13 research outputs found

    Vinculação pré-natal e organização psicológica do homem e da mulher durante a gravidez:relação com o tipo de parto e com a patologia obstétrica dos II e III trimestres de gestação

    Get PDF
    Tese de doutoramento, Psicologia (Psicologia Clínica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2012A vinculação pré-natal (VPN) é a representação da vinculação dos pais ao feto. Está ligada a variáveis psicossociais que influenciam a saúde da gravidez e o resultado do parto. Foram objectivos desta investigação: estudar a articulação entre a VPN e as variáveis psicológicas que influenciam o resultado do parto e a ocorrência de patologia obstétrica; comparar as variáveis psicológicas dentro do casal e entre homens e mulheres na gravidez e depois do nascimento; identificar a influência das variáveis psicológicas das grávidas sobre a patologia obstétrica e no resultado do parto; averiguar o efeito do resultado do parto e da patologia obstétrica sobre a vinculação pós-natal. Realizaram-se três estudos quantitativos do tipo longitudinal (no segundo trimestre de gravidez, imediatamente após o parto e 8 a 12 meses depois do parto). A amostra inicial constituiu-se com 407 casais. Nos primeiro e terceiro estudos, foram aplicadas as seguintes escalas: EVPNMP (Escala de vinculação Pré-natal Materna e Paterna), EAGM (Escala de Atitudes sobre a Gravidez e a Maternidade), EASAVIC (Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal), IRP (Inventário de Resolução de Problemas), DASS-42 (Depression, Anxiety and Stress Scale), PSS (Perceived Stress Scale), adaptação ao contexto profissional e BSI (Brief Symptoms Inventory). Os resultados indicaram que a VPN é influenciada pelas variáveis psicológicas, pela idade e pelo planeamento da gravidez. A VPN materna e as características sociodemográficas não influenciam a ocorrência de patologia obstétrica, tipo de parto, idade gestacional e saúde do recém-nascido. A sensibilidade interpessoal materna e o coping pedido de ajuda influenciam a ocorrência de patologia obstétrica. Após o nascimento, os níveis de vinculação ao bebé mantêm-se nas mulheres e aumentam nos homens; o stress e os sintomas psicopatológicos são mais elevados nas mulheres; a satisfação conjugal decresce no casal e aumentam os valores da ideação paranóide e do controlo interno/externo dos problemas; as variáveis psicológicas, sociodemográficas e clínicas não comprometem a vinculação pós-natal. Concluiu-se que a VPN é sensível a variáveis psicológicas, idade e planeamento da gravidez mas não influencia a patologia obstétrica nem o resultado do parto. Após o nascimento, a vinculação paterna aumenta; a satisfação conjugal diminui e há mais risco psicológico nas mulheres. Estes são períodos críticos para os casais.Prenatal attachment is the representation of parents’ attachment to their fetus. It is connected to psychosocial variables which influence health in pregnancy and delivery outcomes. This research aimed: to understand the link between prenatal attachment and the psychological variables which influence delivery outcomes and the occurrence of obstetrical pathology; to compare the psychological variables within the couples, and between men and women, during pregnancy and after birth; to identify the influence of pregnant women’s psychological variables upon the occurrence of an obstetric disease and on delivery outcomes; to analyze the impact of delivery outcomes and obstetric disease on postnatal attachment. Three quantitative longitudinal studies were carried out (during the second pregnancy trimester, immediately after delivery and 8-12 months after delivery). The initial sample was composed by 407 couples. In the first and third studies, the following scales were applied: EVPNMP (Maternal and Paternal Antenatal Attachment Scale), EAGM (Pregnancy and Maternity Attitudes Scale), EASAVIC (Marital Satisfaction Assessment Scale), IRP (Problems Resolution Inventory), DASS-42 (Depression, Anxiety and Stress Scale), PSS (Perceived Stress Scale) for laboral context, and BSI (Brief Symptoms Inventory). Results showed that prenatal attachment is influenced by psychological variables, by age, and by pregnancy planning. Maternal prenatal attachment and socio-demographic characteristics do not influence the occurrence of an obstetrical pathology, the type of delivery, the gestational age and the newborn’s health. The maternal interpersonal sensitivity and the use of help-seeking coping strategies do influence the occurrence of obstetrical pathology. After delivery, it was observed that: women remain equally attached and men become more attached to the baby; women show increases in stress and in psychopathological symptoms; the couple is less satisfied with their married life; the levels of paranoid ideation and internal/external control coping increase; and that psychological, sociodemographic and clinical variables do not compromise postnatal attachment. It was concluded that prenatal attachment is sensitive to psychological variables, age and pregnancy planning, but it does not influence obstetrical pathology or delivery outcomes. After birth, paternal attachment increases; marital satisfaction decreases and there is a higher psychological risk for women. These are critical periods for couples.Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, SFRH/PROTEC/49389/2009

