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Perturbação mental e ideação suicida entre reclusos preventivos
A presente investigação tem dois objectivos: (1) Analisar a incidência de ideação suicida e de perturbação emocional numa amostra de 66 presos preventivos de um estabelecimento prisional central em dois momentos, durante a primeira semana de reclusão e após seis meses de cumprimento da pena, e nesse mesmo período de tempo; (2) explorar o grau de perturbação emocional e sintomatologia psicopatológica em dois grupos de reclusos, reclusos com ideação suicida (Grupo CIS) e reclusos sem ideação suicida (Grupo SIS). A ideação suicida foi avaliada através do Questionário de Ideação Suicida enquanto o Inventário de Sintomas Psicopatológicos permitiu avaliar a perturbação emocional e sintomatologia psicopatológica associada. Os resultados deste estudo permitem verificar que a incidência de ideação suicida se mantém estável ao longo dos primeiros seis meses de reclusão, enquanto a incidência de perturbação emocional diminui significativamente nesse mesmo período de tempo. A divisão da amostra em dois grupos, permitiu verificar que o Grupo CIS apresenta níveis de perturbação emocional significativamente superiores ao observado no Grupo SIS, particularmente sintomatologia psicopatológica depressiva, ansiosa, psicótica e hostil e, enquanto o Grupo CIS praticamente mantêm os mesmos níveis de perturbação emocional ao longo dos primeiros seis meses de reclusão, o Grupo SIS demonstra uma enorme diminuição nos níveis de perturbação emocional. Concluindo, a ideação suicida encontra-se fortemente associada à perturbação mental, nomeadamente à sintomatologia depressiva, ansiosa, psicótica e hostil. Nos reclusos com ideação suicida a perturbação mental apresenta um carácter disposicional, mantendo-se praticamente constante ao longo da execução da pena, enquanto nos reclusos sem ideação suicida apresenta carácter reactivo, diminuindo após seis meses de reclusão
Perturbação mental e ideação suicida entre reclusos preventivos
A presente investigação tem dois objectivos: (1) Analisar a incidência de ideação suicida e de perturbação emocional numa amostra de 66 presos preventivos de um estabelecimento prisional central em dois momentos, durante a primeira semana de reclusão e após seis meses de cumprimento da pena, e nesse mesmo período de tempo; (2) explorar o grau de perturbação emocional e sintomatologia psicopatológica em dois grupos de reclusos, reclusos com ideação suicida (Grupo CIS) e reclusos sem ideação suicida (Grupo SIS). A ideação suicida foi avaliada através do Questionário de Ideação Suicida enquanto o Inventário de Sintomas Psicopatológicos permitiu avaliar a perturbação emocional e sintomatologia psicopatológica associada. Os resultados deste estudo permitem verificar que a incidência de ideação suicida se mantém estável ao longo dos primeiros seis meses de reclusão, enquanto a incidência de perturbação emocional diminui significativamente nesse mesmo período de tempo. A divisão da amostra em dois grupos, permitiu verificar que o Grupo CIS apresenta níveis de perturbação emocional significativamente superiores ao observado no Grupo SIS, particularmente sintomatologia psicopatológica depressiva, ansiosa, psicótica e hostil e, enquanto o Grupo CIS praticamente mantêm os mesmos níveis de perturbação emocional ao longo dos primeiros seis meses de reclusão, o Grupo SIS demonstra uma enorme diminuição nos níveis de perturbação emocional. Concluindo, a ideação suicida encontra-se fortemente associada à perturbação mental, nomeadamente à sintomatologia depressiva, ansiosa, psicótica e hostil. Nos reclusos com ideação suicida a perturbação mental apresenta um carácter disposicional, mantendo-se praticamente constante ao longo da execução da pena, enquanto nos reclusos sem ideação suicida apresenta carácter reactivo, diminuindo após seis meses de reclusão
