Comunicação e Sociedade (E-Journal)
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    Diferenciando Marketing Verde de Greenwashing com Base em Dados do Banco do Brasil S.A. e Natura & Co.

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    This study aims to identify the differences between green marketing initiatives and greenwashing, as well as their implications for companies’ social and environmental development practices. It relies on data from Banco do Brasil S.A. and Natura & Co. A qualitative, descriptive and multiple case study was employed, involving an analysis of documents such as annual reports and other publicly available information on the companies’ websites. The documentary analysis was guided by the checklist developed from the theoretical review. The research findings indicate that both organisations analysed adhere to ethical principles when communicating their sustainability efforts in environmental and social dimensions, thus aligning with the green marketing model advocated in scientific literature and distancing them from the representation of greenwashing. Banco do Brasil and Natura & Co., as evidenced in reports available on their websites, demonstrate genuine actions and support projects in both social and environmental domains. Communication with the market and stakeholders includes verifiable details, sources, and documents, establishing credibility and affirming that the reported actions were indeed implemented. Consequently, it is possible to infer that the practices observed align with green marketing rather than greenwashing.Este estudo tem como objetivo identificar as diferenças entre as ações de marketing verde e de tendência ao greenwashing, bem como suas implicações para as práticas de desenvolvimento socioambiental das empresas, com base em dados do Banco do Brasil S.A. e Natura & Co. Utilizou-se uma pesquisa qualitativa, descritiva e estudo de caso múltiplo, realizado com análise de documentos, como relatórios anuais, além de outras informações disponíveis aos consumidores pelas duas empresas em seus sites. A análise documental foi orientada pela check-list construída a partir da revisão teórica. A pesquisa evidenciou que as duas organizações analisadas seguem princípios éticos na publicização de suas ações no âmbito da sustentabilidade, nas dimensões ambiental e social, configurando desta forma o modelo de marketing verde, preconizado na literatura científica, distanciando-se da tipificação de greenwashing. Tanto o Banco do Brasil como a Natura & Co. demonstram, por meio de relatórios disponibilizados em seus sites, a realização de ações e apoio a projetos, tanto sociais, como ambientais, que, ao serem objeto de comunicação ao mercado e stakeholders, evidenciam características de veracidade, com indicação de fontes e documentos que comprovam a efetiva execução de ações citadas. Destarte, é possível inferir que se trata de marketing verde e não greenwashing

    Quando as Redes Sociais Digitais São Fontes Jornalísticas — Uma Abordagem a Códigos Deontológicos

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    The inescapable influence of social media on journalism has introduced a multitude of challenges that professionals in the field cannot afford to overlook. Increasingly used as sources, social media platforms contribute significantly to the evolution of new dynamics in news production. This is particularly evident in the coverage of unfolding events, prioritising speed of transmission and immediacy as inherent values. This emphasis often encourages the rapid extraction of content available on the internet, leaving minimal time for thorough scrutiny. This article delves into the phenomenon from an ethical standpoint. Through an analysis of 32 codes of ethics — and analogous instruments — that specifically address this evolving reality, it identifies journalistic values and principles concerning information-gathering methods, especially pertaining to digital social networks. The primary emphasis remains on the requirement to verify and validate the material while identifying sources following traditional procedures, given the potential risks to the integrity of journalistic narratives. Most codes in the corpus also prioritise safeguarding citizens' private sphere, possibly stemming from the dissemination of material. This concern extends beyond general privacy protection, encompassing the highly sensitive issues associated with it: the vulnerability and emotional distress experienced by authors of social media posts and the presence of victims or minors on social networks.A influência dos média sociais no campo do jornalismo, hoje incontornável, manifesta-se em várias vertentes, criando desafios que não podem ser ignorados pelos profissionais. Enquanto fontes, estão a ser cada vez mais utilizados, contribuindo para a emergência de novas dinâmicas de produção noticiosa, em particular na cobertura de acontecimentos em continuidade, nos quais impera a velocidade de transmissão e o imediatismo constitui um valor em si mesmo, incentivando a extração de conteúdos disponíveis na internet, sem tempo para escrutínio. Neste artigo, o fenómeno é enquadrado numa perspetiva ética. Através da análise de 32 códigos deontológicos — e instrumentos semelhantes — que incorporam esta realidade em partes específicas foram identificados valores e princípios jornalísticos neles inscritos acerca das modalidades de recolha de informação, sobretudo em redes sociais digitais. A exigência de verificação e validação do material e de identificação da fonte, procedimentos tradicionais, é predominante, atentos os potenciais riscos para o rigor de uma narrativa jornalística. Também é detetada, na maioria dos códigos integrados no corpus, a preocupação de acautelar o dano na esfera privada de cidadãos, eventualmente decorrente da difusão de material. Não se trata apenas de proteger a privacidade, em geral, mas de ponderar questões de grande sensibilidade a ela associáveis: a vulnerabilidade e dor em que se possam encontrar os autores das postagens e a presença nas redes de vítimas ou cidadãos menores de idade

