1,196 research outputs found

    Saberes Profissionais de Professores de Matemática: Dilemas e Dificuldades. Realização de Tarefas de Investigação

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    As recomendações da Agenda do NCTM (1980), no sentido de se atribuir à resolução de problemas um papel de primeiro plano no ensino da Matemática, têm sido apresentadas com frequência desde essa data por destacadas figuras e por associações profissionais de vários países. No entanto, é a publicação do livro de George Pólya, How To Solve It, em 1945, que marca o início do interesse em relação à resolução de problemas por parte dos educadores matemáticos

    Dilemas e dificuldades de professores de Matemática

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    Ocupando uma posição de intermediário entre as autoridades educativas que decidem e definem quais os conteúdos a abordar no ensino da Matemática, nos diferentes níveis de ensino, e os alunos, os destinatários dos programas, o professor tem visto a sua importância social revertida para um plano secundário. Actualmente, e na opinião de Ponte (1995), "o professor move-se (...) em circunstâncias complexas e contraditórias,, está sujeito a pressões muito diversas e tem um estatuto profissional e social cada vez mais desvalorizado" (p.1)

    Ensino Secundário Liceal na 1ª República

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    A monarquia reconhecera, no início do século XX, o perigo em que as instituições se encontravam. Dados do "Anuário Estatístico do Reino de Portugal", de 1907, documentam que o censo de 1900 revelara a existência de uma percentagem de analfabetos de 78,6%, mais elevada nas faixas etárias dos 6 aos 19 anos - 78,4% - do que na população com mais de 20 anos - 73,4% (Carvalho, 1986, p. 635) e, nas palavras do mesmo autor, o poder "desejou mostrar à Nação a sua vitalidade" produzindo, "num afã incansável", legislação sobre todas as matérias, criando, reorganizando, regulamentando (p. 639). Exemplos significativos destas iniciativas legislativas, entre outros, frequentemente sem medidas de implementação, ou com concretização deficiente: reorganização da Direcção-Geral de Instrução Pública (1901); criação de escolas infantis para as crianças dos 4 aos 6 anos (1901); introdução de importantes alterações estruturais no ensino primário (1901); reorganização do ensino comercial e industrial em 1901 e em 1903; desdobramento do ensino agrícola (1901) em ensino técnico superior, técnico secundário, profissional geral, profissional especial e em ensino primário rural; reorganização (1901) do Instituto de Agronomia e Veterinária, que havia sido fundado em 1864. No âmbito do ensino secundário, as medidas mais significativas (e delas se falará mais desenvolvidamente adiante) foram as da Reforma de 1905, de Eduardo José Coelho, e a da criação de um liceu feminino em Lisboa, em 1906, aproveitando-se a Escola Maria Pia, já existente, fundada em 1885 pelo Município da capital. Estas iniciativas legislativas, porém, não conseguiram fazer sair do marasmo a vida nacional. Escrevendo sobre o movimento académico de 1907, originado na reprovação de um candidato ao doutoramento na Universidade de Coimbra, e que se alargou a estudantes do liceu de Coimbra e de Lisboa, Mário Braga1 refere que as ocorrências correspondiam "a mais um acto de uma peça trágico-cómica", com representações de séculos, "no palco das nossas instituições docentes", constituindo a greve de 1907 uma rejeição de um "enfermidade crónica da escola lusitana", causadora do "pasmo cultural do país, desprestigiando-o no estrangeiro, enfraquecendo-lhe o organismo social" (pp.9-10)

    Investigação em Educação Matemática

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    No presente trabalho optou-se por uma estruturação que pudesse: I- Considerar as diferentes fases de desenvolvimento da Educação Matemática em Portugal, tendo sempre como quadro de referência o panorama internacional neste campo, e tentando um posicionamento crítico. II- Reflectir sobre urna perspectiva possível de desenvolvimento futuro, face às limitações que subsistem na Educação Matemática após algumas décadas de pesquisa

    Breve Introdução à Realização de Investigação na Aula de Matemática: Aproximação do Trabalho dos Alunos ao Trabalho dos Matemáticos

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    O que são actividades de investigação? Começam com questões abertas e requerem que os próprios alunos definam os seus objectivos, conduzam as experiências, decidam o que é conhecimento válid

