furthermore, the inflammatory/anti-inflammatory ratio also showed a significant reduction between evaluations. As for cytokine levels in IU patients, our results showed that while there were no significant differences between patients and controls regarding serum cytokine profiles, increased concentrations of IL-10, TNF-α, and IFN-ɣ in the AqH samples were found in patients diagnosed with varicella-zoster virus (VZV)- associated uveitis. Our results do not support the role of total Treg frequency alone as a uveitis biomarker, and since, to our knowledge, these are the first studies addressing the role of Treg naïve and memory subsets and their respective CD39 expression in the peripheral blood of NIU patients, further studies should be addressed to elucidate the possible role of each subset in NIU pathogenesis and treatment. As for cytokine profiles in infectious and non-infectious uveitis, our results highlight the importance of IL-17 in active NIU and the possible association between elevated intraocular IL-10 levels and VZV associated infection. We hope that this work may contribute to finding new biomarkers for active intraocular inflammation and new therapeutic targets for future research

    Hear what you feel, feel what you hear: The effect of musical sequences on emotional processing

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    Music has a unique ability to access affective and motivational systems of the brain. However, there is a gap in research on the association between musical stimuli and their impact on emotional processing, a crucial component for the success of the therapeutic process. The present study thus sought to explore both the capacity of music to access the affective system, to induce emotions, and to change emotional states, as well as to facilitate emotional processing leading to the resolution of emotional distress. Pascual-Leone and Greenberg’s validated sequential model of emotional processing in psychotherapy, was used to test this dual capacity. Three musical sequences with distinct components were developed and presented in an online platform. One musical sequence followed the order of the sequential model (first experimental sequence), another musical sequence inverted that same order (second experimental sequence), and the last musical sequence was intended to serve as a baseline (control sequence). All musical sequences, not only led to alterations in participant’s emotional states, but also led to an increase of participant’s emotional resolution. Some of the results were surprising, since the control sequence also led to an increase of emotional resolution and the first experimental sequence didn’t present itself as the winning candidate by leading to a higher emotional resolution. Nevertheless, these surprising results demonstrated that emotional processing could occur under different experiences of music and allow future studies to keep exploring this relationship.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Hear what you feel, feel what you hear : the effect of musical sequences on emotional processing