    Efeito do número de filhos na satisfaçaõ conjugal e na vinculação pré-natal materna e paterna

    Get PDF
    Introducción: La satisfacción marital de la pareja disminuye durante el embarazo (Belesky, Lang y Rovine, 1985; Parke, 1996), lo que está estrechamente relacionado con el número de hijos. Representa un factor importante en la unión prenatal de cada progenitor hacia el feto (White, Wilson, Ellander, Persson y 1999). Método: Los objetivos de este estudio son comparar la satisfacción marital y el apego prenatal materno / paterno durante el embarazo de acuerdo con el número de hijos. La muestra incluyó a 407 mujeres y sus parejas / esposos. Se pidió a los sujetos que respondieran a un cuestionario sociodemográfico, la MPAAS (Condon, 1993; adaptación por Camarneiro y Justo, 2010) y el EASAVIC (Narciso y Ribeiro, 2009). Un estudio transversal descriptivo y correlacional se llevó a cabo con aplicación de ambos análisis univariados y multivariados, controlando por edad y educación. Resultados: La satisfacción marital es significativamente mayor en los hombres y las mujeres que no tienen hijos. El apego maternal al feto, tanto total como medido, y la calidad del apego paterno no están influenciados por el número de hijos. El apego prenatal paterno total y la intensidad de la preocupación paterna es significativamente mayor en los hombres que no tienen hijos. Discusión / Conclusión: La satisfacción marital de los hombres y las mujeres es más alta durante el primer embarazo. El apego prenatal materno (tanto total como medido) no está influenciado por la paridad. En padres primerizos, el apego prenatal total al feto y la intensidad de la preocupación es mayor. Sin embargo, la calidad de la unión no se ve afectada por el número de hijos.Introduction: The couple’s marital satisfaction declines during pregnancy (Belesky, Lang & Rovine, 1985; Parke, 1996), which is closely related to the number of children. It represents an important factor in the prenatal attachment of each parent to the fetus (White, Wilson, Ellander, Persson & 1999). Method: The aims of this study are to compare the marital satisfaction and maternal/paternal prenatal attachment during pregnancy according to the number of children. The sample included 407 women and their partners / husbands. The subjects were asked to answer a socio-demographic questionnaire, the MPAAS (Condon, 1993; adaptation by Camarneiro & Justo, 2010) and the EASAVIC (Narciso & Ribeiro, 2009). A descriptive and correlational cross-sectional study was conducted with application of both univariate and multivariate analyzes, controlling for age and education. Results: Marital satisfaction is significantly higher in both men and women who do not have children. Maternal attachment to the fetus, both total and in the dimensions, and the quality of the paternal attachment are not influenced by the number of children. The total paternal prenatal attachment and the intensity of paternal preoccupation are significantly higher in men who do not have children. Discussion/Conclusion: The marital satisfaction of both men and women is higher during the first pregnancy. Maternal prenatal attachment (both total and in the dimensions) is not influenced by parity. In first-time fathers, the total prenatal attachment to the fetus and the intensity of preoccupation is higher. However, the quality of attachment is not affected by the number of children.Introdução: A satisfação conjugal de homens e de mulheres declina durante a gravidez (Belesky, Lang & Rovine, 1985; Parke, 1996) estando em estreita relação com o número de filhos e constituindo um factor importante na vinculação pré-natal de cada progenitor ao feto (White, Wilson, Ellander, & Persson, 1999). Método: O objectivo deste estudo é comparar a satisfação conjugal e a vinculação pré-natal das mulheres e dos homens durante a gravidez de acordo com o número de filhos. A amostra é constituída por 407 mulheres e homens, seus companheiros/maridos que responderam a um questionário sócio-demográfico, à EVPNMP (Condon, 1993; adaptação de Camarneiro & Justo, 2010) e à EASAVIC (Narciso & Ribeiro, 2009). Realizou-se um estudo transversal descritivo-correlacional com aplicação de estatística uni e multivariada controlo da idade e escolaridade. Resultados: A satisfação conjugal é significativamente mais elevada nos homens e nas mulheres que ainda não têm filhos. A vinculação materna ao feto, total e dimensões, e a dimensão qualidade da vinculação paterna não são influenciadas pelo número de filhos. A vinculação pré-natal total e a dimensão intensidade da preocupação paternas são significativamente mais elevadas nos homens que não têm filhos. Discussão/conclusões: A satisfação conjugal de homens e mulheres é superior na primeira gravidez. A vinculação pré-natal materna, total e dimensões, não é influenciada pela paridade. Nos homens que vivem a sua primeira experiência de paternidade, a vinculação pré-natal total ao feto e a intensidade da preocupação é superior. Contudo, a qualidade da vinculação não é afectada pelo número de filhos