    Digital Disconnection and Portuguese Youth: Motivations, Strategies, and Well-Being Outcomes

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    As most individuals become digital media users, many struggle to find balance in such use. This study adds to emergent research on how digital disconnection experiences reflect on well-being (Nguyen et al., 2021; Radtke et al., 2022; Vanden Abeele, 2021) by focusing on motivations and strategies to disconnect from digital media, as well as on outcomes for well-being. We set out to understand teenagers who have voluntarily chosen to disconnect in the post-lockdown period in 2021. Our qualitative study included 20 participants from Portugal between 15 and 18 years old. Among those who consciously chose to disconnect from digital media, motivations arose from realizing that digital media was not bringing enough benefits for the amount of time that they took from users. Specific forms of digital media stood out as particularly problematic for young people, especially social media, but also videogames and pornography. This realization seems to be strongly influenced by the media and is evident in the vocabulary and associations used by our respondents. Social pressure is felt both as causing anxiety when they are connected and when they are disconnected through fear of missing out. However, the group provides support when they engage in a progressive disconnection together. Radical disconnection is rare, especially during the pandemic, and can appear as a solution to a dramatic problem in young people’s lives, but it can also be reverted. More often, participants attempted to self-regulate their use of digital when they acknowledged the advantages of those services as well as their drawbacks. This is not a linear process but rather filled with attempts and reversals as unexpected feelings such as boredom arise. When young people grow different leisure and social habits, they experience positive outcomes of disconnecting from the digital.À medida que a maioria dos indivíduos se torna utilizador dos média digitais, muitos lutam para encontrar um equilíbrio nesse uso. Este estudo contribui para a pesquisa emergente sobre como as experiências de desconexão digital se refletem no bem-estar (Nguyen et al., 2021; Radtke et al., 2022; Vanden Abeele, 2021), concentrando-se nas motivações e estratégias para se desconectar dos média digitais, bem como nos resultados para o bem-estar. Propusemo-nos compreender os adolescentes que optaram voluntariamente por desligar no período pós-confinamentos, em 2021. O nosso estudo qualitativo incluiu 20 participantes entre os 15 e os 18 anos em Portugal. Entre aqueles que optaram conscientemente por se desconectar dos média digitais, as motivações surgiram da perceção de que esses meios não traziam benefícios suficientes para a quantidade de tempo que lhes tomavam. Algumas formas específicas de média digitais destacaram-se como particularmente problemáticas para os jovens, especialmente os média sociais, mas também os videojogos e a pornografia. Essa perceção parece ser fortemente influenciada pelos média, o que se evidencia no vocabulário e nas associações usadas pelos entrevistados. A pressão social é sentida como causadora de ansiedade quando estão conectados e quando estão desconectados por meio do fear of missing out (medo de perder o que se está a passar). No entanto, o grupo é fonte de apoio quando eles se envolvem numa desconexão progressiva em conjunto.A desconexão radical é rara, principalmente em tempos de pandemia, e pode aparecer como solução para um problema dramático na vida dos jovens, mas também pode ser revertida. Mais frequentemente, os participantes tentaram autorregular o seu uso do digital, quando reconheceram as vantagens desses serviços, bem como as suas desvantagens. Este não é um processo linear, mas sim marcado por tentativas e reversões, à medida que surgem sentimentos inesperados, como o tédio. Quando os jovens desenvolvem diferentes hábitos sociais e de lazer, experimentam resultados positivos de desconexão do digital

