18 research outputs found

    Stroud, Austin, and Radical Skepticism

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    Is ruling out the possibility that one is dreaming a requirement for a knowledge claim? In “Philosophical Scepticism and Everyday Life” (1984), Barry Stroud defends that it is. In “Others Minds” (1970), John Austin says it is not. In his defense, Stroud appeals to a conception of objectivity deeply rooted in us and with which our concept of knowledge is intertwined. Austin appeals to a detailed account of our scientific and everyday practices of knowledge attribution. Stroud responds that what Austin says about those practices is correct in relation to the appropriateness of making knowledge claims, but that the skeptic is interested in the truth of those claims. In this paper, we argue that Stroud’s defense of the alleged requirement smuggles in a commitment to a kind of internalism, which asserts that the perceptual justification available to us can be characterized independently of the circumstances in which we find ourselves. In our reading of Austin, especially of Sense & Sensibilia, he rejects that kind of internalism by an implicit commitment to what is called today a “disjunctive” view of perception. Austin says that objectivity is an aspect of knowledge, and his disjunctivism is part of an explanation of why the alleged requirement is not necessary for a knowledge claim. Since both Stroud and Austin are committed to the objectivity of knowledge, Stroud may ask which view of perceptual knowledge is correct, whether the internalist or the disjunctive. We argue that by paying closer attention to what Austin says about our practices of knowledge attribution, one can see more clearly that it is grounded not only on a conception of objectivity, but also on a conception of ourselves as information agents, a conception that is as deeply rooted as that of the objectivity of knowledge. This gives us moral and practical reasons to favor the disjunctive view of perception

    A Função das Dúvidas Céticas nas Meditações de Descartes

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    O objetivo central deste artigo é sustentar que as hipóteses céticas presentes na Primeira Meditação, especialmente a dúvida acerca das coisas materiais, devem ser entendidas como uma espécie de exercício mental proposto como expediente para fragilizar a confiança nos sentidos e preparar o leitor das Meditações para a apreensão de verdades acessíveis à luz da razão. Nesse sentido, pretende-se mostrar que a dúvida cética desempenha, na economia das Meditações, uma função muito mais positiva, construtiva, do que propriamente negativa, de instauração do ceticismo filosófico acerca do mundo exterior, tal como ela tem sido freqüentemente representada nos debates epistemológicos contemporâneos. A estratégia que permitiu tal leitura consistiu em valorizar o aparecimento das dúvidas céticas no interior de um texto escrito em estilo meditativo e em destacar certos elementos das circunstâncias intelectuais que envolveram a revolução científica vivenciada por Descartes.The main goal of this paper is to maintain that the skeptical hypotheses in the First Meditation, and especially the doubt about material things, should be interpreted as a kind of mental exercise whose purpose is both to weaken our confidence in the senses and to prepare the reader of the Meditation for the learning of the truths accessible through the light of reason. Thus, the paper purports to show that in the economy of the Meditations skeptical doubts play a positive and constructive role, which is distinct from their role of bringing about philosophical skepticism that prevails in contemporary epistemological debates. The strategy that allowed for this reading consisted in both valuing the emergence of skeptical doubts within a text written in a meditative style and highlighting certain aspects of the intellectual context that were part of the scientific revolution experienced by Descartes

    "There is a presence in anger"

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    The article examines a traditional pattern of criticism of racial protests involving what I will call anti-racist rage. These critiques revolve around two basic points: they characterize angry racial protests as gratuitous displays of aggression and emotional lack of control that illustrate irrational, authoritarian, and violent political activism, and as unproductive political strategies. Against this approach, I argue, first, that there are normative reasons for anti-racist anger and that the traditional critique is wrong to ignore these reasons. Second, in light of the objections of irrationality and unproductiveness of the expression of anger, and following Amia Srinivasan's approach, I argue that even if it does not lead to desired outcomes, even if it is unproductive, the anger present in anti-racist protests is morally justified, and delegitimizing it on instrumental grounds implies acceptance of a kind of affective injustice

    Platão e Iris Murdoch: o Bem, o Amor e a retomada da ética das virtudes antiga na filosofia moral britânica

