2,373 research outputs found

    Demonstração do valor adicionado: as empresas classificadas como mais sustentáveis evidenciam maior distribuição de riqueza à sociedade?

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    The society now he has knowledge of reality of companies from the obligatoriness to publish the accounting informations. One of the knowledge available was information in relation to productivity and the remuneration of agents involved which demand from compaines best practices of social responsability. Between the available accounting information, was created a Value Added Statement (VAS), which shows the amount of wealth formed by the company and how it was distributed to the agents who collaborated for its construction. In this context, since the companies listed in the ISE have relevant initiatives regarding corporate sustainability and social responsibility, anchored in the theoretical platform, the present research aimed to identify the relationship of the companies listed in the ISE, with the percentage of the company's wealth that is distributed for the company to the detriment of the portion that remains retained in the company or distributed to the shareholders. The research was carried out by means of an analysis of the companies that are listed in the ISE and other companies of BM & FBovespa, active in the same sector of the companies listed in the ISE, in order to compare the behavior of companies listed or not in the indicator. A correlation test of the variables was performed, and the degree of correlation between these variables with the potential to explain the dependent variable. The results showed that the fact of belonging to ISE is not reflected in the distribution of wealth to society, but is reflected in higher wealth production.Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)A sociedade passou a ter conhecimento da realidade das empresas a partir da obrigatoriedade de publicarem as informações contábeis. Um dos conhecimentos possibilitados foi de informações no tocante à produtividade e à remuneração dos agentes envolvidos, que passaram, então, a exigir das empresas melhores práticas de responsabilidade social. Entre as informações contábeis disponíveis, criou-se a Demonstração do Valor Adicionado (DVA), que evidencia o montante da riqueza formada pela empresa e como esta foi distribuída aos agentes que colaboraram para a sua construção. Neste contexto, uma vez que as empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) possuem iniciativas relevantes, quanto à sustentabilidade corporativa e responsabilidade social, ancoradas na plataforma teórica a presente pesquisa objetivou identificar a relação das empresas listadas no ISE, com o percentual da riqueza da empresa que é distribuída para a sociedade em detrimento da parcela que permanece retida na empresa ou distribuída aos acionistas. A pesquisa foi realizada por meio de análise das empresas que estão listadas no ISE e outras empresas da BM&FBovespa, atuantes no mesmo setor das empresas arroladas no ISE, de modo a comparar o comportamento de empresas listadas ou não no indicador. Foi realizado um teste de correlação das variáveis, e qual o grau de correlação entre essas variáveis com o potencial de explicar a variável dependente. Os resultados mostraram que o fato de pertencer ao ISE não se reflete na distribuição de riqueza à sociedade, mas reflete-se em maior produção de riqueza