Mulheres com HIV: violência de gênero e ideação suicida
OBJETIVO Analisar a relação entre violência de gênero e ideação suicida em mulheres com HIV. MÉTODOS Estudo transversal com 161 usuárias de serviço de atenção especializada em HIV/aids. Investigou-se a presença de violência de gênero por meio da versão brasileira do instrumento World Health Organization Violence Against Women e a ideação suicida pelo Questionário de Ideação Suicida. A análise estatística foi realizada com o software SPSS utilizando o teste de Qui-quadrado e o modelo de regressão múltipla de Poisson. RESULTADOS Oitenta e duas mulheres com HIV referiram ideação suicida (50,0%), 78 (95,0%) das quais haviam sofrido violência de gênero. Idade da primeira relação sexual < 15 anos, maior número de filhos, pobreza, maior tempo de vida com HIV e presença de violência mostraram-se estatisticamente associadas à ideação suicida. Mulheres que sofreram violência de gênero apresentaram risco 5,7 vezes maior de manifestar ideação suicida. CONCLUSÕES Mulheres com HIV apresentaram elevada prevalência de violência de gênero e ideação suicida. Compreender a relação entre esses dois agravos poderá contribuir para o atendimento integral dessas mulheres e a adoção de ações de prevenção da violência e do suicídio.OBJECTIVE To analyze the relationship between gender violence and suicidal ideation in women with HIV. METHODS A cross-sectional study with 161 users of specialized HIV/AIDS care services. The study investigated the presence of gender violence through the Brazilian version of the World Health Organization Violence against Women instrument, and suicidal ideation through the Suicidal Ideation Questionnaire. Statistical analyses were performed with the SPSS software, using the Chi-square test and Poisson multiple regression model. RESULTS Eighty-two women with HIV reported suicidal ideation (50.0%), 78 (95.0%) of who had suffered gender violence. Age at first sexual intercourse < 15 years old, high number of children, poverty, living with HIV for long, and presence of violence were statistically associated with suicidal ideation. Women who suffered gender violence showed 5.7 times more risk of manifesting suicidal ideation. CONCLUSIONS Women with HIV showed a high prevalence to gender violence and suicidal ideation. Understanding the relationship between these two grievances may contribute to the comprehensive care of these women and implementation of actions to prevent violence and suicide
Perfectionism, depressive symptoms and negative life events in suicidal ideation in young adults
O suicídio resulta de um processo complexo, que normalmente se inicia com a ideação suicida. É uma das principais causas de mortes nos jovens-adultos, sendo um problema atual preocupante. O comportamento suicidário é influenciado por diversos fatores de risco, dos quais se
salientam os acontecimentos de vida negativos, o perfeccionismo e a sintomatologia depressiva.
Contudo, a relação que se estabelece entre estes fatores na explicação da ideação suicida é pouco
estudada.
O presente estudo teve como principal objetivo analisar a influência dos acontecimentos
de vida negativos, do perfeccionismo e da sintomatologia depressiva na ideação suicida, numa
amostra de jovens-adultos de nacionalidade portuguesa.
A amostra foi composta por 224 jovens-adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os
35 anos. Os participantes preencheram instrumentos que avaliavam: ideação suicida, acontecimentos de vida negativos, perfeccionismo e sintomatologia depressiva.
Os resultados indicam que a relação entre os acontecimentos de vida negativos e a ideação
suicida é mediada parcialmente pela sintomatologia depressiva e que o perfeccionismo socialmente prescrito modera a relação entre a sintomatologia depressiva e a ideação suicida.
