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    Da motivação para a Filosofia e para a Educação: em busca de um Homem mais Humano

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    Giot Pierre-Roland. Premiers résultats des fouilles à l'Ile Lavret en Bréhat (Côtes-du-Nord). In: Bulletin de la Société Nationale des Antiquaires de France, 1982, 1984. pp. 132-133

    Methodological approaches and techniques for designing ontologies in information systems requirements engineering

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    Programa doutoral em Information Systems and TechnologyThe way we interact with the world around us is changing as new challenges arise, embracing innovative business models, rethinking the organization and processes to maximize results, and evolving change management. Currently, and considering the projects executed, the methodologies used do not fully respond to the companies' needs. On the one hand, organizations are not familiar with the languages used in Information Systems, and on the other hand, they are often unable to validate requirements or business models. These are some of the difficulties encountered that lead us to think about formulating a new approach. Thus, the state of the art presented in this paper includes a study of the models involved in the software development process, where traditional methods and the rivalry of agile methods are present. In addition, a survey is made about Ontologies and what methods exist to conceive, transform, and represent them. Thus, after analyzing some of the various possibilities currently available, we began the process of evolving a method and developing an approach that would allow us to design ontologies. The method we evolved and adapted will allow us to derive terminologies from a specific domain, aggregating them in order to facilitate the construction of a catalog of terminologies. Next, the definition of an approach to designing ontologies will allow the construction of a domain-specific ontology. This approach allows in the first instance to integrate and store the data from different information systems of a given organization. In a second instance, the rules for mapping and building the ontology database are defined. Finally, a technological architecture is also proposed that will allow the mapping of an ontology through the construction of complex networks, allowing mapping and relating terminologies. This doctoral work encompasses numerous Research & Development (R&D) projects belonging to different domains such as Software Industry, Textile Industry, Robotic Industry and Smart Cities. Finally, a critical and descriptive analysis of the work done is performed, and we also point out perspectives for possible future work.A forma como interagimos com o mundo à nossa volta está a mudar à medida que novos desafios surgem, abraçando modelos empresariais inovadores, repensando a organização e os processos para maximizar os resultados, e evoluindo a gestão da mudança. Atualmente, e considerando os projetos executados, as metodologias utilizadas não respondem na totalidade às necessidades das empresas. Por um lado, as organizações não estão familiarizadas com as linguagens utilizadas nos Sistemas de Informação, por outro lado, são muitas vezes incapazes de validar requisitos ou modelos de negócio. Estas são algumas das dificuldades encontradas que nos levam a pensar na formulação de uma nova abordagem. Assim, o estado da arte apresentado neste documento inclui um estudo dos modelos envolvidos no processo de desenvolvimento de software, onde os métodos tradicionais e a rivalidade de métodos ágeis estão presentes. Além disso, é efetuado um levantamento sobre Ontologias e quais os métodos existentes para as conceber, transformar e representar. Assim, e após analisarmos algumas das várias possibilidades atualmente disponíveis, iniciou-se o processo de evolução de um método e desenvolvimento de uma abordagem que nos permitisse conceber ontologias. O método que evoluímos e adaptamos permitirá derivar terminologias de um domínio específico, agregando-as de forma a facilitar a construção de um catálogo de terminologias. Em seguida, a definição de uma abordagem para conceber ontologias permitirá a construção de uma ontologia de um domínio específico. Esta abordagem permite em primeira instância, integrar e armazenar os dados de diferentes sistemas de informação de uma determinada organização. Num segundo momento, são definidas as regras para o mapeamento e construção da base de dados ontológica. Finalmente, é também proposta uma arquitetura tecnológica que permitirá efetuar o mapeamento de uma ontologia através da construção de redes complexas, permitindo mapear e relacionar terminologias. Este trabalho de doutoramento engloba inúmeros projetos de Investigação & Desenvolvimento (I&D) pertencentes a diferentes domínios como por exemplo Indústria de Software, Indústria Têxtil, Indústria Robótica e Smart Cities. Finalmente, é realizada uma análise critica e descritiva do trabalho realizado, sendo que apontamos ainda perspetivas de possíveis trabalhos futuros

    Innovation, creativity and new product development: a human central design case study

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    Innovation as been changing through the years and companies are continuously seeking for enhanced processes to achieve competitive advantage. Innovation is now seen as an open and collaborative process with the entering of different players in the ecosystem. Universities are relevant candidates to change innovation landscape and contribute to the reality of a learning economy. The present work explores a university-industry collaboration based on a case study of an innovation project under the ME310 program. Porto Design Factory (P.Porto) and IKEA Industry joined forces to tackle a problem using the Human-Centred Design (HCD) approach. The case study methodology provides an understanding the outcomes that revealed the potential of the HCD to solve a technical problem while enhancing the customer experience. Also, it’s possible to recognize the benefits that each institution had by collaborating. Research, prototypes and comprehensive documentation with all the knowledge generated through the process, were some of the results that contributed to the company’s innovation effort. PDF also benefited by providing differentiating learning conditions and employment opportunities to its students. The outcomes show that companies do benefit from building interfaces with external partners and that universities are relevant players in the innovation ecosystem satisfying its third mission. Further investigation may look for the level of implementation of the concepts coming from this kind of partnerships as well as it impacts in company’s culture and work process in the long term

    Utilization of agroindustrial materials as alternative carbon sources for the biodesulfurization of fossil fuels by Gordonia alkanivorans strain 1B

