13 research outputs found

    Doce província? : o cotidiano escravo na historiografia sobre Sergipe oitocentista

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    La recherche vise à analyser le quotidienne esclave dans les usines de sucre de Sergipe XIXe siècle, à partir des dossiers hérités par l'historiographie Sergipana. A partir de l'histoire de Sergipe (1891), de Felisbello Freire, études historiques indiquent le plus tard développement de l'industrie de la canne à sucre dans terres de Sergipe d'El Rey. Il aurait été, même, pour la croissance économique générée par le sucre, à partir de la fin de la XVIIIe siècle, un des moteurs du processus d'émancipation politique de Segipe (de la Bahia) dans la deuxième décennie du XIXe siècle. Pour huit cents, la société de Sergipe reçu un nombre important d'esclaves, et la plupart d'entre eux, on est allé vivre dans les moulins et les usines dispersées dans les bassins de Piaui, Vaza-Barris, Cotinguiba et Japaratuba. Cette population esclave n'a pas manqué de créer des réseaux sociaux, les liens familiaux et développer / la diffusion de leurs pratiques culturelles. Par conséquent, il est nécessaire d'étudier les discours de l'historiographie en Sergipe sur le thème, en observant les représentations (re)construites par intellectuelles de l'histoire, comme Felisbello Freire, Maria Thétis Nunes et Ibarê Dantas. Les sources étudiées sont des oeuvres qui traitent, directement ou indirectement, sur la question de l'esclavage en Sergipe au XIXe siècle, tels que thèses, livres et articles publiés dans la Magazine d’IHGSE. Les textes choisis sont de différentes époques et représentent des changements d'écriture de l’histoire sur le thème, ainsi que la diffusion des discours sur la vie quotidienne et les pratiques culturelles des esclaves à Sergipe.A pesquisa tem como objetivo analisar o cotidiano escravo nos engenhos de açúcar do Sergipe oitocentista, a partir dos registros legados pela historiografia sergipana. Desde a História de Sergipe (1891), de Felisbello Freire, os estudos históricos indicam para o tardio desenvolvimento da agroindústria açucareira em terras de Sergipe d’El Rey. Teria sido, inclusive, o incremento econômico gerado pelo açúcar, a partir de fins do século XVIII, um dos motores do processo de emancipação política de Sergipe – em relação à Bahia – na segunda década do século XIX. Ao longo do oitocentos, a sociedade sergipana recebeu um número significativo de escravos e, a maior parte deles passou a viver nos engenhos e usinas espalhados pelas bacias do Piauí, Vaza-Barris, Cotinguiba e Japaratuba. Essa população escrava não deixou de criar redes de sociabilidade, laços familiares e desenvolver/difundir suas práticas culturais. Nesse sentido, é necessário investigar os discursos da historiografia sergipana sobre essa temática, observando as representações (r)construídas por intelectuais da História, como Felisbello Freire, Maria Thetis Nunes e Ibarês Dantas. As fontes averiguadas são obras que tratam, direta ou indiretamente, da temática da escravidão em Sergipe no século XIX, como dissertações, teses, livros e artigos publicados na Revista do IHGSE. Os textos selecionados são de diferentes épocas e retratam as mudanças da escrita da História sobre a temática, além de difundir discursos sobre o cotidiano e as práticas culturais escravas em Sergipe

