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    Perfil fenotípico e genotípico de resistencia a antimicrobianos em patógenos bacterianos em animais de companhia

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    Orientadora: Profª Drª Silvia Cristina OsakiC-orientadora: Profª Drª Sheila Rezler WosiackiDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Palotina, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal. Defesa: Palotina, 02/09/2014Inclui referênciasÁrea de concentração : Saúde animalResumo: A resistência antimicrobiana, condição ao qual um micro-organismo é capaz de sobreviver à exposição a um agente antimicrobiano, é um problema complexo que envolve várias espécies de bactérias, mecanismos de resistências, mecanismos de transferência e reservatórios. Em animais de companhia, os antimicrobianos são usados na prevenção e no tratamento de doenças infecciosas. O grande uso destes agentes, e muitas vezes de forma incorreta, na rotina veterinária tornam os cães e gatos uma potencial fonte de difusão de resistência antimicrobiana devido ao contato muito próximo desses animais com o homem, podendo levar à transmissão de bactérias multirresistentes e zoonóticas, além da transferência indireta de genes de resistência entre bactérias presentes na microbiota humana e animal. O objetivo deste estudo foi isolar e identificar estirpes bacterianas em amostras obtidas de infecções clínicas e cirúrgicas de cães e gatos na medicina veterinária, investigando a presença de características fenotípicas e genotípicas de resistência a drogas antimicrobianas. Foram realizados três estudos distintos. No primeiro, patógenos bacterianos de 77 infecções caninas foram isolados, identificados e avaliados fenotipicamente para resistência antibacteriana. Foi possível identificar 100 isolados bacterianos sendo 61 Gram positivoss, com 55 Staphylococcus spp., e 39 Gram negativos (36 fermentadores e três não fermentadores). 73 isolados foram considerados multirresistentes pela avaliação individual das drogas e 74 pela avaliação das classes. Apenas cinco isolados mostraram-se sensíveis a todas as drogas. Dois isolados foram resistentes a todas as classes, sendo isoladamente, sensíveis a alguns antimicrobianos. Das 55 amostras de Staphylococcus spp., 36 (65,45%) foram identificadas como MRS, fenotipicamente, 80,56% (29/36) indicam a presença do gene mecA, 5,56% (2/36) do gene mecC e 13,89% (5/36) como hiperprodutoras de beta-lactamase. Dois isolados de Enterococcus spp. foram considerados resistentes a vancomicina (VRE). 61,54% (24/39) das amostras foram positivas no teste presuntivo para detecção de ESBL. No segundo estudo foram avaliados 26 isolados bacterianos provenientes de 18 afecções oftálmicas de animais de companhia. Foram caracterizados 18 Staphylococcus spp., um Enterococcus spp., e sete Gram negativos (seis fermentadores e dois não fermentadores). Um total de 738 avaliações de drogas antimicrobianas foram realizadas, onde o percentual de drogas consideradas resistentes ou com resistência intermediária in vitro foi de 42,82% (n=316). Considerando as drogas antimicrobianas isoladas, 18 isolados mostraram-se multirresistentes, enquanto que pela avaliação da resistência às classes, 20 isolados foram considerados multirresistentes. A detecção fenotípica de MRS mostrou 61,11% (11/18) dos isolados de Staphylococcus spp. resistentes a meticilina, enquanto que a detecção genotípica, 38,89% (7/18) foram carreadores do gene mecA. Foram detectados isolados multirresistentes de MRS, MRS-MLSb e ESBL. No terceiro estudo, 80 isolados de Staphylococcus spp. coagulase positivos, identificados como S. pseudointermedius, foram avaliados pela disco-difusão com oxacilina e cefoxitina e amplificação por PCR de um fragmento do gene mecA, para caracterização de estirpes de MRS. 2285 avaliações de drogas antimicrobianas foram realizadas, onde 931 (40,74%) dos teste apresentaram resistência parcial ou total. Na detecção fenotípica de MRS, 58,75% (47/80) dos isolados apresentaram resistência à oxacilina e 53,75% (43/80) à cefoxitina. Na detecção genotípica, o gene mecA foi encontrado em 23 (28,75%) dos isolados. Avaliando-se a os isolados MRS e MSS, amostras mecA positivas e negativas com resistência a oxacilina e/ou cefoxitina, apresentaram tanto o MAR quanto o MCAR superiores aos isolados sensíveis a oxacilina/cefoxitina, sendo a detecção fenotípica mais sensível no quesito resistência múltipla a antimicrobianos ou classes. Os resultados para todos os antimicrobianos testados mostraram-se bastante homogêneo para amostras MRS detectadas de forma fenotípica, porém não para a detecção genotípica, no entanto, apesar da presença do gene, este pode não estar sendo expresso fenotipicamente. Os resultados do presente trabalho demonstram a necessidade do monitoramento constante do perfil de resistência bacteriana, que varia ao longo dos anos e difere de local para local. A