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    Tese de mestrado. Biologia (Microbiologia Aplicada). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2012Devido à progressiva industrialização e desenvolvimento global tem-se assistido a um aumento das necessidades energéticas do mundo. Com o crescimento das novas potências económicas as previsões apontam para que esta tendência se acentue, aumentando até 51 % entre 2010 e 2035. A combustão de petróleo e dos seus derivados é a principal fonte de energia a nível mundial, representando 34% do total, por isso não é de admirar que no mesmo período as previsões apontem para que também se verifique um aumento tanto no consumo (~20%) como na produção do petróleo (~7%) (OPEC, 2011). No entanto, é um facto conhecido que o petróleo, como os restantes combustíveis fósseis, é uma fonte de energia não renovável, e ao ritmo a que está a ser consumido as suas reservas deverão durar pouco mais de 80 anos (OPEC, 2011). Visto que num futuro próximo os biocombustíveis não parecem vir a ser um substituto válido para os combustíveis fósseis (Achten et al., 2008, Stephen et al., 2010), as empresas petrolíferas estão obrigadas a procurar alternativas, nomeadamente através da utilização de crudes mais pesados. Estes crudes, que anteriormente eram descartados, são caracterizados por uma maior viscosidade e concentração de compostos indesejados, como metais pesados ou compostos de enxofre. Uma vez que as reservas em crudes pesados representam mais do dobro relativamente às reservas convencionais (Javadli and Klerk, 2012), as empresas petrolíferas vêm-nos como uma possível opção a médio-longo prazo para a indústria petrolífera. Durante a combustão do petróleo e dos seus derivados libertam-se para a atmosfera uma grande variedade de substâncias poluentes, entre as quais se destacam os compostos de enxofre, como óxidos de enxofre, por exemplo o SO2, e metal-sulfatos sob a forma de partículas de pequenas dimensões. Estes compostos são responsáveis por muitos problemas: o SO2 quando em elevadas concentrações provoca irritação bronquial e desencadeia ataques de asma. Alem disso, a exposição prolongada às partículas de enxofre representa um factor de risco importante associado à mortalidade por doenças cardiopulmonares ou por cancro do pulmão (Pope et al., 2002; Mohebali et al., 2008). Por outro lado a oxidação dos compostos de enxofre na atmosfera leva à formação de um aerossol de ácido sulfúrico, que contribui para a formação de chuvas ácidas (Bender and Weigel, 2011) e para o alargamento do buraco na camada de ozono (Denis, 2010). Assim, e uma vez que, no seu conjunto, a gasolina, o gasóleo e outros combustíveis representam 75 a 80 % dos produtos das refinarias (Babich and Moulijn, 2003), o mundo tem visto na regulação dos seus teores de enxofre uma maneira eficaz de controlar as suas emissões e limitar os seus efeitos adversos (Mohebali and Ball, 2008). Em vários países tem-se assistido ao surgimento de limites legais cada vez mais restritos, reduzindo as concentrações de enxofre nos combustíveis. Nos Estados Unidos da América, por exemplo, verificou-se a redução do limite máximo de 3400 ppm em 2003 para 30 ppm em 2010 para todos os combustíveis refinados, com limites mais apertados para a gasolina e o gasóleo. Na União Europeia, desde 2009, também se tem verificado uma restrição na legislação, com o estabelecimento de um limite máximo de 10 ppm de enxofre para a gasolina e o gasóleo (OPEC, 2011). Para responder a este problema e remover de forma eficaz o enxofre contido no petróleo, nas últimas décadas têm sido desenvolvidas várias técnicas. Entre elas, aquela que é mais conhecida e amplamente usada pela indústria petrolífera é a hidrodessulfurização (HDS). Este é um processo catalítico que, resumidamente, se caracteriza por conjugar pressões e temperaturas elevadas (entre 150 a 3000 psi e 290 e 455 ºC respectivamente), na presença de catalisadores metálicos, para fazer reagir hidrogénio gasoso com o enxofre contido no petróleo e assim formar gás sulfídrico (H2S) que é facilmente removido (Nikkolaj et al., 2000; Whitehurst et al., 1998; Shafi and Hutchings, 2000; Javadli and Klerk, 2012). Esta técnica apresenta no entanto uma grande limitação: não é eficaz na remoção do enxofre presente nos compostos aromáticos mais complexos, como os derivados do dibenzotiofeno (DBT), muito abundantes nos crudes mais pesados. Estes compostos apresentam uma estrutura molecular que protege o átomo de enxofre e dificulta a reacção com o hidrogénio, tornando-se numa grande barreira à obtenção de combustíveis com os níveis de enxofre exigidos por lei a partir dos crudes pesados (Grossman et al., 2001; Javadli and Klerk, 2012; Chen et al., 2009; Monticello, 2000; Onaka et al., 2001). Para dessulfurizar esses compostos, a indústria recorre ao agravamento das condições usadas anteriormente (HDS profunda), aplicando o tratamento por mais tempo, a pressões e temperaturas superiores (Reichmuth et al., 2000), com novos e mais complexos catalisadores (Klein et al., 1999; Dolbear and Skov, 2000; Abotsi and Scaroni, 1989). No entanto, com o intensificar de condições, surgiram vários problemas, como o aumento dos custos da dessulfurização (Grossman et al., 2001, McFarland, 1999), o aumento da poluição (Singh et al., 2012) e ainda, em casos mais extremos, uma redução da qualidade do combustível, que devido às condições demasiado restringentes sofre uma redução no número de octanas (Reichmuth et al., 2000; Javadli and Klerk, 2012; Dolbear and Skov, 2000). Estes problemas levaram a que surgisse a necessidade de desenvolver técnicas alternativas ou complementares para remoção do enxofre. Uma delas é a biodessulfurização (BDS), que se caracteriza por permitir, através da utilização de microrganismos, alcançar a dessulfurização dos compostos mais recalcitrantes à HDS, sem a necessidade de pressões ou temperaturas elevadas, nem de hidrogénio ou catalisadores metálicos (Reichmuth et al., 2000, Mohebali and Ball, 2008; Caro et al., 2007). Isto torna todo o processo mais fácil, com menor impacto ambiental e mais barato, com alguns estudos a indicar uma redução do capital inicial para metade e uma diminuição de 15 % dos custos operacionais (Pacheco et al., 1999; Linguist and Pacheco 1999; Kaufman et al., 1998). Nos estudos de BDS o composto mais usado é o DBT (Bressler and Fedorak, 2001) por ser abundante nos crudes, ser difícil de dessulfurizar pelos métodos normais (Borgne and Quintero, 2003) e por ser relativamente fácil de manipular (Kropp and Fedorak, 1998; Alves, 2007). A biodessulfurização pode ocorrer através de vias anaeróbicas ou aeróbicas. No entanto, a que apresenta maior potencial é uma via aeróbica designada 4S. Esta via caracteriza-se por promover a remoção do enxofre do DBT através de uma série de processos oxidativos, convertendo-o em 2-hidroxibifenil (2-HBP) (Nomura et al., 2005) sem que haja destruição do esqueleto de carbono, o que se traduz na manutenção da maior parte do potencial energético do combustível (Wang and Krawiec, 1996). No entanto este processo apresenta algumas limitações que têm impedido a sua aplicação industrial. Uma delas é, por exemplo, a inibição da BDS do DBT na presença de sulfatos ou outras fontes de enxofre de acesso fácil. Alguns estudos demonstraram que bastam pequenas concentrações de sulfatos para se inibir completamente a dessulfurização (Kim et al., 2004; Mohebali et al., 2008). E isto obriga a que se usem meios com concentrações nulas ou residuais de sulfatos quando se cultivam os microrganismos. Outro problema é o custo do processo, que apesar de ser mais barato do