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    Dissertação de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia Clínica e da Saúde - Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2021Music has a unique ability to access affective and motivational systems of the brain (Thaut & Wheeler, 2010). However, there is a large gap in research on the association between musical stimuli and their impact on emotional processing, a crucial component for the success of the therapeutic process (Greenberg & Paivio, 1997). The present study thus sought to explore both the capacity of music to access the affective system, to induce emotions, and to change emotional states, as well as to facilitate emotional processing leading to the resolution of emotional distress. An empirically validated sequential model of emotional processing from Pascual-Leone and Greenberg (2007) was used to test this dual capacity. Three musical sequences with distinct components were developed and presented in an online platform. One musical sequence followed the order of the sequential model (EED>AMM), another musical sequence inverted that same order (AMM>EED Sequence), and the last musical sequence was intended to serve as a baseline (Control Sequence). All musical sequences, not only led to shifts in participant’s emotional states, but also led to an increase of participant’s emotional resolution. Some of the results were surprising, since the Control Sequence also led the increase of emotional resolution and the EED>AMM Sequence didn’t present itself as the winning candidate of leading to a higher emotional resolution. Nevertheless, these surprising results still demonstrated the power of music to impact emotional processing and allow future studies to keep exploring this relationship.A música pode ser descrita como a criação de emoções. Juslin e Västjfäll (2008, p. 572) focam esta ideia ao referirem que “aquilo que torna as emoções musicais únicas, não são os seus mecanismos subjacentes ou as emoções que evocam, mas sim o facto de que a música é, muitas vezes, intencionalmente desenhada para induzir emoções”. Pelo menos, é difícil, se não impossível, imaginar a ausência de uma relação entre música e emoção. Tendo uma forte presença na cultura humana (Blood & Zatorre, 2001; Marin & Bhattacharya, 2011; Sacks, 2007; Zentner et al., 2008), diversas formas de utilização da música no nosso dia-a-dia são apontadas na literatura, estando entre elas a libertação e regulação das emoções (DeNora, 2000; Juslin et al., 2008; Juslin & Västjfäll, 2008; Knobloch & Zillmann, 2002; Marin & Bhattacharya, 2011), conforto e alívio do stress (DeNora, 2000, 2016), revivência de experiências passadas valorizadas (Hays & Minichiello, 2005) ou acompanhamento na realização de tarefas do quotidiano (Sloboda et al. , 2009). Apesar desta forte presença na cultura, o estudo da relação entre a música e emoções vê-se fortemente dividido entre duas posições: uma posição cognitivista e uma posição emotivista. Por um lado, a posição cognitivista defende que o estímulo musical é incapaz de induzir, verdadeiramente, emoções (Kivy, 1990; Meyer, 1956; Scherer, 2004; Zentner et al. 2008), pelo que estas são apenas percecionadas perante o estímulo musical. Por outro lado, na posição emotivista, são propostas diversas teorias explicativas para o como e porquê de o estímulo musical induzir, verdadeiramente, emoções. Blood e Zatorre (2001), Juslin e Västjfäll (2008), Koelsh (2012), Krumhansl (1997) e outros revistos por Juslin e Sloboda (2010) demonstraram como estímulos musicais são capazes de induzir emoções básicas, entre elas, tristeza, medo, nojo, raiva e felicidade. Dentro da posição emotivista, foi, então, formulada a perspetiva de que a música tem uma capacidade única de aceder aos sistemas afetivos e motivacionais do cérebro (Thaut, 2005). Especificamente, Thaut e Wheeler (2010) afirmam que a música foi considerada como um dos maiores mecanismos para a eficácia terapêutica ao: 1) assumir um papel eficaz na influência e modificação em estados afetivos e 2) assumir um papel central através da modificação afetiva ao aceder à totalidade das cognições, perceções, estados e organização comportamental do paciente. No entanto, Thaut e Wheeler (2010) afirmam que ainda não existem teorias unificadoras que expliquem os mecanismos neuropsicológicos e psicológicos subjacentes às respostas afetivas na audição da música, nem modelos científicos sobre o papel de emoções evocadas pela música em contexto terapêutico. Adicionalmente, embora não faltem artigos e estudos que comprovem como estímulos musicais podem, efetivamente, induzir emoções, pelo contrário, há uma grande falta de estudos que analisem a influência dos estímulos musicais no processamento emocional. No campo da terapia musical, o Bonny Method of Guided Imagery and Music (Bonny, 1994) destaca-se como o único método comumente conhecido e utilizado, onde a música interage com o cérebro para evocar imagens que induzem emoções e memórias, permitindo a transformação de emoções dolorosas para emoções positivas (Lee et al., 2016). Este método não é suportado e não tem ligação com nenhum modelo de processamento emocional teórico, sendo largamente baseado na exploração e interpretação livre. Assim, o papel do cliente é partilhar abertamente as suas perceções e experiências dentro da música, e o papel do terapeuta é facilitar uma reflexão e uma integração dos sentimentos compartilhados do cliente. Esta é uma importante lacuna sobre a qual refletir, uma vez que o processamento emocional é considerado como um dos principais elementos do processo terapêutico. Greenberg e Paivio (1997) descrevem-no através de três passos: (1) evocação de estados emocionais, (2) exploração das sequências cognitivo-afetivas associadas e (3) reestruturação dos estados afetivos através da introdução de algo novo. Estes passos estavam subjacentes a tarefas terapêuticas específicas, mas, Pascual-Leone e Greenberg (2007) apresentaram um modelo sequencial de processamento emocional, a um nível de abstração mais elevado, que explica a resolução do distress emocional consoante a evolução terapêutica. Neste modelo sequencial, parte-se de emoções indiferenciadas e não integradas (estados representativos de Early Expressions of Distress, EED), para experiências emocionais de aceitação (estados representativos de Advanced Meaning Making, AMM), independentemente da especificidade das tarefas terapêuticas percorridas. Esta independência permite a exploração de diferentes métodos com potencial terapêutico, mesmo fora do âmbito da psicoterapia. No presente estudo, como principal objetivo pretendeu-se explorar se a experiência de estar exposto a sequências musicais com determinadas características, permite alcançar uma menor ou maior resolução emocional face a alguma angústia emocional. Assim, hipotetiza-se que: • A audição