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Comprender los rituales ganaderos en los Andes y más allá: Etnografías de lidias, herranzas y arrierías
RIVERA ANDÍA, Juan Javier (Editor). Comprender los rituales ganaderos en los Andes y más allá. Etnografías de lidias, herranzas y arrierías. Aachen: Bonner Amerikanistische Studien, 2014, 500 p.RIVERA ANDÍA, Juan Javier (Editor). Comprender los rituales ganaderos en los Andes y más allá. Etnografías de lidias, herranzas y arrierías. Aachen: Bonner Amerikanistische Studien, 2014, 500 p.RIVERA ANDÍA, Juan Javier (Editor). Comprender los rituales ganaderos en los Andes y más allá. Etnografías de lidias, herranzas y arrierías. Aachen: Bonner Amerikanistische Studien, 2014, 500 p
Dos pactos com o Diabo, a Sereia e os Apus: sobre a participação de não-humanos na constituição do corpo dos danzantes de tijeras (Ayacucho, Peru)
A danza de tijeras é parte das celebrações da Festa da Água em Andamarca (Departamento de Ayacucho, Peru) no mês de agosto. Durante a festa os danzantes fazem apresentações e competições em praça pública desafiando sua resistência física: perfuram o corpo com pregos e espinhos, cortam-se com cacos de vidros, caminham sobre brasas. Para que tenham êxito ao realizarem tais desafios, os danzantes fazem negociações contínuas através de pactos e pagapas com seres não-humanos, principalmente com o Diabo, a Sereia e os Apus, aqueles que lhes outorgam proteção e poder. Se tais negociações forem ignoradas, tais seres podem lhes hacer daño, propiciando infortúnios e males diversos. Longas caminhadas para alcançar lugares virgens, nunca antes pisados por um humano, são outra forma de tornar-se um bom danzante, de acumular mais força e poder para tornar-se um maestro.Este trabalho destaca aspectos da relação desses dançarinos com seres não-humanos (Apus, Pachamama,Diabo, Sereiaentre outros) e de como seu corpo precisa ser constituído por eles para que seja um corpo completo.
On pacts with the Devil, the Mermaid and theApus:non-humans in the constitution of the danzantes de tijeras'body (Ayacucho, Peru)
The danza de tijeras is an essential part of the Water Party celebrations in Andamarca (Ayacucho Department, Peru). During the party, exhibitions and competencias that challenge their endurance are publicly made by the dazantes: they pierce their bodies with nails and thorns, cut themselves with glass shards, and walk on embers. In order to be successful, the danzantes hold continuals negotiations with non-humans, through pactos and pagapas, especially with the Devil, the Siren and with the Apus. Long walks to reach virgen places, where no human has ever treaded before, are another way of developing into a good danzante, of acquiring strength and poder to become a maestro of the danza.This article, focuses on some aspects of the relationships between the dancers and theApus, theSiren and the Devil;and on how, to become a complete body, the danzante'sbody must be composed by such beings,
Keywords:pacts, dance, Andes, Peru.
 
Forças absorvidas, forças liberadas: aproximações entre festa e trabalho coletivo em um pueblo do centro-sul dos Andes peruanos
Em Andamarca, uma comunidad campesina dos Andes peruanos, as festas e o trabalho coletivo consistem em momentos de grande importância, propícios para compartilhar comidas, bebidas e esforços. O trabalho coletivo é empregado na construção de casas de adobe, limpeza e construção de canais de irrigação, caminhos e estradas. Para os andamarquinos, a realização de atividades em equipes cria uma dinâmica capaz de proporcionar uma espécie de competição positiva, além da manutenção e geração de vínculos enquanto todos estão determinados a alcançar um objetivo comum. A divisão em grupos gera ánimo, isto é, a força e a disposição necessárias para realizar atividades consideradas duras e pesadas. Para que tal força não se acabe, durante o trabalho é feita uma distribuição de substâncias que também produzem ánimu como bebidas alcoólicas e folhas de coca. O mesmo sucede nas festas, momentos em que a distribuição e o consumo de bebidas alcoólicas são fundamentais para fazer os participantes dançar, para gerar alegria e vontade de gozar, enfim, para criar uma determinada atmosfera ou ambiente característico dos momentos de celebração. Com base em uma pesquisa etnográfica, este texto propõe uma breve comparação entre as festas e o trabalho coletivo, mostrando aproximações e diferenças entre esses dois movimentos, tendo em vista que o compartilhamento de esforços e de substâncias são meios fundamentais para alcançar a constituição de coletivos em ambos os momentos. Ademais, os dois movimentos implicam transformações de ordem corporal e subjetiva a ponto de moldarem não só o corpo mas também a pessoa andamarquina
“Entre o passado e o presente”: estudo etnográfico realizado em dois sebos do centro de Porto Alegre
O projeto Anna Eserenka: performances e intercâmbios de saberes musicais na Universidade Federal Roraima (UFRR)
O projeto Anna Eserenka, cadastrado no edital PROEXT2015 da UFRR, foi idealizado por jovens integrantes da banda Cruviana, criada em 2011 por alunos do Curso de Gestão Territorial Indígena, vinculado ao Instituto Insikiran, uma das primeiras instituições voltadas para o ensino superior indígena no Brasil. Contando com a participação de membros de duas comunidades situadas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR), e o apoio do movimento indígena e da comunidade universitária em geral, esse projeto visa realizar diversas atividades que concebem a prática musical como forma de “intercâmbio” de saberes, criando possibilidades de vivências de musicalidades indígenas e não-indígenas. O projeto envolve o levantamento das bandas compostas por indígenas no estado de Roraima, intercâmbios musicais, realizações de oficinas de construção de instrumentos, composições próprias, pesquisas bibliográficas e ainda o acompanhamento das performances da Banda Cruviana nos eventos promovidos pela UFRR e pelo movimento indígena de Roraima. Conforme o projeto, as músicas narram “histórias de povos e comunidades, traduzem a realidade dos diversos tempos, marcam identidades e lutas dos movimentos sociais indígenas”, e desde os centenários registros fonográficos de Koch-Grünberg (2006) é possível perceber a centralidade da música para os povos na região de Roraima. O objetivo deste trabalho é refletir sobre essa experiência musical concebida pelos alunos indígenas a partir da sugestão de Seeger (2015) de pensar esses intercâmbios e performances musicais como “modalidade preferencial para muitos processos sociais”, enfatizando o caráter criador e comunicacional da música nas Terras Baixas da América do Sul
