38 research outputs found

    Modos de subjetivación y precarización de la vida: impactos en contextos rurales

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    Modos de subjetivación y precarización de la vida: impactos en contextos rurales. El presente texto se propone discutir algunas interfaces entre los contextos rurales y el campo de la salud mental. Inicialmente, problematizamos las condiciones de vida en el medio rural, llamando atención sobre las diferentes ruralidades, y operando a partir del concepto de vulnerabilidad y sus impactos en la salud mental. A continuación, ampliamos esa discusión abriendo el diálogo a otras perspectivas analíticas, por ejemplo la discusión aportada por Judith Butler sobre la precarización de la vida y la necropolítica de Mbembe. Por último, pretendemos contribuir a las investigaciones que buscan entender las condiciones de vida y salud mental de las poblaciones rurales y aportar a prácticas de cuidado territorializadas, considerando las especificidades de los modos de vida y de las necesidades de esas poblaciones, y alertando sobre el agravamiento de las condiciones de inequidad y desprotección que se derivan de un proyecto político conservador en curso en nuestra sociedadModos de subjetivação e precarização da vida: rebatimentos em contextos rurais. O presente texto, de cunho teórico, objetiva discutir algumas interfaces entre contextos rurais e o campo da saúde mental. Inicialmente problematizamos as condições de vida no meio rural, chamando atenção para as ruralidades, e operando a partir do conceito de vulnerabilidade e seus rebatimentos na saúde mental. Em seguida, ampliamos essa discussão abrindo diálogo com outras perspectivas analíticas, a exemplo da discussão aportada por Judith Butler sobre a precarização da vida e da necropolítica de Mbembe. Por fim, pretendemos contribuir com as investigações que buscam entender as condições de vida e saúde mental das populações rurais e subsidiar práticas de cuidado territorializadas, considerando as especificidades dos modos de vida e necessidades dessas populações e atentando para o agravamento das condições de iniquidade e desproteção decorrentes de um projeto político conservador em curso em nossa sociedade.This theoretical paper aims to examine some of the interfaces between rural settings and the field of mental health. First, living conditions in rural regions will be discussed, exploring rurality from a perspective of vulnerability and its impact on psychological health. Next, we will expand this approach by analyzing other analytical perspectives, namely Judith Butler?s (2018) essay on the precariousness of life and Mbembe?s (2018) necropolitics. Finally, this paper seeks to contribute to research on the living conditions and mental health of rural populations, and to promote territorial practices. Consideration will also be given to the specific lifestyles and needs of this community ? without disregarding deteriorating conditions of inequality and insecurity arising from the conservative political discourse underway in our societyFil: Dimenstein, Magda. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; BrasilFil: Dantas, Candida. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; BrasilFil: Ferreira Leite, Jáder. Universidade Federal do Rio Grande do Norte; BrasilFil: Cirilo Neto, Mauricio. Universidade Potiguar; BrasilFil: Landini, Fernando Pablo. Universidad de la Cuenca del Plata. Secretaría de Políticas del Conocimiento. Instituto de Investigaciones Científicas (Sede Posadas); Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas; Argentin

    Condições de vida e saúde mental em contextos rurais

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    No cenário acadêmico há uma enorme escassez de investigações voltadas ao estudo das condições de vida e saúde mental das populações rurais. A maior parte dos estudos que tomam essas populações como foco se limita à discussão acerca da produtividade, sustentabilidade, agricultura familiar, violência no campo, conflitos agrários e fundiários. Em relação à saúde do trabalhador rural predominam pesquisas voltadas às morbidades associadas à aplicação múltipla e intermitente de agrotóxicos, dentre as quais estão as psiquiátricas e as tentativas de suicídio, bem como decorrentes da alteração tecnológica no campo e acidentes resultantes do processo de trabalho. Quando se trata de moradores de assentamentos de reforma agrária a desinformação é ainda mais evidente. Entretanto, esse grupo populacional apresenta vulnerabilidade considerável na medida em que tem uma trajetória de vida marcada pela precária condição de reprodução social e grande dificuldade de acesso às políticas e programas de saúde, educação, segurança, transporte, habitação, organização da produção, a despeito das ações governamentais desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para dar sustentação ao desenvolvimento dos assentamentos

    Residências Multiprofissionais em Saúde: problematizando a formação do psicólogo para o SUS

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    O objetivo do presente artigo é problematizar a formação de psicólogos para atuar no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de experiências nas Residências Multiprofissionais em Saúde (RMS). Foi realizado estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas com 17 psicólogos(as) egressos(as) de diferentes programas de um estado do Nordeste. Por meio de análise de conteúdo temática foram estabelecidos quatro eixos de análise: trajetória Profissional, experiência na RMS, experiência Docente e relação entre trajetória docente e RMS. Em relação à experiência na RMS, os entrevistados apontaram contribuições para inserção no mercado de trabalho, para qualificação na área da saúde, para a ampliação da visão de mundo e das possibilidades de compreender e do fazer em saúde. É um processo desafiador devido à intensa carga horária (60 horas semanais), às dificuldades estruturais dos serviços de saúde e às questões relacionadas diretamente à organização e funcionamento de cada programa. Conclui-se que diante das transformações ocorridas na atuação e formação em psicologia nas últimas décadas, especialmente em relação às ferramentas e ao aparato teórico-conceitual tradicionais da categoria, as experiências nas RMS podem acionar outros modos de fazer psicologia coerentes com os princípios e diretrizes do SUS

