554 research outputs found

    Factores de risco psicossociais para a saúde mental

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    O conceito de saúde mental deve envolver o homem no seu todo biopsicossocial, o contexto social em que está inserido assim como a fase de desenvolvimento em que se encontra. Neste sentido, podemos considerar a saúde mental como um equilíbrio dinâmico que resulta da interacção do indivíduo com os seus vários ecossistemas: O seu meio interno e externo; as suas características orgânicas e os seus antecedentes pessoais e familiares (Fonseca, 1985). Numa abordagem à influência de factores sociais na saúde mental, foi referido que a saúde mental deixou de ser a ausência de doença, problemas mentais e psíquicos, mas sim a percepção e consciência dos mesmos, e a possibilidade pessoal e/ou colectiva de os solucionar, de os modificar, de intervir sobre eles (Uribe Vasco et al., 1994). A nível laboral, vários estudos têm demonstrado que as condições em que se desempenha um posto de trabalho, a oportunidade de controlo, a adequação entre as exigências do cargo e as capacidades da pessoa que o desempenha, as relações interpessoais, a remuneração e a segurança física, entre outros, são factores de relevo para o bem estar psicológico dos trabalhadores e para a sua saúde mental

    Situações indutoras de stress no trabalho dos enfermeiros em ambiente hospitalar

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    As situações indutoras de stress no trabalho dos profissionais de saúde, embora sejam, por muitos, reconhecidas, têm sido um pouco descuradas nos estudos de investigação realizados. Sabe-se, porém, que os serviços de saúde, os hospitais em particular, constituem organizações bastante peculiares, concebidas quase exclusivamente em função das necessidades dos utentes. Dotados de sistemas técnicos organizacionais muito próprios , proporcionam aos seus trabalhadores, sejam eles técnicos de saúde ou não, condições de trabalho precárias, sendo, na maior parte das vezes, piores do que as verificadas na grande maioria dos restantes sectores de actividade. Assim sendo, o trabalho em ambiente hospitalar contribui não só para a ocorrência de acidentes de trabalho, como também para desencadear frequentes situações de stress e de fadiga física e mental. Por estas e outras razões, consideramos de grande interesse proceder a uma abordagem dos factores de stress do ambiente de trabalho, particularmente a nível da Organização Hospitalar, e da sua relação com a saúde mental dos indivíduos. Isto, porque as circunstâncias indutoras de stress devem ser identificadas e analisadas adequadamente, para que seja possível uma intervenção eficaz, no sentido de as modificar ou de minimizar os seus efeitos negativos. Antes, porém, de abordarmos algumas das situações de stress, mais comuns na profissão de enfermagem, consideramos de interesse referir algumas características e funções da Organização Hospitalar, bem como os aspectos técnicos e relacionais do trabalho dos profissionais de saúde, preconizada pela OMS no seu "Programa Saúde Para Todos No Ano 2000"

    Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vida

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    Eysenk (1950) desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, com base em procedimentos estatísticos e no conceito de traço, segundo o qual a pessoa pode ser classificada de acordo com as duas dimensões seguintes: a dimensão neuroticismo/estabilidade e a dimensão extroversão/introversão. Estas dimensões são vulgarmente referidas pelas suas primeiras designações: neuroticismo e extroversão, respectivamente. O autor definiu também os termos “Tipo” e “traço” como: ”Tipo é um grupo de traços correlacionados e Traço é um grupo de actos correlacionados do comportamento ou tendência para a acção”. A partir destes aspectos, Eysenk definiu personalidade como “ a organização mais ou menos estável e persistente do carácter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao ambiente que o rodeia” (Eysenk, 1970)

    Science ecology, diversity ethics and transdisciplinary education

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    O paradigma de pensar o mundo de forma fragmentada, que consolida as ciências modernas nascidasno século XVII, mostra-se, sobretudo a partir da primeira metade do século XX, insuficiente paracompreender a complexidade dos fenômenos – sejam eles físicos ou sociais. Uma ecologia dos conhecimentos,hoje em construção, reconhece a multidimensionalidade dos fenômenos e a interconexão entresistemas, ao mesmo tempo em que reafirma a diversidade cultural e cognitiva como princípios capazesde ultrapassar a “monocultura da mente” e questionar a ocidentalização do planeta.The paradigm of thinking the world in a fragmented way that permeates the modern sciences born inthe 17th Century, especially from the first half of the 20th Century onward, is unsatisfactory to the understandcomplex phenomena – be them physical or social. An ecology of knowledge, as it is now beingconceived, recognizes the multidimensionality of phenomena and the interconnection among systems,at the same time that it reaffirms both cultural and cognitive diversity as principles capable of surpassingthe “monoculture of mind” and questioning the planet’s Westernization

