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    Reações de atitude ao sotaque suprasegmental

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    Orientador: Linda Gentry El-DashDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: Esta dissertação é um estudo sobre reações de atitude geradas pela presença de sotaque suprasegmental na fala de brasileiros e americanos ao utilizarem português ou inglês como língua estrangeira. Como o estudo visa dois domínios lingüísticos distintos, elaboraram-se duas pesquisas paralelas, uma para cada domínio lingüístico, para, posteriormente, verificar se seus resultados apresentavam semelhanças ou diferenças entre si. No Brasil, criou-se um instrumento de pesquisa, utilizando-se a técnica de matchedguise (Lambert et al, 1960),que consistiu em uma fita com a gravação de nove trechos de um mesmo texto, traduzido em português. Esses trechos foram gravados por americanos em duas versões- uma com muito sotaque suprasegmental e outra com menos sotaque suprasegmental.O instrumento foi avaliado por brasileiros e os resultados (analisados por testes t) demonstraram que o sotaque suprasegmental americano afetou a avaliação dos juízes de forma positiva. Nos Estados Unidos, o instrumento utilizado foi preparado com brasileiros lendo trechos do mesmo texto, no original em inglês, também em duas versões (com mais sotaque e com menos sotaque suprasegmental) e foi ouvido por americanos. Os resultados, entretanto, revelaram que o sotaque suprasegmental brasileiro afetou as avaliações dos juízes negativamente. Uma análise contrastiva entre algumas características de acento, ritmo e entoação do português do Brasil e do inglês norte-americano revelou que certos aspectos do português, quando transferidos para o inglês, assemelham-se a aspectos do inglês que expressam dúvida, suspeita, crítica e falta de interesse - o que gera, inconscientemente, uma reação negativa por parte do ouvinte americano. Já os aspectos do inglês, ao serem aplicados ao português, assemelham-se a padrões que exprimem entusiasmo e surpresa. Esse fato pode ajudar a explicar o porquê dos resultados opostos nas pesquisas acima citadas e, conseqüentemente, do porquê de os americanos terem reações de atitude negativas ao interagirem com brasileirosAbstract: This thesis is a study of attitudinal reactions caused by suprasegmental accent present in the speech of Brazilians and Americanswhen speaking either English or Portuguese as a foreign language. As this study targeted two distinct linguistic domains, parallel research was carried out in both Brazil and the USA. For this matter, an instrument based on the matched-guisetechnique (Lambert at el., 1960)was created. Briefly speaking, this instrument consisted of tape recordings of Brazilian native speakers reading a text in English - each individual using both heavy and light suprasegmental accents. The instrument was then evaluated by Americans in the United States and the results (analyzed through t-tests) demonstrated that the Brazilian accent affected the judges' evaluation negatively. In Brazil, a similar instrument, consisted of tape recordings of American native speakers reading a Portuguese translation of the same text (each individual using both heavy and light suprasegmental accents), was evaluated by Brazilians. The results, however, revealed that the American accent affected the judges' evaluation positively. A contrastive analyses between some features of stress, rhythm and intonation of Brazilian Portuguese and American English revealed that certain aspects of Portuguese, when transferred to English, resemble pattems that usually express doubt, suspicion, criticism and lack of interest - which unconsciously generates a negative reaction in the American listener. On the other hand, aspects of English, when applied to Portuguese, sound like pattems used to express enthusiasm and surprise. These data may help explain why both domains had opposite results and, consequently, why Americans have negative attitudinal reactions when communicating with BraziliansMestradoEnsino-Aprendizagem de Segunda Lingua e Lingua EstrangeiraMestre em Linguística Aplicad

    AS NUANCES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO EM MATÉRIA AMBIENTAL FRENTE AOS DANOS DECORRENTES DE IMPACTOS PROVOCADOS POR FENÔMENOS NATURAIS

