16 research outputs found
Inteligência e Contágio Emocional: um estudo com trabalhadores brasileiros e angolanos
O estudo comparou trabalhadores brasileiros e angolanos em relação à inteligência emocional e ao contágio de emoções, considerando função gerencial, sexo e nível educacional. Participaram 431 trabalhadores, sendo 300 do Brasil e 131 de Angola, 71,5% com ensino superior, 37,8% exercendo função gerencial e idade média de 30 anos. Utilizou-se um survey eletrônico. Os resultados indicaram diferenças entre os países quanto à inteligência, mas não ao contágio. No Brasil, mulheres e gestores obtiveram médias mais elevadas de inteligência emocional, e em Angola, mulheres com ensino superior apresentaram maiores médias de inteligência emocional. Em relação ao contágio de emoções positivas, mulheres gestoras com ensino superior se contagiam menos que homens na mesma posição. Encontraram-se correlações positivas entre inteligência emocional e contágio
A comprehensive assessment of the transcriptome of cork oak (Quercus suber) through EST sequencing
Background: Cork oak (Quercus suber) is one of the rare trees with the ability to produce cork, a material widely used to make wine bottle stoppers, flooring and insulation materials, among many other uses. The molecular mechanisms of cork formation are still poorly understood, in great part due to the difficulty in studying a species with a long life-cycle and for which there is scarce molecular/genomic information. Cork oak forests are of great ecological importance and represent a major economic and social resource in Southern Europe and Northern Africa. However, global warming is threatening the cork oak forests by imposing thermal, hydric and many types of novel biotic stresses. Despite the economic and social value of the Q. suber species, few genomic resources have been developed, useful for biotechnological applications and improved forest management.
Results: We generated in excess of 7 million sequence reads, by pyrosequencing 21 normalized cDNA libraries derived from multiple Q. suber tissues and organs, developmental stages and physiological conditions. We deployed a stringent sequence processing and assembly pipeline that resulted in the identification of ~159,000 unigenes. These were annotated according to their similarity to known plant genes, to known Interpro domains, GO classes and E.C. numbers. The phylogenetic extent of this ESTs set was investigated, and we found that cork oak revealed a significant new gene space that is not covered by other model species or EST sequencing projects. The raw data, as well as the full annotated assembly, are now available to the community in a dedicated web portal at http://www.corkoakdb.org.
Conclusions: This genomic resource represents the first trancriptome study in a cork producing species. It can be explored to develop new tools and approaches to understand stress responses and developmental processes in forest trees, as well as the molecular cascades underlying cork differentiation and disease response.Peer Reviewe
The complete genome sequence of Chromobacterium violaceum reveals remarkable and exploitable bacterial adaptability
Chromobacterium violaceum is one of millions of species of free-living microorganisms that populate the soil and water in the extant areas of tropical biodiversity around the world. Its complete genome sequence reveals (i) extensive alternative pathways for energy generation, (ii) ≈500 ORFs for transport-related proteins, (iii) complex and extensive systems for stress adaptation and motility, and (iv) wide-spread utilization of quorum sensing for control of inducible systems, all of which underpin the versatility and adaptability of the organism. The genome also contains extensive but incomplete arrays of ORFs coding for proteins associated with mammalian pathogenicity, possibly involved in the occasional but often fatal cases of human C. violaceum infection. There is, in addition, a series of previously unknown but important enzymes and secondary metabolites including paraquat-inducible proteins, drug and heavy-metal-resistance proteins, multiple chitinases, and proteins for the detoxification of xenobiotics that may have biotechnological applications
Desempenhos e afetos na solução de problemas em grupo