    A Abordagem Estratégica da Qualidade em Jornalismo: Inovação, Tecnologia e Pesquisa Aplicada

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    This article addresses the quality of journalism from a strategic perspective (Paladini, 2005), according to which quality is an organisational effort that integrates external conditions and demands with internal actions, from planning to final product delivery. In order to implement this perspective, it will be necessary to think about quality in journalism beyond the concept mainly focussed on product evaluation towards a concept based on the development of quality management systems (QMS). The QMS is a set of integrated actions that aligns assessment with editorial management guidelines, production processes and products. The implementation of this proposal requires investment in innovation in two complementary movements to develop: (a) a QMS for journalistic organisations, which contains assessment methods with metrics for outcomes and editorial management models, processes and products that incorporate the assessment methods and their metrics; and (b) computerised systems capable of enabling the implementation of the QMS using the technological resources available, in terms of structured journalism, exploiting the potential of digital journalism in databases. The strategic approach to quality in journalism is not attainable with the know-how currently available in the sector. Investment in applied research and experimental development in journalism is crucial to fostering editorial and technological innovation to produce the transformation required to craft a new journalistic intelligence that bolsters credibility with quantifiable editorial quality data and ensures the sector’s long-term sustainability.O presente artigo aborda o tema da qualidade em jornalismo a partir de uma perspectiva estratégica (Paladini, 2005), segundo a qual a qualidade é um esforço organizacional que considera condições e demandas do cenário externo articuladas com as ações internas, desde o planejamento até à entrega do produto final. Para implementar essa perspectiva, será necessário pensar a qualidade em jornalismo para além da concepção majoritariamente focada na avaliação do produto, para a concepção baseada no desenvolvimento de sistemas de gestão da qualidade (SGQ). O SGQ é um conjunto de ações integradas, que alinha a avaliação a diretrizes da gestão editorial, processos de produção e produtos. A implementação dessa proposta requer o investimento em inovação, em dois movimentos complementares, para desenvolver: (a) um SGQ para organizações jornalísticas, que contenha métodos de avaliação com métricas para mensuração de resultados e modelos de gestão editorial, processos e produtos que incorporem os métodos de avaliação e suas métricas; e (b) sistemas informatizados capazes de permitirem a operacionalização do SGQ, através dos recursos tecnológicos disponíveis nos termos do jornalismo estruturado, que explora as potencialidades inscritas no jornalismo digital em base de dados. A abordagem estratégica da qualidade em jornalismo não se viabiliza com o know-how disponível hoje no setor. O investimento em pesquisa aplicada e no desenvolvimento experimental em jornalismo será fundamental para gerar inovação editorial e tecnológica, a fim de operar a transformação requerida para a construção de uma nova inteligência jornalística, capaz de elevar a credibilidade, com dados de qualidade editorial monitoráveis e demonstráveis, e garantir a sustentabilidade do setor, no longo prazo

    O Legado da Memória Coletiva na Cultura Digital: Digitalização, Mapeamento Cultural e Cocriação