    Vulnerabilidade ao stress em familiares de doentes críticos

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    A vulnerabilidade ao stress surge como tema de grande actualidade na área da saúde, relatando a literatura que o suporte familiar se constitui como um determinante importante da sua ocorrência. Neste contexto, o estudo procurou investigar sobre a vulnerabilidade ao stress em Familiares de Doentes Críticos, designados doravante por Familiares, internados em Unidades de Cuidados Intensivos pelo que delineámos como objectivos: - Caracterizar alguns parâmetros sócio - demográficos dos Familiares; - Avaliar a vulnerabilidade ao stress dos Familiares; - Analisar a influência das variáveis sócio-demográficas (idade, sexo, habilitações literárias, estado civil e grau de parentesco) na vulnerabilidade ao stress dos Familiares; - Determinar o efeito da funcionalidade familiar na vulnerabilidade ao stress dos Familiares; - Identificar o grau de importância e satisfação das necessidades na vulnerabilidade ao stress dos Familiares; - Medir o efeito da importância e satisfação das necessidades na vulnerabilidade ao stress dos Familiares; - Estimar o efeito preditivo da idade, funcionalidade familiar, importância e satisfação das necessidades na vulnerabilidade ao stress dos Familiares; O estudo transversal de natureza observacional, analítico correlacional foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 60 Familiares com idades compreendidas entre os 18 e 73 anos ( x =45.48; S =14.205). A colheita de dados foi realizada no período de fevereiro a maio de 2011, com recurso a um Questionário Sócio - demográfico, à Escala de Apgar Familiar de SmilKstein (1978) adaptada por Azeredo e Matos (1989), à Escala de Vulnerabilidade ao Stress – 23 QVS, elaborada por Vaz Serra em 1985 (Vaz Serra, 2000), ao Critical Care Family Needs Inventory (CCFNI) e ao Needs Met Inventorry (NMI) ambas de Molter (1979) e Leske (1991), versão adaptada de Melo (2005). Observou-se que 53,3% dos Familiares se apresentam vulneráveis ao stress e 46,7 % não estão vulneráveis. A vulnerabilidade ao stress é mais elevada nos Familiares do sexo feminino ( x =43.44; S =11.297), de maior idade (r =. 262; =. 043), com menos instrução (H=6.444; =. 040), com grau de parentesco de cônjuge (F=3.218; =.047), e mais satisfeitas (Ró = -. 296; =. 022). A variável satisfação das necessidades, revelou-se preditiva da vulnerabilidade ao stress dos Familiares, explicando 12,6% da sua variabilidade. Infere-se dos resultados apresentados que as variáveis idade, instrução, grau de parentesco e satisfação das necessidades, influenciam a vulnerabilidade ao stress, impondo-se considerá-las quando se planeiam boas práticas de enfermagem no atendimento dos familiares de doentes críticos nas unidades de cuidados intensivos.ABSTRACT Vulnerability to stress is currently a topic of great relevance in the area of health and literature indicates that family support is constituted as an important determinant in its occurrence. In this context, this study sought to research the vulnerability to stress to the relatives of critically ill patients, hereafter designated as Relatives, who are admitted to the Intensive Care Units, thus the following objectives have been outlined: - To characterise some socio-demographic parameters of the Relatives; - To assess the Relatives’ vulnerability to stress; - To analyse the influence of socio-demographic variables (age, gender, schooling, marital status and kinship) on the Relatives’ vulnerability to stress; - To determine the effect of the family’s functionality considering the Relatives’ vulnerability to stress; - To identify the level of importance and satisfaction of needs considering the Relatives’ vulnerability to stress; - To measure the effect of the importance and satisfaction of needs considering the Relatives’ vulnerability to stress; - To estimate the predictive effect of age, family’s functionality, importance and satisfaction of needs considering the Relatives’ vulnerability to stress. The cross-sectional observational, analytical correlational, study was performed in a non-probabilistic sample due to convenience, and consists of 60 Relatives aged between 18 and 73 years ( x = 45.48, S = 14.205). The data was gathered from February to May 2011, through a Socio-demographic Questionnaire, in accordance with the Family Apgar Scale by SmilKstein (1978) adapted by Azeredo and Matos (1989), the Vulnerability to Stress Scale – 23 QVS, elaborated by Vaz Serra in 1985 (Vaz Serra, 2000), the Critical Care Family Needs Inventory (CCFNI) and the Needs Met Inventory (NMI) both by Molter (1979) and Leske (1991), version adapted by Melo (2005). It was observed that 53,3% of the Relatives were vulnerable to stress and 46,7% were not. Vulnerability to stress is higher in Relatives that were female ( x = 43.44, S = 11.297), older (r =. 262, =. 043), with less education (H= 6.444, =. 040), spouses (F = 3.218, =. 047), and more satisfied (Rho = -. 296, =. 022). The variable satisfaction of needs, proved to be predictive of the Relatives’ vulnerability to stress, representing 12,6% of its variability. From the results presented, it appears that the variables age, education, kinship and satisfaction of needs, influence vulnerability to stress, thus they need to be considered when planning good nursing practices when dealing with the relatives of critically ill patients in intensive care units