Conclui-se que, os jovens-adultos que experienciam mais acontecimentos de vida negativos
poderão apresentar um risco acrescido de ideação suicida, que poderá ser intensificado pela sintomatologia depressiva. Quanto à relação entre a sintomatologia depressiva e a ideação suicida,
esta é mais robusta nos jovens-adultos que possuem níveis mais elevados de perfeccionismo.Torna-se, assim, relevante a avaliação destes fatores de risco, de modo a prevenir os comportamentos suicidários e desenvolver uma intervenção mais adequada
Ideação suicida em universitários da área da saúde: prevalência e fatores associados
Objetivo: Identificar prevalência e fatores associados da ideação suicida em universitários da área da saúde.Método: Estudo transversal, com 142 universitários da área da saúde de instituição pública de Teresina-Piauí-Brasil. Utilizou-se Escala deIdeação Suicida e questionário para caracterização. Realizou-se teste qui-quadrado, exato de Fisher, cálculo da Odds-Ratio, Kruskal-Wallis ecorrelação de Spearman. Adotou-se nível de significância de 0,05.Resultados: A prevalência de ideação suicida foi 22%, sobretudo, entre homens, solteiros e com vínculo empregatício. Uso de álcool, tabacoe outras drogas, histórico de bullying, tentativa de suicídio e não estar no curso desejado estão associados a ideação suicida. Observou-se quequanto maior o escore da escala menor o rendimento acadêmico. Universitários do curso de psicologia possuem maior extensão da motivaçãoe planejamento do comportamento suicida.Conclusão: Alta prevalência de ideação suicida entre universitários da área de saúde e fatores associados reforçam a necessidade de estratégiasde intervenção nas universidades.Palavras chaves: Ideação suicida. Estudantes de ciências da saúde. Saúde Mental
Risco de suicídio em idosos: estudo comparativo entre o Alentejo e o Algarve
Dissertação de mestrado, Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2017O suicídio após os 65 anos de idade é considerado como um dos mais sérios
problemas de saúde pública no mundo. Em algumas regiões de Portugal, como o
Alentejo e o Algarve, este fenómeno assume particular importância, particularmente na
população idosa, em que a taxa de suicídio é muito superior à taxa média de suicídio
nacional.
O principal objetivo do estudo consistiu em compreender de que forma
determinados fatores psicológicos e/ou sociodemográficos podem influenciar a variação
de ideação suicida em idosos, numa amostra do Algarve e do Alentejo.
A amostra total foi constituída por 120 idosos, com idades compreendidas entre
os 60 e os 97 anos, 49 do sexo feminino e 71 do sexo masculino. Oitenta e três idosos
estavam institucionalizados e 37 não estavam institucionalizados. Após um despiste
inicial de défices mnésicos com o Mini Mental State, os participantes preencheram um
questionário sociodemográfico, a Escala de desesperança de Beck, o Inventário de
depressão de Beck , o Questionário de ideação suicida, o Inventário dos cinco fatores e
a Escala de satisfação com o suporte social.
Fatores como a sintomatologia depressiva, a desesperança, o neuroticismo, a
baixa satisfação como suporte social, bem como a existência de história de tentativa
e/ou suicídio na família ou numa pessoa próxima e de tentativas de suicídio do próprio
estão positiva e significativamente relacionados com os níveis de ideação suicida.
A comparação entre o Alentejo e o Algarve permitiu aferir que não se encontram
diferenças a nível da ideação suicida e da desesperança, que 7,8% dos idosos do
Algarve e 11,4% dos idosos do Alentejo se encontra em potencial risco de ideação
suicida e em ambas as amostras a desesperança caracteriza-se como moderada.
Os idosos do Algarve apresentam níveis mais elevados de sintomatologia
depressiva e de neuroticismo e uma menor satisfação com o suporte social. Os idosos do
Alentejo apresentam níveis mais elevados de conscienciosidade, extroversão, abertura à
experiência e também de satisfação com o suporte social.
No Alentejo a sintomatologia depressiva é o melhor preditor da ideação suicida.
No Algarve a variância da ideação suicida é explicada pela sintomatologia depressiva,
baixa extroversão e baixa satisfação com o suporte social.
Os resultados revelam que apesar de não se verificarem diferenças significativas
a nível da ideação suicida entre regiões, os idosos do Algarve apresentam mais fatores
de risco associados à ideação suicida como a sintomatologia depressiva, neuroticismo e
baixa satisfação com o suporte social, tornando-os mais predispostos à ideação suicida.