109f.Este estudo experimental teve o objetivo de comparar o desempenho na condição de grupo e individual, em um jogo virtual de construção de pontes. Analisaram-se as diferenças na percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe e de estados afetivos antes e após a realização do jogo. Foi testado também o papel mediador dos estados afetivos na qualidade do desempenho de grupo e na percepção de conflitos. Participaram 114 estudantes de nível superior e pós-graduação (70 mulheres e 44 homens), 65% da área de ciências sociais e humanas, com idade média de 24 anos. Foram alocados, aleatoriamente, 54 participantes na condição individual e 60 na condição de grupo. Por meio de um questionário eletrônico, foram mensurados os afetos positivos e negativos e a percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe, antes e após o jogo. O desempenho foi medido em termos de resultado e de processo. A percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe foi baixa para os participantes das duas condições, antes e após o jogo. Os estados afetivos eram mais positivos que negativos e se mantiveram assim após a realização do jogo para ambas as condições, embora se tenha observado uma redução de intensidade. Grupos apresentaram melhor desempenho que os indivíduos. Participantes na condição de grupo relatam maior uso de etapas de resolução de problemas que os indivíduos isoladamente. Apenas a etapa de organização das informações se correlacionou ao desempenho em ambas as condições experimentais, sinalizando ser uma etapa-chave no ciclo de resolução de problemas. Os estados afetivos não exerceram papel mediador na relação entre a condição (individual e grupal) e o desempenho, o que também ocorreu em relação à percepção de conflitos. Sugere-se, em estudos futuros, o uso de priming para ativar mais intensamente os estados afetivos dos participantes.
This experimental study aimed to compare the performance in group and in individual condition in a bridge construction virtual game. We analyzed the differences in teamwork conflicts perception and affective states before and after the game. It was also tested the mediating role of affective states on the quality of group performance and conflicts perception. Participants for this study included 114 pos-graduate and graduate students (70 women and 44 men), 65% from social sciences and humanities, whose average age was 24 years. 54 participants were randomly assigned to individual and 60 to team condition. An electronic questionnaire measured positive and negative affects and conflicts perception, before and after the game. Performance was measured in terms of outcome and process. Conflicts perception was low for participants of the two experimental conditions before and after the game. Affective states were more positive than negative and remained so after the completion of the game for both conditions, however with a reduction in intensity. Groups performed better than independent individuals. In the group condition, participants reported greater use of problem-solving steps than individuals alone. Only organizing information correlated with performance in both experimental conditions, signaling is a key step in problem solving cycle. The mediating role of affective states in the relationships between experimental condition (individual and team) and performance and with conflict perception was not found. It is suggested that priming can be used in future studies to activate more participants’ affective states.CAPESSalvado
Trabalho emocional: da caracterização conceitual à proposição de um modelo preditivo multinível no contexto da saúde
Desde a sua gênese, o trabalho emocional (TE) vem se constituindo em um objeto de pesquisa de grande interesse por parte dos estudiosos da Psicologia Organizacional e do Trabalho. A despeito dos diferentes entendimentos e ênfases sobre seus processos e resultantes, há certa unanimidade em relacioná-lo aos processos de regulação e expressão emocional empreendidos pelos trabalhadores para atender a regras de expressões emocionais da ocupação e ou organização (Hochschild, 1983/2003). Na tentativa de compreender melhor um fenômeno tão complexo e esclarecer resultados imprecisos e díspares, pesquisadores têm buscado desenvolver modelos teóricos mais amplos que articulem preditores, consequentes e variáveis mediadoras e moderadoras do TE. Nesta perspectiva, o objetivo geral desta tese foi o de testar um modelo teórico-empírico de caráter exploratório e multinível que explicasse as relações entre os elementos que compõem o TE (demandas emocionais, estratégias de regulação e desempenho emocional) e a variável traços de afetividade em uma instituição hospitalar, considerando dois públicos-alvo de interação: pacientes e seus acompanhantes e os colegas de trabalho. Escolheu-se a variável traços de afetividade por ser um importante preditor e moderador do TE. O modelo teórico-empírico se propôs, principalmente, a testar se as demandas emocionais e seus efeitos no desempenho emocional do trabalhador poderiam ser explicados pelo nível de compartilhamento de tais demandas entre os membros de uma mesma equipe de trabalho, o que sugeriria haver variabilidade neste desempenho para os dois públicos-alvo. Optou-se por testar o modelo no ambiente hospitalar pela forte presença de demandas emocionais neste setting. Participaram da pesquisa 306 trabalhadores pertencentes a 45 setores de uma instituição hospitalar que foram avaliados em seu desempenho emocional por 30 gestores. Realizam-se três estudos. O primeiro objetivou sistematizar as definições conceituais e de medidas do TE a partir de uma revisão de literatura integrativa. O segundo testou as evidências de