7 research outputs found

    Uma taxonomia da cidade: tipos, tias, coxas e calcanhares na Semana Ilustrada (1860-1876)

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    From 1830 onwards, cheap prints, pamphlets, paperbacks and satirical newspapers would become popular in Paris. From this innovative relationship between the press, city and humor, the magazine Semana Ilustrada (1860-1876) projected, in the magic lantern style, the social types and the embarrassments of everyday life in the capital of the Empire of Brazil. From chronicles and lithographs, the article analyzes the methods used by the Semana in the construction of its humorous verve about the city and its types. It was concluded that, inspired by the Molieresque theater and the Parisian graphic comedy of the first half of the 19th century, the Semana e seu riso created in its pages a wide-ranging social framework of Rio de Janeiro, which not infrequently used language and pseudoscientific concepts of naturalism to order it.A partir de 1830, impressos baratos, folhetos, livros de bolso e jornais satíricos se popularizariam em Paris. Dessa inovadora relação entre imprensa, urbe e humor, a revista Semana Ilustrada (1860-1876) projetou, ao estilo da lanterna mágica, os tipos sociais e os embaraços da vida cotidiana na capital do Império do Brasil. A partir de crônicas e litogravuras, o artigo analisa os métodos empregados pela Semana na construção da sua verve humorística sobre a cidade e os seus tipos. Concluiu-se que, inspirada no teatro molieresco e na comicidade gráfica parisiense da primeira metade do século XIX, a Semana Ilustrada e o seu humor criaram abrangentes quadros sociais da sociedade fluminense que eram ordenados, não raras vezes, pela linguagem e pelos conceitos pseudocientíficos do naturalismo

    Escrito, caricaturado e falado: ecos do humor antiesquerdista nas décadas de 1920, 1960 e 2010

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    Os memes e a politização do espaço cibernético, o partidarismo político de comediantes e as falas pouco decorosas do presidente Jair Bolsonaro evidenciam que o humor foi arma importante na ascensão da nova direita no Brasil. Nas primeiras décadas do século XX, as publicações humorísticas de José Madeira de Freitas (1893-1944), integrante do alto escalão da Ação Integralista Brasileira (AIB), e, na década de 1960, as caricaturas de Hilde Weber (1913-1994) contra as esquerdas do país mostram um público conservador apto historicamente ao riso. Dessa forma, pretendeu-se avaliar os ideais contidos nesses humorismos e como esses discursos apareceram dentro de suas conjunturas artísticas e sociopolíticas. Nesse quadro de comicidades à direita que envolveu desilusão, radicalização e cinismo foi possível incitar novas reflexões sobre a relação utilitária e intersubjetiva do riso com espectros conservadores da política do século XX e XXI.The memes and the politicization of cyberspace, the impolite speeches of President Bolsonaro, and the political partisanship of comedians, such as Danilo Gentili (1979-current), point that humor was a categorical element in the rise of the new right in Brazil. In the first decades of the last century, the humorous publications of José Madeira de Freitas (1893-1944), a high-ranking member of the Brazilian Integralist Action (AIB), and, in the 1960s, the caricatures of Hilde Weber (1913-1994) against the left of the country showing a conservative audience historically apt to laugh. In this way, it is intended to evaluate the ideals contained in these humorisms and how these discourses appear within their artistic and sociopolitical conjunctures. In this context of right-wing comics that involved disillusionment, radicalization, and transgression, it was possible to incite new reflections on the utilitarian and intersubjective relationship of laughter with conservative specters of 20th and 21st century politics.Los memes y la politización del ciberespacio, el partidismo político de los comediantes y los discursos poco decorosos del presidente Jair Bolsonaro muestran que el humor fue un arma importante en el ascenso de la nueva derecha en Brasil. En las primeras décadas del siglo XX, las publicaciones humorísticas de José Madeira de Freitas (1893-1944), alto miembro de la Acción Integralista Brasileña (AIB), y, en la década de 1960, las caricaturas de Hilde Weber (1913 -1994) contra las izquierdas del país muestran un público conservador históricamente propenso a la risa. De esta forma, se pretendía evaluar los ideales contenidos en estos humorismos y cómo estos discursos surgieron dentro de sus coyunturas artísticas y sociopolíticas. En este contexto de comedia de derecha que involucraba desencanto, radicalización y transgresión, fue posible suscitar nuevas reflexiones sobre la relación utilitaria e intersubjetiva de la risa con espectros conservadores de la política de los siglos XX y XXI

    O Rio de Janeiro de 1860 pela revista Semana Ilustrada: o progresso, os espaços públicos e os trabalhadores.