que a HDS profunda, não deixa de ser um processo algo dispendioso, recaindo uma grande parte dos custos (entre 30 a 40 % do total) sobre o meio de cultura (Ma et al., 2006). Assim para tornar este processo mais atractivo é necessário procurar alternativas mais baratas, como por exemplo o uso de fontes de carbono resultantes de resíduos agro-industriais, desperdícios ou plantas de cultivo fácil (Alves et al., 2008) Nessa categoria, há muitos produtos com capacidades para serem usados como fontes de carbono alternativas, como por exemplo a polpa de alfarroba (Ceratonia siliqua L.), que é um resíduo resultante do processamento das sementes de alfarrobeira, aquando da extracção da goma. Esta polpa caracteriza-se por ser extremamente rica em açúcares como sacarose, glucose e frutose (50 % (g/v)), sendo facilmente utilizada para produzir xaropes ricos em açúcar (Manso et al., 2010) já testados com sucesso no crescimento microbiano (Carvalheiro et al., 2011; Mendes et al., 2007; Sanchez-Segado et al., 2012). Outro possível exemplo de uma fonte alternativa são os frutos do medronheiro (Arbutus unedo), os medronhos. Os medronheiros são arbustos bastante abundantes em Portugal, mas cujo aproveitamento é ainda algo limitado, havendo muito desperdício. Os seus frutos caracterizam-se por apresentarem elevadas concentrações de açúcares (42 a 50% g/v), com 60 % frutose e 40 % glucose (Ayaz et al., 2000; Alarcão-E-Silva et al., 2001) e, quando maduros, são facilmente macerados, permitindo fazer sumos altamente ricos em açúcar com provas dadas como fontes de carbono para o crescimento microbiano (Santo et al., 2012). Uma outra possível fonte de carbono são os tubérculos de tupinambo (Helianthus tuberosus). Esta planta, cultivada em todo o mundo, caracteriza-se por ter teores elevados de açúcares, sob a forma de inulina. A inulina é um polissacárido formado por uma cadeia de frutose com ligações β (2 →1) em que, uma molécula de glucose está ligada a cada extremidade através de uma ligação α (1 → 2). Esta planta é resistente à seca, ao gelo, a parasitas, a doenças, aos solos salinos e não necessita de grandes quantidades de fertilizantes (Zhao, 2011), sendo por isso muitas vezes utilizada na recuperação de solos em áreas desertificadas (Cheng, 2009). Estas características fazem do tupinambo uma fonte de carbono atractiva tendo também já sido testado com sucesso no crescimento microbiano (Gencheva et al., 2012, Cheng et al., 2009, Liang et al., 2012). O uso destas fontes alternativas para a BDS tem no entanto um inconveniente, que se prende com o facto de estas apresentarem concentrações consideráveis de sulfatos (Frazer, 1935; Werther et al., 2000). Portanto, para impedir que ocorra inibição da dessulfurização, torna-se importante removê-los. Um dos métodos mais comuns de remoção de sulfatos baseia-se na utilização de bário sobe a forma de BaCl2 para precipitar os sulfatos (Jegadeesan et al., 2005). Quando em solução, o cloreto de bário dissocia-se, permitindo que o bário se ligue aos sulfatos formando BaSO4. Este apresenta uma baixa solubilidade (0.00285 g/L a 30 °C) e portanto precipita sendo facilmente removido (Guo et al., 2009). Dentro dos microrganismos conhecidos pelo seu potencial para a biodessulfurização pode destacar-se o género Gordonia (Kim et al., 1999, 2000; Mohebali et al., 2007a). Este apresenta já várias espécies descritas como capazes de dessulfurizar o DBT pela via 4S, como por exemplo Gordonia sp. estirpe CYKS1 (Rhee et al., 1998), Gordonia desulfuricans, Gordonia nitida e Gordonia alkanivorans (Shavandi et al., 2009, 2010; Mohebali et al., 2007a, 2007b, 2008; Alves et al., 2004). O género Gordonia (Goodfellow and Alderson, 1977) enquadra-se na ordem dos Actinomycetales, subordem Corynebacterineae e caracteriza-se por englobar microrganismos aeróbicos, com presença de catalase, gram-variáveis a gram-positivos, não formadores de esporos. De acordo com o NCBI, até Agosto de 2012 estavam descritas 32 espécies de Gordonia. Estas foram isoladas dos mais variados tipos de ambientes: da rizosfera do solo, de poços de petróleo, de solos contaminados com hidrocarbonetos, de bio-reactores de tratamento de águas residuais ou até de cadáveres. Apesar de algumas espécies de Gordonia serem patogénicos oportunistas como G. bronchialis (Sng et al., 2004) e G. araii (Jannat-Khah et al., 2009), na sua maioria o género é conhecido pelas suas características de bio-remedição e biodegradação dos mais variados compostos (Arenskötter et al., 2004), bem como pela produção de biosurfactantes, carotenóides e “Gordonano” um polissacárido que induz agregação celular (De los Reyes et al., 1998a, 1998b, De Miguel et al., 2001, Kondo et al., 2000). Este trabalho centra-se na bactéria Gordonia alkanivorans estirpe 1B, que foi isolada a partir de amostras de solo recolhidas dos terrenos contaminados de hidrocarbonetos na área da EXPO-98 (Lisboa, Portugal) (Alves et al., 2004). Quando cultivada em meio mínimo sem sulfatos, com glucose como única fonte de carbono, esta estirpe foi capaz de dessulfurizar o DBT, reduzindo-o de 478 para 168 μM em 120 h, o que corresponde a uma taxa especifica de dessulfurização de 1.03 μmol de DBT/ (g peso seco/h) (Alves et al., 2004). Uma fonte de carbono alternativa rica em glucose foi também testada anteriormente com sucesso. Usando hidrolisados de lamas de papel reciclado como única fonte de carbono obtiveram-se valores de dessulfurização e crescimento superiores aos observados em glucose, com o consumo de 250 μM de DBT em 96 h correspondendo a uma produtividade especifica de 2-HBP de 1.1 μmol/ (g (peso seco) /h) e um μmax de 0.035 h-1, claramente superior ao obtido com glucose (0.019 h-1) (Alves et al., 2008). Mais recentemente esta estirpe foi descrita como sendo frutofílica (Alves and Paixão, 2011) o que significa que consome preferencialmente frutose e não a glucose, crescendo e dessulfurizando mais depressa quando a frutose é a única fonte de carbono. Assim, este trabalho tenta tirar proveito dessa característica metabólica para explorar novas fontes de carbono alternativas ricas em frutose e determinar qual a melhor para a biodessulfurização realizada pela estirpe G. alkanivorans 1B. Uma vez que os dados relativos à frutofilia são escassos, foi necessário fazer uma comparação entre os rendimentos em biomassa relativo ao crescimento com glucose e aqueles obtidos com frutose. Assim foram realizados crescimentos da estirpe G. alkanivorans 1B, em frasco agitado, com 25 g/l de glucose ou frutose, com 400 μM de DBT. Usando a glucose como fonte de carbono, a estirpe 1B alcançou a fase estacionária ao fim de 287 h com uma taxa específica máxima de crescimento (μmax) de 0.030 h-1. Com frutose o crescimento bacteriano atingiu o valor máximo entre as 117 e 161 h e uma μmax de 0.070 h-1. Para avaliar a capacidade de biodessulfurização, foi analisada a produção de 2-HBP. Durante o crescimento em glucose a estirpe 1B produziu 306 μM de 2-HBP em 312 h com o consumo total do DBT. Assim, em média foram produzidos 12 μmol de 2-HBP por cada grama de açúcar consumido e a taxa específica máxima de produção de 2-HBP (q2-HBP) foi de 1.19 μmol g-1 (peso seco) h-1. No crescimento em frutose a concentração máxima de 2-HBP (393 μM) foi atingida em 89 h sem o consumo completo da fonte de carbono (sobrando 2 g/l de frutose) e com