validade de uma medida de desempenho emocional aplicável ao contexto da pesquisa. O terceiro realizou o teste empírico do modelo teórico multinível proposto. Os resultados do primeiro estudo apontaram para a necessidade de se definir e apreender o TE a partir de seus três elementos constitutivos (demandas, estratégias e desempenho emocional) de modo interrelacionado. A medida proposta para a mensuração de desempenho emocional para o contexto de pesquisa apontou evidências de validade para suas três dimensões: padrão emocional expresso pelo trabalhador, autenticidade emocional e empatia. Os resultados do terceiro estudo não apoiaram a suposição de efeito do compartilhamento das demandas emocionais no desempenho emocional. Isto sugere que, talvez, uma identidade do profissional de saúde acabe por não diferenciá-los na percepção de regras de expressão emocional, mesmo tendo em conta a presunção de que as diferentes unidades em que atuam variam em termos da intensidade de demandas (setores de diagnóstico, urgência e emergência, unidades de tratamento intensivo, etc.). Foi evidenciada a mediação da estratégia de ação profunda na relação entre a demanda emocional para expressar compaixão e o desempenho emocional para com pacientes e acompanhantes. Por último, as demandas para expressar compaixão para com pacientes e acompanhantes e para ocultar a raiva ou desaprovação em relação aos colegas de trabalho moderaram, respectivamente, as relações entre a afetividade positiva e ação profunda e entre a afetividade negativa e a ação superficial, intensificando o uso dessas estratégias.ABSTRACT
Since its genesis, emotional work (EW) has become a topic of great interest to researchers in organizational and work psychology. Despite the different understandings and emphases on its processes and results, there is a general agreement on relating EW to the emotion regulation process and emotional expressions undertaken by workers to meet occupational or organizational emotional display rules (Hochschild, 1983/2003). For a better understanding of such a complex phenomenon and to clarify inaccurate and contradictory results, researchers have sought to develop broader theoretical models that articulate antecedents, consequences and mediating and moderating variables of EW. In this perspective, the general aim of this doctoral dissertation was to test an exploratory multilevel theoretical-empirical model that would explain the relationships between the core elements of EW (emotional demands or display rules, regulatory strategies and emotional performance) and the variable dispositional affectivity in a hospital organization, considering two targets of interaction: patients and their companions and co-workers. The trait affectivity was chosen because it is an important EW predictor and moderator. The theoretical-empirical model was mainly intended to test whether the display rules and their effects on the worker emotional performance could be explained by the sharing level of these demands among members of the same work team, which would suggest variability in this performance for both target audiences. The hospital environment was chosen to test the model due to the strong presence of emotional demands in this setting. A total of 306 workers from 45 hospital units were surveyed and evaluated on their emotional performance by 30 supervisors. Three studies are carried out. The first aimed to systematize EW conceptual definitions and measures based on an integrative literature review. The second tested the validity evidence of an emotional performance measure applicable to health context. The third was the proposed multilevel theoretical-empirical model test. The results of the first study pointed the need to define and apprehend EW based on its three constituent elements (display rules, regulation strategies and emotional performance) in an interrelated way. The proposed measure for emotional performance at health context showed validity evidence for its three dimensions: emotional pattern expressed by the worker, emotional authenticity, and empathy. The results of the third study did not support the assumption of emotional demands sharing effect on emotional performance. This suggests that, perhaps, a health professional identity ends up not differentiating them in emotional display rules perceptions, even taking into account the assumption that the different units in which they work vary regarding the intensity of demands (e.g., diagnosis units, emergency room, intensive care units). The mediating role of deep acting strategy between the emotional demand to express compassion and the emotional performance towards patients and companions was evidenced. Finally, the demands to express compassion towards patients and companions and to hide anger or disapproval towards co-workers moderated, respectively, the relationship between positive affectivity and deep acting and between negative affectivity and surface acting, intensifying the use of these strategies.
