102 research outputs found

    Análise das complicações tardias após transplante de células-tronco hematopoéticas em pacientes com anemia de Fanconi

    Get PDF
    Orientador: Prof. Dr. Ricardo PasquiniCo-orientadora: Profª. Drª. Neiva Isabel Rodrigues MagdalenaTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 27/11/2014Inclui referênciasÁrea de concentração: Hematologia e oncologia pediátricaResumo: A anemia de Fanconi (AF) é herdada de maneira autossômica recessiva, excepcionalmente ligada ao cromossomo X e caracterizada por uma falência progressiva de medula óssea, malformações congênitas e uma enorme predisposição ao câncer. O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é a única possibilidade de cura para as complicações hematológicas da AF. Os resultados do transplante são excelentes especialmente nos pacientes jovens, em fase de aplasia e com doadores aparentados compatíveis. No entanto, existem poucos dados na literatura em relação às complicações tardias após o TCTH nestes pacientes. Este estudo compreende a avaliação de 157 pacientes que sobreviveram pelo menos 2 anos após o TCTH, cujo seguimento variou de 2 a 25 anos (Mediana de 8,7 anos) e que foram transplantados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná entre 1988 e 2011. No momento do transplante, 80% dos pacientes encontravam-se em fase de aplasia, 71% foram transplantados com doadores aparentados e 29% com doadores não aparentados. Diversos regimes de condicionamento foram utilizados e a medula óssea foi a fonte de células-tronco em 89% dos casos. Quimerismo completo foi observado em 76% dos casos e a rejeição ocorreu em apenas um paciente após os dois anos. Aos dois anos pós-TCTH, 16 pacientes apresentavam DECH crônica em atividade e 16 estavam em uso de tratamento imunossupressor. A incidência cumulativa do carcinoma espinocelular (CEC) de cavidade oral foi de 8% aos 10 anos e 14% aos 15 anos pós-TCTH. Apenas 2 dos 12 pacientes com CEC estão vivos após 5 anos do diagnóstico do câncer, sem evidência de doença. Os pacientes com DECH crônica desenvolveram o CEC mais jovens e numa fase mais precoce após o TCTH do que aqueles sem DECH crônica. Nos patientes avaliáveis, o hipotireoidismo foi detectado em 25% e o hipogonadismo em 40%. Ao todo, 4 mulheres tiveram gestações normais com fetos saudáveis. Outras complicações neurológicas, auditivas, visuais, pulmonares, hepáticas e renais relacionadas ao procedimento do transplante ou à doença básica também foram descritas em menor frequência. A probabilidade de sobrevida aos cinco anos foi de 95%, aos 10 anos de 90% e aos 15 anos de 79%. A sobrevida global foi influenciada de maneira negativa pela realização de transplantes antes de 2003, pela presença de DECH crônica e pelo diagnóstico do CEC. A maior causa de óbito foi o CEC de cavidade oral seguida pela DECH crônica e suas complicações infecciosas. Esta análise confirma que o TCTH é um tratamento eficaz para os pacientes com AF. A sobrevida foi melhor para os pacientes transplantados recentemente e para aqueles que não tinham DECH ou câncer. A maioria dos pacientes que sobreviveram mais do que 2 anos tinham uma vida normal e com um quimerismo completo. Mais esforços são necessários para diminuir o impacto das complicações tardias relacionadas a doença ou ao procedimento do transplante. A prevenção ou detecção precoce do CEC pode levar a um aumento na sobrevida no futuro. Palavras-chave: Anemia de Fanconi. Complicações tardias. Câncer. Doença do enxerto contra o hospedeiro.Abstract: Fanconi Anemia (FA) is an autosomal recessive disorder rarely X-linked, characterized by progressive bone marrow failure, congenital abnormalities and a striking predisposition to cancer. Hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is the only treatment able to cure the hematological complications associated with FA. Survival after transplant is excellent especially in young patients with aplastic anemia and matched related donors. However, only limited data are available regarding late complications after HSCT for these patients. This study evaluated late effects among 157 patients followed between 2 and 25 years (median 8.7 years) who survived for at least 2 years after transplant. These patients were transplanted at the Hospital de Clínicas - Federal University of Parana between 1988 and 2011. At the time of transplant, 80% of patients were in aplastic phase, 71% received transplants from related donors while 29% were transplanted using unrelated donors. Several preparatory regimens were used and bone marrow was the stem cell source in 89% of patients. Full donor chimerism was observed in 76% of patients and only one patient rejected after 2 years. At the time of study entry, 16 patients had active chronic GVHD and 16 patients were still receiving immunosuppressive therapy. The probability of survival was 95% at 5 years, 90% at 10 years and 79% at 15 years. Overall survival was negatively impacted by transplants performed before 2003, presence of chronic GVHD and diagnosis of squamous cell carcinoma (SCC). The cumulative incidence of SCC of the mouth at 10 years was 8% and at 15 years was 14%. Only 2 patients with SCC are alive, disease free, 5 years after diagnosis. Patients with GVHD developed this complication at a younger age and earlier after transplant when compared to patients who did not have GVHD. In evaluable patients, 25% had hypothyroidism and 40% had the diagnosis of hypogonadism. Normal pregnancies occurred in 4 females with normal offsprings. Other neurological, auditory, visual, pulmonary, hepatic and renal complications related to the disease or to the transplant procedure were also described in a lower frequency. SCC of the mouth was the major cause of death followed by GVHD and its infectious complications. In summary, this analysis confirms that HSCT is an effective treatment for paients with FA. Survival was better for patients transplanted more recently and without chronic GVHD or SCC. The majority of patients who survived beyond 2 years after transplantation had normal lives and full donor chimerism. Further efforts are needed to reduce the burden of late complications related to the disease or to the transplant procedure. Prevention or early detection of SCC may yield further improvement in survival in the future. Keywords: Fanconi anemia. Late complications. Graft versus Host Disease. Cancer. Long term follow up