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    Since G. E. M. Anscombe’s famous article Moral Modern Philosophy was published in 1958, a consensus has been established around the moral philosophy’s need for expanding its analysis agenda beyond the notion of duty and obligation. This movement has resulted in the recovery of ancient moral conceptions focused on the constitution of a virtuous character and happiness, especially under the influence of Aristotle and Stoic philosophers. In this paper, I intend to show that the British novelist and philosopher Iris Murdoch engaged in this movement assuming some central notions of Plato’s moral philosophy as part of her criticism against the British moral philosophy of her age. Such criticism contends the replacement of the modern notion of a rational will by other platonic ideas, especially “love” and “Good”, understood as parts of an objective model of moral guidance. Unlike Plato, however, the Good and its power of engagement and attraction were not characterized in a metaphysical way but as a peculiar psychological and moral notion. Following Freud’s psychoanalysis, the Good is conceived as part of XX lovely attention to the other and as a desire to see the reality behind our egoism and the pitfalls of imagination, which gives a psychological-naturalistic flavor to Murdoch’s claim from Plato’s philosophy.Desde a publicação, em 1958, do famoso artigo A Filosofia Moral Moderna de G. E. M. Anscombe estabeleceu-se uma espécie de consenso em torno da necessidade de as teorias ético-filosóficas contemporâneas ampliarem sua agenda de análise para além das noções de dever e obrigação. Esse movimento conduziu à redescoberta de concepções morais antigas ligadas à constituição de um caráter virtuoso e da conquista da felicidade ou bem-viver, especialmente a ética de Aristóteles e dos filósofos estoicos. Nesse artigo eu mostro que a filósofa e escritora britânica Iris Murdoch participou desse movimento de redescoberta da ética das virtudes antiga, localizando na filosofia de Platão, e não na filosofia de Aristóteles ou dos estoicos, um instrumento de crítica às teorias morais de seu tempo, uma crítica caracterizada pela substituição da noção tipicamente moderna da vontade racional do agente por noções profundamente vinculadas à filosofia platônica, como o “amor” e “atração” pelo Bem, entendidos como constituintes de um modelo de orientação moral objetiva. Diferente de Platão, no entanto, o Bem e seu poder de engajamento e atração, é explorado como uma fonte ético-metafísica com um significado psicológico muito particular. Ele é caracterizado, em termos da psicologia moral de base psicanalítica por ela adotada, como um olhar amoroso do outro e como um desejo de ver a realidade, entendido como um desejo pessoal de sermos justos e bons, o que dá um sabor psicológico-naturalista à sua reinvindicação da filosofia platônica

    O lugar da filosofia e das humanidades na formação universitária

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    Nesse pequeno ensaio apresento, em primeiro lugar, um conjunto de considerações sobre o significado da extinção dos departamentos de ciências humanas nas universidades como (1) perda afetiva e (2) como perda simbólica do lugar das humanidades para a ideia mesma de universidade, particularmente em universidades comprometidas com formação humanista e integral. Apresento, em segundo lugar, os riscos envolvidos numa formação meramente técnica, um possível papel alternativo das humanidades com espaço de contradição e conflito frente à crise dos modelos de formação inclusiva, focada na cidadania, e, depois, critico essa imagem reducionista das humanidades que tem encontrado alguns defensores. As ciências humanas são, junto com as artes, espaços de ampliação de nossos poderes críticos, construtivos e imaginativos, com impacto tanto político, na vida democrática, quanto pessoal, na vida moral e na sabedoria. Ao abrir mão desses poderes, o resultado é um empobrecimento da experiência, das condições de autocompreensão de nossos próprios procedimentos. Nessa direção, minha sugestão de resposta ao alijamento das humanidades na formação superior é recolocar a pergunta pelo sentido mesmo da educação, do tipo de direcionamento que cabe dar à experiência humana em geral

    O Lugar das Emoções na Ética e na Metaética

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    Esta coletânea explora o papel desempenhado pelas emoções na teorização em ética e metaética. Inclui capítulos escritos por pesquisadores do Brasil e de outros países

    Textos Selecionados de Filosofia das Emoções

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    Esse volume consiste em traduções de verbetes da Enciclopédia Stanford de Filosofia que dizem respeito à Filosofia das Emoções. Trata-se de um volume de orientação história, que visa desfazer o mito de que emoções foram objetos menores de análise filosófica antes da contemporaneidade, resgatando assim a grande riqueza de teorias e reflexões sobre emoções e afetos na filosofia antiga, medieval, renascentista, moderna e indiana

    O conhecimento imperfeito : ceticismo, alternativas relevantes e finitude

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    A presente tese doutoral consiste, essencialmente, no desenvolvimento de três tarefas: a) exposição do problema filosófico do conhecimento do mundo exterior a partir da Primeira Meditação de Descartes; b) caracterização das respostas ao ceticismo filosófico acerca do mundo exterior elaboradas a partir da noção de alternativas relevantes por Austin, Dretske, Cohen e Lewis; c) avaliação do grau de sucesso das estratégias de resposta ao ceticismo baseadas na noção de relevância. A tese principal que procurei defender, mediante o desenvolvimento das tarefas elencadas, foi que a abordagem do conhecimento a partir das alternativas relevantes é válida para pensar as condições que nos legitimam a dizer que sabemos (asserção justificada), embora, do ponto das condições do conhecimento, seja ainda possível que não saibamos aquilo mesmo que dizemos saber. Em última análise, isso significa que o ceticismo filosófico acerca do conhecimento do mundo exterior pode ser uma possibilidade para seres finitos como nós somos
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