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    Da deficiência à diferença: divisões na conceptualização de s/Surdos e ouvintes.

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    Construímos e relacionamo-nos com o mundo pela linguagem. O seu uso revela preconceitos, fundamenta estereótipos e cria estigmas. Historicamente ancoradas à deficiência, a conceção de surdez varia entre comunidades ouvinte e Surda. A linguística cognitiva descreve este matizado de conceitos à luz da teoria da categorização, preferindo um tratamento da linguagem atualizada no uso pragmático da língua. Três formas de conceptualizar a surdez a partir da dicotomia deficiência – diferença, representadas por uma formadora de LGP, uma professora de educação especial e uma audiologista, reequacionando o jogo de palavras entre deficiência e diferença, que começa a diluir-se em múltiplas identidades

    The equity risk premium and the low frequency of the term spread : international evidence

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    Nesta tese analisamos o poder de previsão out-of-sample do term-spread e dos seus domínios de frequência sobre prémios de risco de mercado. A variável term spread representa a diferença entre taxas de juro de longo e curto prazo de obrigações do governo e a sua decomposição em domínio de frequência é feita através do método Maximum Overlap Discrete Wavelet Transform. Foi comprovado pela literatura que no mercado dos Estados Unidos da América a componente de baixa frequência do term spread tem uma performance forte e robusta em exercícios out-of-sample sobre prémios de risco de mercado. Nesta tese, abordamos a possibilidade de este indicador ter a mesma performance em mercados internacionais (Alemanha, França, Japão, Reino Unido, Canada, África do Sul e Australia). Até então, esta alternativa ainda não foi abordada na literatura, e consideramos muito importante a sua análise para os mais diversos investidores, tanto locais como internacionais. A principal conclusão desta tese é que a série original em domínio temporal e a componente de baixa frequência do term spread tem uma performance out-of-sample forte e robusta a prever prémios de risco de mercado para além dos Estados Unidos da América, na Alemanha, na França e no Canada.In this thesis we analyze the equity risk premium out-of-sample forecasting power of the term spread and its frequency components. The term spread is the difference between long and short term governmental interest rates and its frequency decomposition is done by applying a Maximum Overlap Discrete Wavelet Transform approach. It has been shown in the literature that, in the United States of America equity market, the low frequency of the term spread is a strong and robust out-of-sample predictor of equity risk premium. In this thesis we address the empirical question if in alternative geographic zones (Germany, France, Japan, United Kingdom, Canada, South Africa and Australia) that continues to be the case. This question has not been addressed so far in the literature and we foresee it as highly relevant for both local and international diversified equity investors. Our main conclusion is that the original time series and the low frequency component of the term spread are a strong and robust out-of-sample predictors of the equity risk premium beyond United States of America, namely in Germany, France and Canada

    Simulating the effects of mobility restrictions in the spread of SARS CoV 2 in metropolitan areas

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    Mobility restrictions have been implemented in many countries to curb the spread of the SARS-Cov-2 virus. In Portugal, strict lockdown periods have been established since March 2020, including limitations on inter-municipal flows and the suspension of all non-essential travel. We simulated the effects of mobility restrictions in the spread of SARS-CoV-2 amongst the municipalities of two metropolitan areas, Lisbon (LMA) and Porto (PMA), the most densely populated areas in the country and with intense commuting flows. Based on an adapted SEIR (Suscetible-Exposed-Infected-Removed) model, we estimated the number of new daily infections during one year, according to different mobility scenarios: restricted to essential activities, industrial activities, public transport use, and a scenario with unrestricted mobility including all transport modes. At the municipal level, the trends of new daily infections were further explored using time-series clustering analysis, using dynamic time warping as a dissimilarity measure. Mobility restrictions are reflected in lower numbers of new daily infections when compared to the unrestricted mobility scenario, in both metropolitan areas. Between March and September 2020, the official number of new infections follows overall a similar timeline to the one simulated considering only essential activities. At the municipal level, trends differ amongst the two metropolitan areas. In LMA, Lisbon municipality absorbs most of the flows and has the highest number of new infections in all scenarios; in PMA, the highest number of infections is reached by various municipalities in different times depending on the scenario. The distinct characteristics of these areas should be considered in reopening strategies during the pandemic, as well as in further approaches to improve mobility in metropolitan areas.N/

    Maternal emotion regulation, reactions to childrens’ negative emotions and youth’s adjustment

