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Produção de raÃzes finas em uma floresta secundária da Amazônia oriental.
DAAD; CNPq.A produção de raÃzes finas pode contribuir com a ciclagem biogeoquÃmica nos ecossistemas florestais, incluindo a emissão de gases importantes para o efeito estufa. Apesar da importância das raÃzes finas, poucos estudos têm sido realizados neste compartimento da planta principalmente devido a dificuldade de medir sua produção. Os objetivos deste trabalho foram (1) avaliar o efeito da disponibilidade de água e nutrientes, através de irrigação e remoção de serapilheira, sobre a produção de raÃzes finas; e (2) avaliar a dinâmica da
produção de raÃzes finas de uma floresta secundária em diferentes idades. O trabalho foi realizado em uma floresta secundária localizada em Castanhal, Pará, Brasil. A produção das raÃzes finas (≤ 2 mm) foi acompanhada utilizando o método de cilindro telado, em coletas bimensais, entre julho de 2005 e julho de 2007. Para avaliar o efeito da disponibilidade de água e nutrientes uma área de floresta secundária de 18 anos foi dividida em quatro blocos; em cada bloco foram instaladas três parcelas de 20m x 20m, sendo uma parcela irrigada (IRR), uma parcela submetida à remoção da serapilheira (REM) e uma parcela testemunha (CTL). A irrigação (5mm de água/dia/parcela) ocorreu somente na estação seca. A remoção da serapilheira foi manual, a cada 15 dias. A produção média de biomassa de raÃzes vivas mostrou uma interação significativa entre tratamento e perÃodo de coleta, sendo a produção maior na estação seca (CTL: seca = 17,915 g/m²/mês, chuvosa = 10,761g/m²/mês; IRR: seca = 19,48g/m²/mês, chuvosa = 11,263 g/m²/mês; REM: seca = 10,58g/m²/mês, chuvosa = 5,90g/m²/mês). A produção média de biomassa de raÃzes mortas apresentou um comportamento sazonal, sendo também maior na estação seca (CTL: seca = 0,377 g/m²/mês, chuvosa = 0,181g/m²/mês; IRR: seca = 0,65g/m²/mês, chuvosa = 0,231 g/m²/mês; REM: seca = 0,66g/m²/mês, chuvosa = 0,30 g/m²/mês). A dinâmica da produção em comprimento (m/m²/ano) foi similar à dinâmica da biomassa. O comprimento radicular especÃfico não foi diferente entre os tratamentos (CTL = 52,74m/g; IRR = 61,42m/g REM = 50,73m/g) e nem entre os perÃodos de coleta. Para avaliar a dinâmica da produção de raÃzes finas em áreas de diferentes idades foram escolhidos dois sÃtios, de 18 (FS18) e 10 anos (FS10). No sÃtio de 10 anos a
produção média de biomassa de raÃzes vivas e mortas foi de 88,386 e 2,235 g/m²/ano, respectivamente. No sÃtio de 18 anos a produção média de biomassa de raÃzes vivas e mortas foi de 86,030 e 1,673g/m²/ano, respectivamente. A produção mensal média de biomassa de raÃzes vivas não foi diferente entre os sÃtios; no entanto, apresentou um comportamento sazonal, sendo significativamente maior na estação seca (FS10: seca = 17,523 g/m²/mês, chuvosa = 11,939 g/m²/mês; FS18: seca = 17,915 g/m²/mês, chuvosa = 10,761 g/m²/mês). A produção média de biomassa de raÃzes mortas mostrou uma interação significativa entre tratamento e perÃodo de coleta, os valores foram maiores no FS10 na estação seca (FS10: seca = 0,373 g/m²/mês, chuvosa = 0,373 g/m²/mês; FS18: seca = 0,377 g/m²/mês, chuvosa = 0,181g/m²/mês). A dinâmica da produção em comprimento foi similar à dinâmica da biomassa. O comprimento radicular especÃfico foi significativamente diferente entre os sÃtios, sendo maior no FS10 e na estação chuvosa (FS10: seca = 64,57 m/g, chuvosa = 66,74 m/g; FS18: seca = 47,23m/g, chuvosa = 57,72 m/g).The fine root production may contribute to the biogeochemistry cycling in forest ecosystems, especially in emission of gases important to climatic change. Despite the importance of fine roots, few studies have been conducted in this part of the plant mainly due to the difficulty of measuring their production. The objective of this work were (1) to assess the water and nutrients availability through irrigation and litter removal on the fine root production, and (2) to assess the fine root production dynamic of a forest regrowth at different ages. The study