    O TERRITÓRIO DO SUJEITO IMPLICADO ”“ CIÊNCIA NÔMADE

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    The paper discusses one of the seminal principles of the sciences of complexity: ‘reintroduction of subject in knowledge’, as Edgar Morin proposition. Such epistemological attitude had been expressed by scientists and thinkers such as Michel Eyquem Montaigne, Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg and Ilya Prigogine, among others. As an extension of this questioning, a nomad science able to facilitate the expansion and re-creation of concepts and interpretations is advocated. So it is argued that a more visceral trial of the diversity of scenarios and imaginary contexts experienced by the intellectual, which means boldness, uncertainty and courage to live always new limits and challenges. It is a science of state wholeness committed with the permanent metamorphosis of the subject and its action in the world.O artigo problematiza um dos princípios seminais das ciências da complexidade: a reintrodução do sujeito no conhecimento, conforme proposição de Edgar Morin. Tal atitude epistemológica já havia sido expressa por cientistas e pensadores como Michel Eyquem Montaigne, Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg e Ilya Prigogine, dentre outros. Como desdobramento dessa problematização, propugna-se uma ciência nômade capaz de facilitar a ampliação e recriação de conceitos e interpretações. Para isso defende-se uma experimentação mais visceral da diversidade dos cenários e contextos imaginários vividos pelo intelectual, o que supõe ousadia, incerteza e coragem para viver sempre novos limites e desafios. Trata-se de afirmar uma ciência da inteireza comprometida com a metamorfose permanente do sujeito e de sua ação no mundo

    Educação como aprendizagem da vida

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    Uma sociedade-mundo que oscila entre a ocidentalização do planeta e adiversidade cultural, entre progresso e miséria, e entre as “alternativasde metamorfose da sociedade ou sua catástrofe” (MORIN, 2008a, p.38)parece ter na educação uma chave importante para enfrentar o cenário deincerteza que caracteriza nosso futuro comum. Ultrapassar a fragmentaçãodos conhecimentos, religar saberes e transpor as deficiências da sociedadeda informação configura o horizonte aberto do conhecimento complexo ede uma reforma do pensamento e da educação. “Educar para a vida” passaa ser, segundo Edgar Morin, o papel e a missão da educação afinada com uma ecologia das idéias.A world-society that ranges from the Westernization of the world to culturaldiversity, from progress to poverty, and from the “society’s metamorphosisalternatives or its disaster” ( MORIN, 2008a, p.38) seems to have in education an important key to face the scenario of uncertainty that characterizesour common future. Overcoming the fragmentation of knowledge, reconnectknowledge and transpose the shortcomings of the information societyset the open horizon of complex knowledge and a reform of thought andeducation. ‘Educating for life’ becomes, according to Edgar Morin, therole and mission of education tuned with an ecology of ideas

    A análise económica de processos como ferramenta de decisão no decurso do seu desenvolvimento

