162 research outputs found

    Characterization of the genetic structure of the azorean population

    Get PDF
    Tese de doutoramento em Bioquímica (Genética Molecular), apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Ciências, 200

    Analysis of ColorADD project - Financing options for an internationalization strategy

    Get PDF
    Field labThis Field Lab aims to do an analysis to the ColorADD project, a business whose mission is the social inclusion of 350 million color blind people and that is currently seeking for investment that enables to increase its presence abroad and the code’s scope and impact, intensifying the upcoming internationalization process. Based on the organization’s characteristics and in what is considered as typical forms of investment for social driven companies, a model of Quasi-Equity is proposed and implemented, allowing to understand if this is a conceivable solution for ColorADD or not

    A abertura de Timor Português à antropologia social no colonialismo tardio

    Get PDF
    Neste artigo, seguimos a história de vida de Ruy Cinatti, poeta, agrónomo e (a partir de 1958) etnólogo, que viveu alguns anos em Timor Português e contribuiu para a abertura do território à antropologia moderna. Como naturalista e colector amador, foi tecendo uma rede científica internacional e construindo um estatuto de autoridade, que lhe permitiria aceder ao campo científico. Para esse facto, também contribuiu a rede de relações privilegiadas que mantinha no campo político. O artigo destaca a influência do antropólogo australiano A. P. Elkin no interesse de Cinatti por uma antropologia aplicada ao desenvolvimento e promoção cultural dos timorenses. A debilidade da antropologia cultural e social em Portugal (ausência de institucionalização e escassez de profissionais) e o descrédito que lhe merece o trabalho do antropólogo físico António de Almeida levam Cinatti a promover ou favorecer a entrada e o trabalho de campo intensivo de antropólogos franceses e anglosaxónicos no território, sob uma suposta tutela da Junta de Investigações do Ultramar. O Estado-império português, acossado pela crescente contestação ao colonialismo e pelas guerras de libertação em África, subscreveu a sua estratégia como forma de garantir a “ocupação científica” de Timor, a prioridade nacional e a credibilidade do país na cena internacional

    A abertura de Timor Português à antropologia social no colonialismo tardio : o papel de Ruy Cinatti

    Get PDF
    Neste artigo, seguimos a história de vida de Ruy Cinatti, poeta, agrónomo e (a partir de 1958) etnólogo, que viveu alguns anos em Timor Português e contribuiu para a abertura do território à antropologiamoderna.Comonaturalista e colector amador, foi tecendo uma rede científica internacional e construindo um estatuto de autoridade, que lhe permitiria aceder ao campo científico. Para esse facto, também contribuiu a rede de relações privilegiadas que mantinha no campo político. O artigo destaca a influência do antropólogo australiano A. P. Elkin no interesse de Cinatti por uma antropologia aplicada ao desenvolvimento e promoção cultural dos timorenses. A debilidade da antropologia cultural e social em Portugal (ausência de institucionalização e escassez de profissionais) e o descrédito que lhe merece o trabalho do antropólogo físico António de Almeida levam Cinatti a promover ou favorecer a entrada e o trabalho de campo intensivo de antropólogos franceses e anglo- saxónicos no território, sob uma suposta tutela da Junta de Investigações do Ultramar. O Estado-império português, acossado pela crescente contestação ao colonialismo e pelas guerras de libertação em África, subscreveu a sua estratégia como forma de garantir a “ocupação científica” de Timor, a prioridade nacional e a credibilidade do país na cena internacional.In this article we follow the life story of Ruy Cinatti, a poet, agronomist and (since 1958) ethnologist, who lived a few years in Portuguese Timor and contributed to the opening of the territory to modern social and cultural anthropology. As an amateur naturalist and collector, he established an international scientific network and built a statute of authority, which would allow him to access the scientific field. To this fact also contributed the network of privileged relations that he maintained in the political field. The paper highlights the influence of the Australian anthropologist A. P. Elkin in Cinatti’s interest for an applied anthropology to the welfare of the Timorese. The weakness of cultural and social anthropology in Portugal (lack of institutionalization and shortage of professionals) and the discredit that the work of the physical anthropologist António de Almeida deserved led Cinatti to promote or favour the entrance and intensive fieldwork of French and Anglo- Saxon anthropologists in the territory, under a supposed guardianship of the Board of Portuguese Overseas Research. The Portuguese empire, facing growing opposition to colonialism and the wars of liberation in Africa, endorsed his strategy as a way of guaranteeing Timor’s “scientific occupation”, national priority and credibility on the international stage