    O contributo dos fatores psicológicos na ocorrência do parto pré-termo

    Get PDF
    Some psychological variables of women seem to be in close relationship with the clinical course of pregnancy and delivery outcome. However, about risk factors for preterm birth, it is necessary to deepen the knowledge of the psychological risk area to enable more effective prevention. Aim: To relate the result of delivery, with regard to gestational age, mode of delivery and infant characteristics with psychological variables assessed during pregnancy, prenatal maternal attachment, psychopathological symptomatology and coping. Methodology: A prospective, descriptive correlational study; participants were 395 women at the second trimester of pregnancy and at postpartum, who attended antenatal clinics at the center of Portugal. The following instruments were used: Clinical Questionnaire about the Result of Delivery; Sociodemographic and Clinical Questionnaire in Pregnancy; Maternal Antenatal Attachment Scale; Brief Symptoms Inventory (BSI); Problems’ Resolution Inventory (PRI). Results: Gestational age and birth weight of the baby, on one side, and variables of prenatal attachment, BSI and PRI, on the other side, did not correlate significantly. The quality of prenatal maternal attachment was higher in women who came to have a delivery by forceps or vacuum extraction, compared with those that had caesarean birth (p = .05). The majority of women had a healthy pregnancy (75.7%). Coping strategies like Interpersonal Sensitivity and Help-seeking seem to influence the occurrence of obstetrical pathology. Women with higher scores on Total Prenatal Attachment and Intensity of Preocupation are more likely to have newborns with health problems. There is an association between clinical variables, the newborn´s health at birth and obstetric pathology of the II and III trimesters. Conclusion: Prenatal psychological factors such as prenatal attachment do not seem to influence the obstetric condition or the result of delivery but appear to play an important role about how pregnant women experience pregnancy and labor.Algumas variáveis psicológicas da mulher parecem estar em estreita relação com a evolução clínica da gravidez e o resultado do parto. No entanto, acerca dos fatores de risco para o parto prétermo, é necessário aprofundar conhecimentos na área do risco psicológico que permitam uma prevenção mais eficaz. Objetivos: relacionar o resultado do parto, no que se refere à idade gestacional, tipo de parto e características do bebé, com as variáveis psicológicas avaliadas durante a gravidez, vinculação materna pré-natal, sintomatologia psicopatológica e coping. Metodologia: estudo prospetivo, descritivo-correlacional; amostra constituída por 395 mulheres no segundo trimestre de gravidez e no pós-parto que frequentaram consultas pré-natais na zona centro do país. Instrumentos de pesquisa: Questionário Clínico relativo ao Resultado do Parto; Questionário Sociodemográfico e Clínico na Gravidez; Maternal Antenatal Attachment Scale; Brief Symptoms Inventory (BSI); Inventário de Resolução de Problemas (IRP). Resultados: a idade gestacional e o peso do bebé ao nascer, por um lado, e as variáveis da vinculação pré-natal, BSI e IRP, por outro lado, não se correlacionam significativamente. A qualidade da vinculação pré-natal materna era mais elevada nas mulheres que vieram a ter um parto por fórceps ou ventosa, em comparação com as que fizeram cesariana (p = .05). A maior parte das mulheres teve uma gravidez saudável (75.7%). A diferença entre estas e as que sofreram alguma patologia obstétrica situa-se na Sensibilidade Interpessoal e Pedido de Ajuda, favoráveis às primeiras. Mulheres com pontuações mais elevadas na Vinculação Materna Total e Intensidade da Preocupação têm mais probabilidade de ter bebés com problemas de saúde. Existe uma associação entre as variáveis clínicas, a saúde do bebé no momento do nascimento e a patologia obstétrica do II e do III trimestre. Conclusão: Fatores psicológicos pré-natais como a vinculação pré-natal não parecem exercer influência na patologia obstétrica nem no resultado do parto mas parecem desempenhar um papel importante na forma como a grávida vive a gestação e o trabalho de parto

