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    A propósito dum 10 de Junho: avisos à investigação em literatura portuguesa da expansão

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    Apontam-se alguns dos problemas mais persistentes nos estudos literários em torno do Renascimento em Portugal

    Imagens do Paraíso no Renascimento

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    No Renascimento, a criação artística deriva de uma cultura visual focada no homem e no seu quotidiano. O corpo é valorizado a partir da utilização de modelos vivos, retratado com naturalismo, os rostos e gestos ganham maior expressividade e o movimento torna-se mais solto e espontâneo. As figuras sagradas adquirem uma escala natural, liberta de hierarquias e de convenções, e inserem-se em ambientes anacrónicos e cenários do quotidiano doméstico, que conferem um teor realista e humanizado à representação das cenas religiosas. É nestas circunstâncias que se altera a iconografia do Paraíso: o Paraíso celeste, evocado através do Juízo Final, abandona progressivamente a estrutura centrada na figura de Cristo-juiz, sentado no trono, em majestade, para se tornar numa composição mais fluida e dinâmica em torno de Cristo ressuscitado, de pé e a apresentar as marcas da Paixão; o empíreo fixa-se como uma glória iluminada aberta num círculo de nuvens povoado de anjos e santos, em escorços cada vez mais pronunciados, sublinhando o movimento ascensional; o Paraíso terrestre, sem prejuízo da simbologia atribuída a cada elemento, é um jardim natural e luxuriante

    Revista Camoniana

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    No período entre o Renascimento e o ocaso do Romantismo o modelo de Petrarca foi reconhecido pelos seus valores humanos e estéticos. Na representação da figura feminina, quando uma mulher não corresponde a esse padrão, a «mimicry» faz-se sinal de uma dupla articulaçã

    On the origin of Goa Cathedral former altarpiece: Material and technical assessment to the work of Garcia Fernandes, Portuguese painter from 16th century Lisbon workshop

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    Goa Cathedral former altarpiece is one of the oldest set of paintings in India. The seven remaining paintings from the first altarpiece of Goa Cathedral, nowadays in the sacristy, are attributed by some art historians to Master Garcia Fernandes (act. 1514–1565), Portuguese painter from Lisbon workshop. The 16th century was the “Golden age” of Portuguese painting. In this context the Royal Lisbon workshop played a predominant role, where the activity of the painter Garcia Fernandes and his workshop can be distinguished. In this new approach, Goa paintings are being studied and compared with other works in Portuguese territory attributed to this same painter, as St. Bartholomew altarpiece from the chapel of Bartolomeu Joanes in Lisbon Cathedral. The stratigraphic study allowed to compare ground layers, pigments and binders which, were characterized using complementary analytical and imaging techniques: (X-ray Fluorescence spectrometry (XRF), Infrared Reflectography (IRR), Infrared Photography (IRP), Macro Photography (MP), micro-X-ray Diffraction (μ-XRD), Scanning Electron Microscopy with Energy Dispersive Spectroscopy (SEM-EDS), Raman micro-spectroscopy (μ-Raman), Fourier Transform Infrared micro-spectroscopy (μ-FTIR), Pyrolysis gas chromatography mass spectrometry (PY-GC/MS). This work brought a new insight on the techniques and materials used in this Masterpiece and highlighted the conclusion that Goa Cathedral former altarpiece must be a Portuguese production

    As Concepções de Educação Física no Ocidente

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    A valorização do projecto educativo formal (intencional) sofreu no ocidente algumas transformações, notando-se muito cedo, e apesar da visão dualista sempre marcante, preocupações profundas com a formação integral do Homem. No entanto, o dualismo equilibrado Helénico teve condições históricas para se tornar em dualismo reducionista até à Idade Média, marcando significativamente, e no Renascimento, o início das abordagens científicas ao estudo da motricidade humana. O aprofundamento de áreas como a Educação Física (ginástica) e o Desporto moderno surgem, pois, num período conceptual em que de uma análise empírica e higiénico-terapêutica se vai passando a uma análise mais científica, inicialmente baseada na mecânica e na anatomia, e, à medida que se vão desenrolando os estudos médicos, na fisiologia geral e muscular. Este percurso emerge de uma episteme que gerava aquilo que hoje se costuma denominar como paradigma da modernidade e que, no âmbito da motricidade humana Manuel SÉRGIO (1989) denomina como paradigma cartesiano. A dicotomização corpo-espírito com desvalorização cultural do corpo e o desenvolvimento da ciência espartilhante face ao renascimento de uma visão limitada do conhecimento (conhecimento científico), envolvem movimentos recentes na sua contradição. É nesta transição de paradigma dominante que emerge o desenvolvimento da EF na escolaridade obrigatória

