13 research outputs found

    Bactérias tolerantes a taninos obtidas de vacas mestiças Holandês x Zebu

    Get PDF
    The objective of this work was to isolate and characterize tannin-tolerant ruminal bacteria from crossbred Holstein x Zebu cows fed a chopped mixture of elephant grass (Pennisetum purpureum), young stems of "angico-vermelho" (Parapiptadenia rigida), and banana tree (Musa sp.) leaves. A total of 117 bacteria strains were isolated from enrichment cultures of rumen microflora in medium containing tannin extracts. Of these, 11 isolates were able to tolerate up to 3 g L-1 of tannins. Classical characterization procedures indicated that different morphological and physiological groups were represented. Restriction fragments profiles using Alu1 and Taq1 of 1,450 bp PCR products from the 16S rRNA gene grouped the 11 isolates into types I to VI. Sequencing of 16S rRNA PCR products was used for identification. From the 11 strains studied, seven were not identifiable by the methods used in this work, two were strains of Butyrivibrio fibrisolvens, and two of Streptococcus bovis.O objetivo deste trabalho foi isolar e caracterizar bactérias ruminais tolerantes a taninos obtidas de vacas mestiças Holandês x Zebu alimentadas com dieta composta por capim-elefante (Pennisetum purpureum) picado com ramos novos de angico-vermelho (Parapiptadenia rigida) e folhas de bananeira (Musa sp.). Um total de 117 cepas bacterianas foram isoladas a partir de cultivos de enriquecimento da microbiota ruminal em meio contendo extrato de taninos. Destas, 11 foram capazes de tolerar até 3 g L-1 de taninos. Procedimentos clássicos de caracterização indicaram que diferentes grupos, morfológicos e fisiológicos, estavam representados. Perfis dos fragmentos de restrição com Alu1 e Taq1 dos produtos de PCR de 1.450 bp do gene 16S rRNA agruparam os 11 isolados nos tipos I a VI. O sequenciamento dos produtos PCR 16S rRNA foi utilizado para identificação. Das 11 estirpes estudadas, sete não foram identificáveis pelos métodos utilizados neste trabalho, duas eram estirpes de Butyrivibrio fibrisolvens e duas de Streptococcus bovis

    Adoção de boas práticas agropecuárias em propriedades leiteiras da Região Sudeste do Brasil como um passo para a produção de leite seguro

    Get PDF
    Bactérias patogênicas e resíduos de produtos químicos presentes no ambiente de produção podem contaminar o leite e causarem problemas tecnológicos e à saúde dos consumidores. Esforços para assegurar a qualidade e a segurança do leite e derivados devem ser iniciados na fazenda e para isso é necessária a adoção de boas práticas de produção, que são requisitos para o sistema APPCC (análise de perigos e pontos críticos de controle). O trabalho teve o objetivo de examinar e descrever o nível de adoção de boas práticas agropecuárias na produção de leite. Com ajuda de um questionário, entrevistas e registro fotográfico, foram avaliadas 48 propriedades leiteiras localizadas nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Havia predominância de gado mestiço Holandês-Zebu (34/48; 71%), seguido por animais da raça Holandesa (19%), Jersey (8%) e Pardo-Suíça (2%). A média de produção de leite dos rebanhos era de 686 ± 403 kg/dia, e o número médio de vacas em lactação era 65 ± 42. Em duas propriedades as vacas em lactação eram mantidas em confinamento total (sistema “free stall”) e nas demais se adotava o sistema extensivo, a pasto. Os resultados obtidos indicam que grande parte das propriedades adotava as principais práticas consideradas necessárias para a produção de leite de qualidade. Contudo, foram identificados vários pontos que deveriam receber maior atenção para capacitar os produtores a adotarem um programa de boas práticas. Esses incluem: manejo das bezerras na fase de recria; armazenamento dos alimentos; realização de testes para o controle da tuberculose; monitoração e controle da mastite, incluindo a antissepsia de tetos e o tratamento da vaca seca; uso desnecessário de anti-helmínticos em vacas em lactação; uso indiscriminado de carrapaticidas em razão da não-adoção de um programa estratégico de controle de carrapatos; não-obediência ao período de carência para antibióticos usados na vaca em lactação; higienização inadequada dos equipamentos de ordenha e de estocagem do leite, assim como o dimensionamento inadequado destes últimos

