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    Qual o papel do jornalismo na literacia da saúde? – estado da arte

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    Qual o papel do jornalismo na literacia da saúde? Será que os jornalistas devem desempenhar um papel ativo não só como informadores mas também como formadores no âmbito da saúde? Ou devem tratar este tópico à luz da sua habitual praxis profissional, escamoteando objetivos educativos em benefício de valores como a atualidade ou a isenção? O jornalista deve assumir-se como promotor de literacia ou remeter-se ao seu papel de repórter? A Organização Mundial de Saúde define a literacia da saúde como as “competências cognitivas que definem a capacidade e motivação dos indivíduos para acederem, compreenderem e usarem informação de forma a promoverem e manterem uma boa Saúde”. De facto, sabemos que a saúde ocupa um lugar central entre as preocupações da sociedade. Numa época em que a esperança média de vida atinge valores recordes nos países ocidentais, e em que as expectativas face à capacidade da ciência dar resposta aos problemas são elevadíssimas, obter informações sobre Saúde tornou-se essencial para uma parte substancial da população que segue atentamente estes conteúdos noticiosos, ávida de conhecer as mais avançadas estratégias terapêuticas. Os média vão dando resposta a esta ânsia social, concedendo espaço editorial aos assuntos sobre Saúde e, consequentemente, tornaram-se num dos principais veículos de informação sobre este tema para a população. Contudo, o jornalismo possui não só a capacidade de informar mas também de influenciar as atitudes dos seus públicos, pelo que importa perceber que papel deve desempenhar no âmbito da literacia da saúde. Neste trabalho, através de uma revisão da literatura, pretendemos fazer o levantamento das principais visões sobre a postura que os jornalistas devem adotar quando comunicam saúde, debater os argumentos apresentados e sumarizar esse conhecimento, avançando com respostas para as questões acima levantadas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A agenda da vacinação contra a COVID-19. A atuação de fontes oficiais europeias e portuguesas no Facebook, Instagram, Twitter e Linkedin

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    The authorization for the vaccine against Covid-19 and the beginning of the vaccination in the European Union represent a very singular moment in several dimensions, including strategic communication. In the context of a pandemic and an infodemic-an epidemic also recognized by the World Health Organization (WHO) characterized by the abnormal increase of information on a given subject carrying the risk of severe disinformation phenomena-the need for authorities (both Portuguese and European) to convey accurate information and to maintain a communicative proximity is crucial. In these circumstances, online social networks represent ineluctable channels to deliver official information. In this article, we analyze how the European Commission, the European Medicines Agency (EMA), the WHO Regional Office for Europe, the European Centre for Disease Prevention and Control, the Representation of the European Commission in Portugal, the Portuguese Government, the Portuguese Directorate-General of Health, and the Portuguese National Health Service have used Facebook, Instagram, Twitter and LinkedIn to communicate the vaccination during one month since the EMA’s authorization (21st December 2020). All posts from the referred sources on the four social networks (719 occurrences) were collected and content analysis methods were then applied. The results show that both Portuguese and European official sources use social media to convey authoritative information about the vaccination against Covid-19: more than one third of the posts analyzed link to institutional websites and more than half the publications have an informative framing. On the other hand, the analyze suggests that there is a strong political capitalization of the momentum of hope. This exploratory study case shows the importance of social media analysis in the context of the Covid-19.A autorização da primeira vacina contra a Covid-19 e o início da vacinação na União Europeia constituem um momento muito singular a vários níveis. Em pleno contexto de pandemia e de infodemia – epidemia também reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que consiste no aumento anormal de informação sobre determinado tema específico e que acarreta o risco de multiplicação de fenómenos graves de desinformação – a necessidade de transmitir informação e de manter uma proximidade comunicativa por parte das entidades oficiais (europeias e nacionais) responsáveis pelo processo de vacinação é imperiosa. Neste artigo, analisa-se a forma como Comissão Europeia (CE), Agência Europeia do Medicamento (AEM), OMS - Gabinete para a Europa (OMS - GE), Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (CEPCD), Representação Portuguesa da Comissão Europeia (RepCE), Governo de Portugal (Gov/PT), Direção Geral da Saúde (DGS), Serviço Nacional de Saúde (SNS) utilizam as redes sociais digitais Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn para comunicar a vacinação durante um mês, a partir da data de autorização da vacina pela AEM (21/12/2020). Para tal, foram recolhidas todas as publicações das fontes referidas nas quatro redes, totalizando719 ocorrências às quais foram aplicadas técnicas de análise de conteúdo. Os resultados mostram que as fontes oficiais portuguesas e europeias usam as redes sociais digitais para dar acesso a informação confiável sobre vacinação contra a Covid-19: mais de um terço dos posts analisados têm hiperligações para websites institucionais e mais de metade revelam um enquadramento informativo. Por outro lado, a análise sugere a existência de um forte aproveitamento do momento para capitalizar a esperança como ativo político. Este estudo de caso, de caráter exploratório, mostra a importância da análise dos media sociais no contexto da campanha de vacinação contra a Covid-19.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Qual o papel do jornalismo na literacia da saúde? – estado da arte