    Condições de vida, pobreza e consumo de álcool em assentamentos rurais: desafios para atuação e formação profissional

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    Objetivou-se investigar o consumo de álcool entre moradores de assentamentos rurais no RN e PI, identificando o padrão de uso e a relação com as condições de vida da população. Ademais, problematizar a atuação e formação profissional nesses territórios. Desenvolveu-se estudo descritivo-exploratório em 15 assentamentos nos dois estados (RN = 9 e PI = 6). Aplicou-se questionário sociodemográfico e o AUDIT em 1.999 moradores (752 homens e 1.247 mulheres). As famílias são compostas por até cinco pessoas, 47 anos em média, ganham de ½ a 2 salários, ensino fundamental predominante, fonte de sustentação na agricultura familiar, prestação de serviços, aposentadoria e programas sociais. O estudo mostrou que as condições de vida, fragilidades na infraestrutura dos assentamentos, gênero, renda, acesso aos serviços de saúde e educação, são fatores relacionados ao consumo problemático de álcool. Indica-se a necessidade de reorientar práticas e a formação profissional perante os determinantes da saúde mental da população do campo.Palavras-chave: Saúde mental; álcool; políticas públicas; população do campo; formação

    Pessoas idosas e sentidos de rural no interior do Rio Grande Do Norte

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    O estudo buscou conhecer os sentidos de rural e envelhecimento produzidos por pessoas idosas de uma comunidade rural do Rio Grande do Norte. Partindo da perspectiva construcionista social, valeu-se de entrevistas semiestruturadas junto a 13 pessoas da comunidade, com idade entre 60 e 85 anos. Os sentidos para rural se ligaram a: agricultura, alimentação, água, trabalho, saúde, sítio, campo, mato, interior, área, tudo na vida, desassistido, tranquilidade, configurando uma pluralidade de repertórios discursivos na elaboração de tais sentidos. Já os sentidos de envelhecimento se relacionaram a velho, idade, trabalhar menos, viver muito, experiência, tranquilidade. Tais sentidos negociam posições variadas a depender dos modos de inserção dos idosos na relação com a terra e com experiências vividas na cidade. Conclui-se que a produção de sentidos apresentam especificidades a partir de trajetórias de vida em um ambiente rural marcado por adversidades, mas de vinculação com o território por meio do trabalho, relações familiares e comunitárias

    Produção de conhecimento, psicologia e pensamento colonial

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    Esse estudo objetivou fazer um levantamento da produção latinoamericana em psicologia que toma por base o pensamento póscolonial e decolonial. Interessa-nos discutir as contribuições desses estudos e mapear quais críticas fazem aos paradigmas centrais da psicologia enquanto campo de saber e práticas profissionais. Realizamos uma revisão integrativa da produção bibliográfica sobre psicologia articulada ao pensamento decolonial no Portal de Periódicos Capes e Redalyc. Após o crivo de inclusão-exclusão, 30 artigos foram analisados. Os resultados apontam para a crítica à ênfase nos modelos teóricos e práticos advindos dos países centrais do capitalismo, a inadequação de teorias eurocêntricas na América Latina e a invisibilização da produção nacional e/ou latino-americana. Contudo, ainda são escassos os estudos na área que interrogam o racismo epistêmico e os modos de produção do conhecimento que aprofundam as experiências de colonialidade ao invisibilizar grupos destoantes do padrão de normatividade moderna

    Índia mulher: narrativa sobre identidade, corpo-território e autorreconhecimento

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    Este artigo tem por objetivo resgatar a história de vida de uma mulher indígena pensando seu corpo-território no processo de autorreconhecimento, a partir de referenciais teóricos decoloniais, feministas e de fronteira. Como metodologia apostamos na hibridização de ferramentas narrativas com a perspectiva ética-política da decolonialidade. Para a construção das narrativas, foram utilizados diários de campo, entrevistas abertas, fotografias e escrevivências da pesquisadora. A questão da identidade indígena é complexa, já que diz de processos subjetivos e também coletivos. No entanto, podemos perceber que ao contrário do que temos dado por identidade como algo que é estático, típico da modernidade, a história de vida estudada revela a identidade muito mais como um fluxo, movimento e transformação, em que a ideia de corpo-território é fundamental já que todas nós fazemos parte desse organismo vivo que é a terra

    O Impacto das Exigências de Excelência Científica na Saúde de Pesquisadoras PQ/CNPq da Psicologia