    Application of NMR techniques for degradation analysis of the ezetimibe drug

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    Orientador: Claudio Francisco TormenaDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de QuímicaResumo: O Ezetimibe, 1-(4-fluorofenil)-3(R)-[3-(4-fluorofenil)-3(S)-hidroxipropil]-4(S)-(4-hidroxifenil)-2-azetidinona, é bastante estudado por ser utilizado para inibir a absorção de colesterol no intestino e reduzir os níveis de LDL ("low density lipoprotein") no plasma. Este trabalho teve por objetivo aplicar uma gama de experimentos de RMN para avaliar a estabilidade do Ezetimibe em condições de "stress" ácidas e básicas e sob ação do tempo e da temperatura, além de identificar os produtos gerados nessas condições sem a realização de etapas de separação física. Em experimentos de DOSY ("Diffusion-Ordered Spectroscopy"), pequenas diferenças nos coeficientes de difusão entre as espécies moleculares presentes na mistura são suficientes para permitir a obtenção de sub-espectros para todas as espécies, obtendo assim o número de componentes presentes na mistura e a caracterização de cada um deles. Geralmente a aplicação de RMN para o estudo de misturas é evitada devido a sobreposição de sinais, porém isso pode ser contornado de três formas: 1) uso de um núcleo como maior dispersão no espectro, no caso o 19F que já pertence a estrutura do Ezetimibe; 2) uso de sequências de pulso seletivas na dimensão do 13C nos experimentos de HSQC e HMBC que melhoram a resolução por, entre outros fatores, diminuir a janela espectral na região de interesse; 3) uso da sequência de TOCSY seletivo, pois, permite a identificação da rede de spin da qual o sinal irradiado faz parte, sendo possível separar em sub-espectros os sinais pertencentes a cada molécula. Os resultados obtidos foram utilizados para determinar a cinética de degradação, bem como a estrutura de cada um dos componentes presentes na mistura de degradação. Diferentemente do que é proposto na literatura, onde apenas a estrutura do produto majoritário da degradação é caracterizado, em nosso trabalho todos os produtos formados durante o processo de degradação foram identificados e caracterizadosAbstract: Ezetimibe, 1-(4-fluorophenyl)-3(R)-[3-(4-fluorophenyl)-3(S)-hydroxipropyl]-4(S)-(4-hydroxiphenyl)-azetidin-2-one is a strong cholesterol inhibitor, reducing the low density lipoproteins level in the blood plasm. The aim of this work was not only to describe the major¿s structures of the Ezetimibe degradation products in neutral, acid and basic conditions but also to evaluate ezetimibe stability using only NMR techniques in situ (without further physical separation). In DOSY ("diffusion ordered spectroscopy") experiments, small differences in diffusion coefficients between molecular species are enough to obtain the number of sub-spectra for each species, leading to the number of components present in the mixture and allowing the characterization of them. NMR is usually avoided when mixtures are subject of the study because of signal superposition (crowed regions), but this can be solved in three ways: 1) using a nucleus with a larger signal dispersion in the spectra, like 19F present in the ezetimibe structure; 2) using experiments called band-selective or semi-selective HSQC/HMBC which yield a higher resolution than the routine HSQC/HMBC by, among other things, select a shorter spectral window. 3) Using selective TOCSY experiment, which enables the identification of the spin system of the irradiated signal, leading to sub-spectra of each components of the mixture. In the current literature, only the major degradation products is characterized, which is not the case here, where all products formed during ezetimibe degradations processes were characterized, without any extra step of physical separation. The kinetics profiles for the ezetimibe degradations were also determinedMestradoQuimica OrganicaMestra em QuímicaCAPE

    Infant deaths investigated by the Prevention Committee of Infant Mortality in region of Paraná state

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    Este estudo teve como objetivo analisar óbitos infantis na 15ª Regional de Saúde do Paraná utilizando o resultado das investigações do Comitê de Prevenção da Mortalidade Infantil. Trata-se de um estudo descritivo exploratório, a partir do Sistema de Investigação de Mortalidade Infantil e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos no período de 2000 a 2006. O coeficiente de mortalidade infantil diminuiu de 13,2% para 11,6%. Dos 799 óbitos, o Comitê investigou 74,5%; destes, 56,5% no período neonatal precoce. As afecções originadas no período perinatal e as malformações congênitas foram causas principais de óbito. Foram considerados reduzíveis 70,1% dos óbitos. A redutibilidade foi maior para óbitos de mães adolescentes, recém-nascidos ≥ 2500g, parto normal, raça/cor preta, parda e indígena e mães sem consulta de pré-natal. As análises dos óbitos devem ser efetuadas mais próximas das equipes de saúde da família, que conhecem as gestantes para aprimoramento do trabalho e qualidade nas análises do Comitê.Estudio que tuvo como objetivo analizar las muertes infantiles en la 15ª Región de Salud de Paraná basadas en los resultados de investigaciones del Comité de Prevención en Mortalidad Infantil. Se trata de un estudio descriptivo exploratorio utilizando para ello el Sistema de Investigación de Mortalidad Infantil y el Sistema de Informaciones sobre los Nacidos Vivos durante el período de 2000 a 2006. El coeficiente de mortalidad infantil disminuyó de 13,2% para 11,6%. Del total de muertes encontradas (799), el comité investigó 74,5%, de las cuales 56,5% fueron durante el período neonatal precoz. Las afecciones durante el período perinatal y las malformaciones congénitas fueron las principales causas de muerte. El 70,1% de las muertes fueron consideradas como deducibles. De la misma forma, se dedujo que la mayor proporción de muertes fueron las de niños de madres adolescentes, recién nacidos ≥2500g de peso, parto normal, raza/color negra, parda e indígena, así como aquellas madres que no tuvieron consulta prenatal. Análisis como estos, deben ser realizados de forma más visible para los equipos de salud de la familia, quienes conocen a las gestantes, de esta forma será posible mejorar la forma del trabajo y la calidad en las discusiones dentro del Comité.This study had the purpose to analyze infant deaths in the 15th Regional Health Center of Paraná State, using the result of the investigations of the Committee for the Prevention of Infant Mortality. It is a descriptive exploratory study based on the System of Investigation of Infant Mortality and on the Information System of Live Births in the period of 2000-2006. The infant mortality coefficient decreased from 13.2% to 11.6%. Of the 799 deaths, the Committee investigated 74.5%; 56.5% of which were in the early neonatal period. The diseases originated in the perinatal period and the congenital malformations were the main causes of death. Among them, 70.1% were considered reducible. The reducibility of death was greater among adolescent mothers' babies, newborns of ≥ 2500g, normal childbirth, black, mulatto and indigenous races, and on mothers without prenatal care. The analyses of the deaths should be performed together with the family health teams, who know the pregnant women best, in order to improve the work and the quality of the analyses from the Committee