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    Qual o papel do jornalismo na literacia da saúde? Será que os jornalistas devem desempenhar um papel ativo não só como informadores mas também como formadores no âmbito da saúde? Ou devem tratar este tópico à luz da sua habitual praxis profissional, escamoteando objetivos educativos em benefício de valores como a atualidade ou a isenção? O jornalista deve assumir-se como promotor de literacia ou remeter-se ao seu papel de repórter? A Organização Mundial de Saúde define a literacia da saúde como as “competências cognitivas que definem a capacidade e motivação dos indivíduos para acederem, compreenderem e usarem informação de forma a promoverem e manterem uma boa Saúde”. De facto, sabemos que a saúde ocupa um lugar central entre as preocupações da sociedade. Numa época em que a esperança média de vida atinge valores recordes nos países ocidentais, e em que as expectativas face à capacidade da ciência dar resposta aos problemas são elevadíssimas, obter informações sobre Saúde tornou-se essencial para uma parte substancial da população que segue atentamente estes conteúdos noticiosos, ávida de conhecer as mais avançadas estratégias terapêuticas. Os média vão dando resposta a esta ânsia social, concedendo espaço editorial aos assuntos sobre Saúde e, consequentemente, tornaram-se num dos principais veículos de informação sobre este tema para a população. Contudo, o jornalismo possui não só a capacidade de informar mas também de influenciar as atitudes dos seus públicos, pelo que importa perceber que papel deve desempenhar no âmbito da literacia da saúde. Neste trabalho, através de uma revisão da literatura, pretendemos fazer o levantamento das principais visões sobre a postura que os jornalistas devem adotar quando comunicam saúde, debater os argumentos apresentados e sumarizar esse conhecimento, avançando com respostas para as questões acima levantadas

    Quantitative and qualitative analysis of portuguese press coverage regarding cosmetic products: a pilot test for a case study

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    A Sociedade Portuguesa de Ciências Cosmetológicas e a Step Exhibitions têm o orgulho de anunciar um fórum para a comunicação, a colaboração, e a inovação para o Mercado Português de Cosméticos e indústrias relacionadas. O Cosmetinnov reúne os principais decisores e inovadores de todo o setor da cosmética. Durante os dois dias do evento terá a oportunidade de fazer novos contactos e realizar negócios com centenas de profissionais que procuram encontrar soluções, obter respostas e adquirir produtos e serviços fundamentais ao desenvolvimento e fabrico dos seus produtos cosméticos. Ao atrair desde pequenas e médias empresas até grandes empresas internacionais, o Cosmetinnov 2020 oferece uma oportunidade inigualável de colocar a sua empresa em contacto com pessoas chave para o seu negócio.The Sociedade Portuguesa Ciencias Cosmetológicas and Step Exhibitions are proud to announce a forum for communication and collaboration, and innovation for the Portuguese Cosmetics Market and beyond. Cosmetinnov brings together the key decision makers and innovators from across the cosmetic sector. During the two-days event you can meet, network and do business with hundreds of professionals looking to find solutions, obtain answers, and buy the products and services they need to fulfil their cosmetics development and manufacturing requirements. Ranging from SMEs through to major international corporations, Cosmetinnov delivers an unrivalled opportunity to put your business in front of the people you need to meet