de ambos os tipos de sequências musicais (experimental e de controlo) conduzirá a uma mudança no estado emocional dos participantes, que se refletirá em mudanças nas dimensões de valência, ativação e controlo • Ouvir as sequências musicais experimentais, independentemente da ordem de progressão, e em comparação com a sequência musical de controlo, levará a um aumento da resolução emocional, levando os participantes a relatar uma menor angústia intra- ou interpessoal • Ouvir a sequência musical com a progressão EED-AMM conduzirá a um maior nível de resolução emocional, em comparação com a sequência musical de controlo (sem progressão especificada) e com a progressão AMM-EED De forma a responder às referidas hipóteses, o presente estudo recorreu a métodos quantitativos e a um breve elemento qualitativo, caracterizando-se por um estudo de abordagem de método misto. Quanto aos métodos quantitativos empregues, estes caracterizam-se por métodos experimentais, uma vez que pretende-se analisar e explorar relações causais entre diferentes sequências musicais, o estado emocional e a resolução emocional. São utilizados três grupos distintos, duas condições experimentais e uma condição de controlo. Foi aplicado um desenho pré-pós-teste, uma vez que este se apresenta como um design robusto com várias vantagens associadas que permitem isolar melhor o efeito nas análises (Christense et al., 2015). Os estímulos musicais utilizados resumem-se a três sequências musicais: duas sequências experimentais que pretendiam simular os estados afetivos descritos no modelo sequencial (Sequência EED-AMM que seguia a ordem do referido modelo e Sequência AMM-EED que invertia a ordem do referido modelo), e uma sequência controlo. A seleção dos excertos musicais que integraram as duas sequências musicais experimentais apresentadas aos participantes passaram, assim, por duas fases de seleção: 1) opções com base na revisão de literatura, 2) melhor candidata com base num pré-teste aplicado à população geral. Quanto à sequência controlo, foram selecionados os primeiros 6 minutos e 6 segundos da peça musical Les Sylphides, de Chopin, uma vez que, num estudo de Zimny e Weidenfeller (2015), os dados revelaram uma associação desta peça musical a um estado de neutralidade com base em medidas GSR (resposta galvânica da pele). As medidas e escalas utilizadas foram: • Self-Assessment Manikin (SAM): a utilização desta escala foi pertinente para o presente estudo pois permitiu averiguar se as sequências musicais impactaram o estado emocional dos participantes, nas dimensões valência, ativação e controlo • Resolution of Long-Standing Interpersonal Grievances (UFB-RS): a utilização desta escala foi pertinente para o presente estudo pois permitiu determinar se as sequências musicais tiveram impacto no nível de resolução emocional sentido pelos participantes que selecionaram o marcador emocional de ressentimento e mágoa numa relação importante • Resolution of Long-Standing Emotional Self-Neglect (ESN-RS): a utilização desta escala foi pertinente para o presente estudo pois permitiu determinar se as sequências musicais tiveram impacto no nível de resolução emocional sentido pelos participantes que selecionarem o marcador emocional de autonegligência • Bern Post Session Report (BPSR-P): a utilização desta escala foi pertinente para o presente estudo pois permitiu aprofundar o possível impacto terapêutico que as sequências musicais tiveram nos participantes • Tarefa de Escrita Expressiva: imediatamente após a indução experimental, foi dada a escolha aos participantes de realizarem uma tarefa de escrita expressiva, pelo que a realização desta tarefa por parte dos participantes pretendeu melhor averiguar o nível de processamento emocional induzido O presente estudo foi desenvolvido sob o formato de um questionário online, através da plataforma Qualtrics (www.qualtrics.com). Em primeiro lugar, os participantes tiveram a oportunidade de escolher trabalhar: ou um marcador emocional de Autonegligência ou um marcador emocional de Ressentimento e Mágoa numa Relação Importante. Seguidamente, foi pedido que os participantes preenchessem as medidas SAM, UFB-RS ou ESN-RS. Posteriormente, foi iniciada a indução experimental através da audição de uma das três sequências musicais. Imediatamente após a audição da sequência musical, foi perguntado aos participantes se notaram alguma mudança ou transformação interna relativamente ao tema que escolheram trabalhar, e, caso respondessem sim, era pedido que descrevessem em alguns detalhes a transformação sentida. Por último, foi pedido que preenchessem as medidas SAM, UFB-RS ou ESN-RS e BPSR-P. Os dados quantitativos obtidos no presente estudo foram analisados estatisticamente com recurso ao software IBM SPSS Statistics (versão 26.0) e os dados qualitativos foram analisados com recurso o software Nvivo12. Para todas as análises estatísticas realizadas, os dados das amostras de participantes atribuídos às escalas UFBRS ou ESN-RS foram agregados, uma vez que ambas permitem a medição do nível de resolução emocional. Não era pretendido diferenciar entre o nível de resolução emocional alcançado em cada marcador, mas sim o nível global de resolução emocional alcançado. As variáveis foram analisadas separadamente consoante cada condição (Sequência EEDAMM, n = 30; Sequência AMM-EED, n = 30; Sequência Control, n = 30). Quanto à primeira hipótese, os resultados demonstraram que, dentro de cada condição, ocorreram mudanças nas dimensões valência, ativação e controlo do estado emocional dos participantes entre o pré- e o pós-indução experimental. Adicionalmente, entre condições, foi demonstrado como os participantes estavam igualmente emocionalmente ativos, tanto no pré- como no pós-indução experimental. Quanto à segunda hipótese, inversamente ao esperado, os resultados demonstraram como todas as sequências musicais levaram ao alcance de uma maior resolução emocional. Quanto à terceira e última hipótese, os resultados quantitativos demonstraram como a sequência musical com a progressão EED-AMM não conduziu a um maior nível de resolução emocional, em comparação com as restantes sequências. Os resultados aqui encontrados permitiram explorar uma relação entre a audição de sequências musicais que simulam o modelo sequencial de processamento emocional de Pascual-Leone e Greenberg (2007) e o alcance de uma tentativa de maior resolução emocional. Este estudo permite ponderar sobre o potencial de intervenções mais curtas, simples e económicas, mesmo fora do âmbito de psicoterapia. Igualmente, os dados aqui registados permitem começar a preencher uma lacuna, ao associarem estímulos musicais a um modelo de processamento emocional empírico. Conclusivamente, o presente estudo demonstra como, não só a música pode ser descrita como a criação de emoções, como também pode ser descrita como o a transformação de emoções