    RELAÇÃO PAIS E FILHOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR: UM ESTUDO DE CASO1

    Get PDF
    Este trabalho é um resumo revisto e ampliado de um estudo de caso de um aluno do ensino fundamental, que apresentava baixa motivação para aprendizagem e pouco envolvimento com as tarefas propostas. Na análise do caso, observou-se uma relação entre essa baixa motivação para a aprendizagem com o contexto familiar, principalmente no tocante à relação pais-filho. O trabalho traz reflexões sobre a relação pais e filhos, e suas possíveis repercussões no processo de aprendizagem escola

    Perfil de formação e inserção profissional de jovens pacientes com Anemia de Fanconi

    Get PDF
    RESUMOA Anemia de Fanconi - AF é uma doença genética rara caracterizada pela falência progressiva da medula óssea, malformações congênitas e propensão ao desenvolvimento de leucemia e certos tumores sólidos. Ainda que a estabilidade hematológica seja obtida com o Transplante de Medula Óssea, destaca-se que os pacientes necessitam de acompanhamento especializado vitalício. Um número cada vez maior de pacientes está chegando à juventude e à idade adulta e o desafio, em comparação com outros diagnósticos, é prevenir complicações tardias, sobretudo o risco aumentado de câncer. As especificidades deste público têm trazido particular demanda ao assistente social, especialmente no desenvolvimento de estratégias de acompanhamento de longo prazo. Neste contexto, tornam-se relevantes para os jovens com AF as investigações sobre formação, profissionalização e inserção no mercado de trabalho. Este estudo, inédito na América Latina, objetivou descrever o perfil de formação e inserção profissional de 69 pacientes com AF, entre 18 e 29 anos, acompanhados por um centro de referência, por meio de estudo observacional, quantitativo, transversal descritivo. A população de estudo foi de 69 pacientes com diagnóstico de AF, idade entre 18 - 29 anos (média = 22,32 anos). Concluiu-se que são baixas as porcentagens de jovens inseridos no mundo do trabalho e de concluintes de curso superior, com possibilidade de mudança num futuro próximo.Palavras-chave: Anemia de Fanconi. Serviço Social. Escolaridade. Inserção Profissional. Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas.ABSTRACTFanconi Anemia (FA) is a rare genetic disease characterized by progressive bone marrow failure, congenital malformations, and the tendency of developing leukemia and some solid tumors. Although hematological stability is obtained with Bone Marrow Transplant, it is noteworthy that patients require specialized lifelong follow-up. There have been more and more patients reaching youth and adulthood and the challenge, compared to other diagnoses, is to prevent late complications, especially an increasing risk of cancer. The specificities of such patients have brought particular demands to the social worker, especially in the development of long-term follow-up strategies. Thus, research on training, professionalization and insertion in the job market becomes relevant for young FA sufferers. The following paper, unpublished in Latin America, aimed to describe the professional training and insertion profile of 69 AF sufferers, between 18 and 29 years old ( 22,32 years old in average). The conclusion was that there is a few young people within the job market as well as with a college degree but with a perspective of increasing in the near future.Keywords: Fanconi Anemia. Social Work. Schooling. Professional Insertion. Hematopoietic Stem Cell Transplantation