was carried out in an forest regrowth, located in Castanhal, in the state of Pará, Brazil. The fine root production (≤ 2 mm) was monitored using the Ingrowth Core method, removed every two months, between July 2005 and July 2007. To assess the water and nutrients availability one area of forest regrowth of 18 years was divided into four blocks; three 20m x 20m plots were set up randomly within each block, one plot was irrigated (IRR), the litter was removed from one plot (REM) and one plot was the control (CTL). The irrigation (5mm of water per day per plot) occurred only in the dry season. The litter removal was manual, every 15 days. The average of live root biomass production showed a significant interaction between treatment and period of collection, with greater production in the dry season (CTL: dry = 17.915g/m²/month, rainy = 10.761g/m²/month; IRR: dry = 19.48 g/m²/month, rainy = 11.263g/m²/month; REM: dry = 10.58 g/m²/month, rainy = 5.90 g/m²/month). The average of dead root biomass production showed a seasonality, and is also greater in dry season (CTL:
dry = 0.377g/m²/month, rainy = 0.181g/m²/month; IRR: dry = 0.65g/m²/month, rainy = 0.231g/m²/month; REM: dry = 0.66g/m²/ month, rainy = 0.30g/m²/month). The dynamics of fine root length production (m/m²/year) was similar to biomass dynamics. The root specific length was similar between treatments (CTL = 52.74m/g; = IRR 61.42 m/g REM = 50.73m/g), e between the collection period. To assess the dynamics of fine root production in forest regrowth at different ages were chosen one 18 – year-old site (FS18) and one 10 year-old site
(FS10). In the FS10 the average of live and dead fine root biomass production was 88.386 and 2.235 g/m²/year, respectively. In the FS18 the average of live and dead fine root biomass production was 86.030 and 1.673 g/m²/year, respectively. The monthly biomass production of live roots was similar between sites, but presented a seasonality and was significantly greater in the dry season (FS10: dry = 17.523 g/m²/month, rainy = 11.939 g/m²/month; FS18: dry = 17.915 g/m²/month, rainy = 10.761 g/m²/month). The average of dead root biomass production showed a significant interaction between treatment and collection period, the values were greater in FS10 during the dry season (FS10: dry = 0.373 g/m²/month, rainy = 0.373 g/m²/month; FS18: dry = 0.377 g/m²/month, rainy = 0.181 g/m²/month). The dynamics of fine root length production (m/m²/year) also was similar to biomass dynamics. The root specific length was significantly different between sites, with greater production in FS10 during the wet season (FS10: dry = 64.57m/g, rainy = 66.74m/g; FS18: dry = 47.23m/g, rainy = 57.72m/g)
Aspectos socioeconômicos, produtivos e sanitários de propriedades leiteiras do municÃpio de Paragominas – Pará / Socioeconomic, productive and sanitary aspects of dairy properties of the municipality of Paragominas – Pará
O estudo objetivou descrever as caracterÃsticas socioeconômicas, produtivas e sanitárias de propriedades leiteiras localizadas no municÃpio de Paragominas (PA). O estudo foi realizado no perÃodo de janeiro a abril de 2016, na microrregião delimitada pela Colônia do Uraim, Km 12 e Colônia do Mandacarú. Os dados foram coletados através da aplicação de questionários relacionados ao sistema de produção leiteiro aplicado em cada propriedade. Verificou-se que a microrregião estudada possui agropecuária de pequeno porte, os proprietários possuem baixo grau de escolaridade e baixa capacitação técnica. As propriedades apresentaram área média de 100 ha, com rebanho de no máximo 300 cabeças de gado. Os animais encontrados eram todos mestiços, com baixa capacidade produtiva (média 7,5 l/vaca/dia), criados extensivamente, não havia preocupação com as boas práticas higiênicas da ordenha e poucas ações preventivas contra enfermidades dos animais. Analisando os dados obtidos, observou-se a necessidade de incentivo de polÃticas públicas para fornecer subsÃdios e qualificação técnica aos produtores da microrregião objeto do estudo, para promover o incremento da qualidade e quantidade do leite produzido
Biomassa abaixo do solo em áreas de agricultura familiar no arco do desmatamento da Amazônia, Pará.