    Medical Research in the Portuguese Press – diagnosis and therapeutic recommendations

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    Tese de Doutoramento em Ciências da ComunicaçãoA Investigação Médica (IM) é uma área de enorme relevância científica, crescente potencial económico e inegável impacto social. A população procura neste segmento científico respostas às suas ânsias na área da Saúde, legitimando o investimento canalizado pelas mais altas instituições políticas. Consequentemente, a IM tornou-se também num alvo merecedor da atenção do Jornalismo. À falta de estudos que tracem o perfil deste segmento noticioso em Portugal, o objetivo deste trabalho é esclarecer que representação faz e como se constrói o noticiário sobre IM nacional. Pretendemos perceber como os jornais diários nacionais (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã e Público) representam a IM; avaliar como é que as fontes mais influentes neste campo condicionam o processo de agenda-building e que interesses as motivam; e compreender por que é que os jornalistas escolhem uns temas em detrimento de outros. Para atingirmos os objetivos definidos, adotámos duas abordagens metodológicas. Numa primeira fase, realizámos uma análise de conteúdo quantitativa, que depurou um conjunto de 660 notícias de IM, publicadas entre 2011 e 2017. Numa segunda fase, focámo-nos no desenvolvimento de três estudos qualitativos, assentes na realização de entrevistas e estudos de caso. Foram auscultadas as fontes de informação e os jornalistas mais profícuos na cobertura noticiosa de IM no período e diários em estudo e dissecados casos noticiosos de IM de grande impacto. Sumariamente, os resultados revelaram que o noticiário de IM na imprensa portuguesa é circunscrito, mas consistente (1,5 notícias de IM publicadas por dia) e com capacidade de chegar aos lugares de maior destaque dos jornais. Fala-nos dos temas percebidos como mais relevantes para a sociedade, nomeadamente Neurociências (11%), Oncologia (9%) e Saúde Pública (8%) e cita fontes documentais (45%) ou individuais especializadas (31%). É, no entanto, construído por fontes profissionais que traduzem em press releases o discurso altamente complexo da IM, e por jornalistas profissionalmente constrangidos, mas conscientes da relevância do seu papel perante a sociedade. Em conclusão, o Jornalismo de IM corresponde a um subcampo de interseção entre a Comunicação da Saúde e a Comunicação de Ciência que se define como um vetor de esperança cientificamente validada. Dotado de um enorme potencial de crescimento e de melhoria, este subcampo obedece a uma forte lógica de interdependência fonte-jornalismo. Dessa interdependência nasce o poder das fontes, especialmente das profissionalizados, mas também a corresponsabilização destas no processo de agenda-building de IM.Medical Research (MR) is an area of enormous scientific relevance, growing economic potential, and undeniable social impact. The population seeks in this scientific segment the answers for their health concerns, which legitimates the investment made by institutions at the highest political level. Consequently, MR has also caught the attention of journalism. In the absence of studies that can offer a profile of this news segment in Portugal, this work aims to analyse what is the newspapers’ representation of national MR and how such news are constructed. The objectives are to understand how national journals (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Correio da Manhã and Público) represent MR; to evaluate how the most influential sources in this field condition the agenda-building process, also determining what the interests behind their motivation are; and to understand why journalists choose certain themes to the detriment of other. To achieve the defined objectives, we adopt two methodological approaches. First, we perform a quantitative content analysis from which a set of 660 MR news items, published between 2011 and 2017, were obtained. Second, we focus on the development of three qualitative studies based on interviews and case studies. We survey the most prolific journalists and information sources working on the news coverage of MR during the referred period and in the target journals; and we examined the MR news cases of great impact. In summary, the results reveal that MR news in the Portuguese press are circumscribed, but consistent (1,5 MR news per day), and have the capacity to reach the front pages and feature stories of newspapers. MR news show which are the themes perceived as most relevant to society, namely Neurosciences (11%), Oncology (9%) and Public Health (8%); referring to documental (45%) or to specialized individual sources (31%). However, these news are built by professional sources that translate the very complex discourse of MR into press releases, and by journalists who are professionally constrained, but aware of the relevance of their role to society. To conclude, MR journalism belongs in a subfield of its own, located in the intersection of Health and Science Communication, which we defined as a vector of scientifically validated hope. This subfield has vast growth and improvement potential and it abides by a strong rationale of source-journalism interdependence, which is the ground for the sources’ authority, especially of those of a professional nature, but also for their co-responsibility in the MR agenda-building process