    Performance of cystatin c-based equations for estimation of glomerular filtration rate in diabetes patients : a prisma-compliant systematic review and meta-analysis

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    The accuracy of estimated glomerular fltration rate (eGFR) equations in diabetes mellitus (DM) patients has been extensively questioned. We evaluated the performance of cystatin C-based equations alone or in combination with creatinine to estimate GFR in DM patients. A PRISMA-compliant systematic review was performed in the MEDLINE and Embase databases, with “diabetes mellitus” and “cystatin C” as search terms. Studies comparing cystatin C-based eGFR equations with measured GFR (mGFR) in DM patients were eligible. Accuracies P10, P15, P20, and P30 indicated the proportion of eGFR results within 10, 15, 20, and 30% of mGFR. Single-arm meta-analyses were conducted, and the Quality of Diagnostic Accuracy Studies-II tool (QUADAS-2) was applied. Twenty-three studies comprising 7065 participants were included, and 24 equations were analyzed in a broad range of GFRs. Meta-analyses were completed for 10 equations. The mean P30 accuracies of the equations ranged from 41% to 87%, with the highest values found with both CKD-EPI equations. Mean P10-P15 achieved 35% in the best scenario. A sensitivity analysis to evaluate diferent mGFR methods did not change results. In conclusion, cystatin C-based eGFR equations represent measured GFR fairly at best in DM patients, with high variability among the several proposed equations

    Repensando a prática docente: o lúdico presente na oficina de conscientização do conhecimento / Rethinking teaching practice: the playful present at the knowledge awareness workshop