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    Em plena transição digital, na qual o património digital emerge como resposta a uma necessidade de preservação e gestão da informação cultural numa era de produção acelerada e desregulada, o mapeamento cultural destaca-se como abordagem agregadora e multidisciplinar que convoca à participação. Neste contexto, o design afirma-se como mediador entre múltiplas disciplinas, tornando-se cada vez menos centralizado na materialização de objetos como finalidade, em favor da implementação de processos de cocriação e ativação de sistemas sociotécnicos que congregam pessoas, contextos e tecnologia. Neste âmbito, destaca-se a preservação e dinamização do património cultural, que tem vindo a estar institucionalmente a cargo dos museus, bibliotecas e arquivos, responsáveis pela recolha, preservação e disponibilização à comunidade. O presente artigo evidencia o impacto da digitalização da cultura e das políticas de acesso aberto nas instituições da memória, em termos de gestão das coleções e de experiências de fruição dentro e fora das instituições com recurso à tecnologia, bem como apresenta metodologias de participação ativa de comunidades na documentação e salvaguarda do património cultural imaterial, com destaque para várias iniciativas, em particular desenvolvidas em Portugal.Amidst the digital transition, where digital heritage comes to meet the need for preserving and managing cultural information in an era of accelerated and unregulated production, cultural mapping emerges as an aggregating and multidisciplinary approach that calls for participation. In this context, design stands out as a mediator between multiple disciplines, becoming less centred on the materialisation of objects as a purpose, favouring the implementation of co-creation processes and the activation of socio-technical systems connecting people, contexts and technology. Within this background, we highlight the preservation and promotion of cultural heritage, which has been institutionally held by museums, libraries and archives, responsible for collecting, preserving and making it available to the community. This article highlights the impact of the digitisation of culture and the open access policies in memory institutions regarding managing collections and fruition experiences through technology inside and outside the institutions. It also presents participatory methodologies with communities taking an active role in the documentation and safeguarding of intangible cultural heritage, and also highlighting some relevant initiatives, particularly developed in Portugal

    “Não Tenho as Condições”: Como os Jornalistas de Televisão e Rádio Avaliam a Qualidade do Jornalismo em Portugal

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    Studying the quality of journalism in Portugal is important, given the current financial crisis the business landscape is going through, where newsrooms are increasingly smaller and with precarious working conditions. In this context, how do Portuguese television and radio journalists assess the quality of journalism practised in Portugal and the conditions they have to produce news? This article seeks to answer two research questions, through the use of semi-structured interviews with 11 radio and television journalists in Portugal: (a) how do television and radio journalists define quality journalism; and (b) how do television and radio journalists assess the quality of journalism produced in Portugal? The interviewees stressed the importance of following the profession’s ethical rules, maintaining accuracy and impartiality, as well as other more formal aspects, such as the quality of their writing or the ability to captivate their audience. As for the conditions needed to practise good journalism, the importance of time and job stability stood out, which the interviewees agreed are in short supply. Although the interviewees were not unanimous in their assessment of the quality of television and radio journalism in Portugal — even the most positive ones had criticisms to make — most of the journalists interviewed considered that their working conditions for producing good journalism fall short of what is desired.Estudar a qualidade do jornalismo em Portugal manifesta-se como relevante perante uma paisagem empresarial em crise financeira e redações cada vez mais pequenas com condições de trabalho precárias. Neste contexto, como é que os jornalistas portugueses de televisão e de rádio avaliam a qualidade do jornalismo praticado em Portugal e as condições que têm para o produzir? Através de entrevistas semiestruturadas a 11 jornalistas de rádio e de televisão em Portugal, procuramos responder a duas perguntas de investigação: (a) como é que os jornalistas de televisão e de rádio definem o jornalismo de qualidade?; e (b) como é que os jornalistas de televisão e de rádio avaliam a qualidade do jornalismo produzido em Portugal? Os entrevistados destacam a importância de seguir as regras deontológicas da profissão, de manter o rigor e a isenção e também outros tipos de características mais formais como, por exemplo, a qualidade da escrita ou a capacidade de cativar a audiência. Quanto às condições necessárias para praticar bom jornalismo, sobressai a importância do tempo e da estabilidade laboral, sobre as quais os entrevistados concordam estarem em escassez. Embora não sejam unânimes na sua avaliação da qualidade do jornalismo televisivo e radiofónico em Portugal — mesmo os mais positivos têm críticas a fazer —, a maior parte dos jornalistas entrevistados considera que as suas condições de trabalho para produzir bom jornalismo ficam aquém do desejado