o desaparecimento completo do DBT. Isto traduz-se numa q2-HBP de 6.565 μmol g-1 (peso seco) h-1 com a produção de 17 μmol de 2-HBP por cada grama de frutose consumida. Estes resultados confirmam os resultados obtidos por Alves & Paixão (2011), ou seja, confirmam que esta estirpe é frutofílica. Nas condições testadas, verificámos um aumento da taxa de crescimento quando a estirpe 1B foi cultivada com frutose como fonte de carbono, obteve-se um aumento na taxa de produção de 2-HBP por grama de açúcar e houve um aumento na taxa específica máxima de dessulfurização que atingiu um valor 5.5 vezes superior ao obtido em glucose. No estudo de potenciais fontes de carbono alternativas, foram seleccionados produtos com concentrações elevadas de frutose, como a polpa de alfarroba (40 % frutose), os medronhos (60 %) e os tubérculos de tupinambo (80%). Partindo destas fontes foram elaborados sumos e xaropes ricos em açúcares, que foram posteriormente optimizados para a biodessulfurização através de uma hidrólise ácida e da remoção dos sulfatos neles contidos. Comparando os teores de açúcar entre as fontes não tratadas, verificou-se que o xarope de alfarroba apresentou a concentração de açúcares totais mais elevada (339g/l), mas também a menor percentagem de frutose (19%), sendo que aproximadamente 51 % dos seus açúcares se encontravam sob a forma de sacarose (constituída por 50 % de frutose) O sumo de medronho apresentou 173 g/l de açúcares, dos quais 67% eram frutose, e o sumo de tupinambo foi o que apresentou menor conteúdo em açúcares totais (~22g/l) dos quais ~52 % são frutose (não estando contabilizadas as mais de 120 g/l de inulina presentes no sumo). Analisando o teor de sulfatos do xarope e dos sumos não tratados verificou-se que, como esperado, todos apresentavam quantidades detectáveis: o xarope de alfarroba ~49 mg/l, o sumo de medronho ~41 mg/l e o sumo de tupinambo apresentou os valores mais elevados, ~451 mg/l. Assim, antes de prosseguir com o estudo destas fontes de carbono alternativas foi fundamental testar o efeito inibitório dos sulfatos na dessulfurização do DBT pela estirpe 1B. Usando 10 g/l de frutose como fonte de carbono e concentrações progressivamente mais elevadas de sulfatos, determinou-se o efeito inibitório na dessulfurização avaliando a produção de 2-HBP. Analisando os resultados verificou-se que, nestas condições, até concentrações reduzidas de sulfatos (6 mg/l) provocam algum efeito inibitório (22,4 %) e que 60 mg/l são suficientes para provocar a inibição completa. Por fim o IC50 às 72 h para a inibição da dessulfurização pelos sulfatos foi estimado em 13,6 0,6 mg/l, um valor diferente do determinado por Mohebali e colaboradores (2008), que observaram inibição total da biodessulfurização de uma estirpe de Gordonia alkanivorans com 14,4 mg/l de sulfato; no entanto esta observação foi feita em condições diferentes e com uma estirpe diferente de G. alkanivorans. Estes resultados reafirmam que, para termos uma dessulfurização eficaz, são necessárias concentrações baixas de sulfatos e, tendo em conta os valores registados nas fontes de carbono alternativas, surge a necessidade de reduzir as concentrações nelas presentes. Para tal foram realizados testes preliminares para a remoção dos sulfatos com o cloreto de bário. Estes revelaram ser necessária uma temperatura de pelo menos 30 ºC para que a precipitação ocorra de forma eficaz. Partindo desses resultados procedeu-se à optimização dos tratamentos através de um planeamento experimental seguindo uma distribuição de dois factores, fazendo variar a concentração de BaCl2, o tempo de exposição ao BaCl2 ou o pH a que ocorre a reacção, para o xarope de alfarroba e para o sumo de tupinambo. As condições óptimas para a remoção de sulfatos da alfarroba foram 0,4 % (w/v) BaCl2 durante 36 h a 30 ºC (Silva et al., in press), e do tupinambo foram 0,5% (w/v) BaCl2 durante 36 h a 30 ºC e pH 8,73. Quando se utiliza o xarope de alfarroba como fonte de carbono no crescimento com G. alkanivorans estirpe 1B, com 25 g/l de açúcares totais, há um efeito inibitório do crescimento celular. Independentemente dos tratamentos a que foi sujeito, sempre que a estirpe foi cultivada com este xarope, houve uma paragem prematura do crescimento antes que se desse o consumo completo quer da fonte de carbono quer da fonte de enxofre (DBT). O xarope de alfarroba não tratado e não hidrolisado permitiu ainda assim alcançar uma μmax de 0.1099 h-1. No entanto, devido aos sulfatos e outras fontes de enxofre presentes no meio, a produção de 2-HBP foi de apenas 50 μM em 93 h com uma q2-HBP de 0,43 μmol g-1 (peso seco) h-1. Nas condições óptimas para dessulfurização os resultados foram melhores e apesar de ter havido uma redução na μmax para 0.0595 h-1 a produção de 2-HBP alcançou os 117 μM em 70 h, com uma q2-HBP de 1,56 μmol g-1 (peso seco) h-1, resultando na produção de 8 μmol de 2-HBP por grama de açúcar consumido. Comparando os resultados que se obtiveram utilizando os diferentes xaropes, verifica-se que os tratamentos tiveram um efeito positivo, levando a um aumento da biodessulfurização, ainda que o efeito inibitório se mantivesse. O sumo de medronho revelou-se impossível de dessulfurizar pelo método de precipitação dos sulfatos por adição de cloreto de bário. Quando se adiciona BaCl2 ao sumo, este reage, aumentando gradualmente a sua viscosidade, até que, em poucas horas, acaba por se converter numa geleia bastante sólida, o que o torna inútil como fonte de carbono para este género de ensaios. Por outro lado, mesmo sem ser tratado, este sumo mostrou ter outro inconveniente, no decorrer do crescimento, se for usado com uma concentração de 25 g/l de açúcares totais, este sumo leva a que ocorra uma queda abrupta do pH do meio, de valores superiores a 6 para valores de aproximadamente 3. Isto vai provocar um choque ácido e a morte da cultura microbiana antes do consumo total da fonte de carbono. Assim para ultrapassar este problema, foi necessário reduzir a concentração de sumo de medronho para 10g/l de açúcares totais, mantendo os 400 μM de DBT. Isto permitiu que o crescimento decorresse de forma normal com o consumo total da fonte de carbono, apresentando uma μmax de 0.0469 h-1 e uma produção de 146 μM 2-HBP em 94 h com uma q2-HBP de 5 μmol g-1 (peso seco) h-1 e uma produção média de 15 μmol de 2-HBP por grama de açúcar. De entre as fontes de carbono alternativas testadas, aquela em que os resultados mais beneficiaram com a optimização dos tratamentos foi o sumo de tupinambo. Quando este foi usado como fonte de carbono, na sua forma não tratada e não hidrolisada, com uma concentração equivalente a 25 g/l de açúcares redutores, permitiu que a estirpe G. alkanivorans 1B crescesse até uma densidade óptica de 4,72 (a 600 nm), com uma μmax de 0,0546 h-1 sem que ocorresse qualquer produção de 2-HBP. Uma hidrólise ácida deste sumo permitiu converter a i

    Safety driven regulatory actions from 2010 to 2015: a comparative study between EU and US

