50 research outputs found
Padrões alimentares de escolares do ensino fundamental no sul do Brasil e fatores associados: um estudo transversal de base escolar.
The objective was to identify dietary patterns and associated factors in schoolchildren from public schools in a city in southern Brazil. Cross-sectional, school-based study (31 schools; 1,750 students, 12-19 years), in the city of Caxias do Sul/Rio Grande do Sul, Brazil. A self-applicable questionnaire was used for data collection. Principal Component Analysis was used to identify dietary patterns and Poisson regression to test associations, considering a statistical significance level of 5% (p≤0.05). Three dietary patterns explained 39.65% of the total variance: Fast Food (19.14%); Fruits & Vegetables (13.15%) and Dairy Products (7.36%). Fast Food pattern was more likely among older students (55%; p=0.036), black/brown (33%; p=0.004), with excessive sedentary behavior (48%; p=0.003), alcohol intake (81%; p<0.001) and more family meals (56%; p=0.027). Fruits & Vegetables was more likely among sufficiently active schoolchildren (33%; p<0.001) and with more family meals (49%; p=0.001), and 30% lower among those with regular self-perceived health (p=0.014). Probability of adherence to the Dairy Products pattern was 23% lower in black/brown skin color (p=0.024); it increased with the maternal education, being higher in adolescents whose mother had completed higher education (67%; p=0.002); it was higher in those with excessive sedentary behavior (55%; p<0.001) and with more family meals (50%; p=0.007). Fast Food pattern was associated with risk behaviors, Fruits & Vegetables pattern to healthy behaviors and Dairy Products pattern to both behaviors. Our findings contribute to the formulation of public policies aimed at promoting healthy eating and other health-promoting behaviors in this population group.O objetivo foi identificar padrões alimentares e fatores associados em escolares da rede pública de uma cidade do sul do Brasil. Estudo transversal, de base escolar (31 escolas; 1.750 alunos, 12-19 anos), na cidade de Caxias do Sul/Rio Grande do Sul, Brasil. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário autoaplicável. A Análise de Componentes Principais foi utilizada para identificar os padrões alimentares e a regressão de Poisson para testar associações, considerando nível de significância estatística de 5% (p≤0,05). Três padrões alimentares explicaram 39,65% da variância total: Fast Food (19,14%); Frutas e Verduras (13,15%) e Laticínios (7,36%). O padrão Fast Food foi mais provável entre os alunos mais velhos (55%; p=0,036), pretos/pardos (33%; p=0,004), com comportamento sedentário excessivo (48%; p=0,003), consumo de álcool (81%; p <0,001) e mais refeições em família (56%; p=0,027). Frutas e Verduras foi mais provável entre escolares suficientemente ativos (33%; p<0,001) e com mais refeições em família (49%; p=0,001), e 30% menor entre aqueles com autopercepção de saúde regular (p=0,014). A probabilidade de adesão ao padrão Lácteos foi 23% menor na cor preta/parda (p=0,024); aumentou com a escolaridade materna, sendo maior em adolescentes cuja mãe tinha ensino superior completo (67%; p=0,002); foi maior naqueles com comportamento sedentário excessivo (55%; p<0,001) e com mais refeições em família (50%; p=0,007). O padrão Fast Food esteve associado a comportamentos de risco, o padrão Frutas e Verduras a comportamentos saudáveis e o padrão Laticínios a ambos os comportamentos. Nossos achados contribuem para a formulação de políticas públicas voltadas para a promoção da alimentação saudável e outros comportamentos promotores de saúde nesse grupo populacional
Metabolic syndrome in fixed-shift workers
OBJETIVO Analisar se síndrome metabólica e seus componentes alterados estão associados a fatores demográficos, socioeconômicos e comportamentais em trabalhadores de turnos fixos. MÉTODOS Estudo transversal com amostra de 902 trabalhadores de turnos, de ambos os sexos, de um frigorífico de frango do sul do Brasil, em 2010. O diagnóstico da síndrome metabólica foi determinado pelas recomendações do Harmonizing the Metabolic Syndrome; e sua frequência foi avaliada segundo características demográficas (sexo, cor de pele, idade e estado civil), socioeconômicas (escolaridade, renda e turno de trabalho) e comportamentais (tabagismo, consumo de álcool, atividade física de lazer, número de refeições/dia e duração do sono). A análise multivariada seguiu um modelo conceitual de determinação da síndrome metabólica em trabalhadores de turnos fixos. RESULTADOS A prevalência de síndrome metabólica foi 9,3% (IC95% 7,4;11,2). O componente mais frequentemente alterado foi a circunferência da cintura (RP 48,4%; IC95% 45,5;51,2), seguido pela lipoproteína de alta densidade. O turno de trabalho não esteve associado à síndrome metabólica e aos seus componentes alterados. Após ajustes, a prevalência da síndrome metabólica foi positivamente associada ao sexo feminino (RP 2,16; IC95% 1,28;3,64), a trabalhadores com 40 anos ou mais (RP 3,90; IC95% 1,78;8.93) e àqueles que reportaram dormir cinco horas ou menos por dia (RP 1,70; IC95% 1,09;2,24). Por outro lado, a síndrome metabólica esteve negativamente relacionada à escolaridade e a fazer mais do que três refeições por dia (RP 0,43 IC95% 0,26;0,73). CONCLUSÕES Ser mulher, possuir idade mais avançada e ter privação de sono mostraram-se potenciais fatores de risco para síndrome metabólica, enquanto ter maior escolaridade e realizar maior número de refeições/dia foram fatores de proteção para síndrome metabólica em trabalhadores de turnos fixos.OBJECTIVE To analyze if metabolic syndrome and its altered components are associated with