    Psychopathological symptoms, strategies for problems' resolution and newborn's health during the perinatal period

    Get PDF
    ANTECEDENTES: El período perinatal es un factor de vulnerabilidad para mujeres y hombres. Los mecanismos de resolución de problemas son importantes para una vida saludable durante la perinatalidad y para la salud del bebé. OBJETIVOS: Comprender la relación entre los síntomas psicopatológicos (SPP) y la resolución de problemas (RP) durante el embarazo y el posparto, en mujeres y hombres; comparar SPP y RP entre embarazo y posparto en mujeres y hombres; analizar las diferencias en SPP por un lado y, por otro lado, de acuerdo con la salud del bebé al nacer. MÉTODOS: Estudio longitudinal y prospectivo. Muestra de 134 mujeres y hombres. Evaluación en embarazo, parto y postparto. Instrumentos: Cuestionario sociodemográfico y clínico; BSI (Derogatis, 1993); IRP (Vaz-Serra, 1988). RESULTADOS: Entre SPP y RP las correlaciones significativas son negativas. Se encontraron correlaciones positivas y significativas para SPP y RP entre períodos pre y postnatales en mujeres y hombres. Las excepciones fueron el abandono pasivo (AP-RP) en mujeres y la confrontación y resolución activa de problemas (CRAP-RP) en hombres. Para las mujeres, durante el período posnatal, se encontraron aumentos significativos en: obsesiones-compulsiones, sensibilidad interpersonal, hostilidad, ideación paranoide, psicoticismo, índice general de síntomas, índice de síntomas positivos (ISP) y control interno/externo de problemas (CIEP-RP). En el mismo período, los hombres presentaron incrementos en CIEP e ISP. La salud del bebé al nacer no fue diferente según las mujeres y los hombres con SPP y PR en el embarazo, aunque la depresión prenatal de los hombres que tienen bebés con problemas fue mayor, con un significado marginal. Las mujeres que tuvieron bebés con problemas de salud al nacer presentaron promedios significativamente más bajos en la solicitud de ayuda (SDA-RP) en el posparto. Los padres mostraron un resultado similar, con un significado marginal. CONCLUSIONES: Durante el período perinatal, las mujeres presentan vías diferentes y más complejas que los hombres. Se observa un empeoramiento del estado psicológico durante la transición del período pre al postnatal porque tienen síntomas psicopatológicos posnatales más altos en número e intensidad. Las mujeres que tienen bebés con problemas de salud al nacer presentan dificultades para solicitar ayuda en el período posnatal. En los hombres se observa una alta consistencia entre los datos pre y postnatales de las variables psicológicas. Por lo tanto, es necesario brindar apoyo psicológico a las mujeres en esta etapa de la vida.BACKGROUND: The perinatal period is a factor of vulnerability for women and men. Mechanisms of problems resolution are important for a healthy living during perinatality and for the health of baby. GOALS: To understand the relationship between psychopathological symptoms (PPS) and problems’ resolution (PR) during pregnancy and postpartum, in women and men; to compare PPS and PR between pregnancy and postpartum in women and men; to analyze the differences in SPP on the one hand and on the other hand, according on the baby’s health at birth. METHODS: Longitudinal and prospective study. Sample of 134 women and men. Assessment in pregnancy, delivery and post-partum. Instruments: Socio-demographic and Clinical Questionnaire; BSI (Derogatis, 1993); IRP (Vaz-Serra, 1988). RESULTS: Between PPS and PR the significant correlations are negative. Positive and significant correlations were found for PPS and PR between pre and postnatal periods in women and men. Exceptions were passive abandonment (PA-PR) in women and confronting and active resolution of problems (CARP-PR) in men. For women, during postnatal period, significant increases were found in: obsessions-compulsions, interpersonal sensitivity, hostility, paranoid ideation, psychoticism, symptoms general index, index of positive symptoms (IPS) and internal/external control of problems (IECP-PR). In the same period, men presented increases in IECP and ISP. The baby’s health at birth was no different according to PPS and RP women and men in pregnancy, although the prenatal depression of men having babies with problems were higher, with marginal significance. Women having babies with health problems at birth presented averages significantly lower in solicitude for help (SFH-PR) at postpartum. The fathers showed a similar result, with marginal significance. CONCLUSIONS: During perinatal period, women present different and more complex pathways than men. A worsening of the psychological state is observed during the transition from pre to postnatal period because they have post-natal psychopathological higher symptoms in number and intensity. Women having babies with health problems at birth present difficulty in solicitude for help at postnatal period. In men a high consistency is observed between pre and postnatal data of psychological variables. Therefore, it is necessary to provide psychological support to women in this stage of life.ENQUADRAMENTO: O período perinatal constitui vulnerabilidade psicológica para mulheres e homens. Mecanismos de resolução de problemas poderão ser importantes na vivência saudável da perinatalidade e na saúde do bebé. OBJETIVOS: Compreender a relação entre sintomas psicopatológicos (SPP) e resolução de problemas (RP) na gravidez e pós-parto, em mulheres e homens; comparar SPP e RP entre gravidez e pós-parto em mulheres e homens; analisar as diferenças nos SPP por um lado e na RP por outro lado, consoante a saúde do bebé ao nascer. MÉTODOS: Estudo longitudinal e prospetivo. Amostra de 134 mulheres e homens na gravidez, parto e pós-parto. Instrumentos: Questionário Sociodemográfico e Clínico; BSI (Derogatis, 1993); IRP (Vaz-Serra, 1988). RESULTADOS: Entre BSI e IRP, as correlações significativas são negativas. Entre períodos pré e pós-natal, mulheres e homens mostraram correlação positiva significativa nos SPP e na RP (exceto abandono passivo, nas mulheres, e confronto e resolução ativa dos problemas, nos homens). No período pós-natal, mulheres aumentaram significativamente obsessões-compulsões, sensibilidade interpessoal, depressão, hostilidade, ideação paranóide, psicoticismo, índice geral de sintomas, índice de sintomas positivos (ISP), e controlo interno/externo dos problemas (CIE). Os homens aumentaram ISP e CIE. A saúde do bebé ao nascer não foi diferente conforme SPP e RP das mulheres e homens na gravidez, embora a depressão pré-natal dos homens que vieram a ter bebés com problemas estivesse mais elevada, com significância marginal. No pós-parto, mães de bebés com problemas pontuaram menos na RP pedido de ajuda. Nos pais, observou-se resultado semelhante, com significância marginal. CONCLUSÕES: No período perinatal, as mulheres apresentam trajetórias diferentes e mais complexas que os homens. As mulheres têm sintomas psicopatológicos pósnatais em maior número e intensidade. Mães de bebés com problemas ao nascer mostram dificuldade em pedir ajuda no período pós-natal. Nos homens existe grande concordância nas variáveis psicológicas pré e pós-natais. É necessário prestar apoio psicológico às mulheres nesta fase da vida.peerReviewe