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    O Colégio Pedro II é uma escola pública e tradicional do Rio de Janeiro, que conta com 182 anos de existência. Apesar de toda tradição, é uma instituição que valoriza a pesquisa e a inovação no processo de ensino e aprendizagem, estimulando seus servidores a buscarem possibilidades diversas para o pleno desenvolvimento de seus alunos. A partir desta premissa, o grupo de pesquisa Laboratório de Ludicidade foi constituído por professoras do Ensino Fundamental I da própria instituição, iniciando suas atividades no ano de 2017. Surgiu a partir de uma inquietude das professoras quanto à utilização do lúdico em sala de aula.Com o desenvolvimento das pesquisas no Laboratório de Ludicidade, percebeu-se a necessidade de uma aplicação mais efetiva e direta com os alunos e, assim, a Oficina de Conscientização do Conhecimento teve início, no ano de 2018. A ideia era investigar novas possibilidades de atuação docente e o desenvolvimento de propostas que possibilitassem a atuação de alunos-pesquisadores a partir da utilização de desafios e da criação de jogos.Inicialmente a pesquisa voltou-se para o estudo das Inteligências Múltiplas e para a importância da ludicidade no processo ensino-aprendizagem, tendo como influência autores como Gardner (1994) e Antunes (1998; 2002). Em seguida, ampliou-se o referencial teórico no intuito de repensar práticas que promovessem aos envolvidos a reflexão e a autoavaliação, bem como o planejamento, a tomada consciente de decisões, a utilização e avaliação de estratégias para a resolução de situações-problema (metacognição e autorregulação). Para esse aspecto, tem-se o estudo de John H. Flavell (1999) e Javier Burón (1997). Concomitante a isto está a necessidade, portanto, de se repensar a prática docente e seus desdobramentos, levando em consideração os estudos de Beatriz D’Ambrosio e Celi Espasandin Lopes (2014; 2015) quanto à insubordinação criativa[i]. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é investigar como as atividades lúdicas auxiliam no processo de construção do conhecimento, quando associadas a procedimentos que envolvam e respeitem as diferentes habilidades dos sujeitos envolvidos, priorizando a metacognição e a autorregulação no ambiente escolar. Além disso, compreender a importância de uma insubordinação criativa como prática docente capaz de romper com paradigmas pré-estabelecidos e, assim, promover um ambiente de aprendizagem em que a criatividade e as emoções sejam elementos centrais.Todas as atividades utilizadas estão direcionadas a trabalhar a oralidade, a exposição de ideias, a construção de argumentos, a reflexão, a inquietude de sempre ter um desafio a ser respondido ou até mesmo o exercício de criar problemas. Tudo isso tendo como pano de fundo a ludicidade. REFERENCIAL TEÓRICO:Ao estudar o psicólogo Howard Gardner, foi possível observar a importância de muitos dos elementos por ele abordados, principalmente no que diz respeito às habilidades predominantes nos sujeitos. Sua teoria, conhecida como Inteligências Múltiplas, buscou analisar mais a fundo o conceito de inteligência. Para o autor, tal termo, portanto, é a habilidade para solucionar problemas, afirmando que todas as pessoas são inteligentes, tendo sempre alguns aspectos mais desenvolvidos do que outros.Segundo Gardner (1994), apesar de a quantidade de inteligências[ii] propostas ser um tanto subjetiva, são essas que irão expressar o que ele mesmo denomina de inteligências múltiplas. Afirma ainda que as habilidades predominantes nos indivíduos, ou seja, as inteligências preeminentes em uma pessoa, estão intimamente relacionadas à valorização cultural e social do grupo em que ela está inserida, bem como aos estímulos que recebem ao longo da vida.De acordo com seus estudos, crianças de mesma faixa etária poderiam estar em diferentes níveis de desenvolvimento, levando-se em consideração estímulos culturais e experiências capazes de potencializar uma ou outra inteligência. Como bem retrata Antunes (2002, p. 11), a inteligência “é o produto de uma operação cerebral e permite ao sujeito resolver problemas e, até mesmo, criar produtos que tenham valor específico dentro de uma cultura.” Esta inteligência, no entanto, não é algo isolado, uma vez que o indivíduo faz parte de uma dada