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    Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia da Saúde e da Doença), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2016Parents that are able to adequately self-regulate emotions will be more capacitated to help their children regulate their emotions. These processes influence the socialization of child’s emotions and have an undeniable influence on the child’s emotional and social development. Parental emotion regulation also involves the ability to tolerate the child’s negative emotions. When parents are unable to tolerate and be exposed to emotionally charged situations, they might try and change their form and frequency to avoid or reduce exposure. Parental Experiential Avoidance (parental EA) represents this inability. The purpose of this study was to study the relationships between maternal emotion regulation, maternal reactions to child’s negative emotions, and child’s adjustment. Additionally, we intended to analyze gender and age group differences in regard to Mothers’ Emotion Regulation and Mothers’ Coping with Children’s Negative Emotions. The sample was composed by 247 portuguese mothers that filled out on-line two scales to evaluate their emotion regulation (EREP) and reactions to child’s emotions (CCNES) and a questionnaire pertaining to their child’s (3 to 15 years old) adjustment (SDQ). Results, overall, supported the hypothesis. Maternal negative reactions/negative emotion regulation was positively statistically significant correlated to child’s adjustment problems; and the maternal constructive reactions/positive emotion regulation was positively statistically significant correlated to child’s positive adjustment. Negative and positive maternal emotion regulation dimensions were positively statistically significant correlated to, respectively, negative and constructive maternal reactions to child’s negative emotions. The results also showed significant differences between girls and boys regarding Emotion-Focused Reactions, wherein mothers used it more on girls than on boys. Mothers used less Distress Reactions with pre-school children but more Emotion-Focused Reactions compared with elementary school children, pre-adolescents and adolescents. Mother’s used Minimization Reactions significantly less with pre-school children in comparison with other age groups. For Emotional Inaction, mothers presented significantly higher levels for adolescents than for pre-school children.A autorregulação parental integra processos cognitivos, comportamentais e afetivos diferentes que, em conjunto, proporcionam aos pais a capacidade de planear e antecipar, de regular emoções, de cooperar com outros, de avaliar resultados e remodelar ações. Mais concretamente, a capacidade de regulação emocional dos pais é muito importante para gerir as situações quotidianas de interação com os filhos, mas também para ajudar as crianças a regular as suas próprias emoções. Um pai que é capaz de se autorregular será capaz de adequadamente pôr em prática capacidades que se traduzam na resolução de problemas, estabelecimento de objetivos, implementação de mudanças comportamentais e agir, com o objetivo final de proporcionar um desenvolvimento positivo para os filhos. A operacionalização adotada pelo presente estudo da regulação emocional parental inclui não só a capacidade dos pais regularem e expressarem as próprias emoções adequadamente, mas também a capacidade dos pais de serem atentos, reconhecerem e compreenderem as emoções da criança; e de aceitarem e tolerarem as emoções negativas reconhecendo o papel das emoções positivas e negativas na vida da criança e na parentalidade. Esta última dimensão é particularmente relevante, tendo em conta que capacidade de tolerar emoções é importante para uma adequada regulação emocional parental como o revelam os estudos mais recentes sobre o Evitamento Experiencial parental (EE parental). As reações parentais à emocionalidade negativa das crianças são uma componente importante do processo de socialização das emoções da criança, que dependem da capacidade dos pais se regularem emocionalmente. Os resultados de estudos anteriores revelam que o ajustamento da criança é influenciado pelas reações parentais às suas emoções que podem ser tanto apoiantes como não-apoiantes, e que ditam o clima emocional familiar, causando impacto na forma como a criança encara a experiência emocional. De forma geral, as diversas reações parentais às emoções dos filhos podem em diferentes graus desenvolver uma sensação de segurança emocional, sentimentos positivos face às relações sociais e uma regulação emocional adequada que se traduzem num ajustamento positivo geral. O presente estudo teve como objetivo geral a compreensão da relação entre regulação emocional maternal, reações maternais às emoções negativas da criança, e o ajustamento da criança. Os objetivos mais específicos foram: 1) explorar a relação entre a regulação emocional maternal e as reações maternas às emoções negativas da criança, 2) analisar a relação entre estas duas dimensões parentais e o ajustamento da criança, 3) e analisar as diferenças entre géneros e grupos etários relativamente às dimensões parentais. A amostra de estudo foi constituída por 247 mães portuguesas (idades entre 22 e 58) que preencheram on-line duas escalas relativas às suas reações à emocionalidade negativa das suas crianças (Reações Parentais às Emoções Negativas dos Filhos - CCNES) e à sua regulação emocional (Escala de Regulação Emocional Parental - EREP), e um questionário relativo à adaptação das suas crianças (Questionário de Capacidades e Dificuldades - SDQ). As crianças deste estudo tinham idades entre os 3 e 15 anos. Os dados deste estudo foram recolhidos no contexto de um projeto de investigação mais alargado “Projeto-P” desenvolvido por Barros, Pereira e Marques (2016) Apesar do estudo mais alargado prever a participação de pais e de mães, o estudo foi realizado apenas com mães, uma vez que os pais tiveram uma baixa adesão (n=25). Os resultados do estudo apoiaram, maioritariamente, as hipóteses formuladas. As correlações positivas entre as escalas que refletem dificuldades na regulação emocional da mãe (EREP) e as reações negativas das mães às emoções da criança (CCNES) apoiam a ideia de que uma regulação parental positiva é importante para que os pais possam reagir de forma mais construtiva às emoções das crianças. Em relação às associações entre as duas dimensões parentais e o ajustamento das crianças, reações negativas da mãe às emoções negativas das crianças e regulação emocional negativa da mãe revelaram uma correlação positiva e estatisticamente significativa com os indicadores de problemas de ajustamento da criança e uma correlação negativa com os indicadores de ajustamento positivo da criança. Estes resultados, embora correlacionais corroboram a ideia geral de que a regulação emocional dos pais e as reações parentais às emoções dos filhos têm um impacto no desenvolvimento emocional e social da criança. Em relação às diferenças de sexo da criança, apenas se encontrou uma diferença estatisticamente significativa entre mães de crianças do sexo feminino e mães do sexo masculino para as Reações Focadas nas Emoções, corroborando uma ideia de que, o sexo da criança instiga formas diferentes do socialização da emoções dos pais. Quanto às diferenças entre grupos etários, as mães utilizaram menos Reações de Perturbação Emocional (Distress) com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) do que com crianças de idade escolar (6-9 anos) e pré-adolescentes (10-13 anos), e utilizaram mais Reações Focadas na Emoções com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) do que com pré-adolescentes (10-13 anos) e adolescentes (14-15 anos). Adicionalmente, as mães utilizaram mais Reações de Minimização à medida que a idade da criança avançava, sendo que usaram significativamente menos com crianças em idade pré-escolar (3-5 anos) em comparação com os outros três grupos etários. Finalmente, para Inação Emocional, as mães apresentaram significativamente valores mais elevados para adolescentes (14-15 anos) do que para crianças em idade pré-escolar (3-5 anos). No geral, os pais de crianças mais velhas apresentam menos Reações Focadas nas Emoções e mais Reações de Minimização por comparação aos pais de crianças mais novas, sendo isto consistente com a ideia que as capacidades das crianças de se autorregularem emocionalmente melhoram ao longo do tempo fazendo com que os pais não tenham de intervir tanto. As diferenças para Inação Emocional mostraram-se consistentes com a ideia de que, em idades mais precoces (3-5 anos), os pais sabem reagir e intervir nas reações emocionais dos seus filhos. Esta capacidade varia ao longo do tempo sendo que na adolescência pode diminuir graças a questões de conflito muito comuns nesta fase que facilitam reações parentais inadequadas às situações de emocionalidade negativa dos adolescentes As limitações dos estudo são identificadas e exploradas, e são apresentadas orientações para estudos futuros