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    Apresenta-se como problema a ser resolvido pelo presente estudo a(im)possibilidade de responsabilização do Estado pelos danos sofridos pelosadministrados provocados por fenômenos naturais. Em decorrência daresponsabilidade civil objetiva adotada pela Constituição da República no quetange à atuação estatal e ao meio ambiente, adotou-se como hipótese apossibilidade do Estado ser responsável civilmente pelos danos provocados poreventos naturais independentemente de culpa. Trata-se de um estudo jurídico-teóricono qual predominaram pesquisas bibliográficas, relativas à doutrina de DireitoAmbiental e Responsabilidade Civil, de dados dos órgãos oficiais de defesacivil, e a análise das normas positivadas de proteção ambiental, gestão deriscos de desastres e ordenação urbanística. Adota-se como marco teórico asLeis 10.257/2001 e 12.608/2012, a concepção de gestão de riscos de desastres deDelton Winter de Carvalho e Fernanda Dalla Libera Damacena, e a noção deresponsabilidade civil de Clarisse Ferreira Jardim, Sergio Cavalieri Filho,José Rubens Morato Leite, Patryck Ayala e Delton Winter de Carvalho.Acredita-se que o presente estudo pode contribuir efetivamente para acomunidade acadêmica, por versar sobre tema pouco estudado e para a sociedadeem geral, por buscar a resolução de um problema que afeta grande parcela dapopulação nos seus direitos mais essenciais

    A responsabilidade civil ambiental na Inglaterra

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    O presente artigo analisa a responsabilidade civil ambiental na Inglaterra, demonstrando a evolução desse tipo de responsabilidade no país desde o seu surgimento até os dias atuais. Procura proporcionar uma visão coerente e abrangente da aplicação da responsabilidade objetiva na Inglaterra, inclusive com a constatação da importância que esse país confere às Teorias do Risco. Para isso, o artigo baseia-se, principalmente, nos precedentes judiciais, com destaque para o caso Ryland vs. Flecher e no Regulamento de Danos Ambientais ( Prevenção e Reparação ) de 2009, que introduziu no ordenamento jurídico inglês a Diretiva 2004/35 do Parlamento Europeu. Buscou-se compreender o problema por meio de raciocínio dedutivo, com vertente metodológica jurídico-teórica, alicerçando-se na análise de doutrinas e artigos relacionados ao tema

    As nuances da responsabilidade civil do Estado em matéria ambiental frente aos danos decorrentes de impactos provocados por fenômenos naturais

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    Apresenta-se como problema a ser resolvido pelo presente estudo a (im)possibilidade de responsabilização do Estado pelos danos sofridos pelos administrados provocados por fenômenos naturais. Em decorrência da responsabilidade civil objetiva adotada pela Constituição da República no que tange à atuação estatal e ao meio ambiente, adotou-se como hipótese a possibilidade do Estado ser responsável civilmente pelos danos provocados por eventos naturais independentemente de culpa. Trata-se de um estudo jurídico-teórico no qual predominaram pesquisas bibliográficas, relativas à doutrina de Direito Ambiental e Responsabilidade Civil, de dados dos órgãos oficiais de defesa civil, e a análise das normas positivadas de proteção ambiental, gestão de riscos de desastres e ordenação urbanística. Adota-se como marco teórico as Leis 10.257/2001 e 12.608/2012, a concepção de gestão de riscos de desastres de Delton Winter de Carvalho e Fernanda Dalla Libera Damacena, e a noção de responsabilidade civil de Clarisse Ferreira Jardim, Sergio Cavalieri Filho, José Rubens Morato Leite, Patryck Ayala e Delton Winter de Carvalho. Acredita-se que o presente estudo pode contribuir efetivamente para a comunidade acadêmica, por versar sobre tema pouco estudado e para a sociedade em geral, por buscar a resolução de um problema que afeta grande parcela da população nos seus direitos mais essenciais

    A EFETIVA IMPLANTAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DA DESAPROPRIAÇÃO

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    This paper analyzes the importance of environmental conservation units. It shows that the mere creation of the environmental conservation units is not enough to promote accordingly the environmental protection. It is indispensable an effective implementation of environmental conservation units in order to an effective protection of the ecologically balanced environment, in special the biodiversity. It notes that the expropriation of private property in areas constituted as conservation units is an important instrument to materialize this effective implantation. We tried to understand the problem through the deductive method, basing on the analysis of doctrines and articles related to the proposed topic.O presente artigo analisa a importância das unidades de conservação ambientais. Demonstra que a simples criação das unidades de conservação não é suficiente para se promover adequadamente a tutela ambiental. É imprescindível uma efetiva implantação das unidades de conservação para uma proteção eficaz do meio ambiente ecologicamente equilibrado, em especial da biodiversidade. Constata-se que a desapropriação das propriedades privadas em áreas constituídas como unidades de conservação é um importante instrumento para se concretizar esta efetiva implantação. Buscou-se compreender o problema por meio de raciocínio dedutivo, com vertente metodológica jurídico-teórica, alicerçando-se na análise de doutrinas e artigos relacionados ao tema proposto

    A RESPONSABILIDADE CIVIL PELA DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL: POSSIBILIDADE?