    OS INTELECTUAIS NA CONSTRUÇÃO DE UMA BAHIA IMAGINADA ENTRE AS DÉCADAS DE 1910 E 1950

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    O presente artigo visa discutir as ações dos intelectuais baianos na construção de um imaginário relacionado a Salvador e a Bahia entre as décadas de 1910 e 1950 que culminaram na invenção da baianidade. A partir da caracterização de tais intelectuais, busca-se compreender a criação e difusão de diversos elementos da cultura soteropolitana em publicações e nas artes, criando-se um imaginário para a cidade que se torna também um imaginário da Bahia. Distinguem-se dois grupos de intelectuais: os vinculados ao IGHB, caracterizado pela valorização do apogeu colonial, e um segundo grupo, a Academia dos Rebeldes, de pensamento comunista, que valorizava elementos da cultura afro-baiana. O conceito de intelectual orgânico de Gramsci foi essencial para a compreensão da intelectualidade local como indivíduos profundamente emaranhados nas relações sociais, que pertencem a uma classe ou grupo social, mas também como força autônoma independente da classe onde circulam. A metodologia empregada foi à análise qualitativa de textos publicados em anais do IGHB, jornais e revistas, além de livros considerados como guias da baianidade, em que foram observados os diferentes discursos relacionados à cultural local. Os resultados obtidos demonstraram o caráter heterogêneo na intelectualidade baiana com a formação de grupos antagônicos, mas que, concomitantemente, atuaram em prol do desenvolvimento local através da valorização de aspectos culturais

    NOTAS PRELIMINARES SOBRE O ENALTECIMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO BAIANO POR INTELECTUAIS VINCULADOS AO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA (1910-1940)

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    O artigo tem por objetivo apresentar um estudo preliminar da proeminência dos intelectuais vinculados ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia na promoção e preservação do patrimônio histórico baiano. Por meio de publicações saudosistas e de enaltecimento do antigo poder político econômico baiano é possível vislumbrar como o patrimônio foi utilizado para fortalecer um discurso que buscava inserir novamente a Bahia no cenário político nacional em um período de estagnação econômica e desprestígio no meio político. É possível caracterizar os intelectuais que valorizaram o patrimônio baiano como vinculados a elite agrária, ocupantes de cargos públicos no governo do estado ou na igreja, ou seja, membros de uma elite econômica, política e religiosa em decadência nas primeiras décadas da república. A metodologia utilizada foi a análise qualitativa de publicações de intelectuais baianos vinculados a agremiação no período analisado.  Dessa forma, a valorização do patrimônio pelos intelectuais do IGHB, mais do que uma preocupação com os vestígios materiais do passado, foi uma forma de manter em destaque uma opulência senhorial do período colonial que estava se tronando apenas uma memória entre a elite local. Palavras-chave: Patrimônio; Representação; Bahia; Intelectuais

    ANCESTRALIDADES REVELADAS: UMA ANÁLISE DA ARQUEOLOGIA DA DIASPÓRA AFRICANA NO BRASIL

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    O artigo tem por objetivo verificar se as pesquisas relacionadas aos contextos das identidades culturais dos escravizados acompanharam a expansão do campo científico da Arqueologia, a partir da reflexão bourdieuniana de campo. Na perspectiva adotada, foram considerados os estudos voltados para sítios, vestígios, paisagens e remanescentes humanos relacionados à diáspora africana no Brasil – aqui entendido como Arqueologia da Diáspora Africana. Para tanto, elaborou-se uma breve análise geral da expansão da Arqueologia no país a partir do final do século XIX, contextualizando o processo de consolidação do campo científico. A análise, de cunho qualitativo, se baseou nas publicações sobre o tema, contudo, não se pretendeu ser um levantamento exaustivo. Associou-se o crescimento do campo, também, a fatores externos, como ações do movimento negro e valorização de patrimônios da Diáspora Africana pelo IPHAN e UNESCO, refletindo-se a respeito do alargamento da noção de patrimônio e da importância de pesquisas orientadas a partir de outras epistemologias

    Intersecções entre gênero, raça e trabalho: o vestir-se das negras de ganho no século XIX

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    O presente artigo busca apresentar os modos de vestir da negra de ganho no Brasil nos séculos XVIII e XIX, a partir de uma análise pautada nas intersecções entre gênero, raça e trabalho. O vestir-se no Brasil colonial e imperial era um campo de disputas em que proibições se contrapunham ao ato de senhores vestir as escravizadas ou das mesmas, enquanto cativas ou libertas, utilizar o vestuário como forma de distinção e inserção social. Desse modo, busca-se refletir sobre a importância do vestir-se para as negras de ganho e a notoriedade que tais trajes possuem até a atualidade