    Interacção mãe-bebé prematuro numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais

    No full text
    Os recém-nascidos prematuros, internados em Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN), ficam afastados da mãe devido às intervenções clínicas a que estão sujeitos, podendo quebrar-se a ligação que vinham estabelecendo desde a gravidez. Nesta situação, os pais e, particularmente, a mãe ao verem-se impedidos de interagir continuamente com o filho e de o cuidar conforme tinham imaginado podem desencadear reacções emocionais de culpabilidade e medo face a um bebé diferente, alterando a qualidade das interacções diádicas. Os objectivos deste estudo visam conhecer a qualidade do comportamento interactivo que se estabelece entre a mãe e o bebé prematuro nas situações face-a-face e alimentar e identificar os factores que influenciam essa interacção. É um estudo observacional, de natureza quantitativa, descritivo e correlacional, cuja amostra é constituída por 30 díades mãe-filho prematuro internado em UCIN. Aplicaram-se as Interaction Rating Scales (IRS) na versão portuguesa, que propõem a observação e avaliação da qualidade da interacção na situação face-a-face (Face-to-face Interactions) e na situação alimentar (Feeding Interactions). Verificou-se que as díades estabelecem interacções positivas e adequadas; a mãe é quem mais contribui para a interacção na situação face-a-face; existe relação positiva e significativa entre os comportamentos interactivos da mãe e do filho; os comportamentos interactivos do bebé prematuro com a mãe aumentam com a idade materna, com o nível sócio-económico da mãe e com o tempo de internamento. Conclui-se que a parceria de cuidados com a família é benéfica no estabelecimento da interacção precoce o que trará vantagens ao desenvolvimento do prematuro