Antropologia da vida diante da catástrofe
A proposta deste dossiê orientou-se por uma questão pragmática: como criar uma antropologia da vida no momento em que somos perturbadas/os pela catástrofe? Como habitar um mundo em ruínas, territórios existenciais devastados pelas mortes em série da pandemia da Covid-19 e por catástrofes ecológicas e climáticas? Nosso objetivo foi testar ferramentas e conhecer outros arranjos ecológicos para tornar habitáveis nossos mundos pessoais e coletivos devastados ou em vias de sê-lo e despertar reflexões para lidar com a catástrofe. Ocupar-se com a vida interconectada com a morte nos mostra a necessidade de não apenas aprendermos a viverbem, mas considerarmos morrer da melhor forma possível. O desafio consiste em buscar escutar, descrever e derivar consequências do chamado dos povos tradicionais sobre a persistente catástrofe colonial e capitalista que se acopla à pandemia e à catástrofe ecológica global
Engendering ecosystem services for urban transformation:the role of natural capital in reducing poverty and building resilient urban communities
The Millennium Ecosystem Assessment (MEA, 2005) recognises a number of concerns in the relationship between human development and ecosystem services. People are integral parts of ecosystems, and a dynamic interactive relationship exists between human activity and ecosystems, with changing human activity driving ecosystem changes, and ecosystem changes causing changes in people's well-being. Ecosystems have rapidly changed over the last 50 years, largely to meet growing demands for related services such as food, water, timber, fibre, and fuel. Human demands on ecosystem services (ES) has resulted in a substantial and largely irreversible loss in the diversity of species on the planet. The challenge of reversing the degradation of ecosystems while meeting increasing demands for their services may involve significant changes in policies, institutions, and practices for themanagement of ecosystems. The MEA notes the pattern of ‘winners’ and ‘losers’ associated with ecosystem changes has not been adequately taken into account in management decisions, in particular the impact of these changes on poor people, women, and indigenous peoples.Degradation of ecosystem services are often being borne disproportionately by the poor, women, and indigenous peoples, and are contributing to growing inequities and disparities across groups of people, and are sometimes the principal factor causing poverty, conflicts, or the migration of refugees in developing countries. Growing urbanisation and climate change present further important challenges for the future, and how urban development is undertaken and managed has implications for present and future wellbeing. However, cities can be planned and built to ensure sustainability for people and planet and ES can be used to improve wellbeing and reduce poverty. The MEA suggests the notion of ES encapsulates the dynamic processes through which natural capital when mobilised, provides a range of services, goods and benefits that are critical to sustaining life e.g. oxygen, food, water, recreational and psychological benefits. Ecosystem Services frameworks allow us to conceptualise environmental functions as an explicit link between natural capital and human wellbeing.This report focusses on how natural capital and its associated ecosystem services (ES) can be understood within the context of the urban environment. It focuses on how different ES can be incorporated into sustainable urban development and planning, as a natural asset that can reduce peoples risk and vulnerability, and improve their wellbeing
Guidance for engendering ecosystem services for urban transformation
Growing urbanisation and climate change present a number of important challenges to ensuring more sustainable development in the future. All human activities impact on the natural environment, especially cities. How urban development is undertaken and managed has implications for present and future wellbeing. This guidance focusses on how natural capital and its associated ecosystem services (ES) can be understood within the context of the urban environment. It focuses on how different ES can be incorporated into sustainable urban development and planning, as a natural asset that can reduce peoples risk and vulnerability, and improve their wellbeing.This summary guidance aims to highlight how natural capital based ES can be seen as an ‘asset’ which can improve the well-being of communities, and the women and men, girls and boys that live within them.It draws on existing findings about how environmental assets such as parks, street trees, water features and private gardens can contribute to human well-being, applied to the Brazilian context through an exploratory study centred in Nova Contagem, a peripheral suburb of Belo Horizonte.It uses experience of undertaking the study to provide practical guidance in how to:-Undertake an assessment of the environmental assets present in a community-Evaluate the potential for urban environmental assets to yield ecosystem services - services such as Regulating (cooling shade), Provisioning (food and fuel), and Cultural (space for gathering / taking exercise) - and the nature of the goods, benefits, and at times dis-benefits, natural capital assets deliverThe findings of the study provide guidance around:-How people understand what the environment is, and how they value, or not, different types of urban environmental assets-The ecosystem services and dis-services they derive from the natural environment-How environmental assets interact with other assets to improve well beingThe premise of the study is that access to urban environmental assets and the ecosystem services they provide, is not equal for all within a community or a household, and in particular women and men will have different access to these and other assets. The study then also provides insights into:-Differences in women and men’s understandings of the environment and its potential for improving well being-Differences in women and men’s access to environmental assets and the ecosystem services they may provide-Actions that could be taken to improve gender equality of access to ecosystem servicesUltimately the guide seeks to provide recommendations on what local authorities and community organisations can do to ensure that the existing environmental assets are valued and protected and the beneficial services are maximised and made accessible to all, while the dis-services are minimised