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    O presente artigo analisa o meio ambiente artificial e sua relação com a responsabilidade civil. Expõe a contextualização histórica do surgimento e a expansão das cidades e do meio ambiente artificial. Demonstra a íntima relação entre o processo de urbanização e a degradação ambiental e, ainda, a importância do meio ambiente artificial na qualidade de vida das pessoas. A responsabilidade civil é proposta, ao lado da responsabilidade administrativa, como um instrumento para o restabelecimento do equilíbrio rompido com a degradação do meio ambiente artificial. Necessário, porém, a efetiva demonstração do dano e do nexo causal. Buscou-se, assim, compreender o problema por meio do raciocínio dedutivo, com vertente metodológica jurídico-teórica, alicerçando-se na análise de doutrinas relacionadas ao tema proposto

    PROJETO OTIMIZADO DE BLOCOS SOBRE ESTACAS

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    No projeto de estruturas umas das partes mais importantes é o projeto de fundação. A partir de uma sondagem será determinada em função da capacidade de carga do terreno o tipo de ideal para aquele empreendimento, podendo ser uma fundação direta ou uma fundação indireta. Projeto de fundação indireta pode ser feita em tubulão ou blocos sobre estacas. A escolha do tipo está ligada diretamente em função da carga do projeto estrutural e das características do terreno. O presente trabalho apresentará a formulação para o problema de otimização para blocos sobre estacas com exemplos de aplicação. Como restrições, serão impostos os parâmetros definidos pela ABNT NBR 6118:2014 e pelo CEB FIP (1970), além do espaçamento entre as estacas. Uma plataforma foi desenvolvida no Matlab para a formulação do problema e a resolução do problema de otimização será obtida pelo Método dos Pontos Interiores. Exemplos numéricos comparativos mostram que quando não existe limitação de geometria, uma solução ótima pode ser obtida reduzindo ou aumentando a quantidade de estacas e mudando a geometria do Bloco

    A ESCOLHA DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E DE GÊNERO DOS BEBÊS PODE SER O PRIMEIRO PASSO PARA A NOVA EUGENIA?

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    Em 2009, uma clínica de fertilização norte-americana anunciou que em pouco tempo disponibilizaria o serviço de escolha de cor da pele e dos olhos a partir do diagnóstico genético pré-implantacional, no qual o melhor embrião seria escolhido para a gestação. Outra escolha que está ao alcance da ciência é a do sexo do bebê (sexagem). Nessa, há a possibilidade de identificar nos óvulos fertilizados os cromossomos Y e X, possibilitando a escolha daqueles que serão implantados. Será que estamos perto de uma nova eugenia? O presente estudo objetivou analisar a influência de procedimentos da Reprodução Humana Assistida (RHA) no surgimento da nova eugenia. O método utilizado foi a busca on-line de artigos e notícias relacionados com o assunto, na base de dados Scielo, sites das revistas Veja e Zero Hora, com ênfase para as Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM). A análise foi realizada à luz dos dispositivos éticos e jurídico-legais. A evolução da biotecnologia, em especial das técnicas de RHA, traz consigo inúmeros desafios à reflexão bioética. No Brasil, por meio da Resolução CFM n. 1.358/92, instituíram-se as primeiras Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida; em 2010, essas Diretrizes foram atualizadas pela Resolução CFM n. 1.957/2010. Em 2013, houve revogação das últimas diretrizes pela Resolução CFM n. 2.103/2013, que proíbe a aplicação de técnicas de RHA, cuja intenção “[...] seja selecionar o sexo ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, exceto quando se trate de evitar doenças ligadas ao sexo do filho que venha a nascer.” Ainda, o Código de Ética Médica veda ao médico, no Artigo 15, § 2º, inciso III, a realização da procriação assistida para criar embriões com finalidades de escolha de sexo ou eugenia. Inexiste no Brasil legislação que regule a utilização das novas tecnologias reprodutivas. Entretanto, existe uma sugestão de conduta que deve ser seguida pela classe médica; quem desrespeitar a norma, estará faltando com ética profissional, mas não infringindo a lei. O recurso à sexagem, sem a existência de um motivo relevante, deve ser vedado: o filho não pode ser visto como um simples meio de realização dos desejos dos pais. Considerando o princípio da beneficência, se a escolha do sexo do bebê visa contribuir para a saúde da criança, deve ser vista como benéfica e permitida. Com tais considerações, admite-se como conclusão a orientação existente no teor da Resolução n. 2013/2013, do CFM, em que as tecnologias reprodutivas devem ser restritas aos casos de infertilidade, bem como ao tratamento de doenças ligadas aos cromossomos sexuais, de modo que a eugenia não está permitida e a seleção do sexo deve ser restrita às hipóteses em que se busque evitar enfermidades graves.Palavras-chave: Eugenia positiva. Escolha de sexo. Estatuto do embrião.

