10 research outputs found

    Descolonizando la Cultura Gitana: un Ensayo sobre la Autorrepresentación y la Identidad "Gitana"

    Get PDF
    This article aims to discuss the concept of “gypsy culture” and its decolonization, based on the debate on its stereotyped interfaces created and maintained by the western social imagination and its symbolic systems, such as common sense, the arts, the media and science. Starting from the viewpoint of Latin American Cultural Studies (EC) and taking as a principle the concept of interculturality; I point to a decolonial perspective of the “gypsy identity”, demarcating the importance of the Romani self-representation for the end of stereotypes, prejudices, invisibility and silencing because historically our communities have passed through all western countries, whether in Europe or the Americas. In the first topic, I address the decolonization of the concept of culture, bringing the perspective of interculturality as an anti-colonial struggle and the category of culture as a political dimension. Next, I propose the decolonization of the concept of “Gypsies”: breaking with stereotypes and racism, questioning the historical processes of unilateral and stereotyped naming and identity classification of “Gypsy communities”. Finally, in the third topic, I conclude by reflecting on the decolonization of “Gypsy culture”, reaffirming our multiple identities.Este artículo tiene como objetivo discutir el concepto de “cultura gitana” y su descolonización, a partir del debate sobre interfaces estereotipadas creadas y mantenidas por el imaginario social occidental y sus sistemas simbólicos, como el sentido común, las artes, los medios de comunicación y la ciencia. Tomando como principio el concepto de interculturalidad, apunto una perspectiva decolonial a la “identidad gitana”, enfatizando la importancia de la autorrepresentación romaní para el fin de los estereotipos, los prejuicios, la invisibilidad y el silenciamiento que históricamente nuestras comunidades han sufrido en todos los países occidentales, ya sea en Europa o América. En el primer tema abordo la descolonización del concepto de cultura, trayendo la perspectiva de la interculturalidad como lucha anticolonial y la categoría de cultura como dimensión política. A continuación, propongo la descolonización del concepto de “gitanos”: romper con los estereotipos y el racismo, cuestionando los procesos históricos de denominación y clasificación identitaria de las “comunidades gitanas”. En el tercer tema, concluyo reflexionando sobre la descolonización de la “cultura gitana” y reafirmando nuestras múltiples identidades

    A Pandemia da COVID-19 e a Potencialização das Desigualdades: Comunidades Ciganas e Meios de Comunicação

    Get PDF
    Os povos ciganos são uma minoria historicamente excluída, invisibilizada e perseguida nos diferentes países onde se encontram, especialmente se considerarmos o contexto de sua chegada à Europa e os processos de colonização desenvolvidos por esse continente. Diante disso, trabalhamos neste texto os modos como as comunidades ciganas estão sendo impactadas pela pandemia da COVID-19, a partir de discussões das áreas da comunicação e da saúde, bem como de uma visão crítica dos processos mencionados anteriormente. Refletimos teoricamente sobre como essas etnias são atravessadas por múltiplas opressões que as colocam em situação de desigualdade e qual o papel da comunicação em sua inclusão social ou na manutenção de sua exclusão. Destacamos como sua invisibilidade e estereótipos históricos foram aflorados durante a pandemia, aprofundando as relações de desigualdades. A partir de um olhar crítico sobre as relações discursivas, analisamos duas reportagens jornalísticas publicadas ainda em 2020, uma, no Brasil, do jornal goiano O Popular, e outra, em Espanha, do jornal ABC de circulação nacional. A culpabilização das populações ciganas pela disseminação do vírus e seu silenciamento enquanto sujeitos capazes de articular e de refletir discursivamente sobre suas condições e situações no contexto da pandemia foram alguns dos resultados encontrados, mostrando semelhanças nas representações dos povos ciganos no contexto ibero-americano.The Romani people are a minority that has been historically excluded, neglected, and persecuted in the different countries where they are settled, especially if we consider the context of their arrival in Europe and the colonization processes developed by European nations. Thus, this paper sheds light on how the Romani communities have been impacted by the COVID-19 pandemic from the communication and health perspective and provides a critical view of the above- mentioned processes. We discuss theoretically how these ethnicities are crossed by multiple oppressions that place them in an unequal situation and the role of communication in their social inclusion or the maintenance of their exclusion. We highlight how their invisibility and how historical stereotypes were highlighted during the pandemic, deepening the unequal relations. From a critical perspective on discursive relations, we analyzed two journalistic reports from 2020, the local newspaper O Popular in Brazil and the national newspaper ABC in Spain. Some results suggest that the Romani population has been somewhat held accountable for disseminating the virus. Moreover, they seem to have been silenced as subjects capable of articulating and reflecting on their conditions and situations in the pandemic context, showing similarities in the portrayal of the Romani people in the Ibero-American context