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    Trabalho final de mestrado para obtenção do grau de mestre em Engenharia Química e BiológicaEste trabalho tem como principal objectivo compreender a importância da selecção das ferramentas de estimativa económica nas decisões tomadas durante o desenvolvimento de um processo. São utilizados três métodos de estimativa económica baseados em custos de equipamentos adquiridos, dando-se maior relevância ao Aspen Economic Evaluation (AEE), ferramenta inserida no simulador de processos Aspen HYSYS® (AH). Exploram-se ainda duas fontes teóricas de acesso livre disponíveis em “Chemical Engineering Design – Principles, Practice and Economics of Plant and Process Design” de Gavin Towler e Ray Sinnott, 2ª Edição de 2013, e em http://www.mhhe.com/engcs/chemical/peters/data/, que consiste numa plataforma interactiva baseada nos conteúdos do livro “Plant Design and Economics for Chemical Engineers”, 5ª Edição, escrito por Max S. Peters, Klaus D. Timmerhaus e Ronald E. West, publicado em 2002 pela McGraw Hill. O corpo deste trabalho apresenta vários Estudos de Casos de aplicação de equipamentos cujas estimativas económicas são determinadas com recurso ao AEE, seguindo-se de um capítulo de apresentação e comparação dos resultados obtidospara os mesmos casos através dos métodos empíricos acima mencionados. Estudamse vários exemplos de aplicação de bombas centrífugas, compressores, permutadores de calor de casco e tubos e colunas de destilação, variando -se condições de trabalho e parâmetros de dimensionamento. A execução deste trabalho permitiu conhecer e compreender a dimensão das limitações da aplicação dos métodos empíricos abordados na realização de estimativas de custos de equipamentos, ao nível das condições de trabalho e dos parâmetros de dimensionamento abrangidos. Consequentemente percebeu-se que estas limitações podem conduzir a decisões menos vantajosas, mesmo numa fase preliminar do desenvolvimento de um processo onde as estimativas de ordem de magnitude realizadas toleram erros de até 50%. Aponta-se assim maior benefício na utilização do AEE para este fim, apesar da sua menor simplicidade de utilização.Abstract: The leading purpose of this paper consists in understanding the importance of the economic estimation tool selection on the decisions made through process development. Three economic estimation methods based on purchased equipment areused, giving more relevance to Aspen Economic Evaluation (AEE), which consists in a tool included in the process simulation software Aspen HYSYS® (AH). Two free access theoretical methods are also explored and can be consulted in “Chemical Engineering Design – Principles, Practice and Economics of Plant and Process Design”, by Gavin Towler and Ray Sinnott, 2ndEdition of 2013, and in the website http://www.mhhe.com/engcs/chemical/peters/data/, which consists in an interactive platform based on the contents of the book “Plant Design and Ec onomics for Chemical Engineers”, 5thEdition, by Max S. Peters, Klaus D. Timmerhaus and Ronald E. West, published in 2002 by McGraw Hill. This paper main content includes several Case Studies centered on different equipment applications whose economic estimates are determined using AEE, followed by a chapter of results comparison where the same estimates are obtainedresorting to the theoretical methods above mentioned. These Case Studies embraced different work conditions and sizing parameters for some examples of centrifugal pumps, compressors, shell and tube heat exchanger s and distillation columnsapplications. This project execution made possible to recognize and understand the dimension of the limitations of the economic estimation theoretical methods approached, in concernto work conditions and sizing parameters. Hence, it was possible to understand that these restrictions may lead to less convenient decisions, even in a preliminary stage of process development where order of magnitude estimates admit errors up to 50%. Therefore, it was acceptable to distinguish AEE as a superior tool for economic estimates, even despite to its less simple usage.N/

    A importância de uma atração em meio rural: o caso do parque aquático da Almargem

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    O turismo tem vindo a posicionar-se como um dinamizador das zonas rurais através da criação de atrações turísticas que constituem para os visitante os principais motivos de deslocação a um destino, e consequentemente permitem estimular a economia local e beneficiar a região onde se insere. O parque aquático da Almargem é considerado neste estudo como uma atração turística com potencial para dinamizar a região onde se localiza, a NUT III Viseu Dão Lafões (VDL), ela própria inserida na Região Centro. Tratando-se de uma zona rural é importante entender que a construção de um parque temático pode representar um desafio que se pretende avaliar neste estudo. Por esse motivo o objetivo principal deste projeto será entender qual a importância de um parque temático como o parque aquático da Almargem para o desenvolvimento do turismo em meio rural. Para tal, optou-se por uma metodologia qualitativa, por esta ser a mais utilizada na temática estudada, mas também por ser adequada à situação. Assim, a escolha de entrevistar os agentes territoriais foi determinada pelo facto do parque aquático da Almargem ainda estar em construção. Assim, foram entrevistados 14 agentes locais, dos quais cinco câmaras municipais (cidades de VDL), quatro grupos de acção local (GAL), duas entidades públicas relevantes e três entidades privadas todos ativos na área do turismo em VDL. Estas entrevistas permitiram avaliar que uma atração turística em VDL é importante para dinamizar a economia local, emergindo assim uma aposta no turismo claramente assumida pelos organismos públicos, mas com entidades privadas também avançando com projetos apoiados pelo quadro comunitário, como o parque aquático da Almargem, que acaba por se posicionar como um complemento da oferta turística do território.Tourism has become a driving force for rural areas through the creation of tourist attractions that are the main reasons for visitors to travel to a destination and, consequently, stimulate the local economy and benefit the region where it is located. The Almargem water park is considered in this study as a tourist attraction with potential to energize the region where it is located, the NUT III Viseu Dão Lafões (VDL), itself inserted in the Center Region. In the case of a rural area, it is important to understand that the construction of a theme park can represent a challenge that we intend to evaluate in this study. For this reason, the main objective of this project will be to understand the importance of a theme park such as the Almargem water park for the development of tourism in rural areas. For this, a qualitative methodology was chosen, since it is the most used in the studied subject, but also because it is appropriate to the situation. Thus, the choice of interviewing the territorial agents was determined by the fact that the Almargem water park is still under construction. Thus, 14 local agents were interviewed, including five city councils (VDL cities), four local action groups (LAGs), two relevant public entities and three private entities all active in the tourism sector in VDL. These interviews allowed to evaluate that a tourist attraction in VDL is important to dynamize the local economy, thus emerging a bet on tourism clearly assumed by the public organisms, but with private entities also advancing with projects supported by the community framework, such as the Almargem water park, which ends up being positioned as a complement to the tourist offer of the territory.Mestrado em Gestão e Planeamento em Turism