realização de testes para identificação bacteriana e sua suscetibilidade podem auxiliar na seleção apropriada do agente antimicrobiano, mostrando-se essencial para a clínica médica e cirúrgica devido a altas taxas de resistência bacteriana verificadas, assim como o monitoramento da resistência local com o uso contínuo de determinadas drogas antimicrobianas. Palavras-chave: antibióticos, micro-organismos, multirresistência, susceptibilidadeAbstract: Antimicrobial resistance, a condition to which a microorganism is able to survive exposure to an antimicrobial agent, is a complex problem involving several species of bacteria, mechanisms of resistance, mechanisms of transfer and reservoirs. In companion animals, the antimicrobial agents are used in the prevention and treatment of infectious diseases. The widespread use of these agents, and often incorrectly, in veterinary routine make dogs and cats a potential source of spread of antimicrobial resistance due to the close contact of these animals with man, can lead to the transmission of multiresistant bacteria and zoonotic, addition to the indirect transfer of resistance genes between bacteria in human and animal microbiota. The aim of this study was to isolate and identify bacterial strains in samples obtained from clinical and surgical infections of dogs and cats in veterinary medicine, investigating the presence of phenotypic and genotypic characteristics of resistance to antimicrobial drugs. Three separate studies were conducted. In the first, 77 bacterial pathogens of canine infections were isolated, identified and evaluated phenotypically for antibacterial resistance. It was possible to identify 100 bacterial isolates whom 61 gram positive, with 55 Staphylococcus spp., and 39 gram negative (36 fermenters and three non-fermenters). 73 multiresistant isolates were considered by individual assessment of drugs and 74 of the evaluation of classes. Only five isolates were susceptible to all drugs. Two isolates were resistant to all classes, being alone, sensitive to some antibiotics. Of the 55 strains of Staphylococcus spp., 36 (65.45%) were identified as MRS, phenotypically, 80.56% (29/36) indicate the presence of the mecA gene, 5.56% (2/36) of the mecC gene and 13.89% (5/36) as a hyper-producing beta-lactamase. Two isolates of Enterococcus spp. were resistant to vancomycin (VRE). 61.54% (24/39) of samples were positive in the presumptive test for ESBL detection. In the second study evaluated 26 bacterial isolates from 18 ophthalmic diseases of pet animals. Were characterized 18 Staphylococcus spp., one Enterococcus spp., and seven gram negative (six fermenters and two non-fermenters). A total of 738 reviews of antimicrobial drugs were conducted where the percentage of drug found resistant or intermediately resistant strains in vitro was 42.82% (n = 316). Considering the isolated antimicrobial drugs, 18 isolates showed multiresistant, while the evaluation of resistance to classes, 20 isolates were considered multiresistant. Phenotypic detection of MRS showed 61.11% (11/18) isolates of Staphylococcus spp. methicillin-resistant, whereas the genotypic detection 38.89% (7/18) were carrying the mecA gene. multiresistant isolates were detected MRS, MRS and ESBL-MLSB. In the third study, 80 Staphylococcus spp. coagulase positive, identified as S. pseudintermedius were evaluated by disk diffusion oxacillin and cefoxitin and PCR amplification of a fragment of the mecA gene, for the characterization of strains MRS. 2285 reviews of antimicrobial drugs were conducted, where 931 (40.74%) of the test showed partial or total resistance. In phenotypic detection of MRS, 58.75% (47/80) of the isolates were resistant to oxacillin and 53.75% (43/80) to cefoxitin. In genotypic detection, the mecA gene was found in 23 (28.75%) isolates. Evaluating the MRS and the MSS isolated, positive and negative samples with resistance to oxacillin and / or cefoxitin mecA showed both the MAR and MCAR higher sensitive to oxacillin / cefoxitin isolated, being the most sensitive phenotypic detection in the question multiple resistance antimicrobials or classes. The results for all antibiotics tested were quite homogeneous samples to MRS detected phenotypic form but not for the genotypic detection, however, despite the presence of the gene, it might not being phenotypically expressed. The results of this study demonstrate the need for constant monitoring of bacterial resistance profile that varies over the years and differs from place to place. The testing for bacterial identification and susceptibility can assist in your selection of the appropriate antimicrobial agent, being essential for the medical and surgical due to high rates of bacterial resistance observed, as well as monitoring of local resistance to the continued use of certain antimicrobials. Keywords: antibiotics, micro-organisms, multidrug resistance, susceptibilit