Keywords: emotional work, literature review, multilevel, health, emotional performanceCAPE
Performance and affects in group problem-solving
This experimental study compared college students performance (individual vs. group) in a virtual game of bridge building for a train passage. We tested the superiority of group performance and power activation of affective states in the quality of task performance and conflict perception. The study (N =114) evaluated performance in groups (n = 60) and individuals (n = 54) by two criteria: an overall score(score and advancement in the game stages) and the problem-solving process. In both conditions, before and after the game, conflict perception was low, with positive affective states predominating. Groups performed better and reported greater use of problem-solving stages. There was no evidence of affective states as a mediator between experimental condition and the variables performance and conflict perception
Inteligência e Contágio Emocional: um estudo com trabalhadores brasileiros e angolanos
O estudo comparou trabalhadores brasileiros e angolanos em relação à inteligência emocional e ao contágio de emoções, considerando função gerencial, sexo e nível educacional. Participaram 431 trabalhadores, sendo 300 do Brasil e 131 de Angola, 71,5% com ensino superior, 37,8% exercendo função gerencial e idade média de 30 anos. Utilizou-se um survey eletrônico. Os resultados indicaram diferenças entre os países quanto à inteligência, mas não ao contágio. No Brasil, mulheres e gestores obtiveram médias mais elevadas de inteligência emocional, e em Angola, mulheres com ensino superior apresentaram maiores médias de inteligência emocional. Em relação ao contágio de emoções positivas, mulheres gestoras com ensino superior se contagiam menos que homens na mesma posição. Encontraram-se correlações positivas entre inteligência emocional e contágio
Desempenho e solução de problemas em equipes virtuais: um estudo experimental
O estudo analisou as diferenças no desempenho de indivíduos e grupos em uma tarefa de memorização e reprodução de texto em ambiente virtual. Participaram 50 estudantes de nível superior, distribuídos em duas condições experimentais: grupal (n=26) e individual (n=24). Utilizaram-se os seguintes instrumentos: crenças e percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe, auto e heteroatribuição de estados afetivos e estratégias de solução de problemas. O desempenho grupal na tarefa foi superior ao individual. Participantes na condição individual relataram maior uso de estratégias de solução de problemas que aqueles da condição grupal. Não foram evidenciadas diferenças entre as condições individual e grupal no tocante às crenças e à percepção de conflitos sobre o trabalho em equipe, bem como à atribuição de estados afetivos
CONSTRANGIMENTO, CONTÁGIO EMOCIONAL E GESTÃO: UM ESTUDO TRANSCULTURAL
O presente estudo teve como objetivo conhecer em que medida a susceptibilidade ao contágio emocional e o constrangimento estão relacionados ao exercício do papel gerencial, ao sexo e ao nível educacional em um estudo comparativo entre Brasil e Angola. Participaram 431 trabalhadores (164 homens e 267 mulheres), 300 do Brasil e 131 de Angola, 71,5% com nível educacional superior ou pós-graduação, 37,8% exercendo função gerencial e idade média de 30 anos. Utilizou-se survey eletrônico para mensurar o Sentimento de Constrangimento e o Contágio Emocional. As soluções fatoriais dos construtos se revelaram distintas para ambos os países. Apenas em Angola, gestoras graduadas e pós-graduadas apresentaram menor grau de constrangimento que homens nas mesmas condições. No Brasil, o nível educacional modifica a susceptibilidade ao contágio de emoções positivas, considerando-se as variáveis função e sexo. Os resultados apontaram correlações positivas entre o constrangimento e o contágio emocional nos dois países