    Bifurcações de um sistema químico com controlador

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    Dissertação de Mestrado em Matemática Aplicada apresentada à Faculdade de Ciências da Universidade do Port

    Will Kymlicka e David Miller: multiculturalismo, nacionalismo e secessão

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    Dissertação Mestrado em FilosofiaEste trabalho analisa as teorias de Will Kymlicka e David Miller sobre multiculturalismo, nacionalismo e secessão. Kymlicka defende que a aceitação dos direitos liberais é compatível com o reconhecimento de um estatuto especial das minorias culturais. Miller, por sua vez, é comunitarista; contudo, aproxima-se de certo tipo de liberalismo, já que, segundo a sua perspectiva, a nação é a comunidade central na vida do indivíduo, mas deve respeitar os direitos humanos. Kymlicka propõe o desenvolvimento de políticas multiculturalistas, para garantir a integração dos imigrantes e propõe o fomento de políticas de construção da nação pelas minorias nacionais; a relação entre os direitos destas minorias e as políticas de construção da nação é dialéctica. O federalismo multinacional assimétrico é o mecanismo mais adequado para reconhecer os direitos de autogoverno das minorias nacionais, pois permite o surgimento de uma cidadania diferenciada e contribui para a redução dos conflitos sociais. Para Miller, a identidade nacional é constitutiva da identidade pessoal; partilhá-la impõe obrigações especiais mútuas e gera uma aspiração à autodeterminação; o ideal seria Estado e nação coincidirem, o que é raro; portanto, nas sociedades contemporâneas é dever do Estado equilibrar o respeito pelas identidades de grupo com o respeito pela identidade nacional, criando uma cidadania comum e limitada, que é condição indispensável para impedir a fragmentação. Esta concepção de cidadania corresponde, segundo Miller, ao ideal da cidadania republicana e é a mais adequada a uma democracia deliberativa. Ambos os autores manifestam consciência de que as suas teorias políticas implicam a possibilidade de algumas minorias se tornarem secessionistas. Miller reconhece o direito à secessão e define critérios para determinar a sua legitimidade: o princípio da nacionalidade, o princípio da justiça distributiva e a viabilidade dos Estados envolvidos na secessão. Kymlicka, por sua vez, constata que existem movimentos secessionistas e considera que as federações multinacionais são a melhor forma de evitar a fragmentação dos Estados, embora não consigam, nem devam, eliminar os movimentos secessionistas.This work analyses Will Kymlicka’s and David Miller’s theories on multiculturalism, nationalism and secession. Kymlicka argues that acceptance of liberal rights is compatible with the recognition of a special status for cultural minorities. Miller is a communitarian; however, he is close to a certain type of liberalism, because on his perspective, the nation is the central community in the individual’s life, but it should respected human rights. Kymlicka proposes the development of multicultural policies, in order to guarantee the integration of immigrants and proposes the encouragement of nation-building policies by national minorities; the connection between the rights of these minorities and nation-building policies is dialectic. Asymmetrical multinational federalism is the most suitable mechanism to recognise self-government rights for national minorities, as it allows the rise of a differentiated citizenship and helps to reduce social conflicts. For Miller, national identity is a constituent of personal identity; sharing it imposes certain specific mutual obligations and creates a longing for self-determination; the ideal would be for state and nation to coincide, which is rare; thus, in contemporary societies it is a duty of the state to balance respect for group identities with respect for national identity, creating a common and bounded citizenship, which is a necessary condition for preventing fragmentation. According to Miller, this concept of citizenship corresponds to the ideal of republican citizenship and it is the most suitable for a deliberative democracy. Both authors are aware that their political theories could lead some minorities to favour secession. Miller acknowledges the right to secession and defines criteria to determine its legitimacy: the principle of nationality, the principle of distributive justice and the viability of states involved in secession. For his part, Kymlicka recognises that secessionist movements exist and believes that multinational federations are the best way to avoid fragmentation of states, although they are not able to, nor should they, eliminate secessionist movements
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