    Indications for pediatric hematopoietic stem cell transplantation: consensus presented at the First Meeting on Brazilian Hematopoietic Stem Cell Transplantation Guidelines - Brazilian Society of Bone Marrow Transplantation, Rio de Janeiro, 2009

    Get PDF
    The Brazilian Bone Marrow Transplant Society (SBTMO) held its First Meeting on Bone Marrow Transplant Guidelines in 2009. A working group of hematologists and oncologists with experience in pediatrics was formed to review evidence-based indications for pediatric transplants. Scientific publications were carefully assessed and, for each disease, the evidence for recommendation (from A to C) and the quality of the evidence (from 1 to 3) were defined. The recommendations include malignant and non-malignant hematological diseases, solid tumors, immunodeficiency, and storage diseases treated with hematopoietic stem cell transplants: either autologous or allogeneic from matched sibling donors or unrelated donors (adults or umbilical cord blood). Guidelines for reduced-intensity transplants, manipulated grafts or partially compatible donors were not included as there are no uniformly accepted recommendations. All indications are based on the best current knowledge which may change over time. Thus, this review should not be directly applied to patient care without taking into account the disease, donor and patient characteristics. Additionally, this paper should not be used as a document to limit patient access to transplant if correctly indicated. In this review we also point out differences between transplantation in adults and children and make some specific recommendations for pediatric transplants.A Sociedade Brasileira de Transplante de Medula (SBTMO) promoveu o I Encontro de Diretrizes do Transplante de Medula Óssea em 2009. Para revisão das indicações de transplante em Pediatria baseadas em evidências foi constituído grupo de trabalho com oncologistas e hematologistas com experiência em pediatria. Os artigos científicos foram cuidadosamente avaliados e, para cada doença, foram definidas as evidências para recomendação dos transplantes (de A a C) e a qualidade destas evidências (de 1 a 3). As recomendações incluem doenças hematológicas malignas e não malignas, tumores sólidos, imunodeficiências e doenças de depósito tratadas com transplantes de células-tronco hematopoéticas, quer autólogos, alogênicos de irmão HLA compatível ou não aparentados (doadores adultos ou sangue de cordão umbilical). Como não existem recomendações uniformemente aceitas em pediatria, não foram incluídas recomendações para transplantes de intensidade reduzida, com manipulação do enxerto e nem parcialmente compatíveis. É importante ressaltar que todas as indicações são baseadas no conhecimento atual e podem modificar-se com o tempo. Assim, esta revisão não deve ser utilizada para aplicação direta no cuidado do paciente sem levar em conta características da doença, do doador e fatores de risco do próprio paciente. Este trabalho não deve ainda ser utilizado como documento que limite o acesso do paciente ao transplante adequadamente indicado. Ressaltamos ainda, nesta revisão, diferenças entre transplantes em crianças e em adultos, com algumas recomendações específicas para os transplantes em pediatria.UNIFESPUniversidade Federal do ParanáUFRGSHospital Amaral CarvalhoHospital de Clínicas de Porto AlegreUNIFESPSciEL