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    Tese de mestrado, Regulação e Avaliação do Medicamento e Produtos de Saúde, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia, 2018O incompleto perfil de segurança dos novos medicamentos e o insuficiente conhecimento da relação benefício-risco no momento uma autorização de introdução no mercado (AIM) é concedida são premisas estabelecidas em farmacovigilânica. Na verdade, elas mesmas justificam a contínua monitorização do perfil de segurança dos medicamentos com AIM aprovada e identificação de riscos associados à sua utilização – actividades essenciais à manutenção da própria AIM. Ora, a deteção e avaliação de reacções adversas aos medicamentos, seguida do estabelecimento de medidas de prevenção e minimização de risco, não só fazem parte da missão da farmacovigilância, como também integram os objectivos e responsabilidades das agências reguladoras e da indústria farmacêutica. Algumas publicações científicas procuraram, ao longo dos anos, versar sobre estas mesmas medidas de prevenção e minimização de risco, mediante o estudo do conjunto de acções regulamentares face a questões de segurança. Na sua maioria, a análise foi efectuada em contextos singulares, como o caso de produtos biológicos, medicamentos órfãos, medicamentos com AIM concedida em circunstâncias excecionais, ou considerando as acções regulamentares no contexto de um determinado país ou pequeno grupo de países, como é o caso de exemplos publicados no Reino Unido, Espanha, Estados Unidos da América e Holanda. Os resultados obtidos sugerem que tais acções regulamentares foram desencadeadas pelas autoridades reguladoras em cerca de 9 a 25% dos medicamentos com AIM aprovada em análise. Dois outros estudos denotam que, entre 1975 e 1999, pelo menos uma acção regulamentar foi tomada em função de problemas de segurança para 10% dos medicamentos com AIM aprovada nos Estados Unidos da América. Mais recentemente, um conjunto de productos biológicos foi associado a uma probabilidade de 14% de necessitar de uma primeira acção regulamentar derivada de questões de segurança nos primeiros 3 anos após a aprovação da AIM. Sendo que, para a mesma classe de medicamentos, os produtos biológicos com a primeira aprovação de AIM possuiam um risco acrescido de requerer tais acções de segurança. No entanto, e apesar das várias agências reguladoras dos medicamentos e productos de saúde possuírem, objectivos e responsabilidades semelhantes no que tangue à necessidade de garantir a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos nos mercados em que actuam, nem sempre partilham da mesma interpretação e tomada de decisão face a um determinado conjunto de informações de segurança e eficácia para um mesmo medicamento. As diferenças nos enquadramentos regulamentares, nas estruturas organizacionais e no modo de funcionamento das agências dos Estados Unidos da América (FDA) e da União Europeia (EMA) encontram-se descritas em detalhe na literatura publicada, tendo sido extensamente analizadas e comparadas. Ao longo das últimas decadas, estas desemelhanças têm conduzindo a avaliações e recommendações divergentes. No âmbito da aprovação de medicamentos e produtos de saúde, a literatura analisada denota que, entre 1995 e 2008, 20% dos medicamentos oncológicos em estudo possuiam uma AIM aprovada pela FDA ou pela EMA, mas não por ambas. De igual modo, o conteúdo do resumo das caracteristicas possuía importantes diferenças em 28% do conjunto de medicamentos com AIM aprovada nos dois territórios. Finalmente, existem vários exemplos de decisões distintas no que se refere a acções regulamentares derivadas de questões de segurança num contexto pós-AIM, alguns dos quais particulamente mediáticos, como é o caso da rosiglitazona. Por outro lado, importantes desenvolvimentos regulamentares tiveram lugar no contexto da farmacovigilância, quer no território dos Estados Unidos da América, em 2007, quer na União Europeia, em 2012. Estas alterações legislativas pretendiam, entre outros objectivos, dotar as referidas agências de mais recursos e de um maior poder de decisão, implementando, ao mesmo tempo, um conjunto mais rigoroso de requerimentos e obrigações para a indústria farmacêutica/para os detentores de AIM. Perante este cenário de alterações legislativas e na ausência de uma recente análise das acções regulamentares derivadas de questões de segurança para um conjunto mais abrangente de medicamentos, este estudo foi proposto. A elaboração desta tese possui como objectivo o estudo, análise e discussão das acções regulamentares derivadas de questões de segurança entre 2010 e 2015, nos Estados Unidos da América e na União Europeia. Paralelamente, propõe-se a considerar a frequência, o timing após a AIM ter sido concedida e a natureza destas mesmas acções regulamentares, bem como a analisar quais as áreas/classes terapêuticas com maior número de acções regulamentares derivadas de questões de segurança. As actividades regulamentares da EMA e da FDA, bem como as decisões em estudo, serão comparadas e analisadas, visando reflectir-se sobre a aparente reduzida harmonização na avaliação de medicamentos e produtos de saúde entre estas duas autoridades. Por fim, de modo a ilustrar as diferenças descritas, é apresentado um caso de estudo de um medicamento associado a uma recente discussão de segurança, e do conjunto de acções regulamentares tomadas em ambos os territórios. Um estudo/descrição abrangente da história, estrutura organizacional, processos e missão das autoridades reguladoras em questão foi efectuado. As diferenças substânciais entre a FDA e a EMA no que se refere às atividades de farmacovigilância e acções regulamentares em função de questões de segurança foram igualmente analisadas. Simultaneamente, procurou-se estabelecer pontos de convergência no que respeita às responsabilidades e objectivos propostos, e ilustrar as múltiplas iniciativas de importante colaboração entre as agências destas duas regiões. Para a análise das acções regulamentares foram consideradas (i) as comunicações dirigidas aos profissionais de saúde (Direct Heathcare Professional Communication - DHPC) publicadas em Portugal, no Reino Unido e as Dear Health Care Professional (DHCP) Letter nos Estados Unidos da América e (ii) as revogações de AIM em medicamentos comercializados na União Europeia em associação aos medicamentos retirados do mercado nos Estados Unidos da América por questões de segurança. Os resultados obtidos indicam um maior recurso às comunicações dirigidas aos profissionais de saúde nos países da União Europeia que nos Estados Unidos da América, no período entre 2010 e 2015. A disseminação dos riscos de segurança associados aos produtos comercializados nos Estados Unidos da América decorre, de acordo com dos dados disponíveis, através de outras ferramentas de informação comunicação de risco, actualmente disponíveis para a FDA. Dentro da globalidade dos dados analisadas, as pequenas moléculas apresentaram quer um maior número de comunicações de segurança, quer uma maior frequência de revogação/suspensão de AIM por razões de segurança. Por outro lado, os eventos adversos relacionados com os distúrbios cardíacos surgem como um dos principais impulsionadores das acções de segurança para as pequenas moléculas. Os dados obtidos demonstram ainda uma necessidade crescente de enfoque no que concerne a questões de segurança devido a erros de medicação. Resultados estes suportados pelas conclusões presentes na literatura actualmente publicada. De igual modo, as notificações espontâneas de reacções adversas a medicamentos continuam a representar a maior fonte de informação de segurança