    Mapeando Mapas de Alternativas: Economias Diversas e Modos de Mapear em Comum

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    Este artigo tem como objeto de estudo seis mapas produzidos em Portugal e na Catalunha, enquanto dispositivos comunicativos de outros mundos possíveis. Assumindo a crescente importância dos mapas digitais na sociedade em rede, queremos contribuir para entender mais sobre o seu papel na edificação de alternativas à economia dominante em tempos de crises sistémicas. Que aprendizagens surgem dos mapas que propõem desvios dos roteiros capitalistas? Que entendimentos nos trazem quer sobre os próprios mapas, quer sobre os modos de mapear e as desejadas alternativas? Mais do que explorar os mapas como produto, procura-se contribuir para a compreensão das forças intersticiais da sua pré-produção, produção e reprodução. À luz das teorias dos comuns, são auscultadas dinâmicas de mapeamento colaborativo de economias diversas: diversas quanto às suas políticas de conhecimento, quanto às suas formas de governança e participação e, logo, quanto ao modo de manusear as tecnologias digitais. O objeto de estudo define-se e une-se, na sua variedade, pelas ideias de coletivo e de comum. Os dados provêm da observação direta de mapas e de entrevistas feitas aos intervenientes. A análise é predominantemente qualitativa e visa organizar constatações e desafios relevantes, extrapoláveis a partir dos testemunhos, práticas e objetos observados.This paper’s object of study focuses on six maps produced in Portugal and Catalonia as communication devices of other possible worlds. Assuming the growing importance of digital maps in the network society, we want to contribute to learning more about their role in constructing alternatives to the dominant economy in times of systemic crisis. What lessons emerge from maps that propose deviations from capitalist roadmaps? What understandings do they provide about the maps themselves, ways of mapping, and the hoped-for alternatives? Rather than exploring maps as a product, we seek to contribute to an understanding of the interstitial forces of their pre-production, production, and reproduction. In the light of the theories of the commons, the dynamics of collaborative mapping of diverse economies are explored: diverse in terms of their knowledge policies, modes of governance and participation and, therefore, in how they handle digital technologies. The object of study is defined and united, in its variety, by the ideas of collective and commons. The data comes from direct observation of maps and interviews with stakeholders. The analysis is predominantly qualitative and aims to organise relevant findings and challenges, which can be extrapolated from the observed testimonies, practices and objects

    Os Líderes Partidários Portugueses no Twitter: Interações e Estratégias de Hibridização Mediática