    Discurso na cerimónia de entrega do Prémio de História Contemporânea - 1997

    Get PDF
    Antes de apresentar uma breve intervenção sobre a génese e o conteúdo do meu trabalho, gostaria de prestar homenagem ao Professor Doutor Victor Sá, que promoveu a criação do Prémio de História Contemporânea para Jovens Investigadores; agradecer ao Ex.mo Sr. Vice-Reitor da Universidade do Minho, ao Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Cultural da mesma Universidade, ao Professor Doutor Hélio Alves e aos restantes membros da Comissão Executiva do Prémio, aos elementos do júri - Professores Doutores Eiras Capela, Rui Cascão e Sérgio Campos Matos -, e a todos os presentes nesta sessão; e, finalmente, manifestar a minha alegria pelo facto do meu trabalho ter sido distinguido. Este prémio constitui para mim um incentivo para que eu continue a dedicar-me à investigação em história contemporânea, continue a aprender, a aumentar e a problematizar alguns conhecimentos já adquiridos.Entendo-o, sobretudo, como um estímulo em início de jornada

    Apresentação: Memórias coloniais: práticas políticas e culturais entre a Europa e a África

    Get PDF
    No início de 2006, no seio do Africa-Europe Group of Interdisciplinary Studies (AEGIS), que agrega vários centros de investigação europeus de estudos africanos, surge a ideia de promover uma maior ligação e cooperação entre as respectivas revistas, nomeadamente através da publicação de números temáticos afins, que permitam uma leitura comparada de fenómenos homólogos. A revista Politique Africaine (do Centre d'etude d'Afrique noire — Institut d'etudes politiques de Bordeaux) sugere o question..

    “Não tem a classificação americana, não existe!”: História oral, ciência do solo tropical e imperialismo(s)

    Get PDF
    The article reflects on the oral history methodology and its potentialities to knowledge advance in the cross field of the history of science and the history of imperialism. It gives an account on an oral history project that seeks to reconstruct the life stories of scientists who, in the decades leading up to decolonization (1975), were involved in scientific missions to the Portuguese colonies and gathered the scientific collections that constitute today the colonial legacy of the Institute of Tropical Research (Lisbon, Portugal). The focus of the article turns to the life experience of one of the interviewees, who worked in the Angolan soils’ cartography. From that oral testimony and from a theme that emerged unexpectedly in the course of the interview – the American hegemony in the post war science –, it is possible to reframe the historiographical work, and the observation and analysis scales, tracking new interpretation paths at the intersection of individual and global perspectives. It confirms that the subjective point of view of the interviewees - far from being a handicap of oral history - is one of its core advantages. In this case it acted as a ‘fuse’ that induced the overcoming of the national scale and the comseizure of Portugal’s dual role as a center of a colonial Empire (known and occupied in scientific terms) and as periphery of Europe (also subject to the informal empire of American science).Keywords: Oral History, Soil science, imperialism.O artigo reflete sobre a metodologia da história oral e as suas virtualidades para o avanço do conhecimento no domínio da história da ciência e da história do imperialismo. Dá-se conta de um projeto de história oral que visa reconstituir histórias de vida de 30 cientistas que, nas décadas que antecederam a descolonização (1975), estiveram envolvidos em missões científicas às colónias portuguesas e na recolha das coleções científicas que constituem hoje o património do Instituto de Investigação Científica Tropical (Lisboa, Portugal). Fazendo uso do método da entrevista (semi-diretiva e em profundidade) e da análise de conteúdo, o artigo reflecte sobre a trajetória de vida de um dos entrevistados, ligado à cartografia de solos em Angola. A partir desse testemunho oral e de um tema que surgiu inesperadamente no decurso da entrevista – o imperialismo norte-americano na ciência do pós-guerra –, reequacionam-se o labor historiográfico, as escalas de observação e análise, novas possibilidades de interpretação no cruzamento de perspetivas individuais e globais. Confirma-se que o ponto de vista subjetivo dos entrevistados, longe de ser uma fragilidade da história oral, é uma das suas mais-valias. Neste caso, funcionou como um ‘rastilho’ indutor da superação da escala nacional e da apreensão do duplo papel de Portugal como centro de um império colonial (a conhecer e ocupar em termos científicos) e como periferia da Europa (também ela subordinada ao império informal da ciência norte-americana).Palavras-chave: História oral, ciência do solo, imperialismo