Os idosos do Alentejo, apesar de apresentarem fatores protetores como a
concienciosidade e a extroversão e uma maior satisfação com o suporte social, o melhor
preditor de ideação suicida nesta região é a sintomatologia depressiva, fator de grande
vulnerabilidade para o comportamento suicidário.
Os resultados permitem compreender o papel dos diferentes fatores de risco e
protetores na ideação suicida, quer na amostra total, quer no Alentejo e Algarve em
separado. Neste sentido será possível delinear estratégias de prevenção e intervenção
adaptadas ao contexto
Depressão e ideação suicida na adolescência : implementação e avaliação de um programa de intervenção
Este projeto de intervenção, realizado no âmbito da educação para a saúde, teve como principal objetivo desenvolver e implementar um programa de prevenção do suicidio, dirigido a adolescentes com idades compreendidas entre 13 e 17 anos. Pretendemos avaliar se a ação psicoeducativa desenvolvida contribuiu para diminuir sintomas depressivos, desesperança e ideação suicida, nos adolescentes. Realizámos um primeiro estudo com uma amostra de 102 adolescentes, estudantes numa escola particular, para avaliar a incidência de sintomas depressivos e ideação suicida, tendo-se verificado que 29,4% (N=30) apresentavam ideação suicida e sintomatologia depressiva. Posteriormente, num segundo estudo, implementámos o programa de intervenção aos 30 adolescentes com ideação suicida. A intervenção foi constituída por 15 sessões, realizadas três vezes por semana, com aproximadamente uma hora cada. Com pré-teste e pós-teste, a avaliação foi realizada através da versão brasileira dos seguintes instrumentos (validados para a população não-clínica de adolescentes): Escala de Ideação Suicida de Beck, Inventário de Depressão de Beck e a Escala de Desesperança de Beck. Os resultados obtidos após intervenção evidenciaram que dos 30 adolescentes que apresentaram ideação suicida, somente 40,0% continuaram com ideação, apresentando valores menores. Comparando as médias obtidas, observou-se uma diminuição significativa (p <0,001). Em relação aos sintomas depressivos, observou-se igualmente uma diminuição significativa (p <0,001), a maioria (73,3%) dos adolescentes, após a intervenção, apresentaram valores baixos, relativamente aos sintomas depressivos avaliados. Conclui-se que o resultado da intervenção no espaço escolar foi positivo, pois ocorreu uma diminuição significativa da sintomatologia depressiva, da desesperança e da ideação suicida após a implementação do programa de intervenção elaborado. Estes resultados sugerem a importância de se desenvolverem programas preventivos para diminuir os índices de suicídio na adolescência
A relação da vinculação amorosa com a ideação Suicida em jovens adolescentes.
A preocupação crescente relativamente ao suicídio na adolescência instiga a necessidade
de identificar os aspetos associados à intensidade da ideação suicida. Entre os diversos aspetos, a
relação com os pais e o par amoroso, adquire uma importância fulcral nesta etapa
desenvolvimental, intimamente influenciada pela vinculação amorosa. A presente investigação tem
como principal objetivo verificar o impacto de diferentes aspetos, nomeadamente dos perfis de
vinculação amorosa estabelecidos (i.e., confiança; dependência, evitamento e ambivalência) na
ideação suicida de jovens.Participaram no estudo 228 adolescentes, 139 do sexo feminino e 89 do
sexo masculino, com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos de idade (M=16.32,
DP=1.631). Utilizaram-se três instrumentos, um Questionário de dados sociodemográficos, o
Questionário de Ideação Suicida e o Questionário de Vinculação. Os resultados obtidos permitiram
constatar que os adolescentes com níveis mais elevados de ideação suicida são tendencialmente do
sexo feminino, percecionam ter uma má ou fraca relação familiar, uma baixa situação económica,
uma história de depressão prévia e um perfil ambivalente relativamente ao par amoroso. Por outro
lado, maior confiança na relação amorosa associa-se a níveis mais reduzidos de ideação suicida.
São discutidas as implicações práticas dos resultados obtidos no que se refere aos critérios
basilares de rastreio e identificação de adolescentes em risco de suicídio.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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