5 research outputs found

    Imprensa, Discurso Ideológico e Golpe de Estado: uma Análise Crítica do Discurso

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    Inserted in the broader context of the historical organizational studies (Maclean, Harvey, & Clegg, 2016), the present work had as objective to analyze the Special Notebook “64 – Brazil Continues” from the Folha de São Paulo (FSP) Journal in the light of the critical analysis of the discourse. It was sought to understand the position and main discursive constructions that the Journal assumed at the moment of the civil-military coup of 1964. For this purpose, the theoretical framework was constructed based on the discussion about participation and collaboration of the Press in the coup and in the civil-military dictatorship (Abreu, 2005, Capelato, 2014, Dias, 2013, Kieling, 2016, Motta, 2013 and Smith, 2000). Thereby, the three-dimensional framework of Fairclough (2016) was used as a theoretical-methodological contribution and, Thompson’s framework (2011) for the analysis of ideological constructs. As main results, signs of alignment were identified in the FSP Journal’s position with the civil- military coup of 1964 through its ideological formations mobilized by the symbolic forms of discourse.Inserido no contexto mais amplo dos estudos organizacionais históricos (Maclean, Harvey, & Clegg, 2016), o presente trabalho teve como objetivo analisar o Caderno Especial “64 – Brasil Continua” do Jornal Folha de São Paulo (FSP) à luz da análise crítica do discurso. Buscou-se compreender qual foi o posicionamento e as principais construções discursivas que o Jornal assumiu no momento do golpe civil-militar de 1964. Para tanto, construiu-se o referencial teórico sobre a participação e a colaboração da Imprensa no Golpe e na Ditadura Civil-Militar (Abreu, 2005; Capelato, 2014; Dias, 2013; Kieling, 2016; Motta, 2013; Smith, 2000). Assim, foi utilizado o quadro tridimensional de Fairclough (2016) como aporte teórico-metodológico e o arcabouço de Thompson (2011) para análise de construções ideológicas. Como principais resultados, foram identificados indícios de alinhamento do posicionamento do Jornal FSP com o golpe civil-militar de 1964 por meio de suas formações ideológicas mobilizadas pelas formas simbólicas do discurso

    A responsabilidade política corporativa por atos de violência no passado: a colaboração da Volkswagen do Brasil com a ditadura civil-militar brasileira

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    Este artigo tem como objetivo compreender a responsabilidade das corporações no presente por seus atos de violência cometidos no passado à luz do conceito de responsabilidade política. Para tanto, analisamos o caso da colaboração da Volkswagen do Brasil com a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), compreendendo suas ações no presente como orientadas pela responsabilidade política, resultado da existência de um senso de comunidade organizacional. O argumento que defendemos é o de que a lógica de continuidade ainda é um ponto sensível na teorização sobre responsabilidade histórica corporativa e que a responsabilidade das corporações por crimes, violações dos direitos humanos, má conduta ou qualquer ato passível de contestação cometidos no passado perpassa diferentes gerações de gestores porque as corporações no presente possuem responsabilidade política e não (necessariamente) só responsabilidade moral. Concluímos, portanto, que a responsabilidade política existente em uma comunidade explica porque gestores assumem a responsabilidade por atos cometidos por seus antecessores. Neste sentido, ao promover o debate sobre responsabilidade política, o artigo contribui (1) para a teorização da responsabilidade histórica na medida em que oferece uma explicação para justificar a assunção de responsabilidade de determinada organização ao longo do tempo; (2) para o seu uso como instrumento de contestação de versões oficiais de histórias empresariais acerca de atos e eventos de seu passado; e (3) para a compreensão das organizações como comunidades políticas cujo senso de comunidade (sensus communis) pode ajudar a compreender tanto a permanência (intencional ou não) de determinadas características organizacionais ao longo do tempo como o compartilhamento de ideias e de propósito entre seus membros que orienta, ao mesmo tempo, um curso de ação individual e de responsabilidade coletiva