    COVID-19 Pandemic and the Raising of Inequality: The Romani Communities and the Media

    Get PDF
    The Romani people are a minority that has been historically excluded, neglected, and persecuted in the different countries where they are settled, especially if we consider the context of their arrival in Europe and the colonization processes developed by European nations. Thus, this paper sheds light on how the Romani communities have been impacted by the COVID-19 pandemic from the communication and health perspective and provides a critical view of the abovementioned processes. We discuss theoretically how these ethnicities are crossed by multiple oppressions that place them in an unequal situation and the role of communication in their social inclusion or the maintenance of their exclusion. We highlight how their invisibility and how historical stereotypes were highlighted during the pandemic, deepening the unequal relations. From a critical perspective on discursive relations, we analyzed two journalistic reports from 2020, the local newspaper O Popular in Brazil and the national newspaper ABC in Spain. Some results suggest that the Romani population has been somewhat held accountable for disseminating the virus. Moreover, they seem to have been silenced as subjects capable of articulating and reflecting on their conditions and situations in the pandemic context, showing similarities in the portrayal of the Romani people in the Ibero-American context. Os povos ciganos são uma minoria historicamente excluída, invisibilizada e perseguida nos diferentes países onde se encontram, especialmente se considerarmos o contexto de sua chegada à Europa e os processos de colonização desenvolvidos por esse continente. Diante disso, trabalhamos neste texto os modos como as comunidades ciganas estão sendo impactadas pela pandemia da COVID-19, a partir de discussões das áreas da comunicação e da saúde, bem como de uma visão crítica dos processos mencionados anteriormente. Refletimos teoricamente sobre como essas etnias são atravessadas por múltiplas opressões que as colocam em situação de desigualdade e qual o papel da comunicação em sua inclusão social ou na manutenção de sua exclusão. Destacamos como sua invisibilidade e estereótipos históricos foram aflorados durante a pandemia, aprofundando as relações de desigualdades. A partir de um olhar crítico sobre as relações discursivas, analisamos duas reportagens jornalísticas publicadas ainda em 2020, uma, no Brasil, do jornal goiano O Popular, e outra, em Espanha, do jornal ABC de circulação nacional. A culpabilização das populações ciganas pela disseminação do vírus e seu silenciamento enquanto sujeitos capazes de articular e de refletir discursivamente sobre suas condições e situações no contexto da pandemia foram alguns dos resultados encontrados, mostrando semelhanças nas representações dos povos ciganos no contexto ibero-americano

    Epistemologias ciganas, interculturalidade e produção social dos sentidos : uma articulação decolonial no campo da comunicação & saúde