O presente trabalho traz uma abordagem holÃstica, investigando a interação de vários fatores e determinando a importância deles para as raÃzes finas, com o objetivo de gerar conhecimentos sobre estimativas de biomassa e carbono abaixo do solo que possam contribuir para o estabelecimento de metodologias para pagamento de serviços ambientais em áreas agrÃcolas. O trabalho foi desenvolvido em três áreas agrÃcolas localizadas na região do arco do desmatamento no estado do Pará: Assentamento agroextrativista Praia Alta Piranheiras (Maçaranduba), Assentamento Palmares II e Travessão 338-S. Em cada área foram selecionadas nove propriedades (n = 27) nas quais foram estabelecidas cinco parcelas de 10 m x 50 m (n = 135). As parcelas representaram nove tipos de cobertura vegetal: floresta
conservada, floresta explorada, floresta queimada, floresta secundária velha, floresta secundária jovem, pasto invadido, pasto limpo, cultivo anual e cultivo perene. Nas 135 parcelas foram avaliados a biomassa de raÃzes finas (R1 ≤ 1 mm; R2 > 1 mm e ≤ 2 mm; R3 > 2 mm e ≤ 5 mm; RM = raiz morta ≤ 5 mm) e carbono da biomassa total das raÃzes finas (R1 + R2 + R3 + RM). Nos mesmos locais de coleta das raÃzes foi realizada a classificação dos solos, a determinação das propriedades fÃsicas e quÃmicas do solo e a estrutura da vegetação. Foram utilizados dados secundários da socioeconomia e das métricas de estrutura e ocupação das paisagens das 27 propriedades. As analises foram feitas considerando duas escalas de observação: a escala da parcela (n =135) onde foi considerado os nove tipos de cobertura vegetal e a escala da área, onde foram consideradas as 27 propriedades. As variáveis socioeconômicas e de paisagem foram usadas apenas nas análises da escala da área. O tipo de cobertura vegetal influenciou a biomassa de raÃzes finas, a qual diminuiu com o aumento do distúrbio na cobertura vegetal, variando de 516,3 g m-2 a 189,1 g m-2 , floresta conservada e cultivo anual respectivamente. Na escala da parcela a estrutura da vegetação foi mais determinante para a biomassa das raÃzes finas do que as caracterÃsticas dos solos. Na escala do área a biomassa total variou de 2,69 Mg ha-1 a 4,73 Mg ha-1 e o carbono variou de 1,01 Mg ha1 a 2,06 Mg ha-1 . Nessa escala o contexto socioeconômico influenciou o carbono das raÃzes e a distribuição da biomassa entre as classes diamétricas, o que esteve muito associado as atividades de produção dominantes nas áreas. Em ordem de importância na escala da
paisagem as variáveis socioeconômicas foram as mais determinantes para as raÃzes finas, seguidas das variáveis do solo, da vegetação e por fim das variáveis da paisagem. Independente da escala de observação a biomassa da classe R1 apresentou maior proporção da biomassa total, ressaltando a importância das raÃzes muito finas para a quantificação da biomassa radicular. Na escala da paisagem os fatores que influenciaram a biomassa e o estoque de carbono nas raÃzes finas ocupam posições diferentes daquelas vistas na escala da parcela.This study aims to bring a holistic approach, investigating the interaction of many factors and
determining their importance to fine roots with the objective to create knowledge about
estimation of biomass and carbon belowground that can contribute to establish methods of
payments for environmental service in rural settlements. The study was conducted in three
agricultural areas located in the arc of deforestation region in the Brazilian Amazon, in Pará
state: Praia Alta Piranheiras agroextractivist settlement (Maçaranduba), Palmares II settlement
and Travessão 338-S. In each area nine proprieties were chosen (n = 27), which five plots of
10x50 m were established (n = 135). The plots represented nine types of land cover:
conserved forest, exploited forest, burned forest, old secondary forest, young secondary
forest, invaded pasture, clean pasture, annual crop, and perennial crop. The biomass was
evaluated in the 135 plots (R1 ≤ 1 mm; R2 > 1 mm e ≤ 2 mm; R3 > 2 mm e ≤ 5 mm; RM =
dead roots ≤ 5 mm) and total carbon biomass (R1 + R2 + R3 + RM) of fine roots. In the same
sites of root sampling was done the classification of the soils, determination of the physical
and chemical proprieties of the soil and the structure of the vegetation. Socioeconomic
surveys were completed and calculated metric structure and occupation of landscape of the 27
proprieties. The analyses were done considering two scales of observation: plot scale (n =
135) where it was considered nine types of land cover; and settlement scale where it was