    Retinoic acid-loaded polymeric nanoparticles induce neuroprotection in a mouse model of Parkinson's disease

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    Retinoic acid (RA) plays an important role in the developing mammalian nervous system and has been highlighted as a therapeutic option for some neurodegenerative diseases due to its neuroprotective, anti-inflammatory and pro-neurogenic properties. However, RA presents undesirable properties like poor water solubility and short half-life. Therefore, nanoparticles (NPs) are an excellent alternative to control the undesired side effects and to ensure intracellular transport and controlled release of RA. Thus, the aim of this work was to evaluate the effects of RA-loaded NPs (RA+-NPs) in an in vivo mouse model of Parkinson’s disease (PD) using a MPTP (1-methyl-4-phenyl-1,2,3,6-tetrahydropyridine) neurotoxin, and to compare with effects of soluble RA. Interestingly, in adult mice, RA+-NPs significantly reduced the MPTP lesion by increasing the percentage of tyrosine hydroxylase positive (TH+) dopaminergic neurons in the SN to levels similar to control as well as increasing the intensity and area occupied by TH+ fibers in the striatum. This protective effect mediated by RA+-NPs was more robust than when compared with effect of soluble RA. These effects were accompanied by an increase in mRNA expression in SN and striatum of Nurr1 and Pitx3, both transcription factors involved in dopaminergic survival and specification. The same pattern of Pitx3 mRNA expression was found in the SN of old mice. In conclusion, RA+-NPs show a robust protective effect against dopaminergic injury when compared to soluble RA, suggesting that RA+-NPs could be a good strategy to boost brain repair in PD.O ácido retinóico (AR) desempenha uma função importante no desenvolvimento do sistema nervoso dos mamíferos e tem sido evidenciado como uma opção terapêutica para diversas doenças neurodegenerativas devido às suas propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e pro-neurogénicas. Contudo, o AR apresenta propriedades indesejáveis, tais como: a fraca solubilidade em água e o curto tempo de semi-vida. Por este motivo, as nanopartículas (NPs) apresentam-se como uma excelente alternativa de modo a contornar essas propriedades indesejáveis garantindo o transporte intracelular e a libertação controlada de AR. O objectivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da administração intracerebral (estriado) de NPs carregadas com AR (NPs + -AR) num modelo da doença de Parkinson (DP) em murganho utilizando a neurotoxina MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina), e a sua comparação com os efeitos da administração de AR solúvel. Curiosamente, em murganhos adultos observou-se que as NPs+ -AR reduziram significativamente a lesão provocada pelo MPTP, aumentando a percentagem de neurónios dopaminérgicos positivos para a tirosina hidroxilase (TH+ ) na substantia nigra (SN) para níveis similares ao controlo, bem como, a intensidade e área ocupada pelas fibras TH+ no estriado. Este efeito protetor mediado pelas NPs+ -AR foi mais robusto que o efeito proporcionado pelo AR solúvel. Estes efeitos foram acompanhados por um aumento da expressão na SN e estriado de RNAm de Nurr1 e Pitx3, ambos factores de transcrição envolvidos na especificação e sobrevivência neuronal dopaminérgica. O mesmo padrão de expressão de RNAm para Pitx3 foi detectado na SN de murganhos idosos. Em suma, as NPs+ -AR apresentam um efeito protetor robusto contra a lesão dopaminérgica quando comparadas com o AR solúvel, sugerindo que as NPs+ -AR podem ser uma boa estratégia para promover a reparação cerebral na DP

