21 research outputs found

    A cooperação internacional e a expansão do indigenismo integracionista: O caso Missão Andina

    Get PDF
    Este artigo tem como objetivo contribuir para a compreensão da importância das chamadas agências de cooperação internacional na formulação e implementação de políticas indigenistas. Trata-se de um estudo de caso, do denominado Programa Indigenista Andino ou Missão Andina, implementado na Região Andina nos anos 1950 e 1970 sob a coordenação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse Programa tinha como objetivo “aliviar a pobreza” e “promover o desenvolvimento dos povos indígenas” na região. Nossa expectativa é que o artigo sirva como estímulo para estudos mais aprofundados sobre o tema e permita o estabelecimento de comparações com experiências similares na América Latina

    ¿Una ciudadanía multicultural? etnodesarrollo y límites del indigenismo brasileño

    Get PDF
    El artículo analiza los cambios ocurridos en las estructuras político-administrativas del Estado brasileño después de la Constitución Federal de 1988, particularmente la relación con los Pueblos Indígenas, las limitaciones y obstáculos para la comprensión del carácter multicultural de la sociedad brasilera y los derechos especiales garantizados a estos pueblos, y por último, se efectúa una evaluación de la realidad actual y perspectivas futuras

    APRESENTAÇÃO - Dossiê “MEMÓRIAS INDÍGENAS: silêncios, esquecimentos, impunidade e reivindicação de direitos e acesso à justiça”

    Get PDF
    Nos últimos trinta anos, a memória se tornou um dos principais temas de interesse das Ciências Sociais na América Latina. Também se constituiu num importante instrumento na promoção de direitos e na conquista do acesso à justiça. Sua valorização beneficiou particularmente os setores da população em situação de exclusão política e discriminação social e econômica, os explorados e humilhados, e os reprimidos por grupos sociais que constituíram e que controlam, em seu benefício, aparatos de poder estatais e/ou paraestatais (Stavenhagen 1996; Jelin 2002). A memória é, portanto, um campo de disputas onde o recordar, o falar e o silenciar estão sujeitos às micropolíticas da vida cotidiana. Tanto o recordar quanto o esquecer estão sujeitos aos limites estabelecidos pelos poderes constituídos em diferentes escalas e espaços, de maneira sutil ou enérgica. Daí porquê falar de recordações impostas e na domesticação do recordar, e no disciplinamento das subjetividades sociais. Daí porquê falar de memória crítica e de crítica da memória como recursos que a prática intelectual deve mobilizar para seguir levando a termo guerras de interpretação em torno aos significados e usos do recordar (Briones 1994; Verdum 1994; Richard 2002; Ramos 2011). Com este dossiê pretendemos reunir trabalhos onde se discutisse, de uma perspectiva etnográfica e histórica, as dinâmicas de construção da memória de sujeitos individuais e coletivos indígenas, submetidos e/ou em resistência à repressão, ao despojo territorial e de outros meios de vida (Crespo 2014) e em contextos de conflito armado (Degregori 2003; Ulfe e Pereyra Chávez 2015; Dettleff 2018). Também pretendemos dar um espaço especial às questões metodológicas e éticas do trabalho etnográfico com memória em contextos de violência explicita (quando se produzem mortes) ou de violência sutil e naturalizada (de gênero, étnico-racial e/ou classe), de sujeitos e subjetividades vivendo em contextos limites. Contextos onde é exigido do antropólogo e da antropóloga uma atitude de compromisso e de colaboração com os seus interlocutores, sem o que a investigação e a compreensão não alcançarão níveis aceitáveis de validade inclusive entre seus pares (Leyva et al. 2015; Cardoso de Oliveira 1993).Nos últimos trinta anos, a memória se tornou um dos principais temas de interesse das Ciências Sociais na América Latina. Também se constituiu num importante instrumento na promoção de direitos e na conquista do acesso à justiça. Sua valorização beneficiou particularmente os setores da população em situação de exclusão política e discriminação social e