    Get PDF
    Esse texto informa alguns resultados de uma tese de doutorado que investigou os processos interculturais de comunicação e saúde, com enfoque na apropriação das políticas públicas de saúde para ciganos no Brasil e em Portugal. Evidenciamos os arranjos teóricoepistemológicos que tomou por base uma multireferencialidade de saberes que envolveu a articulação de quatro matrizes: os estudos culturais, os estudos semiológicos, os estudos decoloniais e a filosofia (de vida) cigana, que foi tomada como um quarto modo de produzir conhecimento, conceitual e epistemologicamente tão válida quanto as correntes científicas. Destacamos os conceitos centrais de cada matriz e os modos que os articulamos para a produção de um diálogo científico e inovador com as pessoas ciganas, reconhecendo que têm saberes acumulados, portando, devem ser levadas em consideração, especialmente no que diz respeito à análise e à reflexão sobre a saúde cigana. A "Filosofia Cigana" se sustenta em narrativas que povoam as memórias e histórias orais e se fazem presentes na estruturação de elementos culturais, simbólicos e comunicacionais, de grupos ciganos brasileiros e portugueses da etnia Kalon, que são postos em prática e ensinados de geração em geração. Elementos que ancoram seus modos de ver e viver a vida, formas de organização social e de estar no mundo, que subvertem e/ou resistem aos modos capitalistas de vida e sua ênfase no consumo e no descarte do ser humano, assumindo valores de solidariedade e amizade. Assim, descartamos a visão estereotipada da historiografia moderna de que seriam vagabundos, trambiqueiros, ou criminosos perigosos (ladrões, sequestradores, trapaceiros etc.)

    A Pandemia da COVID-19 e a Potencialização das Desigualdades: Comunidades Ciganas e Meios de Comunicação

    Get PDF
    Os povos ciganos são uma minoria historicamente excluída, invisibilizada e perseguida nos diferentes países onde se encontram, especialmente se considerarmos o contexto de sua chegada à Europa e os processos de colonização desenvolvidos por esse continente. Diante disso, trabalhamos neste texto os modos como as comunidades ciganas estão sendo impactadas pela pandemia da COVID-19, a partir de discussões das áreas da comunicação e da saúde, bem como de uma visão crítica dos processos mencionados anteriormente. Refletimos teoricamente sobre como essas etnias são atravessadas por múltiplas opressões que as colocam em situação de desigualdade e qual o papel da comunicação em sua inclusão social ou na manutenção de sua exclusão. Destacamos como sua invisibilidade e estereótipos históricos foram aflorados durante a pandemia, aprofundando as relações de desigualdades. A partir de um olhar crítico sobre as relações discursivas, analisamos duas reportagens jornalísticas publicadas ainda em 2020, uma, no Brasil, do jornal goiano O Popular, e outra, em Espanha, do jornal ABC de circulação nacional. A culpabilização das populações ciganas pela disseminação do vírus e seu silenciamento enquanto sujeitos capazes de articular e de refletir discursivamente sobre suas condições e situações no contexto da pandemia foram alguns dos resultados encontrados, mostrando semelhanças nas representações dos povos ciganos no contexto ibero-americano.The Romani people are a minority that has been historically excluded, neglected, and persecuted in the different countries where they are settled, especially if we consider the context of their arrival in Europe and the colonization processes developed by European nations. Thus, this paper sheds light on how the Romani communities have been impacted by the COVID-19 pandemic from the communication and health perspective and provides a critical view of the abovementioned processes. We discuss theoretically how these ethnicities are crossed by multiple oppressions that place them in an unequal situation and the role of communication in their social inclusion or the maintenance of their exclusion. We highlight how their invisibility and how historical stereotypes were highlighted during the pandemic, deepening the unequal relations. From a critical perspective on discursive relations, we analyzed two journalistic reports from 2020, the local newspaper O Popular in Brazil and the national newspaper ABC in Spain. Some results suggest that the Romani population has been somewhat held accountable for disseminating the virus. Moreover, they seem to have been silenced as subjects capable of articulating and reflecting on their conditions and situations in the pandemic context, showing similarities in the portrayal of the Romani people in the Ibero-American context

    Contextos existenciales y culturales: la identidad gitana a través de la filosofía

