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    O brinquedo e o brincar: apontamentos vigotskianos

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    Este artigo busca explorar as concepções acerca do brinquedo e do ato de brincar presentes na obra de Vigotski, salientando o papel desta experiência no curso normal do desenvolvimento infantil. Para tal, discorre-se sobre alguns posicionamentos sobre o tema considerados equivocados pelo autor, mapeando os motivos de suas contestações, bem como se busca evidenciar a própria concepção vigotskiana do brincar, e suas implicações práticas no desenvolvimento psíquico. Por fim, comenta-se o paralelo, indicado pelo autor, entre o brincar, a criação e a linguagem infantil, enquanto experiências significativas no processo de internalização das funções mentais superiores, bem como as potencialidades do manejo pedagógico da atividade lúdica.Palavras-chave: Brinquedos. Crianças - Desenvolvimento. Vigotsky, L. S. (Lev Semenovich), 1896-1934

    SUJEITO E DISCIPLINAMENTO: CONTRIBUIÇÕES DE MICHEL FOUCAULT PARA PENSAR A EDUCAÇÃO FORMAL

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    This essay intend, by a bibliographyc revision, think about the person onEdication, through a Michel Foucault approach. The issue show the interrelationship betweenlecture and know, power and regimentation, furthermore point out the effects these elementsupon modern man´s formation. For this, we consider that foucaultiana proposal besides to makethe concepcion of persom unnatural, enlarge the office of education outside your refinement,working factually in the persom constitution and operating directly over subjectivity and bodies,who make several way of be.Este ensaio pretende, por meio de uma revisão bibliográfica, problematizar a questãodo sujeito da Educação através da abordagem do filósofo francês Michel Foucault. Aproblemática ressalta a leitura nas inter-relações entre saber, poder e disciplinamento e destaca osefeitos desses elementos sobre a formação do homem moderno. Para isso, considera-se que aproposta foucaultiana não só desnaturaliza a concepção de sujeito, mas também amplia o papelda educação para além do seu aprimoramento, trabalhando propriamente na constituição dosujeito e operando incisivamente sobre as subjetividades e sobre os corpos, forjando modos deser

    Avaliações educacionais em larga escala: ponderações críticas alicerçadas na obra de Paulo Freire

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    Recentemente, uma pauta candente na agenda educacional organiza-se em torno da consolidação das avaliações em larga escala ou avaliações de sistemas, como ação de política educacional. Com base nessa realidade, este texto sugere reflexões sobre a relação entre o pensamento de Paulo Freire e o direcionamento de um olhar crítico para as avaliações em larga escala enquanto instrumento de política educacional. Metodologicamente fundamentado em revisão bibliográfica circunstanciada, este artigo desenvolve ponderações críticas às avaliações de sistemas, apontando que, ao se problematizar o modelo consolidado para avaliações em larga escala, relativizam-se os resultados aferidos, e emerge a concepção de educação subjacente a tais práticas, o que permite a avaliação crítica, a flexibilização da pauta da agenda educacional contemporânea e, com isso, o resgate dos fundamentos libertários que, na concepção de Freire, devem pautar a educação

    As condições históricas para a existência da qualidade educacional constatada pelas avaliações em larga escala

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    Partindo da centralidade das avaliações em larga escala nas políticas educacionais dirigidas à Educação Básica no Brasil, no presente artigo busca-se apresentar o arranjo político-discursivo que sustenta a aparição da “qualidade educacional” enquanto objeto apreensível por meio das avaliações padronizadas de redes de ensino. Sustentando o objetivo de esmiuçar as afinidades existentes entre um discurso poderoso na agenda educacional: a qualidade educacional, embasada nas avaliações em larga escala dado que, possivelmente, seja nessa coexistência que o objeto qualidade educacional, positivado por intermédio das avaliações, emerge enquanto objeto discursivamente possível e politicamente pertinente. Pautados na metodologia da pesquisa bibliográfica e revisão de literatura, no texto utiliza-se uma abordagem pós-estruturalista amparada nos escritos de Michel Foucault, dirigida ao discurso oficial e aos enunciados acadêmicos, na busca de historicizar o presente, elucidando as ancoragens epistêmicas e políticas que inscrevem o objeto “qualidade educacional” atualmente, em outros termos, apresentar os dispositivos que fazem o discurso contemporâneo da qualidade ser possível e politicamente incisivo. Enunciados, ou mesmo objetos do discurso, instituem campos de batalha, no qual forças são taticamente ordenadas na luta pela imposição do sentido. Conclui-se que, nessa esteira o discurso oficial da qualidade comporta um viés político evidente, ofuscado por uma pretensa objetividade, operada por rituais de veridicção específicos, como a avaliação externa em larga escala. A fabricação do objeto qualidade educacional enquanto performance em testes padronizados, remete ao campo interdiscursivo, cujos enunciados proporcionam a ele pontos de ancoragem e minimizam ou ofuscam suas inconsistências