    T-Cell-Replete Haploidentical Stem Cell Transplantation with Post-Transplant Cyclophosphamide for Patients with X-Linked Adrenoleukodystrophy: An Immediate Choice for an Urgent Situation

    Get PDF
    Inst Crianca HC FMUSP, Oncohematol Unit, Sao Paulo, BrazilHosp Israelita Albert Einstein, Sao Paulo, BrazilUniv Fed Parana, BR-80060000 Curitiba, Parana, BrazilUNIFESP Univ Fed Sao Paulo, Hematol & Bone Marrow Transplantat Dept, Sao Paulo, BrazilHosp Israelita Albert Einstein, Hematol & Bone Marrow Transplantat Dept, Sao Paulo, BrazilHosp Israelita Albert Einstein, Dept Bone Marrow Transplantat, Sao Paulo, BrazilHosp Clin FMUSP, Sao Paulo, BrazilUNIFESP Univ Fed Sao Paulo, Hematol & Bone Marrow Transplantat Dept, Sao Paulo, BrazilWeb of Scienc

    PROCESSO DE BRINCAR DA CRIANÇA HOSPITALIZADA GUIADO PELO MODELO LÚDICO

    Get PDF
    Playing is fundamental for the healthy development of the child, and during hospitalization can be configured as a care strategy, as long as it is applied systematically and grounded in theory. This study’s objective is to report the play process guided by the Ludic Model. The participants were three male children, receiving inpatient treatment in a bone marrow transplantation service, between September and October 2012. Data collection occurred through instruments adapted from the Ludic Model, and progressed in three stages: getting to know the child, caring and playing, and accompanying the evolution of the ludic behavior. The children were participative, demonstrating autonomy, pleasure, and maintenance of the occupational role. The Ludic Model was considered an impor tant tool for guiding the comprehensive and humanized care in this context.O brincar é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança e durante a hospitalização pode configurar-se como estratégia de cuidado, desde que sua aplicação seja sistematizada e fundamentada. O objetivo do estudo é relatar o processo de brincar guiado pelo Modelo Lúdico. Os participantes foram três crianças do sexo masculino, hospitalizadas em um serviço de transplante de medula óssea, entre setembro e outubro de 2012. A coleta dos dados se deu por meio de instrumentos adaptados do Modelo Lúdico e se desenvolveu em três etapas: conhecendo a criança, cuidando e brincando e acompanhando a evolução do compor tamento lúdico. As crianças foram participativas, demonstrando autonomia, prazer e manutenção do papel ocupacional. O Modelo Lúdico foi considerado importante ferramenta para nortear o cuidado integral e humanizado nesse contexto.El jugar es fundamental para el desarrollo saludable del niño y durante la hospitalización puede configurarse como estrategia de cuidado, desde que su aplicación sea sistematizada y fundamentada. El objetivo del estudio fue relatar el proceso de jugar de acuerdo con el Modelo Lúdico. Los participantes fueron tres niños del sexo masculino, hospitalizados en un ser vicio de trasplante de médula, entre septiembre y octubre de 2012. Los datos fueron obtenidos por medio de instrumentos adaptados del Modelo Lúdico y eso se desarrolló en tres etapas: conociendo el niño, cuidando y jugando y acompañando la evolución del comportamiento lúdico. Los niños fueron participativos, demostrando autonomía, placer y manutención del papel ocupacional. El Modelo Lúdico fue considerado importante herramienta para nortear el cuidado integral y humanizado en ese contexto
    corecore