    Get PDF
    Partindo do Campo da Comunicação & Saúde (C&S) abordamos nesse artigo os arranjos epistemológicos de uma pesquisa de doutorado que enfocou nos processos interculturais e mediações presentes na apropriação das políticas públicas de saúde para ciganos no Brasil e em Portugal e que articulam quatro matrizes: a filosofia cigana, os Estudos semiológicos, os Estudos Culturais e os Estudos Anticoloniais. Especificamente, analisamos os contextos existenciais-culturais, com foco na produção da identidade cigana na perspectiva da filosofia Kalon. Começamos por questionar os processos de invisibilidade e silenciamento, bem como de desigualdade e exclusão sociais, que historicamente foram aplicados contra os povos e pessoas romani. Apresentamos o modo como construímos o diálogo com a filosofía de vida cigana. Na sequência, para dar concretude à filosofía, aprofundamos o olhar para o modo como a produção social da ciganidade, isto é, das identidades ciganas do tronco étnico, ocorrem na fricção entre “kalons e gadjons”, por meio de disputas entre as próprias associações ciganas pelo direito de autonomeação e definição identitária. Por fim, refletimos em especial sobre o modo como as pessoas das comunidades ciganas utilizam as identidades romani como uma “tática coringa” para ocupar melhores lugares de interlocução no mercado simbólico da saúde cigana nos dois países e, consequentemente, combater as estratégias opressoras e excludentes.Starting from the Field of Communication & Health (C&S), we address in this article the epistemological arrangements of a doctoral research that focused on the intercultural processes and mediations present in the appropriation of public health policies for Romanies in Brazil and Portugal and that articulate four matrices: the gypsy philosophy, semiological studies, cultural studies and anti-colonial studies. Specifically, we analyze existential-cultural contexts, focusing on the production of gypsy identity from the perspective of Kalon philosophy. We begin by questioning the processes of invisibility and silencing, as well as inequality and social exclusion, which have historically been applied against Roma peoples and people. We present the way in which we build a dialogue with the gypsy philosophy of life. Then, to give concreteness to the philosophy, we deepened the look at the way in which the social production of gypsyness, that is, of the gypsy identities of the ethnic trunk, occurs in the friction between “kalons and gadjons”, through disputes between the associations themselves. gypsies for the right to self-nomination and identity definition. Finally, we reflect in particular on how people from Roma communities use Romani identities as a “wildcard tactic” to occupy better places of dialogue in the symbolic market of Roma health in both countries and, consequently, combat oppressive and exclusionary strategies.A partir del Campo de la Comunicación y la Salud (C&S), abordamos en este artículo los arreglos epistemológicos de una investigación doctoral que se centró en los procesos y mediaciones interculturales presentes en la apropiación de políticas públicas de salud para gitanos en Brasil y Portugal y que articulan cuatro matrices: la filosofía gitana, los estudios semiológicos, los estudios culturales y los estudios anticoloniales. En concreto, analizamos contextos existenciales culturales, centrándonos en la producción de la identidad gitana desde la perspectiva de la filosofía Kalon. Comenzamos cuestionando los procesos de invisibilidad y silenciamiento, así como de desigualdad y exclusión social, que históricamente se han aplicado contra los pueblos y personas gitanas. Presentamos la forma en que construimos un diálogo con la filosofía de vida gitana. Luego, para dar concreción a la filosofía, profundizamos la mirada sobre la forma en que la producción social de la gitana, es decir, de las identidades gitanas del tronco étnico, se da en la fricción entre “kalons y gadjons”, a través de disputas entre las propias asociaciones gitanas por el derecho a la autonominación y definición de identidad. Finalmente, reflexionamos en particular sobre cómo las personas de las comunidades gitanas utilizan las identidades gitanas como una “táctica comodín” para ocupar mejores lugares de diálogo en el mercado simbólico de la salud gitana en ambos países y, en consecuencia, combatir estrategias opresivas y excluyentes.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Produção social dos sentidos em processos interculturais de comunicação e saúde: a apropriação das políticas públicas de saúde para ciganos no Brasil e em Portugal