    UM BREVE APONTAMENTO SOBRE RICHARD WAGNER ENQUANTO REPRESENTANTE DO ESPÍRITO CATIVO EM NIETZSCHE

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    Ao pensar um projeto de renascimento do trágico para a Alemanha da sua época, o chamado jovem Nietzsche se encontra sob a influência da amizade com Richard Wagner e imagina que a ópera wagneriana seria capaz de unir o mito e a música, fazendo assim renascer a tragédia grega. Assim, o teatro de Bayreuth seria a efetivação máxima do renascimento do trágico entre os alemães. Por outro lado, em Humano demasiado humano, Wagner é colocado na contramão do espírito livre, o músico é trazido à baila, não mais como protagonista do renascimento da cultura trágica em solo alemão. Neste contexto o filósofo conclui que Wagner não poderia mais ser o porta voz do renascimento do trágico e o relaciona os espíritos cativos. Doravante, ele passa a figurar na obra do filósofo justamente o oposto do modo de vida grego, pois adere ao cristianismo e se utiliza da música como ferramenta para propagar a sensibilidade moral própria dessa religião

    As Concepções de Educação Física no Ocidente

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    A valorização do projecto educativo formal (intencional) sofreu no ocidente algumas transformações, notando-se muito cedo, e apesar da visão dualista sempre marcante, preocupações profundas com a formação integral do Homem. No entanto, o dualismo equilibrado Helénico teve condições históricas para se tornar em dualismo reducionista até à Idade Média, marcando significativamente, e no Renascimento, o início das abordagens científicas ao estudo da motricidade humana. O aprofundamento de áreas como a Educação Física (ginástica) e o Desporto moderno surgem, pois, num período conceptual em que de uma análise empírica e higiénico-terapêutica se vai passando a uma análise mais científica, inicialmente baseada na mecânica e na anatomia, e, à medida que se vão desenrolando os estudos médicos, na fisiologia geral e muscular. Este percurso emerge de uma episteme que gerava aquilo que hoje se costuma denominar como paradigma da modernidade e que, no âmbito da motricidade humana Manuel SÉRGIO (1989) denomina como paradigma cartesiano. A dicotomização corpo-espírito com desvalorização cultural do corpo e o desenvolvimento da ciência espartilhante face ao renascimento de uma visão limitada do conhecimento (conhecimento científico), envolvem movimentos recentes na sua contradição. É nesta transição de paradigma dominante que emerge o desenvolvimento da EF na escolaridade obrigatória

    História e historiografia na Antiguidade Oriental

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    De há cento e cinquenta anos a esta parte vive-se uma espécie de segundo Renascimento. Não será efectivamente exagero nem abuso terminológico apelidar de «Renascimento oriental» a profunda transformação dos conhecimentos e o espantoso enriquecimento das vivências culturais resultantes da descoberta das literaturas, das religiões, das ciências e da arte do Próximo Oriente antigo. E ainda nos encontramos mais propriamente na fase preparatória do «Humanismo», sob o alvoroço da descoberta. Que será quando nos for dado mergulhar de cabeça aos pés nas águas refrescantes do pleno «Renascimento oriental» e seguir até ao fim, melhor dizendo, até ao princípio detectável, as raízes mais profundas das civilizações clássicas?

    Tineae et blattae: a propósito de insetos bibliófagos na literatura

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    Análise do tópico dos insetos bibliófagos em textos do Renascimento (Poliziano, Erasmo) e especificamente, do Renascimento em Portugal: carta de Jorge Coelho a Lourenço de Cáceres, que acompanha a tradução de Luciano, De dea Syria; o prefácio de António de Castro às obras de Cataldo (publicado nas Provas da História Genealógica da Casa Real Portugueza, t. 6).info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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