    O discurso médico-científico acerca da relação epilepsia e trabalho: Prescrições, limites e possibilidades ao sujeito trabalhador

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    This paper attempts to question the concepts related to epilepsy, and in particular, the medical-scientific discourse on the relationship between the disease and work life. A non-exhaustive literature review was used to examine historical and conceptual elements, aiming to identify how epilepsy was conceived in the West until it was understood through scientific knowledge, and how this knowledge mediated the capacitation or disablement of the subject undertaking paid work. When the pre-modern discourse declined, medical science appropriated epilepsy by giving it the status of an organic disease. However, the stigma of epilepsy, previously incited by obscure interpretations, has not been extinguished and it continues to interfere with personal relationships, especially when it is understood that work is a form of social relationship, involving the body and subjectivity. It is noteworthy that technical arguments supported by the perspective of risk and safety generate restrictive prescriptions to working life, while the academic sphere ponders the discourses which aim to preserve personal autonomy for sufferers of epilepsy, and basically these discourses can meet in contemporary times. The Foucaultian assumptions related to such discourses, in the knowledge-power perspective, can increase the lucidity around the effective organic materiality of this illness, emphasizing the discursive apprehension of the phenomenon and its effects.El ensayo busca problematizar las concepciones relativas a la epilepsia, y en especial, al discurso médico-científico sobre las relaciones existentes entre esa enfermedad y la vida de trabajo. A partir de una revisión de literatura no exhaustiva, se toman elementos históricos y conceptuales, con el objetivo de identificar cómo la epilepsia fue concebida en el occidente hasta ser encampada por el saber científico, y como éste discutía acerca de la capacitación o de la incapacitación del sujeto afectado para el trabajo remunerado. Se observa que, declinado el discurso premoderno, la ciencia médica se apropia de la epilepsia dando a ella el status de enfermedad orgánica, sin embargo, el estigma, antes incitado por interpretaciones oscuras, no ha sido extinguido e interfiere en la relación del sujeto acometido con el otro, sobre todo cuando se comprende que trabajar es una forma de relación social, en la que el cuerpo y la subjetividad están involucrados. Cabe señalar que los argumentos técnicos sostenidos desde la perspectiva del riesgo y de la seguridad generan prescripciones limitadoras a la vida laboral, lectura que se reflexiona en el contexto académico mediante discursos destinados a preservar la autonomía personal en la epilepsia, habiendo la cohabitación de esos discursos en la contemporaneidad. Los supuestos foucaultianos relativos a tales discursos, en la perspectiva del saber-poder, permiten ampliar la lucidez acerca de la efectiva materialidad orgánica de este mal, resaltándola de la aprehensión discursiva del fenómeno y sus efectos.O ensaio busca problematizar as concepções relativas à epilepsia e, em especial, ao discurso médico-científico sobre as relações existentes entre essa doença e a vida de trabalho. A partir de uma revisão de literatura não exaustiva, são retomados elementos históricos e conceituais, tendo como objetivo identificar como a epilepsia foi concebida no ocidente até ser encampada pelo saber científico e como esse saber discorreu a respeito da capacitação ou da incapacitação do sujeito acometido para o trabalho remunerado. Constata-se que, declinado o discurso pré-moderno, a ciência médica apropria-se da epilepsia, dando a ela o status de doença orgânica. Entretanto, o estigma, antes incitado por interpretações obscuras, não foi extinto, interferindo na relação do sujeito acometido com o outro, sobretudo quando se compreende que trabalhar é uma forma de relação social, em que o corpo e a subjetividade estão envolvidos. Nota-se que argumentos técnicos sustentados na perspectiva do risco e da segurança geram prescrições limitadoras à vida laboral, leitura esta, ponderada em âmbito acadêmico por discursos que visam preservar a autonomia pessoal na epilepsia, havendo a coabitação desses discursos na contemporaneidade. Os pressupostos foucaultianos relativos a tais discursos, na perspectiva do saber-poder, permitem ampliar a lucidez acerca da efetiva materialidade orgânica desse mal, destacando-a da apreensão discursiva do fenômeno e seus efeitos