    No full text
    Submitted by Repositório Arca ([email protected]) on 2019-05-10T14:10:31Z No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) aluizio_junior_icict_dout_2018.pdf: 6778743 bytes, checksum: 1ae77bc2cf042492acd5e5d8601de327 (MD5)Approved for entry into archive by Raquel Dinelis ([email protected]) on 2019-05-17T14:23:43Z (GMT) No. of bitstreams: 2 aluizio_junior_icict_dout_2018.pdf: 6778743 bytes, checksum: 1ae77bc2cf042492acd5e5d8601de327 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)Made available in DSpace on 2019-05-17T14:23:43Z (GMT). No. of bitstreams: 2 aluizio_junior_icict_dout_2018.pdf: 6778743 bytes, checksum: 1ae77bc2cf042492acd5e5d8601de327 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2018Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Esse trabalho é fruto de um esforço coletivo para mapear e analisar os processos interculturais de comunicação (produção, circulação e apropriação) das políticas públicas de saúde para ciganos no Brasil e em Portugal. Partindo de um arranjo epistemológico-teórico-metodológico híbrido e multirreferencial entre os estudos anticoloniais, pela via das Epistemologias do Sul (Santos, 2016) e os Estudos Culturais e Estudos Semiológicos, pela via do modelo da Comunicação como Mercado Simbólico (Araujo, 2002), organizamos nossas reflexões tendo como eixos as desigualdades sociais e as mediações em torno dos processos de apropriação de tais políticas por parte das pessoas ciganas. Trata-se de uma pesquisa dialógica, realizada no campo da Comunicação e Saúde (C&S), cujo principal objetivo se pautou por analisar \2013 e, comprovamos que \2013 se as violências físicas e simbólicas, expressas pelas políticas persecutórias e racistas, respectivamente, aplicadas historicamente pelos Estados brasileiro e português contra as pessoas ciganas, o que deixou um rastro de pobreza e exclusão, impactam nas condições e situações de vida e saúde dessas comunidades. A aplicação das Epistemologias do Sul e seus procedimentos como as sociologias das ausências e das emergências e as ecologias dos saberes e dos reconhecimentos, nos possibilitou a construção de um saber compartilhado junto ao movimento político cigano, valorizando as suas vozes, olhares e saberes, que foram silenciados ou invisibilizados pelas sociedades ocidentais e a ciência hegemônica, comprovando que mantêm uma sofisticada filosofia de vida, que estrutura um sistema de ação e organização sociocultural, lhes permitindo resistir às opressões e dominações do capitalismo e do colonialismo Já as categorias trazidas pelo mercado simbólico e sua matriz de mediações, nos permitiu mapear os principais interlocutores, suas comunidades discursivas, instâncias, campos, seus fatores e fontes de mediação, revelando contextos da elaboração, circulação e apropriação da saúde cigana nos dois países. Para dar consistência e horizontalidade entre as vozes ciganas que participaram da pesquisa de campo, as vozes teóricas e acadêmicas e às vozes oficiais estatais, que já têm alto poder de interlocução, colocamos em prática uma metodologia experimental, baseada numa matriz fílmica intercultural e semiológica, aos moldes antropológicos compartilhados de Jean Rouch, mas hibridizada com elementos das três matrizes mencionadas. Entre os conceitos aportados, destacam-se: a provocação (Rouch), a negociação (Rouch, 1975, Rouch e Ribeiro, 2007), o lugar de interlocução (Araujo, 2002), a tradução intercultural e tradução interpolítica (Santos, 2007 e 2017) e a criação (Rouch). Esse entrelaçamento mostrou-se viável tanto como possibilidade de mapeamento do fluxo comunicacional e simbólico, como de produção de um conhecimento com as pessoas ciganas e não sobre elas, o que fez toda diferença Como resultados, comprovamos a pertinência do conceito de Tradução para a produção de um conhecimento crítico na área da comunicação e saúde, visto que, entre as inovações do nosso trabalho está a concretização do início de um intercâmbio de saberes entre os movimentos políticos ciganos brasileiro e português. Esse arranjo proporcionou de fato, uma intervenção na realidade estudada, denunciando ausências e negligências na saúde cigana, além de fazer emergir questões como: contextos e temas comuns, diferenças, demandas e lutas por igualdade racial e inclusão comunicacional na saúde. Mas, a comunicação só será emancipatória, transformadora das injustiças sociais e propulsora da cidadania a se trouxer a possibilidade do exercício do direito à comunicação, que converte o ator social em ator político, para agir e transformar o mundo.His work is a study of the