desencadeadora de de comunicações dirigidas aos profissionais de saúde como acção regulamentar em todos os países analisados. Todavia, verifica-se uma crescente utilização de dados de ensaios clínicos e estudos epidemiológicos tanto na identificação, como na avaliação de problemas de segurança, o que sugere um real incremento da importância dos mesmos no universo da farmacovigilância. Finalmente, no que diz respeito ao timing das acções regulamentares, 66,6% das revogações de AIM por questões de segurança tiveram lugar até 5 anos após a aprovação da AIM, enquanto que 50,4% das comunicações dirigidas aos profissionais de saúde foram emitidas até 6 anos após a aprovação da AIM. O caso de estudo escolhido versou sobre as recentes discussões de segurança relativamente ao ácido valpróico (e derivados) e sua utilização em crianças, mulheres de idade fértil e grávidas, nomeadamente face aos riscos de malformações congénitas, alterações estruturais graves e importantes efeitos neurológicos adversos nestas subpopulações. O contexto da utlização destes medicamentos foi descrito e as recomendações/acções regulamentares da FDA e EMA, bem como de algumas autoridades nacionais de estados membros da União Europeia, apresentadas. Os diferentes mecanismos e estruturas nos processos de farmacovigilância implementados e os instrumentos/medidas de minimização de risco disponíveis para cada uma das entidades reguladoras parecem justificar as diferentes recomendações e decisões observadas. Por outro lado, observam-se importantes dissemelhanças na estrutura e no conteúdo do resumo das características do medicaments/folheto informativo nestas duas regiões. Pela observação dos aspectos em estudo conclui-se que a análise e contextualização do quadro legislativo e do conjunto de processos e procedimentos actualmente disponíveis para a FDA e para a EMA é fundamentar no entendimento das decisões regulamentares e nas recomendações face a questões de segurança de medicamentos. A familiardidade com estes conceitos poderá promover uma maior sensibilização e entendimento, não só dos profissionais de saúde, mas também dos doentes e da população em geral, quer no que tange às avalições de medicamentos aquando do pedido de AIM, quer no que se refere às análise de dados de eficácia, qualidade ou segurança, que suportam a gestão de sinais, as alterações no conteúdo do resumo das característica do medicamento/folheto informativo, a implementação de medidas adicionais de minimização de risco e as decisões de revogação/suspensão de uma AIM. Verificou-se ainda que a natureza dinâmica dos processos regulamentares no âmbito da farmacovigilância permanece bastante atual, pelo que a necessidade de colaboração permanente entre os múltiplos intervenientes é fundamental na redução da duplicação de esforços e no suporte dos processos de avaliação, concessão e manutenção das AIM, em benefício dos reguladores, indústria farmacêutica e particularmente dos doentes.The natural history of approved drugs comprehends the discovery of new and important safety information in the post-marketing setting. In fact, studies show that for 9 to 25% of the drugs analysed, national or regional regulatory authorities required a safety-related regulatory action after their approval. Over the years, these publications have analysed safety-related regulatory actions, mostly on specific settings, such as for particular drug groups (e.g. biologicals, orphan medicines and exceptional circumstances/ conditional (accelerated) approval procedures) or individual countries. On the other hand, although current FDA and EMA guidance are driven by similar objectives regarding the identification, monitoring and minimization of risks, commonly leading to generation of similar data needs, there are cases where the two regulatory agencies have recommended distinct regulatory actions in response to the same safety issues identified. Substantial differences have also been identified with regards to risk communication and in monitoring implementation of risk minimization measures. Therefore, this study proposes to discuss and characterize the regulatory framework of pharmacovigilance activities within the European Union region and the United States of America, and analyse and compare the safety-driven regulatory actions for medicinal products, both small molecules and biologics, between the years of 2010 and 2015, following updates in applicable regulations in 2007 (for the US) and in 2012 (for the EU). The frequency, timing and nature of such regulatory actions evaluated, as well as the most impacted therapeutic groups. The direct communications to healthcare providers disseminated in Portugal, United Kingdom and US and the requests of withdrawal of medicinal products in the EU and the US territories were considered when analysing safety-related regulatory actions. Such recommendations provided by the EMA and the FDA were used to discuss the apparent lack of consistency in the assessment of medicinal products by these regulatory bodies. Finally, a case-study of a drug whose safety profile has been recently under evaluation in both territories is presented, and the recommendations/safety-related regulatory actions taken described. The results suggest that direct communications to healthcare providers are more frequently distributed in the EU than the US, with the majority of the safety risks associated to marketed products in the US territory having been announced to HCP and the general public by other risk communication tools currently available to the FDA. Both safety driven direct communications to healthcare providers and withdrawals were more frequent for small molecule medicinal products. Additionally, the data retrieved supports previous findings on differences having been shown to exist in the nature of the safetyrelated regulatory actions for biologicals compared with small molecules. Cardiac disorders related AE appear as a leading trigger for safety-driven regulatory actions for small molecules. Evidence also suggests more efforts still need to be allocated for tackling medication error-related adverse events. Spontaneous reports continue to account for the majority of the source data for triggering safety driven direct communications to healthcare providers in all regions, but relevant findings originating from clinical trials and epidemiological studies were observed, supporting the increasing importance of these sources in identifying and evaluating safety issues. With regards to timing of regulatory action, 66.6% of the safety-related withdrawals were issued within 5 years after approval, while 50.4% of the safety driven direct communications to healthcare providers were issued within 6 years after approval. The use of valproic acid in children, women of childbearing potential and during pregnancy given the associated risks of congenital malformations, major structural abnormalities and serious neurodevelopmental effects was chosen as case study. The distinct set of regulatory actions taken might be justified by the structurally different pharmacovigilance implemented mechanisms and instruments available to regulators in each territory but also given the inconsistencies in both structure and content of the labelling information between EU and US territories and to some extent within in EU territories. Given the study performed, it is possible to conclude that the analysis and contextualization of the on legislative framework and processes of the FDA and the EMA is essential to understand the agencies regulatory decisions and recommendations. Dissemination of these may help improve overall awareness and allow for a better insight and understanding on matters of divergent drug approvals and post-marketing safety recommendations, either it being signal management activities, label updates, additional risk minimization measures and withdrawals/suspensions. The dynamic nature of regulatory processes for pharmaceuticals risk management is still present on today’s exciting pharmacovigilance landscape and future regulatory standardization and increased collaboration is necessary to further help in reducing redundancy and support the review/assessment processes for the benefit of regulators, pharmaceutical industries and the patients