    ENTEROTOXIGENIC Staphylococcus IN MILK AND DAIRY PRODUCTS, ITS ENTEROTOXINS AND RELATED GENES: A REVIEW

    No full text
    This review summarizes publications about the occurrence of enterotoxigênic Staphylococcus and its enterotoxins in milk and dairy products, outbreaks and sporadic cases of staphylococcal food poisoning, enterotoxin types and its genes. Among the genus Staphylococcus, S. aureus is the prevalent species in milk and cheeses, mainly homemade cheeses, and is often associated with outbreaks of food poisoning. Cheese can be contaminated by raw milk, the manipulator and, the processing environment. An important source of raw milk contamination is the bovine mastitis, which have S. aureus as the most prevalent etiologic agent. 18 types of enterotoxinas (A, B, C1, 2, 3, D, and, G, H, I, J, K, L, M, N, P, Q, R and U) have already been identified and their genes have also been described. Reports of the occurrence of coagulase negative strains with enterotoxigenic potential, in milk and milk products, indicate the necessity of reevaluation of the microbiological standards established by Brazil’s legislation. Esta revisão de literatura teve como objetivo relatar estudos sobre a ocorrência de Staphylococcus enterotoxigênicos e suas enterotoxinas em leite e produtos lácteos, surtos e casos esporádicos de intoxicação, tipos de enterotoxinas estafilocócicas e seus genes codificadores. Dentre o gênero Staphylococcus, S. aureus é a espécie contaminante de maior prevalência em leite e queijos, principalmente queijos artesanais e está freqüentemente associada com surtos de intoxicação alimentar. As vias de contaminação de queijos podem ser o leite, o manipulador e o ambiente de processamento. Causa relevante de contaminação do leite cru é a mastite bovina, que tem S. aureus como o principal agente etiológico. Já foram identificados 18 tipos de enterotoxinas (A, B, C1, 2, 3, D, E, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R e U) e descritos seus respectivos genes. Relatos de ocorrência de cepas coagulase negativa com potencial enterotoxigênico em leite e produtos lácteos indicam a necessidade de reavaliação dos padrões microbiológicos estabelecidos pela legislação brasileira

    Emprego do Somacount 300, calibrado com leite de vaca, na contagem de células somáticas no leite de cabra

    No full text
    Neste estudo, foi comparada a contagem de células somáticas (CCS) de amostras pareadas de leite de 86 cabras pelo método eletrônico (Somacount 300) calibrado com padrão de vaca, com a técnica padrão de contagem microscópica direta utilizando corante pyronina Y - verde de metila. As cabras eram das raças Saanen e Toggenburg de um criatório localizado na Zona da Mata de Minas Gerais. Em complementação, foi avaliado o efeito do conservante Bronopol® no leite de cabras sobre a CCS. Para as 86 amostras de leite sem conservante, a média das leituras de CCS determinadas com o microscópio foi menor e diferiu (p <FONT FACE=Symbol>&pound;</FONT> 0,05) da média de CCS lidas pelo Somacount 300 padronizado com leite de vaca. Porém, a média de leituras de CCS das 86 amostras com Bronopol® lidas no microscópio não apresentou diferença significativa (p>0,05) em relação à obtida com o Somacount 300; e a curva de estimação de CCS no microscópio em função do Somacount foi significativa em nível de 95% com alta correlação, demonstrando a possibilidade de se utilizar o Somacount 300 padronizado com leite de vaca para leituras de CCS de leite de cabras conservado com Bronopol® dentro dos limites de CCS analisados neste estudo