    COVID-19:: jornalistas assumem orientação dos cidadãos pela primeira vez em Portugal

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    Between march and may2020, Portugal lived in confinement, which was always reported by the media, who assumed to guide citizens’ behavior in order to prevent the disease. They were an important agent in fighting the pandemic and they played a huge role in helping people stay home. In a survey to the journalist profession, journalists assumed to have done so, in the first time in democracy, since 1974. They also recognized the increase in fake news and the importance of specialized and official news sources in conveying information that would help people adopt preventive behaviors during this unknown pandemic.Entre março e maio de 2020, Portugal viveu em confinamento, sempre reportado pelos medianoticiosos, que assumiram claramente uma orientação dos cidadãos para comportamentos preventivos da doença, procurando constituir-se como uma frente de combate à pandemia, importante para ajudar o país a ficar em casa. Num inquérito que promovemos à classe, os jornalistas assumem essa orientação, algo inédito no regime democrático que vinga em Portugal desde 1974. Também reconheceram o crescimento substancial de “fake news” e a importância dos especialistas e fontes oficiais na disseminação de informação que ajudasse a população a adotar comportamentos preventivos face a uma pandemia desconhecida

    The covid-19 vaccination agenda. European and portuguese official sources’ performance in facebook, Instagram, Twitter and Linkedin

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    The authorization for the vaccine against COVID-19 and the beginning of the vaccination in the European Union represent a very singular moment in several dimensions, including strategic communication. In the context of a pandemic and an infodemic - an epidemic also recognized by the World Health Organization (WHO) characterized by the abnormal increase of information on a given subject carrying the risk of severe disinformation phenomena - the need for authorities (both Portuguese and European) to convey accurate information and to maintain a communicative proximity is crucial. In these circumstances, online social networks represent ineluctable channels to deliver official information. In this article, we analyze how the European Commission, the European Medicines Agency (EMA), the WHO Regional Office for Europe, the European Centre for Disease Prevention and Control, the Representation of the European Commission in Portugal, the Portuguese Government, the Portuguese Directorate-General of Health, and the Portuguese National Health Service have used Facebook, Instagram, Twitter and LinkedIn to communicate the vaccination during one month since the EMA’s authorization (21st December 2020). All posts from the referred sources on the four social networks (719 occurrences) were collected and content analysis methods were then applied. The results show that both Portuguese and European official sources use social media to convey authoritative information about the vaccination against Covid-19: more than one third of the posts analyzed link to institutional websites and more than half the publications have an informative framing. On the other hand, the analyze suggests that there is a strong political capitalization of the momentum of hope. This exploratory study case shows the importance of social media analysis in the context of the COVID-19Este trabalho é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDB/00736/2020 (financiamento base) e UIDP/00736/2020 (financiamento programático) e no âmbito do contrato celebrado ao abrigo da norma transitória prevista pelo art. 23.º do Decreto-Lei n.º 57/2016, de 29 de agosto, alterado pela Lei n.º 57/2017, de 19 de julho
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