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    This study aims to understand to what extent Portuguese political party leaders use the interactions accessible on Twitter, namely the retweets, mentions of other users and hyperlinks, and to observe which connection networks are created — whether within the party or outside of it, such as citizens or political actors from other parties. Additionally, we verify how political actors use Twitter to implement a strategy in the hybrid media system model, establishing links to “traditional media” such as newspapers, radio, and television. The data comprises tweets published by four Portuguese party leaders, from Partido Socialista, Partido Social Democrata, Bloco de Esquerda and Chega, during 2021 and 2022, subsequently subject to content analysis using the MAXQDA program. The research revealed that all leaders use Twitter’s interaction possibilities but with different intensities. We verified that they all employ a hybrid communication strategy by converging traditional media content in the Twitter platform. We establish a typology of communication strategies party leaders implement on Twitter from the obtained data. We also identify and characterise the possibilities that media interactions conducted by party leaders can assume in the Twitter arena.Este estudo procura perceber até que ponto os líderes partidários portugueses utilizam as possibilidades de interação acessíveis no Twitter, nomeadamente o retweet, menção a outro utilizador e ligação web para outros endereços, e entender qual é a rede de ligações que é criada — se dentro do próprio partido, se aberta a protagonistas partidários de outras forças políticas ou a cidadãos. Adicionalmente, verificamos como é que, através do Twitter, os atores políticos põem em prática uma estratégia enquadrada no modelo mediático híbrido, estabelecendo ligações para os chamados “meios tradicionais de comunicação”, como jornais, rádio e televisão. Os dados são obtidos a partir de uma recolha de tweets publicados por quatro líderes partidários portugueses, do Partido Socialista, Partido Social Democrata, Bloco de Esquerda e Chega, em períodos específicos de 2021 e 2022, posteriormente sujeitos a análise de conteúdo e trabalhados informaticamente através do programa MAXQDA. A pesquisa revelou que todos os líderes utilizam as possibilidades de interação do Twitter, mas com intensidades diferentes. Verificámos que apostam numa estratégia de comunicação híbrida, fazendo convergir na plataforma do Twitter conteúdos dos média tradicionais. A partir dos dados obtidos foi possível estabelecer uma tipologia de estratégias de comunicação postas em prática pelos líderes partidários no Twitter, bem como identificar e caracterizar as possibilidades que as interações mediáticas, realizadas pelos líderes partidários, podem assumir na arena do Twitter

    Design e Comunicação: Desafios e Dilemas do Digital

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    Novas Fronteiras do Jornalismo de Investigação: Do Lobo Solitário à Alcateia

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    This paper resorts to a literature review to cover 100 years of investigative journalism history, focusing on the concept by choosing journalistic investigation as the prime embodiment of high-quality journalism, providing a broad perspective on the topic. Resuming the debate on the differences between investigative journalism and day-to-day journalism, which still creates rifts among the journalistic class, but also within academia, this article dismisses the all-encompassing view that all journalism is investigative.By assessing the impact of external factors, such as the market and technology, on the matrix of the investigative journalism concept, this analysis seeks to identify potential solutions that can sustain the watchdog role associated with investigative journalism. As such, this paper delves into the new frontiers of investigative journalism, simultaneously highlighting the potential of digital technology to keep powers under scrutiny in an increasingly complex world; create collaborative networks among journalists that expand the scope and enhance the impact of published stories; foster partnerships between media organisations, non-profit organisations and universities; and find long overdue solutions to ensure that investigative journalism reaches peripheral territories, where it still has an utterly marginal presence.Este artigo recorre à revisão bibliográfica para percorrer 100 anos de história do jornalismo de investigação, fixando-se no conceito, em toda a sua amplitude, ao eleger a investigação jornalística como a expressão mais direta do jornalismo de qualidade. Retomando a discussão sobre as diferenças entre jornalismo de investigação e jornalismo quotidiano, que, ainda hoje, cria clivagens no seio da classe jornalística, mas também na academia, este artigo rejeita a visão abrangente de que todo o jornalismo é de investigação.Avaliando o impacto dos fatores externos, como o mercado e a tecnologia, na matriz do conceito de jornalismo de investigação, esta análise tenta identificar soluções que contribuam para que a função de cão de guarda, atribuída ao jornalismo de investigação, permaneça ativa. Nesse sentido, este artigo aprofunda as novas fronteiras do jornalismo de investigação, salientando o potencial da tecnologia digital para, simultaneamente, manter sob escrutínio os poderes num mundo cada vez mais complexo; criar redes de colaboração entre jornalistas que alarguem a escala das matérias publicadas e reforcem o impacto; promover parcerias entre órgãos de comunicação social, entidades não lucrativas e universidades; encontrar soluções, que tardam, para que o jornalismo de investigação chegue aos territórios periféricos, onde ainda tem uma expressão absolutamente residual

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