sociedade, repleta de crenças, valores e ideologias com as quais está em contato direto, recebendo a todo instante inúmeras influências.Partindo dessa premissa é importante que a escola se renove a cada dia, promovendo desafios, estimulando os alunos a refletirem e a buscarem novos caminhos. Para isso, torna-se fundamental que situações significativas façam parte de seu repertório, valorizando as diferentes habilidades. Sendo assim, a própria utilização de jogos e atividades, em que prevaleçam a ludicidade, promovem a criação de um ambiente estimulante, onde os discentes se sentem mais à vontade para arriscar e desenvolver diferentes possibilidades a fim de encontrar a resolução de uma determinada questão. Ao experienciar distintas formas para se chegar ao objetivo final (solucionar um desafio), o sujeito se permite dialogar com diversos caminhos, avaliando o percurso, recriando planos de ação e aprimorando as próprias escolhas.Junto a isto viu-se, a partir dos estudos de John Flavell direcionados à psicologia cognitiva e ao desenvolvimento nas crianças (com forte influência da teoria piagetiana), a necessidade em compreender e aplicar a metacognição nas aulas ofertadas na Oficina, ou seja, possibilitando a tomada de consciência dos sujeitos  sobre a sua forma de aprender, de modo a estimular também uma regulação consciente. Consequentemente há, portanto, a capacidade em avaliar o uso de estratégias, fazendo as devidas correções quando necessário (autorregulação).As estratégias metacognitivas regulam tudo que está atrelado ao conhecimento. Sendo assim, antes mesmo de iniciar uma determinada atividade torna-se essencial que o sujeito planeje o que deverá ser realizado, o passo a passo, e quais caminhos serão traçados a fim de alcançar o objetivo. Em seguida, será preciso que ele monitore esse caminhar durante o desenrolar da atividade e, por fim, realize a avaliação dos resultados obtidos, comparando-os com os objetivos iniciais. O que é possível identificar nessa situação é o envolvimento do indivíduo com todo o processo de aprendizagem, uma vez que se faz necessária à sua participação no planejamento, no controle e na avaliação de tudo o que foi desenvolvido por ele mesmo. Em outras palavras, há, portanto, o conhecimento e a observação quanto aos próprios processos cognitivos, aprimorando as escolhas e modificando-as, quando necessário, para alcançar o êxito esperado.Ao se depararem com atividades lúdicas no dia a dia escolar, os sujeitos se sentem mais livres para atuarem utilizando suas habilidades mais notórias e, em contrapartida, têm a oportunidade de trabalhar e desenvolver outras competências. No decorrer da pesquisa realizada no Laboratório de Ludicidade, portanto, pensou-se em materiais/jogos que pudessem possibilitar um outro olhar deste aluno em relação aos conteúdos trabalhados e à troca de conhecimentos entre ele e seus colegas, com o auxílio e mediação das docentes.Segundo Vygotsky (1991), o lúdico é um elemento essencial no processo de aprendizagem. Ao usá-lo em sala de aula, foi possível a criação de novos caminhos que levassem à construção do conhecimento. Através da brincadeira, a criança descobre o mundo e se descobre, testando, aplicando e aprendendo novas possibilidades. Mas é preciso mostrar o uso da ludicidade como elemento que está além de uma simples brincadeira. Em outras palavras, é importante promover a conscientização de jogos/desafios como elementos facilitadores do aprendizado.Perante as ideias propostas acima e as trazidas pela insubordinação criativa, o Laboratório de Ludicidade tem promovido uma reflexão sobre o quanto seria importante que o lúdico e atividades voltadas para a pesquisa se fizessem constantes no espaço da sala de aula, de modo que a construção de conhecimento por parte dos alunos ocorra de forma mais prazerosa e dinâmica. Como ressaltam D’Ambrosio e Lopes (2014), para que surja algo novo é preciso que todo o processo de produção humana requeira atos de criatividade. E ainda acrescentam que: “A criatividade resulta da quebra de regras, da busca de alternativas para aquilo que já é aceito como norma e padrão.”[iii]As atividades oferecidas na Oficina, além de desenvolverem o trabalho colaborativo e a criatividade, promovem, por conseguinte, outra qualidade proposta sob a égide da insubordinação criativa: a autonomia.  