    A mensagem luso-tropical do colonialismo português tardio: o papel da propaganda e da censura

    Get PDF
    Numa genealogia da lusofonia, enquanto conceito político e ideológico, é possível detetar a versão simplificada e nacionalista do luso-tropicalismo, construída durante e pelo Estado Novo português no pós Segunda Guerra Mundial. Esse expediente discursivo serviu a política externa portuguesa e apelou à mobilização interna, em torno da defesa da ‘nação pluricontinental e multirracial do Minho a Timor’, face às crescentes pressões internacionais para a autodeterminação das colónias. Paradoxalmente, foi durante a guerra colonial (1961-74) que a ditadura portuguesa levou mais longe a instrumentalização do ideário luso-tropical. Veiculado pela propaganda, o luso-tropicalismo norteou também as preocupações da censura aos textos sobre o ultramar dos anos 60 ao fim da ditadura, graças às diligências do Gabinete de Negócios Políticos, do Ministério do Ultramar. O facto de não só a propaganda mas também a censura ter conscientemente veiculado uma mensagem luso-tropicalista é um dado novo, que concorre para a compreensão da perenidade da narrativa sobre a excecionalidade da relação de Portugal com os trópicos

    As fontes coloniais portuguesas na perspectiva do historiador

    Get PDF
    As fontes primárias são a matéria-prima por excelência do trabalho historiográfico. A produção de conhecimento sobre o colonialismo português em África, nos séculos XIX e XX, depende do acesso a fontes primárias produzidas naquele contexto histórico, isto é, a fontes que espelhem de alguma maneira as ideias e as práticas do chamado «terceiro império colonial português»1. Essas fontes são de natureza muito variada, nomeadamente quanto à titularidade, à origem, ao tema e ao suporte. Nesta pequena nota não é possível mencionar e caracterizar de forma sistemática e exaustiva todas as fontes coloniais; destacam-se apenas as mais relevantes e tecem-se breves considerações sobre os seus usos

    Perturbações na paisagem pastoril do sudoeste angolano: ansiedade política e geografia aplicada no colonialismo tardio

    Get PDF
    Este comentário concorre para a contextualização histórica da “Informação relativa à criação de gado e pastoreio nos distritos de Moçâmedes e Huíla”, produzida por Raquel Soeiro de Brito, adjunta da Missão de Geografia Física e Humana do Ultramar português, em 1968. Os problemas sociais e ecológicos que a pecuária empresarial gerou no sudoeste de Angola, revelados pela polícia política e pela Missão de Inquéritos Agrícolas (MIAA), preocuparam o governo da colónia. Perante uma eventual escalada da conflitualidade na região e o impacto que esta poderia ter no desenrolar da guerra, procurou mobilizar conhecimento científico capaz de orientar na decisão política. A relação entre o poder colonial tardio e a produção de conhecimento geográfico no terreno é posta em evidência. Por fim, fica patente que a geógrafa corroborou o ponto de vista da MIAA, nomeadamente sobre a racionalidade ecológica da transumância dos pastores africanos e as perturbações introduzidas pelos criadores europeus, e apontou para a necessidade de um aprofundamento dos estudos e da participação de geógrafos na discussão das soluções políticas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
    corecore