    Imprensa, Discurso Ideológico e Golpe de Estado: uma Análise Crítica do Discurso

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    Inserted in the broader context of the historical organizational studies (Maclean, Harvey, & Clegg, 2016), the present work had as objective to analyze the Special Notebook “64 – Brazil Continues” from the Folha de São Paulo (FSP) Journal in the light of the critical analysis of the discourse. It was sought to understand the position and main discursive constructions that the Journal assumed at the moment of the civil-military coup of 1964. For this purpose, the theoretical framework was constructed based on the discussion about participation and collaboration of the Press in the coup and in the civil-military dictatorship (Abreu, 2005, Capelato, 2014, Dias, 2013, Kieling, 2016, Motta, 2013 and Smith, 2000). Thereby, the three-dimensional framework of Fairclough (2016) was used as a theoretical-methodological contribution and, Thompson’s framework (2011) for the analysis of ideological constructs. As main results, signs of alignment were identified in the FSP Journal’s position with the civil- military coup of 1964 through its ideological formations mobilized by the symbolic forms of discourse.Inserido no contexto mais amplo dos estudos organizacionais históricos (Maclean, Harvey, & Clegg, 2016), o presente trabalho teve como objetivo analisar o Caderno Especial “64 – Brasil Continua” do Jornal Folha de São Paulo (FSP) à luz da análise crítica do discurso. Buscou-se compreender qual foi o posicionamento e as principais construções discursivas que o Jornal assumiu no momento do golpe civil-militar de 1964. Para tanto, construiu-se o referencial teórico sobre a participação e a colaboração da Imprensa no Golpe e na Ditadura Civil-Militar (Abreu, 2005; Capelato, 2014; Dias, 2013; Kieling, 2016; Motta, 2013; Smith, 2000). Assim, foi utilizado o quadro tridimensional de Fairclough (2016) como aporte teórico-metodológico e o arcabouço de Thompson (2011) para análise de construções ideológicas. Como principais resultados, foram identificados indícios de alinhamento do posicionamento do Jornal FSP com o golpe civil-militar de 1964 por meio de suas formações ideológicas mobilizadas pelas formas simbólicas do discurso

    A Gestão dos Programas Públicos de Economia Criativa no estado do Rio de Janeiro

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    A partir da implementação do Plano Nacional de Cultura e do Sistema Nacional de Cultura, as políticas culturais ganharam maior amplitude no Brasil. Posteriormente, com a criação da Secretaria de Economia Criativa pelo Ministério da Cultura, a dimensão econômica da cultura passou a ter destaque também nas esferas estaduais e municipais, por meio da implementação de programas e projetos. Assim, o objetivo deste artigo foi analisar como ocorre a gestão dos programas Rio Criativo e Territórios Culturais/Favela Criativa no estado do Rio de Janeiro. Para isso, uma pesquisa qualitativa foi realizada, com etapas de campo e documental. Os dados foram coletados entre 2013 e 2017, e tratados por meio de análise de conteúdo. Os resultados do estudo indicam que os programas apesar de terem objetivos diferentes, possuem formas de gestão semelhantes. Nesse sentido, um apontamento a partir do presente artigo é que, as políticas públicas culturais direcionadas ao campo da economia criativa apresentam características que tornam complexa sua operacionalização e gestão

    A responsabilidade política corporativa por atos de violência no passado: a colaboração da Volkswagen do Brasil com a ditadura civil-militar brasileira

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    Este artigo tem como objetivo compreender a responsabilidade das corporações no presente por seus atos de violência cometidos no passado à luz do conceito de responsabilidade política. Para tanto, analisamos o caso da colaboração da Volkswagen do Brasil com a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), compreendendo suas ações no presente como orientadas pela responsabilidade política, resultado da existência de um senso de comunidade organizacional. O argumento que defendemos é o de que a lógica de continuidade ainda é um ponto sensível na teorização sobre responsabilidade histórica corporativa e que a responsabilidade das corporações por crimes, violações dos direitos humanos, má conduta ou qualquer ato passível de contestação cometidos no passado perpassa diferentes gerações de gestores porque as corporações no presente possuem responsabilidade política e não (necessariamente) só responsabilidade moral. Concluímos, portanto, que a responsabilidade política existente em uma comunidade explica porque gestores assumem a responsabilidade por atos cometidos por seus antecessores. Neste sentido, ao promover o debate sobre responsabilidade política, o artigo contribui (1) para a teorização da responsabilidade histórica na medida em que oferece uma explicação para justificar a assunção de responsabilidade de determinada organização ao longo do tempo; (2) para o seu uso como instrumento de contestação de versões oficiais de histórias empresariais acerca de atos e eventos de seu passado; e (3) para a compreensão das organizações como comunidades políticas cujo senso de comunidade (sensus communis) pode ajudar a compreender tanto a permanência (intencional ou não) de determinadas características organizacionais ao longo do tempo como o compartilhamento de ideias e de propósito entre seus membros que orienta, ao mesmo tempo, um curso de ação individual e de responsabilidade coletiva
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