    Cholera in the portuguese region of Alto Minho in the second half of the nineteenth century: epidemic outbreaks, treatment and behaviours

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    [Excerpt] In the 19th century in result of the inherent advances of the industrializing process, the distances were shortened, distant regions became nearer and the circulation of people and goods through several parts of the globe was easier. The diseases also spread more quickly, assuming sometimes uncontrollable propor tions, not only by land, but also by sea, through boats that, in addition of trans porting people and goods, also served as means of transmission of epidemics into different countries and continents. I Along the 19th century cholera1 was one of the diseases that, both on land or by the sea, reached several areas of the European continent, causing a strong impact in the western civilization, not only in demographic and economical level, but also in social and cultural ones. The disruptions caused by the illness, aggravated by the incompetence initially revealed by the authorities to avoid and fight this pathology, contributed to the appearance of not much coherent and even imaginative explanations and theories, in the desperate attempt of finding justification and solution for an evil that was affecting all, direct or indirectly. As an example, in 1866, in the sequence of the epidemic outbreak of cholera, which emerged in Portugal in 1865, the newspaper O Vianense, published an article of the Gazette de France, where it is revealed the dis covery of cholera by a doctor, who stated the idea that the origins of the Asian cholera were connected with the emission of poisonous gases freed by the bodies that, thousands of years ago were burnt in India. These gases were concentrated in the sky of the tropics, lifted to the most elevated regions of the atmosphere during the day, but after the sunset, they descended to the inferior regions, in order to being mixed with the water and the food, penetrating the lungs through breathing. When this poisonous gas was introduced into body, it caused the very own symptoms of cholera, as dysentery, vomiting and cramps [2]. [...

    Healing the body and saving the soul in the portuguese hospitals in the Early Modern Age

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    Taking care of the body and healing the soul became one of the touchstones of the Portuguese Misericórdias during the Modern Age. Proprietors of the large majority of existing hospitals, these brotherhoods either helped the sick people in their hospitals or sent health professionals to their homes, paying for the medicines or even giving those alms so that they could treat themselves.In this article it will be my purpose to analyse the reform of assistance at the beginning of the Modern Age, as well as to caracterize its consequences in the hospital system. At the same time, I will pay attention to the clientèle of hospitals, diseases, treatments and religious assistance to the interns.In this work I will try to analyse and discuss the Portuguese Misericórdias’ health services thoughtout the Modern Age, either at the Misericórdias’ hospitals and by their provision of home care services

    Vagueza e categorização: como uma lógica de valores de verdade contínuos pode resolver o paradoxo de sorites

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    O objectivo desta tese é o de apresentar uma explicação do problema da vagueza que esteja fundada na sua interpretação como um fenómeno da linguagem natural. Esta interpretação tem como sua base formal a lógica de valores de verdade contínuos de Lukasiewicsz, assentando portanto numa teoria de graus. Pretendemos então explicar, mais do que resolver, o carácter paradoxal do argumento de sorites, apelando a características que consideramos serem fundamentais aos termos vagos: nomeadamente, a sua gradualidade
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