    Resistência antimicrobiana nas principais infecções bacterianas em pequenos animais

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    A resistência antimicrobiana é uma grande preocupação para a medicina interna de pequenos animais, pois os antimicrobianos são utilizados para o tratamento e profilaxia de doenças infecciosas nesses animais. Para o médico veterinário de pequenos animais é importante o conhecimento da cultura bacteriológica do local da infecção e também do teste de sensibilidade antimicrobiana (TSA) para visualizar o perfil de resistência do agente infeccioso. O uso inadequado dos antimicrobianos no tratamento de infecções bacterianas em animais de companhia é alvo de diversas críticas, pois pode colaborar para o desenvolvimento de resistência desses fármacos. Dentre as principais afecções que ocorrem na rotina clínica de pequenos animais, as que comumente apresentam altos índices de resistência bacteriana são: feridas por mordedura, infecções do trato urinário (ITU) e otites. Em feridas por mordedura, os principais antimicrobianos resistentes ao tratamento são a gentamicina e amicacina, ambos da classe dos aminoglicosídeos. Nas ITU, as fluorquinolonas devem ser utilizadas com muita cautela, pois são os antimicrobianos mais utilizados nesse tipo de infecção, o que já favoreceu o aparecimento de cepas resistentes a essa classe. Para os casos de otites evita-se a utilização dos antimicrobianos neomicina, cefalexina e tetraciclina por já apresentarem grandes taxas de recidiva nesses casos infecciosos. Sendo assim, é preciso estabelecer o índice de resistência de certos antimicrobianos pelo local da infecção, sendo imprescindível a realização do TSA antes da escolha do tratamento definitivo

    REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: TOXINFECÇÕES CAUSADAS POR STAPHYLOCOCCUS

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    As toxinfecções alimentares consistem na ingestão de alimentos contaminados com microrganismos ou suas toxinas que acabam prejudicando a saúde humana. A contaminação dos alimentos está geralmente relacionada com as condições de higiene que dizem respeito à produção, armazenamento, transporte e manuseio dos mesmos. Um dos agentes mais comuns relacionado com doenças transmissíveis por alimento no homem é o Staphylococcus, sendo responsáveis por cerca de 45% das intoxicações alimentares e tendo o S. aureus como principal espécie causadora dessas doenças. A intoxicação alimentar ocorre devido à ingestão de enterotoxinas estafilocócicas (EE) produzidas e liberadas pelas bactérias durante sua multiplicação no alimento. As EE são resistente à temperatura podendo permanecer nos alimento mesmo após o cozimento, possibilitando o surgimento de um quadro de intoxicação de origem alimentar. Existem 18 sorotipos diferentes de EE, sendo que atualmente foram descobertos mais 9. A EE do tipo A (EEA) tem sido considerada a mais frequente nos surtos de intoxicação alimentar, sendo responsável por mais de 75% dos surtos, em seguida está EED, EEC e EEB. Os sinais clínicos mais frequentes das toxinfecções causadas por Staphylococcus são náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. O diagnóstico consiste na realização de cultura bacteriana e detecção da toxina em cultivo ou em extratos de alimentos. Com isso, podemos concluir que práticas de higiene, manuseio e armazenamento dos alimentos estão diretamente relacionados com a prevenção de toxinfecções alimentares por Staphylococcu

    PESQUISA DE Yersínia enterocolitica EM SUÍNOS ABATIDOS NO MEIO OESTE DE SANTA CATARINA