    O retorno ao serviço de policiais militares gaúchos aposentados: um estudo sobre os fatores motivadores

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    Após o processo de aposentadoria, muitos policiais militares do estado do Rio Grande do Sul, optaram por retornar ao trabalho na instituição Brigada Militar. O retorno voluntário desses policiais é amparado por lei estadual, desde 1994, observando-se, desde então, que um número significativo de profissionais aderiu a essa possibilidade. Este estudo objetivou identificar os motivos que levam parte dos policiais militares a retornarem ao trabalho policial após a obtenção da aposentadoria. Frente a tal intento, realizou-se um estudo do tipo transversal e descritivo, na forma censitária, contemplando 109 Policiais Militares do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Planalto (CRPO/P), com sede em Passo Fundo (RS), pertencentes ao Corpo Voluntário de Militares Inativos da Brigada Militar, na faixa etária entre 45 e 64 anos. Focalizou-se quatro categorias prévias de análise: características sociodemográficas e pessoais, padrão de aposentadoria e renda, percepção do trabalho e motivos do retorno. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva simples e cotejados com as perspectivas teóricas da Psicologia Humanista de Maslow. Os resultados apontam as necessidades de estima e autorrealização como principais elementos motivadores do retorno à instituição, que incluem a necessidade de sentir-se útil e integrado a uma instituição, bem como à identificação com a profissão

    A noção de Gestão Democrática e sua apropriação local: um estudo sobre a legislação de municípios gaúchos

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    A Constituição 1988 e a LDB 9.394/1996, embora lembrem o princípio da Gestão Democrática, não detalham seu significado, extensão e mecanismos para a sua implementação no ensino público. Através da abordagem dos 497 Planos Municipais de Educação do Rio Grande do Sul, propõe-se a discussão dos principais critérios apresentados como indicadores de gestão democrática nas legislações municipais: desempenho; eleição de diretores; instituição e manutenção de colegiados. Desenham-se assim, indicadores que expressam a dimensão normativa da Gestão Democrática nos municípios gaúchos, instituídos frente a polissemia do significante ‘democracia’ e da imprecisão da legislação nacional

    RAZÕES DA FELICIDADE NA PERCEPÇÃO DE IDOSOS

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    Objetivo: identificar as razões da felicidade na percepção de pessoas idosas. Métodos:  é uma pesquisa exploratória e descritiva, qualitativa, realizada por meio de uma entrevista semiestruturada, por conveniência, com 19 pessoas idosas, de ambos os gêneros, não institucionalizadas, nas suas residências, em 2017 e 2018, em dois estados da região Sul do Brasil. Resultados: o que emergiu das falas das pessoas idosas desdobrou-se em duas categorias que se entrelaçam e se complementam: Hierarquia das razões da felicidade e Felicidade e convivência. Conclusões: os resultados da pesquisa indicam que os participantes conceberam as razões da felicidade como subjetiva, mutável, motivacional, intrínseca, pautada nos valores da consciência, no cuidado de si, tese corroborada pelas éticas teleológicas antigas e revisitadas atualmente, considerando as estranhezas históricas, por filósofos franceses como Pierre Hadot, Luc Ferry e Frédéric Lenoir. A convivência familiar e a participação em grupos de convivência de idosos, seguido de amizades, trabalho, vida digna e paz, apareceram como promotores da felicidade, da saúde, da qualidade de vida, da realização de uma vida feliz mais sólida, mas jamais totalmente realizável.
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