    PESQUISA EM HUMANOS E UTILIZAÇÃO DO CONSENTIMENTO INFORMADO

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    A pesquisa com experimentos em humanos aumentou expressivamente nas últimas décadas, impulsionada, sobretudo, pelo crescente número de cientistas, pela revolução científica e pelo invento de novas tecnologias. No entanto, a experimentação pode ocorrer sem a preocupação com os princípios éticos e constituir um desrespeito com o participante, visto que deveria ser norteada pelos princípios da não maleficência, da autonomia, da beneficência e da justiça. O Código de Ética Médica e as normas de pesquisa em saúde fazem alusão ao termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) como requerimento obrigatório para a realização de pesquisas, com a finalidade de proteger a autonomia do paciente, mas este constitui, também, uma condição indispensável na relação médico-paciente. Diante disso, o objetivo com o presente estudo foi analisar o uso do consentimento informado na pesquisa e na experimentação em seres humanos. O método utilizado foi a busca on-line de artigos relacionados ao assunto, nas bases científicas Scielo e Google acadêmico e a análise de resultados. O respeito pela dignidade humana exige que toda pesquisa se processe com o consentimento livre e esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos, que, por si e/ou por seus representantes legais, manifestem a sua anuência à participação na pesquisa (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 2012). O consentimento é uma condição indispensável da relação médico-paciente e da pesquisa com seres humanos. Trata-se de uma decisão voluntária, realizada por uma pessoa autônoma e capaz, tomada após um processo informativo e deliberativo, visando à aceitação de um tratamento específico ou experimentação, sabendo da natureza deste, das suas consequências e dos seus riscos (CLOTET, 1995, p. 51-59). O TCLE tem fundamental importância também na prática médica, tanto para os médicos – protegendo-os contra possíveis processos judiciais por falta de informação – quanto para os pacientes – aprimorando as informações (OLIVEIRA; PIMENTEL; VIEIRA, 2010). Segundo Clotet (1995), as normas de pesquisa destacam os requisitos do consentimento informado: deve ser aprovado pelo Comitê de Ética, conter a assinatura do sujeito de pesquisa, e uma via deve permanecer com o paciente e outra com o pesquisador. De acordo com Boccacio (2013), na assistência médica, o inadimplemento da obrigação de obter o termo de consentimento informado acarretará indenização por danos morais, uma vez que, conforme orientação jurisprudencial, a ausência do termo gera violação do dever de segurança na relação médico/cliente. Assim, em respeito à integridade e à dignidade dos pacientes ou participantes da pesquisa, é dever do médico informar e obter o consentimento livre e esclarecido. Em conclusão, esse consentimento tem a finalidade ética de informar o paciente ou participante de pesquisa sobre as finalidades e consequências do ato a ser realizado, sendo primordial sua obtenção em pesquisa e nos procedimentos invasivos, para garantir a integridade e a dignidade dos participantes de pesquisa ou pacientes (FREITAS; HOSSNE, 1998).Palavras-chave: Pesquisa em humanos. Princípios éticos. Consentimento informado
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