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    Yersinia enterocolitica é uma bactéria Gram negativa e pertencente à família Enterobacteriaceae. Trata-se de um patógeno emergente e já detectado em todo o mundo. Devido a importância de Y. enterocolitica, e a grande produção de carne suína na região do meio oeste catarinense, objetivou-se determinar a presença de Y. enterocolitica em suínos abatidos em frigoríficos da região. Para isso foram coletados materiais de 44 suínos, como tonsilas, linfonodos submandibulares, linfonodos mesentéricos, linfonodos inguinais e carne da cabeça, totalizando 220 amostras. Para o isolamento de Yersinia enterocolitica seguiu-se o protocolo recomendado pela ISO 10273 (2003) adaptado. Y. enterocolitica foi isolada em 6 amostras de tonsilas, 3 de linfonodos mesentéricos, 2 de linfonodos submandibulares, 1 de linfonodo inguinal e 1 de amostra coletada da carne de cabeça, totalizando 13 amostras positivas (5,91%) das 220 coletadas, sendo essas amostras provenientes de onze carcaças, (25%), onde a Y. enterocolitica foi isolada em pelo menos um dos locais analisados. Os resultados mostraram que Y. enterocolitica está presente no rebanho de animais clinicamente saudáveis da região meio oeste de Santa Catarina e que houve contaminação da carcaça em uma amostra de carne da cabeça o que sugere um risco para a saúde dos consumidores se ingerirem carne contaminada com esse patógeno

    RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ESCHERICHIA COLI EM SUÍNOS - REVISÃO

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    Resistência antimicrobiana tem por definição a capacidade da bactéria em resistir a ação dos antibióticos, sendo que um dos fatores que pode levar a resistência é o uso e a venda indiscriminada dos mesmos. Na espécie suína, a Escherichia coli é uma bactéria que apresenta altos índices de resistência antimicrobiana, sendo muitas vezes fatal ao animal por não responder a antibióticoterapia. A cepa enterotoxigênica de E.coli (ETEC) é a principal responsável pela enfermidade nos suínos, se aderindo à mucosa intestinal sem gerar danos e produzindo duas toxinas, a termoestável (ST), que reduz a absorção e a termolábil (LT), que induz hipersecreção intestinal. Os sinais clínicos são caracterizados por diarreia de consistência variável, de coloração branca ou amarelada, odor fétido, acúmulo de material fecal na cauda e membros posteriores do animal e desidratação. Vários estudos relatam cepas patogênicas de E.coli isoladas de suínos, sendo que os principais antimicrobianos que apresentam altos índices de resistência são: cloranfenicol (96,8%), oxitetraciclina (96,7%), estreptomicina (96,4%), norfloxacina (92%), sulfa com trimetropin (87,4%), ampicilina (86,8 %) e gentamicina (86,3%). Com menores índices de resistência encontram-se a enrofloxacina (19%) e o ceftiofur (0,16%). A resistência antimicrobiana é um problema de ampla proporção na suinocultura e, de acordo com os estudos, fica evidente a importância do antibiograma o qual proporciona a escolha antimicrobiana adequada para tratamento do animal reduzindo a incidência de resistência por utilização inadequada

    Endocarditis by Staphylococcus sp. in Cow and Sheep Leading to Osteoarthritis and Sepsis as Unusual Outcomes