considered the three agricultural areas. The socioeconomic and landscape variables were used
only in the analyses of the settlement scale. The type of land cover influenced the biomass of
fine roots that decreased with the increase of the disturbance of the land cover, varying from
516.3 g m-2
to 189.1 g m-2
in the conserved forest and annual crop, respectively. In the plot
scale, the vegetation structure was more determinant to the fine roots biomass than the soil
characteristics. In the settlement scale the total biomass varied from 2.69 Mg ha-1
to 4.73 Mg
ha-1
and carbon varied from 1.01 Mg ha-1
to 2.06 Mg ha-1
. In this scale the socioeconomic
context influenced the roots’ carbon and the distribution of biomass among the diameter
classes that were associated with the dominant production of activities in the areas. In order of
importance in the landscape scale, the socioeconomic variables were most determinant for
fine roots, followed by soil variables, vegetation and finally, by landscape variables.
Independently of the observation scale, the biomass of R1 class showed the highest proportion
of total biomass, highlighting the importance of many fine roots to quantify the root biomass.
In the landscape scale the factors that influenced the biomass and the carbon storage of fine
roots occupied different positions of those seen in the plot scale
Biomassa e sazonalidade das raÃzes finas em savanas da Amazônia Oriental
Este trabalho objetivou comparar a biomassa de raÃzes finas em diferentes fisionomias e avaliar a influência da sazonalidade sobre a massa de raÃzes finas em savanas amazônicas localizadas no Amapá e Pará. Amostras de solos foram coletadas em cinco profundidades, de 10 em 10 cm, em três pontos no Cerrado sensu stricto, quatro no Campo Cerrado e dois no Campo Limpo, com 4 repetições em cada posição. A influência da sazonalidade foi verificada apenas no Campo Cerrado, em abril (pico das chuvas), julho (final das chuvas) e outubro (pico da seca) de 2010 e em janeiro de 2011 (inicio das chuvas). As fisionomias foram diferenciadas pela massa de raÃzes, quando analisadas nas diferentes classes diamétricas de raÃzes e nas diferentes profundidades. A maior massa de raÃzes finas ocorreu no pico da estação seca. Esses resultados sugerem estratégias diferentes das fisionomias na alocação das raÃzes mais finas em diferentes profundidas do solo e na dinâmica das raÃzes para aumentar o potencial de absorção durante a seca
Ecosystem services of regulation and support in Amazonian pioneer fronts: searching for landscape drivers
Landscape dynamics result from forestry and farming practices, both of which are expected to have diverse impacts on ecosystem services (ES). In this study, we investigated this general statement for regulating and supporting services via an assessment of ecosystem functions: climate regulation via carbon sequestration in soil and plant biomass, water cycle and soil erosion regulation via water infiltration in soil, and support for primary production via soil chemical quality and water storage. We tested the hypothesis that patterns of land-cover composition and structure significantly alter ES metrics at two different scales. We surveyed 54 farms in two Amazonian regions of Brazil and Colombia and assessed land-cover composition and structure from remote sensing data (farm scale) from 1990 to 2007. Simple and well-established methods were used to characterize soil and vegetation from five points in each farm (plot scale). Most ES metrics were significantly correlated with land-use (plot scale) and land-cover (farm scale) classifications; however, spatial variability in inherent soil properties, alone or in interaction with land-use or land-cover changes, contributed greatly to variability in ES metrics. Carbon stock in above-ground plant biomass and water infiltration rate decreased from forest to pasture land covers, whereas soil chemical quality and plant-available water storage capacity increased. Land-cover classifications based on structure metrics explained significantly less ES metric variation than those based on composition metrics. Land-cover composition dynamics explained 45 % (P < 0.001) of ES metric variance, 15 % by itself and 30 % in interaction with inherent soil properties. This study describes how ES evolve with landscape changes, specifying the contribution of spatial variability in the physical environment and highlighting trade-offs and synergies among ES