    Circulating micro-rna profiles according to atherosclerotic disease expression. A contribute to phenotype characterization and insights into pathophysiology.

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    Background:Atherosclerosis involving multiple territories is frequently encountered in clinical practice and is associated with a higher morbidity and risk of mortality compared with a localized, single-territorial atherosclerosis. Multi-territorial atherosclerosis may have a different pathophysiology fromthat of single-territorial atherosclerosis, although little is known aboutthe mechanisms that regulate the atherosclerosis extent tosingle or multiple arterial beds. In fact, the heterogeneity in the systemic extent of atherosclerosis is only partially attributable to acquired cardiovascular risk factors and genetic Mendelian inheritance, and post-transcriptionalfactors (microRNAs) and inflammatorymediatorsmaycontribute independently to such heterogeneity. MicroRNAs are small non-coding molecules of ribonucleic acid that regulate the gene expression at the post-transcriptional leveland participate in different pathwaysassociated with atherogenesis and atherosclerotic disease expression. Regarding the inflammatory mediators, soluble CD40 ligand (sCD40L) and tumor necrosis factor alpha(TNF-α)are two proinflammatory and proatherogenic biomarkerswith distinct mechanismsof actionand bothareregulated in vitro by microRNAs. Knowledge on the signature of circulating microRNAs and inflammatory markers in single-and multi-territorial atherosclerosis may contribute to not only a better understanding of pathophysiology but also clinical care, since such mediators may potentially be used as diagnostic biomarkers and therapeutic targets.Aims:The main objectiveof this research project was to assess whether the expression of circulating microRNAs is associated with the systemic extent of atherosclerosis to a single (coronary) or multiple (coronary and extra-coronary) arterial territories.In addition, we assessed: whetherthe expression of circulating microRNAs is associated with the severity of atherosclerosis in different arterial territories; whether the expression of circulating microRNAs is associated with the presence ofcardiovascular risk factors, including cigarette smoking; whether the expression of inflammatory biomarkers, specifically sCD40L and TNF-α,is associated with the atherosclerosis extent to a single or multiple arterial territoriesand with the severity of atherosclerosis in different arterial territories; and whether thereis an association between the expression of circulating microRNAs andinflammatory biomarkersin patients with atherosclerosis. 2Methods:Participants wereprospectively recruited and divided into five age-and sex-matched groups: control, with no coronary, lower extremity (LE), or carotid atherosclerosis; group 1, with isolated coronary atherosclerosis; group 2, with coronary and LE atherosclerosis; group 3, with coronary and carotid atherosclerosis; and group 4, with atherosclerosis of the coronary, LE, and carotid territories.Native obstructive atherosclerosis was the defining criterion for the presence of disease in each territory and group assignment. All the participants were screened for atherosclerotic disease in the three territories. The relative expression levels of six candidate microRNAs(miR-21, miR-27b, miR-29a, miR-126, miR-146a, and miR-218)wereassessed. The selection criteria of candidate microRNAs werethe distinct biological roles inatherosclerosis regulation, based on experimental studies,and their reported dysregulation in patients with single-territorialatherosclerosis.Serum levels of sCD40L and TNF-αwere assessed by an enzyme-linked immunosorbent assay.Results:A total of 94 participants were included: 26 control participants, 20 with isolated coronary atherosclerosis (group 1), 18 with coronary and LE atherosclerosis (group 2), 12 with coronary and carotid atherosclerosis (group 3), and 18 with atherosclerosis of the coronary, LE, and carotid territories(group 4). The clinical, demographic, and laboratory data and parameters of coronary atherosclerosis severity were well-balanced among groups 1 to 4. Lower expression levels of miR-27b and miR-146awere associated with the presence of multi-territorial atherosclerosis, particularly if involving the coronary, LE, and carotid territories,and with higherseverity of atherosclerosisin the threeterritories. The coexistence of atherosclerosis in the three territories was independently associated with the miR-27b and miR-146aexpression levels and both microRNAs presented an area under the receiver operating characteristics curve ≥ 0.75 to predictatherosclerosis of the three territories.Regarding the association between microRNAs expression and cardiovascular risk factors, multivariate modelsindicated thatcigarette smoking was associated with the presence of LE atherosclerosis, cigarette smoking was associated with miR-27b downregulation, and miR-27b downregulation was associated with the presence of LE atherosclerosis.Active smokers, but not prior smokers,presented a downregulation of miR-27b.Regarding the expression of inflammatory biomarkers, higher sCD40L levels were associated withan increased systemic extent of atherosclerosis to multiple territories, specifically the coronary and LE territories, and increased severity of atherosclerosis in thoseterritories. Priorsurgicalrevascularization of the coronary and/or LEarteries was associated with lower sCD40L levels.RegardingTNF-α, metabolic and post-transcriptional (miR-146a) factorswere 3associated with TNF-αlevelsin patients with coronary atherosclerosis. miR-146aexpression levels were negatively correlated with TNF-αlevelsand thisassociation was independent of other metabolic and inflammatory parameters.Conclusions: Theexpression levels of miR-27b and miR-146awere associated with the presence of multi-territorial atherosclerosis, particularly if involving the coronary, LE, and carotid territories,and with the severity of atherosclerosis in the threeterritories. Both microRNAs showed reasonable accuracy for predicting multi-territorial atherosclerosisinvolving the coronary, LE, and carotid territories. Of these microRNAs, miR-27b appeared to be a mediator of cigarette smoking-induced toxicity, specifically LE atherosclerosis. The sCD40L levels were associated with the systemic extent of atherosclerosis to multiple territories, particularly the coronary and LE territories,and atherosclerosis severity in thoseterritories, showingalsoa distinct expression according to prior arterial revascularization. Finally, TNF-αlevels were inverselycorrelated with miR-146aexpression levels. These dataprovide a post-transcriptional (microRNA) and inflammatory signature of multi-territorial atherosclerosis and point to the relevance of such mediators in the regulation of the systemic extent of atherosclerosis. Moreover, miR-27b and miR-146aare promising noninvasive biomarkers for refining the stratification of systemic atherosclerotic burden, and likely it also applies to sCD40L. These biomarkers may therefore contribute to the tailoring of primary prevention strategies