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    Background: Endocarditis is one of the most important heart diseases in cattle and a rare disease in sheep. This illness could be caused by any bacteria when related to bacteremia, being Staphylococcus aureus one uncommon cause for this disorder in ruminants. The clinical sings at the early stages are unspecific and many cases are only diagnosed just at thefinal stages of the disease, resulting in heart insufficiency with bad prognosis. The aim of this study is to report two cases of endocarditis caused by Staphylococcus spp. leading to sepsis in a sheep and osteoarthritis in a cow, showing the importance of this bacteria in the pathogenesis of this disease.Cases: Case 1. A 8-month-old sheep, female, Texel showed lameness in the left thoracic limb, and even treated with nonsteroidal anti-inflammatory drug had anorexia, locomotion difficulty and on the day before of death showed neurological sings, with less than one week of total clinical course. At necropsy, in the heart was observed thrombus in the tricuspid,mitral and aortic valves and pale areas in the myocardium. Multiples abscesses were observed in the lungs, liver and kidneys and infarcts in kidneys, spleen and brain. At the histopathology exam was observed in the tricuspid, mitral and aortic valves subacute endocarditis with intralesional coccoids bacteria Gram positives. There were multifocal fibrinonecrotic myocarditis, abscess in lung, liver and kidney with intralesional bacterial myriads. In kidneys, spleen and brain was observedthrombosis associated to multiple infarct areas. Samples of cardiac thrombus, heart, spleen, kidney and meningeal swabs were submitted for bacterial cultivation and was isolated Staphylococcus aureus in all samples, in pure culture.Case 2. A 2-year-old cow, female, mixed breed Angus and Charolais showed a wound in the distal part of the thoracic limb that was done topical treatment. After a month, was noted submandibular and dewlap edema, prostration, lethargy and fever. Antibiotic treatment was performed having remission of edema and fever, however being lethargic yet. Aftera month post antibiotic treatment, the animal showed bilateral increased of joint volume and a new antibiotic treatment was performed. The X-ray and cytology of the synovial fluid presented septic osteoarthritis in both radiocarpal joint. At necropsy was observed a thrombus in the tricuspid valve of approximately 20x4cm ascending to caudal and cranial cavaveins and a pulmonary abscess. In the left carpometacarpal joint, right antebrachiocarpal joint and stifle joint were observed severe purulent exudation and erosions. At histopathology evaluation of the heart was noted subacute septic endocarditis in tricuspid valve and in the joints was observed subacute fibrinopurulent osteoarthritis. In the swabs of joints and thrombus was identified Staphylococcus coagulase positive.Discussion: Despite the fact of to be skin commensal, S. aureus can enter in the bloodstream and to cause endocarditis, sepsis, abscesses and arthritis. Regard to possible entryways, interdigital pododermatitis and skin superficial lesions can be the entrance of the agent. In both cases the animals showed lesions on the limbs, as possible cause. The relationshipbetween endocarditis and osteoarticular infections is not fully known. In cattle with heart disease was noted that lameness is an important clinical sign and osteoarthritis could be related with endocarditis. Staphylococcus aureus rarely is reported in endocarditis cases in ruminants and the outcomes showed here are uncommon and poorly studied.Descritores: estafilococose, doença cardíaca, poliartrite, bacteremia, ruminantes

    Causes of fetal death in the Flemish cattle herd in Brazil

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    Background and Aim: Flemish cattle in Brazil are on the brink of extinction and are found only in one herd in Lages, Santa Catarina State. This study aimed to uncover the reasons for the recurring abortions in the Flemish cattle herd. Materials and Methods: Seventeen Flemish fetuses underwent postmortem examinations, with samples collected for histopathology and microbiology culture tests, polymerase chain reaction (PCR) test for Neospora caninum, and reverse transcription-PCR (RT-PCR) test for bovine viral diarrhea virus (BVDV) from 2015 to 2020. Results: Of the 17 fetuses, N. caninum was the most common diagnosis and was found in 88% (15/17). One fetus (5.8%) had a coinfection with N. caninum and Citrobacter amalonaticus, leading to fibrinonecrotic pericarditis. All fetuses tested negative for BVDV by RT-PCR. Of the 107 dams tested by indirect immunofluorescence assay, 26 (25.2%) were anti-N. caninum seropositive, with 17 (65.4%) aborting and 5 (19.2%) having estrus repetition. Reverse transcription-PCR results showed that 9 (8.4%) of the serum samples collected from dams tested positive, which tested follow-up test 3 months later, indicating a BVDV transient infection. The factors that contributed to neosporosis included dogs’ access to pastures and improper disposal of fetal remains, which made it easier for dogs to consume them. Conclusion: This study warns the occurrence of N. caninum as a cause of reproductive disorders that can lead to abortion in the studied Flemish cattle herd