    Arquitetura Popular em Portugal. Valores expressivos: o espaço-transição

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    O Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa constitui um notável levantamento gráfico e fotográfico que por si só representa um marco importante para a história da arquitectura e um registo de um Portugal que nesse momento começava a desaparecer. No projecto de investigação que temos vindo a desenvolver desde 2010, o Inquérito é tomado simultaneamente como objecto de estudo e como pretexto para uma reflexão teórica sobre a expressividade arquitectónica a partir de vectores de análise – espessura e espaço-transição – identificados por Pedro Vieira de Almeida (2010) como parâmetros em surdina, por considerar que as suas potencialidades têm sido subestimadas tanto ao nível da análise crítica e no plano da prática concreta. Assim, propusemo-nos tentar identificar o real significado expressivo da categoria espaço-transição na estruturação de uma ideia de habitar, entendendo nós por espaço-transição, um espaço intercalar que se define como sendo um espaço simultaneamente interior e exterior que conjuga uma vertente expressiva com uma vertente social, tal tem vindo a ser definido por Vieira de Almeida desde o início dos anos 60. Para garantir a objectividade da leitura a que nos propomos, foi importante poder contar com um universo de trabalho ‘estabilizado’, como é caso do das arquitecturas a que concretamente se refere o Inquérito, pelo que centramos o nosso estudo em exemplos da chamada arquitectura vernacular, mais concretamente nas estruturas de habitação rural registadas neste levantamento. Este universo de escolha tem, do nosso ponto de vista, a vantagem acrescida de deter uma expressividade arquitectónica ‘espontânea, popular, genuína, no sentido de culturalmente cândida, não dominada por ideias eruditas’. Nesta comunicação pretende-se identificar e estabelecer um primeiro nível de leitura, sempre que possível comparativa e dentro de um quadro de referência, do espaço-transição detectado nos exemplos recolhidos e registados pelos arquitectos do Inquérito em cada uma das 6 zonas de estudo. Note-se que o próprio Inquérito, na análise feita pela equipa da zona 3, considera como elementos significativos de uma certa maneira de habitar, e “porventura os elementos primaciais da Arquitectura Beirã” as varandas alpendradas frequentemente envidraçadas. Num segundo nível de leitura importa compreender de que forma o espaço-transição é entendido e apropriado no modo de habitar: pela análise do significado que os espaços assumem dentro do fogo, assim como a sua articulação e hierarquização com as funções que lhes estão associadas. Efectivamente, numa leitura da habitação assente em duas vertentes complementares: a da privacidade e a da apropriação, o espaço-transição pode ser um instrumento de liberdade do utilizador na forma de habitar. Tendo o Inquérito como universo de estudo, deparamo-nos, porém, com a impossibilidade de o tomar como um todo, na medida em que parece não ter existido uma metodologia transversal ao trabalho seguido pelas seis equipas. Desde logo, numa primeira aproximação ao material gráfico, registado em mapas tipológicos por zona, ressalta de imediato a ausência de compatibilização da sinalética empregue zona a zona o que por si só impossibilita uma análise comparada dos resultados. Foi, portanto decisivo para este trabalho, tratar e trabalhar a documentação existente, através de um processo de sistematização da informação, por etapas, que resultou em mapas-resumo mais “limpos”, que permitem ler todo o território nacional de uma forma mais integrada. É o resultado deste trabalho, no que ao espaço-transição se refere, que esta comunicação procurará apresentar.Este trabalho foi realizado no âmbito do projecto A “Arquitectura Popular em Portugal. Uma Leitura Crítica, tendo enquanto tal sido Projecto financiado por fundos FEDER através do Programa Operacional Factores de Competitividade – COMPETE (FCOMP-01-0124-FEDER-008832) e por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/AUR-AQI/099063/2008)

    Our Project: the 'Popular Architecture in Portugal' A Critical Look. Intercalar Results of a Research Project

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    The research project we are developing is centered on the critical study of Popular Architecture in Portugal volume, published in 1961 by the Architects’ Union. This subject was chosen not only for the importance of the survey on which it is based for the history of Portuguese architectural culture, but also because we consider that the critical discussion prompted by the survey maintains its relevance unaltered, now that the debates on vernacular and regionalism have re-entered the agenda of professional debates. Even so, Popular Architecture in Portugal is not being study in isolation, in and for itself. Instead, we chose to study it within a pondered framework, dialoguing with theoretical elements underlying the expressiveness of some modern architectural erudite languages. Within this framework, Pedro Vieira de Almeida (2010) brought in two complementary key analytical variants of this project. He considered them as “parameters in sordina”: Firstly, the notion of the generic importance for architectural expression of greater or lesser degree of thickness of the walls, shaping what might be called a poetics of thin walls on the one hand, and a poetics of thick walls on the other. Secondly, the notion of transition-space’s architectural expressiveness key significance. This paper aims to present the current state of our research project, bringing its core working lines and results into discussion.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Southern modernisms from A to Z and back again

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    The book now being published results from a research project entitled Southern Modernisms that ran from March 2014 to May 2015 with FCT funding. The aim of the project was to explore the possibility of constructing a more inclusive, plural notion of modernism through the revision of Modernism’s prevailing definition – its stylistic focus, its formalist and anti-representative bias, as well as its autonomic assumptions, or, as far as architecture is concerned, its functionalist credo. This critical undertaking was grounded on the hypothesis that southern European modernisms featured a strong entrenchment in popular culture (folk art and vernacular architecture), and that this characteristic could be understood as anticipating some of the premises of, what would later become known as, critical regionalismo. (...
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