econômica, os explorados e humilhados, e os reprimidos por grupos sociais que constituíram e que controlam, em seu benefício, aparatos de poder estatais e/ou paraestatais (Stavenhagen 1996; Jelin 2002). A memória é, portanto, um campo de disputas onde o recordar, o falar e o silenciar estão sujeitos às micropolíticas da vida cotidiana. Tanto o recordar quanto o esquecer estão sujeitos aos limites estabelecidos pelos poderes constituídos em diferentes escalas e espaços, de maneira sutil ou enérgica. Daí porquê falar de recordações impostas e na domesticação do recordar, e no disciplinamento das subjetividades sociais. Daí porquê falar de memória crítica e de crítica da memória como recursos que a prática intelectual deve mobilizar para seguir levando a termo guerras de interpretação em torno aos significados e usos do recordar (Briones 1994; Verdum 1994; Richard 2002; Ramos 2011). Com este dossiê pretendemos reunir trabalhos onde se discutisse, de uma perspectiva etnográfica e histórica, as dinâmicas de construção da memória de sujeitos individuais e coletivos indígenas, submetidos e/ou em resistência à repressão, ao despojo territorial e de outros meios de vida (Crespo 2014) e em contextos de conflito armado (Degregori 2003; Ulfe e Pereyra Chávez 2015; Dettleff 2018). Também pretendemos dar um espaço especial às questões metodológicas e éticas do trabalho etnográfico com memória em contextos de violência explicita (quando se produzem mortes) ou de violência sutil e naturalizada (de gênero, étnico-racial e/ou classe), de sujeitos e subjetividades vivendo em contextos limites. Contextos onde é exigido do antropólogo e da antropóloga uma atitude de compromisso e de colaboração com os seus interlocutores, sem o que a investigação e a compreensão não alcançarão níveis aceitáveis de validade inclusive entre seus pares (Leyva et al. 2015; Cardoso de Oliveira 1993).Nos últimos trinta anos, a memória se tornou um dos principais temas de interesse das Ciências Sociais na América Latina. Também se constituiu num importante instrumento na promoção de direitos e na conquista do acesso à justiça. Sua valorização beneficiou particularmente os setores da população em situação de exclusão política e discriminação social e econômica, os explorados e humilhados, e os reprimidos por grupos sociais que constituíram e que controlam, em seu benefício, aparatos de poder estatais e/ou paraestatais (Stavenhagen 1996; Jelin 2002). A memória é, portanto, um campo de disputas onde o recordar, o falar e o silenciar estão sujeitos às micropolíticas da vida cotidiana. Tanto o recordar quanto o esquecer estão sujeitos aos limites estabelecidos pelos poderes constituídos em diferentes escalas e espaços, de maneira sutil ou enérgica. Daí porquê falar de recordações impostas e na domesticação do recordar, e no disciplinamento das subjetividades sociais. Daí porquê falar de memória crítica e de crítica da memória como recursos que a prática intelectual deve mobilizar para seguir levando a termo guerras de interpretação em torno aos significados e usos do recordar (Briones 1994; Verdum 1994; Richard 2002; Ramos 2011). Com este dossiê pretendemos reunir trabalhos onde se discutisse, de uma perspectiva etnográfica e histórica, as dinâmicas de construção da memória de sujeitos individuais e coletivos indígenas, submetidos e/ou em resistência à repressão, ao despojo territorial e de outros meios de vida (Crespo 2014) e em contextos de conflito armado (Degregori 2003; Ulfe e Pereyra Chávez 2015; Dettleff 2018). Também pretendemos dar um espaço especial às questões metodológicas e éticas do trabalho etnográfico com memória em contextos de violência explicita (quando se produzem mortes) ou de violência sutil e naturalizada (de gênero, étnico-racial e/ou classe), de sujeitos e subjetividades vivendo em contextos limites. Contextos onde é exigido do antropólogo e da antropóloga uma atitude de compromisso e de colaboração com os seus interlocutores, sem o que a investigação e a compreensão não alcançarão níveis aceitáveis de validade inclusive entre seus pares (Leyva et al. 2015; Cardoso de Oliveira 1993)