    Resistência bacteriana em gram positivos de interesse em saúde animal e pública

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    Among multiresistant Gram-positive microorganisms, stands out methicillin-resistant Staphylococcus (MRS), an opportunistic pathogen associated with hospital acquired and community infections reported in medicine and large increase in reports of veterinary medicine. In veterinary medicine, numerous reports regarding several species of animals have been described. MRS is intrinsically resistant to all ?-lactam drugs. In veterinary medicine, numerous reports regarding several species of animals have been described, but Staphylococcus aureus with intermediate resistance and resistant to vancomycin (VISA/VRSA) has not yet been reported in veterinary medicine, still need further study. Staphylococcus spp. are also related to antimicrobial resistance of macrolides, lincosamides, and streptogramin B (MLSB) group, that has the same mechanism of action, although the drugs belong to different classes. In veterinary medicine, clindamycin (lincosamide class) is widely used for skin infections, wounds, bone infections, pneumonia, infections of the oral cavity, and infections caused by anaerobic bacteria, besides being used for treatments of MRS infections. Enterococcus is another resistant Gram-positive microorganism, from which vancomycin-resistant enterococci (VREs) are the most important strains. There are several reports of VREs in veterinary medicine due the use of a similar antimicrobial (avoparcin) in livestock; therefore this group of microorganisms has now acquired great prominence since vancomycin is considered as the last resort for the treatment of MRS and Enterococcus associated with nosocomial infections in humans. The biggest problem these microorganisms and their resistance mechanisms cause is related to its huge impact on public health due to the increasing close contact between animals and humans. The objective of this review was to identify the main Gram-positive microorganisms associated with animals, describing their mechanisms of action that lead to antimicrobial resistance, as well as their impact on public health through their zoonotic and anthropozoonotic potential.Dentre os micro-organismos gram positivos multirresistentes destacam-se, principalmente os Staphylococcus spp. meticilina resistente (MRS), patógenos considerados oportunistas e relacionados tanto a infecções hospitalares como infecções comunitárias, tendo inúmeros relatos na medicina e um grande aumento de relatos na medicina veterinária, em diversas espécies de animais. MRS são intrinsicamente resistentes a todas as drogas beta-lactâmicas. Os Staphylococcus aureus com resistência intermediária e os resistentes à vancomicina (VISA/VRSA) ainda não foram reportados em animais, porém são necessários estudos mais aprofundados. Os Staphylococcus spp. também estão relacionados com resistência aos antimicrobianos do grupo dos Macrolídeos, Lincosamidas e Streptogramineas B (MLSb), que apesar de serem de classes diferentes, possuem o mesmo mecanismo de ação. Na medicina veterinária, a clindamicina (antimicrobiano da classe da Lincosamida) é amplamente utilizada para tratamentos de infecções de pele, feridas, infecções ósseas, pneumonia, infecção da cavidade oral e infecções causadas por bactérias anaeróbicas, além de ser utilizada em infecções causadas por MRS. Outro gênero de micro-organismos gram positivos resistente é o Enterococcus, sendo os Enterococcus vancomicina resistente (VRE) os de maior importância. Após vários relatos de VRE na medicina veterinária, devido ao grande uso de um antimicrobiano análogo (avoparcina) na produção animal, esse grupo de micro-organismo passou a ter grande destaque, uma vez que a vancomicina é considerada o último recurso para o tratamento de MRS e de Enterococcus associados a infecções hospitalares em humanos, as quais já foram também isoladas cepas resistentes. O maior problema destes microorganismos e seus mecanismos de resistência na medicina veterinária está relacionado ao seu impacto na saúde publica, devido ao contato cada vez mais próximo entre animais e o homem. Com isso, o objetivo dessa revisão foi apontar os principais micro-organismos gram positivos encontrados na medicina veterinária descrevendo seus mecanismos de ação que levam a resistência aos antimicrobianos, assim como o impacto na saúde publica através do seu potencial zoonótico e também antropozoonótico

    RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE ESCHERICHIA COLI EM SUÍNOS - REVISÃO

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    Resistência antimicrobiana tem por definição a capacidade da bactéria em resistir a ação dos antibióticos, sendo que um dos fatores que pode levar a resistência é o uso e a venda indiscriminada dos mesmos. Na espécie suína, a Escherichia coli é uma bactéria que apresenta altos índices de resistência antimicrobiana, sendo muitas vezes fatal ao animal por não responder a antibióticoterapia. A cepa enterotoxigênica de E.coli (ETEC) é a principal responsável pela enfermidade nos suínos, se aderindo à mucosa intestinal sem gerar danos e produzindo duas toxinas, a termoestável (ST), que reduz a absorção e a termolábil (LT), que induz hipersecreção intestinal. Os sinais clínicos são caracterizados por diarreia de consistência variável, de coloração branca ou amarelada, odor fétido, acúmulo de material fecal na cauda e membros posteriores do animal e desidratação. Vários estudos relatam cepas patogênicas de E.coli isoladas de suínos, sendo que os principais antimicrobianos que apresentam altos índices de resistência são: cloranfenicol (96,8%), oxitetraciclina (96,7%), estreptomicina (96,4%), norfloxacina (92%), sulfa com trimetropin (87,4%), ampicilina (86,8 %) e gentamicina (86,3%). Com menores índices de resistência encontram-se a enrofloxacina (19%) e o ceftiofur (0,16%). A resistência antimicrobiana é um problema de ampla proporção na suinocultura e, de acordo com os estudos, fica evidente a importância do antibiograma o qual proporciona a escolha antimicrobiana adequada para tratamento do animal reduzindo a incidência de resistência por utilização inadequada
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