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    Objetivou-se discutir os efeitos das exigências da excelência científica na saúde das bolsistas PQ/CNPq da psicologia. Utilizou-se questionário on-line aplicado a uma amostra não probabilística de 85 mulheres, dentre as 204 bolsistas PQ/CNPq cadastradas no sistema e entrevistas remotas com 24 delas. As pesquisadoras identificam processos de adoecimento em razão das exigências do trabalho acadêmico e de pesquisa. Consideram que sustentar a carreira científica em nível de excelência em um contexto machista, patriarcal, desigual e precarizado reverbera negativamente na saúde. As mulheres, diferentemente dos pesquisadores homens, precisam lidar cotidianamente com o sexismo institucionalizado, com a discriminação e as hierarquias de poder nas universidades e instituições de pesquisa. Além disso, com as responsabilidades domésticas e familiares que ainda estão fortemente associadas às mulheres na cultura machista que impregna a sociedade brasileira. Esses fatores as tornam mais vulneráveis ao sofrimento e adoecimento. Percebe-se que as exigências acadêmicas se articulam às desigualdades de gênero, criando um ambiente propício à expansão dos gradientes de vulnerabilidade e intensificação do sofrimento psíquico, bem como de adesão das mulheres à racionalidade individualizante hegemônica que desconecta a produção de adoecimento do gerenciamento da vida e das imposições de gênero

    Fronteiras e fluxos no âmbito acadêmico: Interpelações de corpos transgressores da heteronormatividade

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    This study aims to analyze the circulation, experienced affect, boundaries and perceived permeability, resistances and negotiations of a transvestite student in the environment of a public university. The theoretical framework is based on gender and sexuality studies, as well as those that analyze processes of subjectivity within urban contexts.  The site of investigation was  at a federal university campus and the Psychology course in which the student is enrolled. Methodologically, this study used a narrative, registered in writing, of the student's daily practices and encounters at the university over a period of one week.  The narrative was analyzed from the perspective of Critical Discourse Analysis. The results show that in the daily routine at the university, the student faces barriers, and they also reveal the limits of the inhabited spaces, requiring great effort on the part of the student in the struggle for the recognition of rights. In relation to the Psychology course, results show that there is a lack of effective dialogue about questions of gender, and, in some way, the recurrence of traditional theoretical models that undermine the possibility of questioning non-heteronormative experiencesObjetivou-se analisar os modos de circulação, afetos vividos, fronteiras e porosidades percebidas, resistências e negociações operadas por uma estudante travesti no espaço de uma universidade pública. Recorreu-se aos estudos de gênero e sexualidade, bem como os que analisam processos de subjetivação relativos aos contextos urbanos. O cenário de investigação deu-se no campus de uma universidade federal e o curso de psicologia ao qual está vinculada a estudante. Metodologicamente, explorou-se uma narrativa das práticas cotidianas e dos encontros entre a estudante e o espaço da universidade durante uma semana, registrados por escrito. A análise dessa narrativa foi orientada pela perspectiva crítica do discurso. Os resultados apontam que os percursos cotidianos recortam a universidade com barreiras evidentes e revelam os limites dos espaços habitados, exigindo enorme esforço da estudante na luta pelo reconhecimento de seus direitos. Em relação ao curso de Psicologia, reconhece-se uma ausência de discussões mais efetivas sobre as questões de gênero e, em certa medida, a recorrência a modelos teóricos tradicionais que despotencializam a possibilidade de problematizar as experiências não heteronormativas

    Consumo de álcool em uma comunidade quilombola do nordeste brasileiro

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    The objective of this study is to identify patterns of alcohol consumption among men and women in a Quilombola – Maroon community in Rio Grande do Norte, Brazil. We aim un-derstand the reasons for alcohol use, identify strategies, care resources and social sup-port. As instruments we used: socio-demographic questionnaire (64 families), AUDIT and semi-structured interviews (N=12). We identified a greater abuse of alcohol in men (50.1%. N=61) than women (8.2% N=32). Findings about the reasons for alcohol consumption by the men were related to socialization strategies, social approval and pleasure, and for the women as a resource for solving problems and dealing with living conditions. There was little recognition of social support, a lack of seeking out health services, as care strategies and forms of help were found in religious or familial dimensions. We conclude that the living conditions aligned to the social spaces of gender influence alcohol consumption patterns.Objetivamos identificar os padrões de uso de álcool entre homens e mulheres de uma comunidade quilombola do Rio Grande do Norte, Brasil. Buscamos, ainda, conhecer os sentidos do consumo alcoólico, identificar as estratégias, recursos de cuidado utilizados e oferta de apoio social. Utilizamos as ferramentas: Questionário Sócio-demográfico (64 famí-lias), o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT) e entrevistas semi-estruturadas (n=12). Identificamos maior uso problemático nos homens (50,1%. n=61) comparado às mulheres (8,2%. n=32). Os sentidos sobre consumo de álcool pelos homens se relaciona-ram como estratégia de socialização, aprovação social e prazer e pelas mulheres como resolução de problemas e enfrentamento das condições de vida. Houve pouco reconhe-cimento de apoio social, baixa procura aos serviços de saúde, com estratégias de cuidado voltadas para a dimensão religiosa e familiar. Concluímos que as condições de vida aliadas aos lugares sociais de gênero interferem nos padrões de consumo da bebida
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