    The Infrastructure-Extractives-Resource Governance Complex in the Pan-Amazon: Roll backs and Contestations

    Get PDF
    Large-scale access and energy infrastructure projects, together with expanding investments in natural resource extraction, pose significant challenges to biodiversity conservation, forest cover, and the defence of forest peoples\u27 rights and livelihoods across the wider Amazon region. Following a period in which safeguards and forest dwellers\u27 territorial rights were strengthened under more permissive political opportunity structures, the current period has been characterized by efforts to weaken these protections and to facilitate large-scale private investment in previously protected lands. We describe these investment-based threats to forests and rights, and the nature of regulatory rollbacks in the region. We then discuss some of the ways in which social movement actors have responded to these pressures and the extent to which they have affected the policies driving these pressures on forests and rights. While in prior decades movements were able to exercise mediated influence on policy, at present the channels open to them are mostly indirect, though opportunities for collaboration between movements organizations and rights-defending government agencies do emerge periodically offering channels for mediated influence

    Resource Extraction and Infrastructure Threaten Forest Cover and Community Rights

    Get PDF
    Mineral and hydrocarbon extraction and infrastructure are increasingly significant drivers of forest loss, greenhouse gas emissions, and threats to the rights of forest communities in forested areas of Amazonia, Indonesia, and Mesoamerica. Projected investments in these sectors suggest that future threats to forests and rights are substantial, particularly because resource extraction and infrastructure reinforce each other and enable population movements and agricultural expansion further into the forest. In each region, governments have made framework policy commitments to national and cross-border infrastructure integration, increased energy production, and growth strategies based on further exploitation of natural resources. This reflects political settlements among national elites that endorse resource extraction as a pathway toward development. Regulations that protect forests, indigenous and rural peoples’ lands, and conservation areas are being rolled back or are under threat. Small-scale gold mining has intensified in specific locations and also has become a driver of deforestation and degradation. Forest dwellers’ perceptions of insecurity have increased, as have documented homicides of environmental activists. To explain the relationships among extraction, infrastructure, and forests, this paper combines a geospatial analysis of forest loss overlapped with areas of potential resource extraction, interviews with key informants, and feedback from stakeholder workshops. The increasing significance of resource extraction and associated infrastructure as drivers of forest loss and rights violations merits greater attention in the empirical analyses and conceptual frameworks of Sustainability Science

    Pedagogia da Alternância e(m) Etnodesenvolvimento: realidade e desafios

    Full text link
    No presente artigo se analisa o processo de implantação da Pedagogia da Alternância no Curso de Licenciatura e Bacharelado em Etnodesenvolvimento, sediado no Campus de Altamira da Universidade Federal do Pará. De início, reflete-se sobre os aportes teóricos que fundamentam a alternância na perspectiva do etnodesenvolvimento e da interculturalidade. Posteriormente, analisa-se os ganhos educacionais obtidos com a adoção da metodologia, sobretudo no plano da relação entre teoria e prática, e conhecimentos tradicionais com conhecimentos científicos, assim como os problemas e desafios que sua adoção gera no plano administrativo e na prática docente

    CERCAMENTO DO PARQUE FARROUPILHA - PORTO ALEGRE/RS – REDENÇÃO OU PRISÃO?

    Get PDF
    O fenômeno paisagístico é um processo cultural que se estabelece a partir da interação entre sujeitos e espaço percebido. A paisagem é um fenômeno vivo, contínuo, que expressa diferentes tempos, materialidades e arranjos sociais. É a metonímia de um território. Tendo isso em vista, um grupo de pesquisa interdisciplinar buscou experimentar diferentes ferramentas teórico-metodológicas ao realizar o exercício de intervir em uma determinada paisagem urbana, e assim, estimular o debate sobre as controvérsias que lhe são inerentes. A problemática escolhida foi a proposta de cercamento do Parque da Redenção, oficialmente denominado Parque Farroupilha, discutida na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (RS) e na mídia local desde a década de 1990. Em uma área próxima ao lago Guaíba e ao Centro Histórico da cidade, os 40 hectares de área verde com diversos ambientes são um importante marco da paisagem de Porto Alegre. Caso fossem cercados, quais os aspectos da paisagem e outros que se agregam a ela que estariam sendo alterados? Como realizar uma intervenção para sensibilizar a população sobre as implicações do cercamento, ou não, do parque? Desde essas questões realizou-se o exercício, em 08 de novembro de 2014, cujos registros orientaram o debate e a produção deste texto e de um vídeo. Neste texto, procuramos inicialmente realizar um diagnóstico a paisagem estudada e a tensão evocada pela proposta de alterá-la mediante a instalação de uma cerca. A seguir relatamos uma intervenção realizada no local pelo grupo, como ferramenta metodológica para estimular diferentes reações e assim registrar as sensações e opiniões da população frente à alteração provocada naquela paisagem. Posteriormente, apresentamos reflexões sobre diferentes aspectos e implicações que o fechamento do parque poderá acarretar

    Etnodesenvolvimento : nova/velha utopia de indigenismo

    Get PDF
    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, 2006.Este trabalho é uma análise do papel das instituições multilaterais e bilaterais de cooperação para o desenvolvimento na territorialização e desterritorializaão das políticas indigenistas na América Latina. Procuro compreender como estas instituições operacionalizam seus objetivos de integração dos indígenas, articulando uma complexa rede de atores, governamentais e não governamentais, por meio dos quais disseminam idéias, noções, práticas e dinheiro. Foco minha atenção na Missão Andina, vista como manifestação do indigenismo integracionista clássico, e em duas experiências contemporâneas de etnodesenvolvimento, uma no Brasil e outra do Equador. ____________________________________________________________________________________________ ABSTRACTThis work analyze the paper of the multilateral and bilateral institutions of development cooperation in the territorialization and desterritorialization for the indigenous polices in Latin America. It expects understand how this institutions work for theirs indigenous integration objectives, linking a complexes network government and nongovernmental actors. By them disseminate ideas, notions, practices and money. I centre my attention in the Andes Mission, a classic integrate indigenous manifestation, and in two contemporary experiences of ethnodevelopment, one in Brazil and other in the Ecuador
    corecore