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    No início da década de 1860, com os lucros do café e a supremacia do poder senhorial, o Império do Brasil aspirava prender-se de vez na rabeira do progresso. No Rio de Janeiro, os homens, vestidos “à inglesa”, e mulheres, à moda francesa, aperfeiçoavam os seus requintes pelas maisons francesas que se multiplicavam pela afamada Rua do Ouvidor. A nova folha ilustrada da Corte, a Semana Ilustrada (1860/1876), consumida por estes que, admiravam as óperas italianas e riam nas peças cômicas no teatro Ginásio, não raras vezes reprovava as condições físicas e morais das áreas urbanas da cidade e daqueles que não frequentavam os bailes do Clube Fluminense e do Botafogo, como as quitandeiras das praças de comércio, as lavadeiras do Campo de Sant’ana e os vendedores ambulantes e pretos de ganho da estação ferroviária D. Pedro II

    Resenha do livro “Menos Marx, mais Mises: o liberalismo e a nova direita no Brasil”

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    Resenha do livro: ROCHA, Camila. Menos Marx, mais Mises: o liberalismo e a nova direita no Brasil. São Paulo: todavia, 2021

    Uma taxonomia da cidade: tipos, tias, coxas e calcanhares na Semana Ilustrada (1860-1876)

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    From 1830 onwards, cheap prints, pamphlets, paperbacks and satirical newspapers would become popular in Paris. From this innovative relationship between the press, city and humor, the magazine Semana Ilustrada (1860-1876) projected, in the magic lantern style, the social types and the embarrassments of everyday life in the capital of the Empire of Brazil. From chronicles and lithographs, the article analyzes the methods used by the Semana in the construction of its humorous verve about the city and its types. It was concluded that, inspired by the Molieresque theater and the Parisian graphic comedy of the first half of the 19th century, the Semana e seu riso created in its pages a wide-ranging social framework of Rio de Janeiro, which not infrequently used language and pseudoscientific concepts of naturalism to order it.A partir de 1830, impressos baratos, folhetos, livros de bolso e jornais satíricos se popularizariam em Paris. Dessa inovadora relação entre imprensa, urbe e humor, a revista Semana Ilustrada (1860-1876) projetou, ao estilo da lanterna mágica, os tipos sociais e os embaraços da vida cotidiana na capital do Império do Brasil. A partir de crônicas e litogravuras, o artigo analisa os métodos empregados pela Semana na construção da sua verve humorística sobre a cidade e os seus tipos. Concluiu-se que, inspirada no teatro molieresco e na comicidade gráfica parisiense da primeira metade do século XIX, a Semana Ilustrada e o seu humor criaram abrangentes quadros sociais da sociedade fluminense que eram ordenados, não raras vezes, pela linguagem e pelos conceitos pseudocientíficos do naturalismo

    O ensino de História e a História Pública Digital: Entrevista com Anelize Vergara

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    Anelize Vergara é mestra pela Universidade Estadual de São Paulo e sua dissertação aproximou a história e a literatura ao abordar as crônicas de Rubem Braga na época do Estado Novo.[1] Em 2018, ela criou o canal no Youtube Profa Anelize e passou a produzir vídeos com conteúdo de História para jovens estudantes e vestibulandos. Quase quatro anos depois, o canal está prestes a atingir 40 mil inscritos e Anelize também obtêm números expressivos de popularidade em outras redes sociais. Hoje, ela divide sua atuação como professora do Ensino Básico e a produção de conteúdo, inclusive para professores de história, em várias redes sociais. Nessa entrevista, abordaremos suas experiências e visões sobre o ambiente acadêmico, a História Pública Digital e as possibilidades que as redes digitais oferecem para o cientista e o professor em tempos de alta de discursos autoritários e anticientíficos.   [1] VERGARA, Anelize. Rubem Braga: crônica e censura no Estado Novo (1938-1939). 2014. 164 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2014. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/113808>
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