Guia (2020) perpassou as ideias freirianas (2002) que sugerem que a autonomia se dá a partir do respeito, da democracia, da reflexão, da liberdade/autoridade, da ética, do diálogo, da pesquisa/conhecimento, e de outros elementos que destes se fundamentem. Além disto, conceitua o ser autônomo como sendo um sujeito ativo, reflexivo, capacitado para tomar decisões por si próprio, pois foi preparado para tal.É ressaltado ainda por D’Ambrosio (2001, p.57 apud D’Ambrosio e Lopes, 2014) que o reconhecimento do contexto em que se está inserido e o fato de estar atento ao que o outro relata são elementos fundamentais para a construção de conhecimentos. O autor atribui à comunicação um grande papel nesta relação de troca entre os sujeitos, possibilitando um espaço de escuta, em que a liberdade de se expressar seja efetiva e sem preconceitos. METODOLOGIA: A partir das leituras realizadas, tem-se buscado recursos que auxiliem de forma lúdica e dinâmica a aprendizagem, acreditando na importância de se construir um ambiente agradável e acolhedor, de modo que os alunos possam utilizar suas habilidades a fim de superar dificuldades e de estimular outras competências. Assim, é ofertada durante o ano letivo a “Oficina de Conscientização do Conhecimento” no Colégio Pedro II, Campus Engenho Novo I.As aulas na Oficina ocorrem no contraturno e estão voltadas para alunos de quarto e quinto ano, com enfoque naqueles que demonstram dificuldades na interpretação de enunciados, com baixa autoestima, heterônomos e inseguros, estando a grande maioria com notas abaixo do esperado pela instituição. Cabe ressaltar, no entanto, que as professoras envolvidas acreditam em uma prática que não está atrelada ao desempenho em testes padronizados. Pelo contrário, o intuito justamente é dar oportunidade para alunos que, apesar de não apresentarem um rendimento esperado, possam descobrir-se sujeitos atuantes. Para isso, os grupos da Oficina não ultrapassam 12 alunos e os encontros contam com a presença de duas professoras-pesquisadoras. Há, portanto, a necessidade de conseguir desenvolver um trabalho colaborativo, possibilitando uma prática de escuta e acolhimento, ouvindo todos os sujeitos envolvidos (professoras e alunos), em suas necessidades e angústias.No decorrer da pesquisa realizada no Laboratório de Ludicidade pensou-se em materiais/jogos que pudessem possibilitar um outro olhar deste aluno em relação aos conteúdos trabalhados e à troca de conhecimentos entre ele e seus colegas, com o auxílio e mediação das docentes. O principal questionamento se dava em como contribuir para que este processo fosse lúdico, prazeroso, significativo e que os levasse à construção efetiva do conhecimento e não à mera memorização ou valorização de uma ou outra inteligência.Todos os encontros na Oficina iniciam, portanto, com uma atividade de atenção e percepção, na tentativa de retomar inclusive aspectos trabalhados em aulas anteriores. Em seguida, os alunos se deparam com desafios; jogos; construção de materiais e regras; apresentação oral de materiais e de estratégias escolhidas para a resolução de uma problemática; construção coletiva de atividades, incentivando o olhar criterioso, investigativo e o debate.Nesse contexto, os alunos passam a ter a oportunidade de refletir acerca de seus questionamentos, permitindo que observem todas as etapas (metacognição) e repensem as estratégias escolhidas (autorregulação), na tentativa de solucionar um determinado “desafio”. Além disso, são estimulados a comparar suas estratégias com as inúmeras possibilidades utilizadas pelo grupo, bem como a reelaborá-las, quando necessário. Junto a isto trabalha-se também a noção de erro, fazendo com que percebam que este não pode ser encarado como algo negativo, mas como elemento a ser observado, discutido, repensado e superado. Há, portanto, a importância de se perceber os erros e dificuldades enfrentadas e utilizá-los como uma possibilidade de aprendizagem. RESULTADOS:Verificou-se até o momento, nestes dois anos em que a Oficina tem sido desenvolvida, que os alunos participantes obtiveram significativa mudança em seu comportamento perante o processo de ensino-aprendizagem, colocando em prática uma visão mais crítica, argumentativa e criteriosa quanto ao que observavam, mais atentos a cada detalhe