    Improving the Multi-Brand Channel Distribution of a Fashion Retailer

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    One has seen exponential growth in the number of clients and in the quantities ordered in the fashion retailing multi-brand channel. It has, therefore, become essential to improve the channel’s distribution process in order to meet the customers’ orders in the shortest time, and in a cost-effective manner, thus complying with the delivery terms agreed upon with the market. To this end, one studied aspects such as the mapping of the supply flow process, the occupation of space and the spaghetti-dash diagram of four current distribution process activities. Besides these, one also analyzed the calculation of productivity, cycle times, takt time, as well as the service level designed, with the purpose of preparing a system to evaluate company performance. In addition to these studies, one resorted to the ABC and SWOT customers’ analyses in order to develop the improvement proposal, which was characterized by: (a) changes in the layout, (b) improvements in the supply flow, (c) implementation of gravity carriers, as well as more ergonomic forms of transport, and (d) the use of computer applications developed in Visual Basic language for the distribution process. Based on this proposal, one succeeded in increasing the amount sorted out by the distributor in an eight-hour shift to 294 articles (11,23%). Cycle time was reduced from 0,015 minutes/article to 0,013 minutes/article (13,33%), which allows for the segregation of articles in time for the next collections. In addition, the occupied space was reduced to 47 m2 on average per collection (1,39%), which is translated into a reduction of 1 498 468 meters (23,34%) in the average distance covered per collection. Furthermore, the number of workers was reduced, on average, by five employees (12,82%) per collection. The storage capacity of the finished product was also increased by 535 boxes (11,30%). The total investment needed to achieve these changes is established as being 23 754,42 €; yet, the payback time involved will only be six months, resulting in a cumulative profit of 84 504,23 € by the end of the fall/winter 2020 collection.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Relatório de Estágio Sporting Clube da Covilhã

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    Este documento foi realizado no âmbito da UC de Estágio do 2º Ciclo de Estudos em Ciências do Desporto, na vertente de Treino Desportivo, da Universidade da Beira Interior. O objetivo do documento é dar a conhecer aquilo que foi efetuado e vivenciado durante a época desportiva 2020/2021, quer ao nível do Estágio quer ao nível da investigação realizada. O Estágio foi realizado no Sporting Clube da Covilhã, onde estive na equipa técnica da equipa “B” do escalão sénior, participante no Campeonato Distrital de Séniores da Associação de Futebol de Castelo Branco, e na qual tinha a função de treinadoradjunto, auxiliando, principalmente, na planificação e execução dos treinos e jogos e na realização da análise e da estatística deste último. Na parte inicial apresentamos e contextualizamos a entidade, bem como o trabalho desenvolvido ao longo da época na equipa que integrámos e os efeitos da pandemia Covid-19 no Estágio. Apresentamos depois o trabalho de investigação realizado e que consistiu numa revisão sistemática da literatura sobre o remate no futebol. Verificámos que os estudos e o interesse na área começam a aumentar com uma grande procura pelos fatores que influenciam o remate, especialmente os técnicos e os fisiológicos, mas que estudos sobre a influência da parte tática e do contexto, da parte psicológica, dos treinos que auxiliam na melhoria da habilidade e nos testes que avaliem o remate sem descurar o contexto real do jogo ainda são muito escassos. Com isto, a biomecânica dos membros inferiores, a resistência à fadiga, a qualidade e zona de contacto do pé de remate com a bola, a corrida de aproximação e o contexto foram vistos como os principais aspetos influenciadores da velocidade e da precisão, que por sua vez parecem ser os aspetos mais importantes na execução e na obtenção de sucesso no remate. Foram assim identificados fatores e aspetos que a literatura considera mais relevante no âmbito da finalização no futebol e que poderão ser úteis à intervenção dos treinadores e suas equipas técnicas visando melhorar a eficácia e eficiência do remate no futebol.This document was developed as part of the internship of the 2nd cycle of studies in Sports Science, in the area of Sports Training, by the University of Beira Interior. The aim of this document is to show what was done and experienced during the 2020/2021 sports season, both in terms of the internship and the research developed. The internship was done at Sporting Clube da Covilhã, where I was a member of the technical staff of the “Senior B” team that participated in the Castelo Branco Football Association Senior District Championship. There, I held the role of assistant coach, helping mainly in the planning and execution of training and matches, as well as in the analysis and statistics of the games. In the first part, we introduce and contextualize the entity, as well as the work the team has developed over the course of the season and the impact of the Covid 19 pandemic on the internship. We then present the research work about systematic review of literature on shooting in football. We found that studies and interest in this area began to increase with the great demand for factors that influence shooting, especially the technical and physiological ones. However, studies on the influence of the tactical aspects, the training context and the psychological factors contributing to the improvement of skills and shooting evaluation tests are still very scarce. In this context, lower limb biomechanics, fatigue resistance, quality and contact area of the shooting foot with the ball, run-up and context have been considered as the most important aspects that influence speed and accuracy, which seem to be the most important factors for shooting execution and success. In this way, we’ve identified the factors and aspects that are considered in the literature to be particularly relevant to football shooting and that may be useful for the intervention of coaches and their technical teams to improve the success of this action
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