33 research outputs found

    Os prolegômenos de uma Ética na Ontologia de Lukács

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    Este artigo pretende delinear o projeto de Lukács sobre a Ética que ele não chegou a escrever de forma sistemática, mas que está condensada no decorrer da sua vasta obra Ontologia do Ser Social. Na impossibilidade de demonstrar todo o seu pensamento, nos limites desta investigação, tentaremos apenas apontar os elementos centrais sobre a sua concepção acerca da ética que ele nos deixou na Ontologia, cuja direção refere-se ao seu caráter sócio-histórico e ao sentido humano e consciente que ele busca atribuir ao desenvolvimento do gênero humano. Nesse aspecto, Lukács concebe a gênese e a constituição ontológica da ética amplamente relacionada com o processo de objetivação/alienação (exteriorização) e com a questão do dever-ser e dos valores, cuja dimensão eminentemente social se conexa com a essência teleológica do trabalho no desenvolvimento social dos homens

    TEORIA CRÍTICA E ESCLARECIMENTO: MEDIAÇÃO PARA UMA EDUCAÇÃO ESCOLAR EMANCIPATÓRIA

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    O processo de globalização do mundo contemporâneo afetou consideravelmente todos os setores da vida humana, inclusive a ciência, a tecnologia e a educação. Aqui se insere principalmente a educação escolar que, no caso do Brasil, atingiu certa universalização, embora a sua teleologia central esteja voltada mais para as demandas do mercado do que para a formação cultural e humana. A partir dessas considerações, este artigo objetiva dissertar sobre algumas concepções de Marcuse e de Adorno em torno da teoria crítica que poderão contribuir para o esclarecimento acerca da sociedade tecnológica e da barbárie que nela impera como condicionantes dos complexos sociais, dentre eles a educação escolar. Nesse sentido, a teoria crítica e, consequentemente, o esclarecimento poderão contribuir para a superação dessa dinâmica social instrumental tendo em vista uma educação escolar emancipatória

    A gênese da alienação na atividade produtiva e a necessidade de uma educação ética para o trânsito

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    O artigo tem como objetivo delinear a necessidade de uma educação ética para o trânsito. Para tanto, numa ótica marxiana, trata do aspecto alienado da atividade produtiva, destacando os caracteres centrais da ciência moderna e sua influência nos valores que norteiam o agir humano na sociedade contemporânea. A partir dessas considerações demonstramos essa necessidade de uma educação ética para o trânsito evidenciada principalmente diante das mudanças ocorridas no mundo atual que geraram uma alienação generalizada nos complexos sociais, provocando grandes mudanças no comportamento humano, cujo parâmetro de ação tem sido norteado pelos valores que imperam na sociedade consumista, individualista e competitiva. Assim, ocorre a reificação das relações humanas incidindo sobre todas as dimensões da vida dos homens, desde a vida cotidiana até os complexos sociais mais setorizados como é o caso do trânsito. É nesse sentido que o comportamento do condutor de veículos tornou-se cada vez mais agressivo. Porém, estando em convívio social, o indivíduo deve agir de tal modo que os seus princípios individuais e os sociais sejam contemplados interativamente. É a partir dessa máxima que acreditamos numa educação ética para o trânsito que – apesar das contradições do capitalismo – se faz necessária justamente em virtude de tais contradições, pois uma mudança radical no seio da sociedade inicia-se também na vida cotidiana e nos complexos sociais setorizados. No caso do trânsito, a intenção central deve estar voltada para o respeito à vida do próprio condutor de veículos, bem como à vida dos outros

    Hegel: a filosofia enquanto sistema da razão

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    Após vários escritos filosóficos, Hegel devotou-se à elaboração do que ele denominou Sistema da Razão. Tal escrito é efetivado sistematicamente na sua obra Enciclopédia das ciências filosóficas em compêndio, onde ele esboça o quadro-geral das aplicações do saber às múltiplas atividades humanas, ou seja, o saber na sua universalidade. Trata-se, portanto, da demonstração da sistematicidade do pensamento, isto é, da filosofia enquanto conceito, enquanto ciência, pois para ele a filosofia reflete todas as demais ciências e só pode ser considerada assim enquanto sistema. Embora essa temática esteja demonstrada em toda a obra de Hegel acima referida, neste artigo nos referimos apenas à parte introdutória, cons- tituída pelos seus dezoito primeiros parágrafos. Porém, antes, faremos uma apresentação desta como um todo, inclusive amparados pela ótica de Bernard Bourgeois, um grande intérprete de Hegel