    Lytic bacteriophages as a potential alternative to control Staphylococcus aureus

    Get PDF
    O objetivo deste trabalho foi caracterizar bacteriófagos autóctones e determinar sua atividade lítica em Staphylococcus aureus. Seis fagos foram isolados de água de lavagem de pisos de estábulos por meio do enriquecimento de cultura com três estirpes de S. aureus. Todos os fagos foram caracterizados pela digestão do DNA com enzimas de restrição e pelo sequenciamento do fragmento de DNA que codifica a endolisina. Cada fago foi testado contra 100 estirpes de S. aureus isoladas de casos de mastite bovina e de produtos lácteos pelo método de lise em placa. Sequências do gene de endolisina apresentaram alta conservação, com mais de 99% de similaridade a nível do nucleotídeo entre os fagos isolados. Foram identificados três domínios envolvidos no reconhecimento e na lise da parede celular bacteriana. Dois bacteriófagos isolados de estábulos apresentam alta atividade lítica em S. aureus, em ampla gama de estirpes, o que indica seu potencial para estudos de fagoterapia em gado leiteiro ou como agente de controle biológico para produtos lácteos.The objective of this work was to characterize autochthonous bacteriophages and to determine their lytic activity on Staphylococcus aureus. Six phages were isolated from dairy barn flush water through enrichment cultures with three S. aureus strains. All phages were characterized by DNA digestion by restriction enzymes and sequencing of the DNA fragment encoding endolysin. Each phage was tested against 100 S. aureus strains isolated from bovine mastitis and from dairy products using the lysis-plate method. The sequences of the endolysin gene were highly conserved, with nucleotide similarity higher than 99% among the isolated phages. Three domains involved in the recognition and lysis of the bacterial cell wall were identified. Two bacteriophages isolated from the dairy barns present high lytic activity on S. aureus, on a wide range of host strains, indicating their potential for studies on phage therapy in dairy cattle or as a biological control agent for dairy products

    Enterotoxigenic potential of Staphylococcus aureus isolated from Artisan Minas cheese from the Serra da Canastra - MG, Brazil

    No full text
    This study aimed to evaluate the presence of enterotoxigenic S. aureus in the endogenous starter and in Artisan Minas cheeses from the Serra da Canastra. Sixteen samples of endogenous starters and cheese were collected during the rainy and dry seasons. The isolation and enumeration of S. aureus were performed using the PetrifilmTM-Rapid S. aureus Plate Count method. The presence of enterotoxin in the cheese samples was analyzed by the Optimal Sensitivity Plate (OSP) method and the ELFA-VIDAS®-Staph enterotoxin-II assay. S. aureus strains were tested for their ability to produce enterotoxins using the Optimal Sensitivity Plate (OSP) method and the polymerase chain reaction (PCR) assay for the classical enterotoxin genes. The Optimal Sensitivity Plate (OSP) method data showed that staphylococcal enterotoxin A (SEA) was detected in 75% of the cheese samples, but no toxin was detected with the ELFA-VIDAS method. It was found that 12.5% of the isolated strains produced staphylococcal enterotoxin A (SEA) and staphylococcal enterotoxin C (SEC). When using the the polymerase chain reaction (PCR) assay, only one isolate was found to harbor an enterotoxin gene, contrary our expectations. However, discrepancies between the immunological and molecular assays are not uncommon. Despite the fact that most isolates did not produce classical enterotoxins, high S. aureus counts in the cheese samples causes concern since there is a risk of the presence of non-classical enterotoxins

    Toxigenic status of staphylococcus aureus isolated from bovine raw milk and minas frescal cheese in brazil

    Get PDF
    International audienceA group of 291 Staphylococcus aureus isolates from mastitic cow's milk (n = 125), bulk tank milk (n = 96), and Minas frescal cheese (n = 70) were screened for staphylococcal enterotoxin (SE) genes (sea, seb, sec, sed see, seg, seh, sei, selj, and sell) and for the tst-1 gene encoding staphylococcal toxic shock syndrome toxin 1 by PCR assay. A total of 109 (37.5%) of the isolates were positive for at least one of these 11 genes, and 23 distinct genotypes of toxin genes were observed. Of the S. aureus isolates bearing SE genes, 17 (13.6%) were from mastitic cow's milk, 41 (41.7%) were from bulk tank milk, and 51(72.9%) were from Minas frescal cheese. The occurrence of exclusively more recently described SE genes (seg through sell) was considerably higher (87 of 109 PCR-positive strains) than that of classical SE genes (sea through see, 15 strains). The SE genes most commonly detected were seg and sei; they were found alone or in different combinations with other toxin genes, but in 60.8% of the cases they were codetected. No strain possessed see. The tst-1 gene was found in eight isolates but none from mastitic cow's milk. Macrorestriction analysis of chromosomal DNA from 89 S. aureus isolates positive for SE gene(s) was conducted with the enzyme SmaI. Fifty-five distinct pulsed-field gel electrophoresis patterns were found, demonstrating a lack of predominance of any specific clone. A second enzyme, ApaI, used for some isolates was less discriminating than SmaI. The high genotype diversity of potential toxigenic S. aureus strains found in this study, especially from Minas frescal cheese, suggests various sources of contamination. Efforts from the entire production chain are required to improve consumer safety
    corecore