    RESSONÂNCIAS DA ARQUEOLOGIA PREVENTIVA NO RECONHECIMENTO DA PROFISSÃO DE ARQUEÓLOGO

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    Este artigo traça um paralelo geral entre o contexto político e econômico do país relacionado ao crescimento da Arqueologia Preventiva ou Arqueologia por contrato, observando sua influência na consolidação do campo da Arqueologia e na regulamentação da profissão de Arqueólogo (a). Na análise, se apresenta e se discute dados a respeito da quantidade de Portarias de Arqueologia emitidas no país entre os anos de 1992-2019, no intuito de refletir sobre a formação acadêmica de profissionais nestas regiões e os percalços enfrentados pelo IPHAN na gestão desse patrimônio. A metodologia utilizada foi o levantamento quantitativo do número de Portarias de Arqueologia Preventiva nos últimos vinte e sete anos (1992-2019) e a quantidade de cursos de Graduação e Pós-Graduação em Arqueologia existentes no país, a fim de discutir a demanda de profissionais no mercado brasileiro

    Patrimônio Arqueológico Afrodiaspórico: Intersecções entre os Bens Tombados pelo IPHAN e Pesquisados em Pós-Graduações em Arqueologia no Brasil

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    Trabalho apresentado no Simpósio 9 da VI Reunião da SAB Nordeste 202

    O Silenciamento do Negro no Museu Afro-brasileiro de Sergipe/Brasil

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    A discussão sobre a ausência ou silenciamento de um protagonismo negro no estado de Sergipe parte-se do levantamento de fontes em jornais, livros e da composição do próprio acervo do primeiro museu do tema implantado no Brasil, o Museu Afro Brasileiro de Sergipe (MABS), no ano de 1976. O texto objetiva analisar o discurso expográfico do  MABS, a partir da dicotomia senhor de engenho x escravização que é traçada ao longo da exposição. Por metodologia optou-se pela pesquisa qualitativa, que buscou analisar as implicações dos documentos levantados, sobretudo as informações que são disponibilizadas para o público visitante do museu por meio dos seus textos expositivos. Conclui-se que é necessário pensar novas narrativas, para além da oficial, que tenham como fio condutor as reflexões, debates e considerações sobre aqueles que foram esquecidos pela história oficial

    A baiana vai a Hollywood:: a consagração da baiana e dos balangandãs como símbolos da identidade nacional na Era Vargas

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    The article proposes a discussion on the consecration of the baiana and the balangandãs as an element of national identity in the Era Vargas, from the presentation of several instances of consecration linked to the intellectuals and the State. From the 1930s, through a political action to strengthen the State, anchored in nationalism and national unity, artistic and cultural activities and national types related to miscegenation were valued. The investigation shows how the Bahian woman came out of her aversion to representation through the actions of intellectuals and the State that reverberate today. The methodology was for the qualitative analysis of the speeches about the Bahian woman and the balangandãs and quantitative to observe the consecration through music. The research analyzes the use of valuing an aspect of popular culture for political legitimation.O artigo propõe uma discussão sobre a consagração da baiana e dos balangandãs como elementos da identidade nacional na Era Vargas, a partir da apresentação de diversas instâncias de consagração vinculadas a intelectualidade e ao Estado. A partir da década de 1930, por meio de uma ação política de fortalecimento do Estado, ancoradas no nacionalismo e unidade nacional, foram valorizadas atividades artístico-culturais e tipos nacionais relacionados à mestiçagem. A investigação evidencia como a baiana saiu da aversão à representação através de ações de intelectuais e do Estado que reverberam na atualidade. A metodologia foi à análise qualitativa dos discursos a respeito da baiana e dos balangandãs e quantitativa para observar a consagração através da música. A pesquisa analisa o uso da valorização de um aspecto da cultura popular para legitimação política
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