    DIDÁTICA E ENSINO: UMA DETERMINAÇÃO REFLEXIVA COMO BASE ONTOLÓGICA NOS CURSOS DE LICENCIATURA

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    A ressignificação da didática e do seu sentido ontológico nos cursos de licenciatura é uma questão que tem merecido destaque e instigado desafios em virtude da expansão dos cursos de formação docente. Partindo dessas considerações, este artigo objetiva abordar a dimensão e o sentido ontológico da didática, tratando o seu ser em si no contexto das relações sócio-históricas, em específico, no contexto dos cursos de licenciatura. Para tanto, tomaremos o pensamento de György Lukács, filósofo húngaro, tendo como base teórica a sua obra Ontologia do ser social. Nela Lukács desenvolveu os fundamentos, a racionalidade e a estrutura da vida social no trabalho e nos complexos sociais que dele se geram, estabelecendo como questão central a dialética das determinações reflexivas entre teleologia e causalidade, chave para a instauração da sociabilidade humana. Daí resultam os diversos nexos causais, levando os homens ao enfrentamento dos problemas e à busca de soluções, estabelecendo novas teleologias e ações. Inserem-se, nesse contexto, os complexos relativos à educação e à didática, considerando esta última como intrínseca ao real processo formativo de ensino e aprendizagem nos cursos de licenciatura, posto que ela tem um papel crucial nesse processo, pois o ato de ensinar deve ter, em si, o ser da didática. A partir dessas postulações, podemos destacar que a dimensão ontológica da didática requer a consideração da sua natureza ética, porquanto, se o ensino só ocorre se houver aprendizagem, ele deve ser eticamente formativo. Manifesta-se aqui uma autêntica determinação reflexiva da relação “didática e ensino” como base ontológica nos cursos de licenciatura

    Crítica de Marx à metafísica da economia política

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    In developing his materialist conception of history, Marx creates, at the same time, a critique to the Hegelian thought next to a critique of political economy. Those critiques are mainly concentrate in his works written throughout his youth, in particular the Misery of Philosophy. Based on this work of Marx, the present paper aims to discourse on the metaphysics of political economy, whose critique is directed mainly to Proudhon responding to the work Philosophy of Misery, in which Proudhon tries to provide, in a metaphysical bias, the bases for the social problems, applying the Hegelian dialectic to the method of political economy. For Marx, the Proudhonist ideology, which is expressed in that work, is totally reformist and utopian. In contrast to the Proudhonist thought, and explaining simultaneously the foundations that constitute the theory of social being, which is woven by the capitalist mode of production, Marx publishes in 1847 his work the Misery of Philosophy in response to Proudhon's Philosophy of Misery.Ao desenvolver a sua concepção materialista da história, Marx elabora, ao mesmo tempo, uma crítica ao pensamento hegeliano acompanhada de uma crítica à economia política. Tais críticas estão condensadas principalmente em suas obras de juventude, dentre elas destaca-se a Miséria da Filosofia. O presente texto objetiva, a partir dessa obra, dissertar sobre a metafísica da economia política cuja crítica dirige-se principalmente à Proudhon, em resposta à sua obra Filosofia da Miséria na qual Proudhon, tenta, num viés metafísico, fornecer as bases para os problemas sociais, através da aplicação da dialética de Hegel ao método da economia política. Para Marx, a ideologia proudhoniana expressa em tal obra apresenta-se totalmente reformista e utópica. Em contraposição ao pensamento de Proudhon, e simultaneamente explicitando os fundamentos constitutivos da teoria do ser social tecido pelo modo de produção capitalista, Marx publica em 1847 a sua obra Miséria da Filosofia em resposta à Filosofia da Miséria de Proudhon
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