intention of mapping and analyzing the intercultural processes of communication (production, circulation and appropriation) of public health policies for the Roma in Brazil and Portugal. Based on an epistemological-theoretical-methodological hybrid and multireferential arrangement between anticolonial studies, by Epistemologies of the South (Santos, 2016) and Cultural Studies and Semiological Studies, by the Symbolic Market Communication Model (Araujo, 2002), we organized our reflections. They have as skeletons as social inequalities and as mediations around the processes of appropriation of such policies by the gypsy people. It is a dialogical research carried out in the field of Communication and Health (C&S), whose main objective was to analyze \2013 and we prove that \2013 the physical and symbolic violence, expressed by the persecutory and racist policies, respectively, applied historically by the Brazilian and Portuguese states against Roma people, which left a trail of poverty and exclusion, impact on the conditions and situations of life and health of these communities The application of the epistemologies of the South and its procedures such as the sociologies of absences and emergencies and the ecologies of knowledge and recognition enabled us to build a shared knowledge with the Gypsy political movement, valuing their voices, looks and knowledge, which were silenced or invisible by Western societies and hegemonic science, proving that they maintain a sophisticated philosophy of life, which structures a system of action and socio cultural organization, allowing them to resist the oppressions and dominations of capitalism and colonialism. On the other hand, the categories brought by the symbolic market and its matrix of mediations allowed us to map the main interlocutors, their discursive communities, instances, fields, their factors and sources of mediation, revealing contexts of the elaboration, circulation and appropriation of Gypsy health in both countries. To give consistency and horizontality between the Roma voices who participated in the field research and the theoretical and academic voices and the state officials, who already have high power of interlocution, we put into practice an experimental methodology, based on an intercultural and semiological filmic matrix, to the shared anthropological molds of Jean Rouch, but hybridized with elements of the three matrices mentioned Rouch, Rouch, and Rouch, 2007), the place of interlocution (Araujo, 2002), intercultural translation and inter-political translation (Santos, 2007) and creation (Rouch). This interlacing proved feasible both as a possibility of mapping the communicational and symbolic flow and of producing a knowledge with the gypsy people and not about them, which made all the difference. As a result, we verified the pertinence of the concept of Translation to produce critical knowledge around communication and health, since among the innovations of our work is the realization of the beginning of an exchange of knowledge between the Brazilian and Portuguese gypsy political movements. This arrangement, in fact, is an intervention in the studied reality, denouncing absences and negligence in Gypsy health, as well as raising issues such as: common contexts and themes, differences, demands and struggles for racial equality and communicational inclusion in health. But communication will only be emancipatory, transforming social injustices and propelling citizenship if it brings the possibility of exercising the right to communication, which turns the social actor into a political actor, to act and transform the world

    Comunicación y Salud en América Latina : contribuciones al campo

    No full text
    Los objetivos de esta compilación son académicos e institucionales. Apuntan al fortalecimiento y visibilidad del campo Comunicación y Salud, del Grupo de Trabajo (GT) en Comunicación y Salud de la Asociación Latinoamericana de Investigadores en Comunicación (ALAIC) y de las relaciones entre los y las investigadores de la región. A través de los distintos congresos -habiendo sido convocados para esta publicación a participantes de los Congresos XI (Montevideo 2012), XII (Lima 2014), XIII (México 2016) y XIV (Costa Rica circularon en el GT diferentes actores, disputas teóricas y metodológicas, tecnologías, agendas públicas- políticas y ciudadanas, configuraciones de poder y construcciones de sentidos con el propósito de contribuir a la comprensión y consolidación del campo Comunicación y Salud, entendido este como un campo de múltiples dimensiones
    corecore