    Simulating the effects of mobility restrictions in the spread of SARS-CoV-2 in metropolitan areas

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    Mobility restrictions have been implemented in many countries to curb the spread of the SARS-Cov-2 virus. We simulated the effects of mobility restrictions in the spread of SARS- CoV-2 amongst the municipalities of two metropolitan areas in Portugal (Lisbon-LMA, and Porto-PMA), the most densely populated areas in the country and with intense commuting flows. Based on an adapted SEIR model, we estimate the number of new daily infections along 10 months, according to different mobility scenarios, restricted to essential activities, industrial activities, and public transport use, as well as a scenario with unrestricted mobility including all transport modes. At municipal level, the trends of new daily infections were further explored by means of time-series clustering analysis, using dynamic time warping as a dissimilarity measure. Results indicate that mobility restrictions are reflected in lower numbers of new daily infections when compared to the unrestricted mobility scenario, in both metropolitan areas. Between March and October 2020, the official number of new infections follows a similar timeline to the one simulated considering only essential activities. At municipal level, trends differ amongst the two metropolitan areas; while in LMA, Lisbon municipality absorbs most of the flows and has the highest number of new infections in all scenarios, in PMA the highest number of infections is reached by different municipalities depending on the scenario. These distinct characteristics should be considered in reopening strategies linked to the pandemic, as well as in approaches to improve mobility conditions in metropolitan areas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    O desbaste da colecção : um adjuvante da leitura?

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    O objectivo desta comunicação é demonstrar que uma colecção sujeita a um desbaste criteriosamente efectuado favorece a leitura. A cada vez maior utilização da Biblioteca Escolar, a par com a criação do Plano Nacional de Leitura (PNL) nos 1º, 2º e 3º Ciclos e com a obrigatoriedade de se estabelecerem Contratos de Leitura, a nível da disciplina de Português, no Ensino Secundário vêm necessariamente provocar alterações na constituição, desenvolvimento e gestão dos fundos documentais. Este facto realçou a necessidade de se proceder à avaliação sistemática da colecção da BE, tornando-se fundamental a implementação de uma Política de Desenvolvimento de Colecções. Esta “Política” vai, entre outros aspectos, estabelecer princípios claros e fundamentados para a acção de selecção, encontrando-se este processo na base de duas actividades complementares: a aquisição e o desbaste. É sobre este último procedimento e sobre as suas implicações na optimização da gestão da colecção – nomeadamente na organização do espaço e na recuperação da informação --, que nos propomos debruçar nesta comunicação. Complementaremos esta reflexão com a apresentação de um estudo empírico realizado num conjunto de bibliotecas escolares portuguesas e que teve como objectivo perceber e explicar as atitudes dos responsáveis pela colecção relativamente ao desbaste da mesma. Concluiremos, demonstrando que uma colecção sistematicamente sujeita a desbaste é uma colecção que facilita e promove a leitura
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