exposto e mais confiantes e autônomos, acreditando mais em suas escolhas. Na Oficina, os alunos tiveram a oportunidade de trabalhar seus medos, de construírem estratégias, de refletirem a respeito de suas atuações durante a resolução de desafios, aprimorando o desempenho sempre que necessário. Cabe ressaltar que o mesmo foi observado no que diz respeito à melhora do rendimento escolar de tais alunos nas aulas regulares, à medida em que passaram a valorizar também suas habilidades.Ao utilizar/desenvolver atividades lúdicas, os sujeitos envolvidos se sentiram mais à vontade para apresentar suas ideias, ficando, inclusive, mais atentos quanto às estratégias apresentadas pelos demais participantes, numa troca de informação enriquecedora e constante. Outro ponto a ser ressaltado é que a criação dos jogos não pode partir somente das educadoras, sendo preciso para isso a participação ativa dos alunos. Esta mudança foi decisiva, possibilitando que os discentes pudessem analisar, escolher, debater e avaliar suas escolhas ao longo do desenvolvimento de um determinado recurso.O fato de participar ativamente da construção de materiais, e não se colocar apenas como mero receptor, obriga os sujeitos a colocarem em prática suas ideias e avaliar se são pertinentes. Quando essas ideias não são pertinentes, é preciso voltar, retomar, entender quais escolhas foram feitas e porque não deram certo. É desmistificando, portanto, o erro como algo negativo que se possibilita ao aluno a percepção de se ver autor do próprio processo de construção do conhecimento. A partilha de ideias é constante e estimulada pelas professoras envolvidas, em um exercício permanente de reflexão e diálogo, não limitando-se em uma única possibilidade de caminho para a resolução das atividades (CLARETO e CAMMAROTA, 2015).Para a resolução de uma atividade ofertada na Oficina, o aluno precisa, portanto, planejar quais estratégias poderiam ser utilizadas; supervisionar ou regular o uso de tais estratégias a fim de alcançar o objetivo; e, por fim, avaliar os resultados obtidos. Enfim, os alunos percebem-se protagonistas de seu processo de aprendizagem. Desta forma, a metacognição coloca-se como uma possibilidade de o educador repensar sua postura em sala de aula a fim de promover a autonomia, o debate e a reflexão.Em relação à prática docente, pode-se dizer que a Oficina de Conscientização do Conhecimento está alicerçada na ideia de insubordinação criativa quando se propõe subverter regras impostas pelo sistema, que podem se caracterizar como obstáculos que impeçam a aprendizagem dos alunos. Como aborda Harkness (2009, apud D’AMBROSIO e LOPES, 2014), a sala de aula é encarada como um lugar para ouvir o outro (sem nenhum tipo de preconceito), no sentido de somente ouvir, sem amarras e ideias pré-concebidas. Como proposta de mudança de paradigma, se permite que o diálogo entre os sujeitos, sejam estes alunos ou professoras, permeie todo o processo de modo a acolher as mais distintas ideias, debruçar-se sobre cada uma delas e, consequentemente, refletir em conjunto quanto às possibilidades e estratégias apresentadas a fim de solucionar os desafios. CONCLUSÕES:Ao finalizar cada jogo ou atividade na Oficina havia uma exploração, uma discussão aprofundada sobre os objetivos, sobre o percurso que cada aluno trilhou para desenvolver a proposta, permitindo escuta atenta e possibilitando voz a todos os presentes. Os discentes puderam colocar em prática seus conhecimentos durante a construção de diversos materiais e, posteriormente, ao jogá-los. À medida em que iam jogando, muitas regras surgiam e outras eram refeitas. Através, portanto, da utilização de materiais desenvolvidos, as crianças puderam planejar, identificar dificuldades, construir e utilizar as regras criadas, bem como avaliar o produto final desenvolvido, sempre contando com um ambiente prazeroso, instigante e dinâmico.Até o momento o que se percebe é a importância de se pensar e promover práticas direcionadas ao surgimento de alunos-pesquisadores e que auxiliem na criação de um ambiente escolar acolhedor, de modo que as inquietudes e medos sejam vistos com mais naturalidade. Além disso, nota-se a necessidade em desenvolver um ambiente que possibilite o surgimento de diferentes potenciais, dando espaço para as emoções e criatividade.    