    Tradução e adaptação do questionário de validade das avaliações dos estudantes ao ensino e aos professores

    Get PDF
    Introdução: A avaliação do ensino superior é prática comum nas instituições, a realizada pelos estudantes aos professores nem sempre é isenta de enviesamentos. Objetivos: Traduzir e adaptar o questionário de validade das avaliações dos estudantes aos professores. Conhecer a opinião dos estudantes acerca da veracidade das avaliações que fazem aos professores. Metodologia: Tradução e validação do questionário de validade das avaliações dos estudantes aos professores, segundo a metodologia tradução/retroversão, com posterior análise de conteúdo da clareza e da pertinência dos itens, seguido das estatísticas resumo dos resultados obtidos no questionário. A amostra é constituída por 406 estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Cumpriram-se os procedimentos éticos e legais. Os dados foram tratados no programa IBM SPSS Statistics, versão 22. Resultados: Analisou-se a pertinência e clareza da linguagem utilizando o coeficiente de validade de conteúdo (CVC) com recurso ao cálculo da média das atribuições a cada item, ao total e ao valor de erro. Em relação à pertinência da linguagem, CVC = 0,999, e à clareza, CVC = 0,888. As estatísticas resumo dos resultados mostraram que 99,3% dos estudantes consideram dever avaliar os professores. Para 86,7% essa avaliação deve ocorrer em todas as unidades curriculares e semestres, considerando 70,7% dos estudantes que os professores avaliados vêm a ser melhores professores. 70,7%. Por seu lado, 81,8% e 93,8%, respetivamente, afirmam nunca ter atribuído pontuações mais elevadas e mais baixas ao professor. A exatidão das avaliações feitas é, segundo os estudantes, de 63,29%. Conclusão: Foi dado um contributo à análise de uma variável pouco estudada. Este instrumento não substitui outros, mas complementa os métodos de avaliação. O processo de preenchimento de formulários deve encorajar professores e estudantes a refletir sobre a sua experiência de avaliação

    Cultural adaptation and validation of the Portuguese version of the Nursing Clinical Facilitators Questionnaire

    No full text
    ABSTRACT Objective: to perform the cultural adaptation to Portuguese of the Nursing Clinical Facilitators Questionnaire (NCFQ), which was designed by the Centre for Learning and Teaching at the University of Technology of Sydney, and to validate this instrument. Methods: this methodological study involved the cultural adaptation of the questionnaire by using translation, back-translation, semantic comparison, idiomatic and conceptual equivalence, and validation through validity and reliability analyses and used a sample of 767 students in their second year of the Nursing Program. Results: construct validity had a two-factor solution according to the varimax rotation method. In addition, there was a high overall internal consistency for the questionnaire (Cronbach's alpha of 0.977) and for the factors found (0.966 and 0.952, respectively). Conclusion: the Portuguese version has good psychometric characteristics; therefore, it is adequate to obtain reliable information on the perception of nursing students concerning the type of supervision that is provided in clinical practice, and this version is adequate to improve teaching practices

    PERCEPTIONS ABOUT THE TRANSITION TO RETIREMENT: A QUALITATIVE STUDY

    No full text
    La jubilación es un evento de vida de transición que provoca cambios a los que las personas tienen que adaptarse, y conduce a vulnerabilidades bio-fisiológicas, psicológicas y sociológicas. El objetivo de este estudio fue comprender como los jubilados portugueses perciben su experiencia de la transición a la jubilación. Un estudio cualitativo se llevó a cabo con 18 grupos focales (146 participantes recientemente jubilados) en instalaciones funcionales de salud ubicadas en la región central de Portugal continental. Los datos fueron sometidos a análisis de contenido, utilizando el NVivo10 ® . Los resultados muestran que la jubilación no sólo afecta a las experiencias de las personas, pero también afecta a las experiencias de sus familias. Esto conduce al mismo tiempo a la percepción de las ganancias y pérdidas y el reentrenamiento y actualización de la vida. Llegamos a la conclusión de que la jubilación es una fase de desarrollo humano de transición que puede requerir una intervención de enfermería individual y familiar que pueden ayudar a promover el proceso de envejecimiento exitoso
    corecore