    A noite, a cegueira e o desenho em A paixão segundo G.H.

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    O romance A paixão segundo G.H., 1964, de Clarice Lispector, traz figurações da noite e da cegueira quando se engendra por uma escrita cifrada. O saber e a certeza estão destituídos do relato engendrado pela narradora G.H., que evoca constantemente palavras que contornam o campo da possibilidade. Este artigo também se debruça em Memórias de cego: o auto-retrato e outras ruínas, 1991, de Jacques Derrida. O ponto que os aproxima, além da linguagem, está na inscrição do desenho: Derrida traz desenhos que contornam a cegueira e Janair, mulher que trabalhara como empregada doméstica no apartamento de G.H., deixa um desenho traçado no mural do quarto de empregada. A partir dele, engendra-se o jogo entre o visível, a visibilidade e o invisível. Assim, o objetivo deste artigo é ler a linguagem sob a dimensão da cegueira em A paixão segundo G.H. a partir de Memórias de cego: o auto-retrato e outras ruínas

    A atuação do(a) psicólogo(a) diante da morte no hospital: uma práxis na pandemia

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    Death is something that confronts us with our human vulnerability, with our feelings about losses and our resources to deal with them. Considering death as something belonging to our reality, and the way it is inserted in hospitals, it is necessary to think about the possible forms of reception in these situations. The COVID-19 pandemic required an adaptation to care routines, bringing a new scenario with many restrictions. In this sense, the present work had as general objective to understand the meanings attributed by (a) hospital psychologist (a) regarding his performance in the face of death in the context of the covid-19 pandemic. The research had a qualitative and exploratory character, being used as a method the field research and a script of semi-structured interview as an instrument. The data were treated by Bardin content analysis. The results came from five categories of analysis related to the meanings related to action and practices in the face of death and dying developed during the pandemic period, highlighting their crossing in the lives of (the) professionals. It was concluded that the performance of the (a) psychologist (a) did not change in its structure, but that some clinical devices were added to it that can help in the elaboration of mourning in situations of social isolation. In addition, it is observed that the meanings of their performance in the pandemic, especially when it comes to death, are to have to deal with the unexpected and unpredictability, with the wisdom to work as a team and, finally, sustain the reception in terminality and death.A morte é algo que nos defronta com a nossa vulnerabilidade humana, com nossos sentimentos em relação às perdas e aos nossos recursos para lidar com elas. Considerando a morte como algo pertencente a nossa realidade, e a maneira com que ela é inserida nos hospitais, faz-se necessário pensar nas possíveis formas de acolhimento nessas situações. A pandemia da COVID-19 demandou uma adaptação às rotinas de cuidado, fazendo surgir um novo cenário com muitas restrições. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo geral compreender os significados atribuídos pelo(a) psicólogo(a) hospitalar referente à sua atuação diante da morte no contexto da pandemia da covid-19. A pesquisa teve caráter qualitativo e exploratório, sendo utilizado como método a pesquisa de campo e um roteiro de entrevista semi-estruturado como instrumento. Os dados foram tratados por meio da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados compareceram a partir de cinco categorias de análise relacionadas aos significados referentes à atuação e as práticas diante da morte e do morrer desenvolvidas durante o período pandêmico, ressaltando seu atravessamento na vida dos(as) profissionais. Concluiu-se que a atuação do(a) psicólogo(a) não mudou em sua estrutura, mas que foram acrescentadas à ela alguns dispositivos clínicos que podem auxiliar na elaboração do luto em situações de isolamento social. Além disso, observa-se que os significados de sua atuação na pandemia, especialmente quando se trata da morte, passam por ter que lidar com o inesperado e a imprevisibilidade, com a sabedoria para se trabalhar em equipe e, por fim, sustentar o acolhimento na terminalidade e morte

    A Geometria plana no 1º ano do ensino médio: utilização da maquete da quadra poliesportiva da EEMLP de Nelson de Sena

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    O presente trabalho propôs a construção da maquete da quadra poliesportiva da escola estadual “Major Lermino Pimenta”, localizada no distrito de Nelson de Sena, no município de São João Evangelista, Minas Gerais. Foram realizadas aulas teóricas e práticas, tendo por base a utilização de uma sequência didática, no viés da resolução de problemas. Trabalhou-se com estudantes do 1º ano do ensino médio da instituição citada, com o objetivo de consolidar seus conhecimentos a respeito da geometria plana presente no cotidiano. O trabalho foi realizado no mês de novembro de 2014, sendo utilizadas dez aulas. Para sua finalização, foi solicitado que os estudantes fizessem um relatório descrevendo a sua experiência: se houve ou não contribuição na compreensão de conceitos geométricos. Percebeu-se que esse material concreto e a metodologia empregada para sua construção não foi um fim, mas um meio, o qual contribuiu para uma aprendizagem significativa de geometria plana
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