demographic, socioeconomic and behavioral factors in fixed-shift workers. METHODS A cross-sectional study was conducted on a sample of 902 shift workers of both sexes in a poultry processing plant in Southern Brazil in 2010. The diagnosis of metabolic syndrome was determined according to the recommendations from Harmonizing the Metabolic Syndrome. Its frequency was evaluated according to the demographic (sex, skin color, age and marital status), socioeconomic (educational level, income and work shift), and behavioral characteristics (smoking, alcohol intake, leisure time physical activity, number of meals and sleep duration) of the sample. The multivariate analysis followed a theoretical framework for identifying metabolic syndrome in fixed-shift workers. RESULTS The prevalence of metabolic syndrome in the sample was 9.3% (95%CI 7.4;11.2). The most frequently altered component was waist circumference (PR 48.4%; 95%CI 45.5;51.2), followed by high-density lipoprotein. Work shift was not associated with metabolic syndrome and its altered components. After adjustment, the prevalence of metabolic syndrome was positively associated with women (PR 2.16; 95%CI 1.28;3.64), workers aged over 40 years (PR 3.90; 95%CI 1.78;8.93) and those who reported sleeping five hours or less per day (PR 1.70; 95%CI 1.09;2.24). On the other hand, metabolic syndrome was inversely associated with educational level and having more than three meals per day (PR 0.43; 95%CI 0.26;0.73). CONCLUSIONS Being female, older and deprived of sleep are probable risk factors for metabolic syndrome, whereas higher educational level and higher number of meals per day are protective factors for metabolic syndrome in fixed-shift workers
Síndrome metabólica em trabalhadores de turnos fixos
OBJECTIVE To analyze if metabolic syndrome and its altered components are associated with demographic, socioeconomic and behavioral factors in fixed-shift workers. METHODS A cross-sectional study was conducted on a sample of 902 shift workers of both sexes in a poultry processing plant in Southern Brazil in 2010. The diagnosis of metabolic syndrome was determined according to the recommendations from Harmonizing the Metabolic Syndrome. Its frequency was evaluated according to the demographic (sex, skin color, age and marital status), socioeconomic (educational level, income and work shift), and behavioral characteristics (smoking, alcohol intake, leisure time physical activity, number of meals and sleep duration) of the sample. The multivariate analysis followed a theoretical framework for identifying metabolic syndrome in fixed-shift workers. RESULTS The prevalence of metabolic syndrome in the sample was 9.3% (95%CI 7.4;11.2). The most frequently altered component was waist circumference (PR 48.4%; 95%CI 45.5;51.2), followed by high-density lipoprotein. Work shift was not associated with metabolic syndrome and its altered components. After adjustment, the prevalence of metabolic syndrome was positively associated with women (PR 2.16; 95%CI 1.28;3.64), workers aged over 40 years (PR 3.90; 95%CI 1.78;8.93) and those who reported sleeping five hours or less per day (PR 1.70; 95%CI 1.09;2.24). On the other hand, metabolic syndrome was inversely associated with educational level and having more than three meals per day (PR 0.43; 95%CI 0.26;0.73). CONCLUSIONS Being female, older and deprived of sleep are probable risk factors for metabolic syndrome, whereas higher educational level and higher number of meals per day are protective factors for metabolic syndrome in fixed-shift workers.OBJETIVO Analisar se síndrome metabólica e seus componentes alterados estão associados a fatores demográficos, socioeconômicos e comportamentais em trabalhadores de turnos fixos. MÉTODOS Estudo transversal com amostra de 902 trabalhadores de turnos, de ambos os sexos, de um frigorífico de frango do sul do Brasil, em 2010. O diagnóstico da síndrome metabólica foi determinado pelas recomendações do Harmonizing the Metabolic Syndrome; e sua frequência foi avaliada segundo características demográficas (sexo, cor de pele, idade e estado civil), socioeconômicas (escolaridade, renda e turno de trabalho) e comportamentais (tabagismo, consumo de álcool, atividade física de lazer, número de refeições/dia e duração do sono). A análise multivariada seguiu um modelo conceitual de determinação da síndrome metabólica em trabalhadores de turnos fixos. RESULTADOS A prevalência de síndrome metabólica foi 9,3% (IC95% 7,4;11,2). O componente mais frequentemente alterado foi a circunferência da cintura (RP 48,4%; IC95% 45,5;51,2), seguido pela lipoproteína de alta densidade. O turno de trabalho não esteve associado à síndrome metabólica e aos seus componentes alterados. Após ajustes, a prevalência da síndrome metabólica foi positivamente associada ao sexo feminino (RP 2,16; IC95% 1,28;3,64), a trabalhadores com 40 anos ou mais (RP 3,90; IC95% 1,78;8.93) e àqueles que reportaram dormir cinco horas ou menos por dia (RP 1,70; IC95% 1,09;2,24). Por outro lado, a síndrome metabólica esteve negativamente relacionada à escolaridade e a fazer mais do que três refeições por dia (RP 0,43 IC95% 0,26;0,73). CONCLUSÕES Ser mulher, possuir idade mais avançada e ter privação de sono mostraram-se potenciais fatores de risco para síndrome metabólica, enquanto ter maior escolaridade e realizar maior número de refeições/dia foram fatores de proteção para síndrome metabólica em trabalhadores de turnos fixos
Alimentação saudável na infância: representações sociais de famílias e crianças em idade escolar
O estudo investigou as representações sociais sobre alimentação saudável de famílias e crianças em idade escolar. Foi um estudo de casos múltiplos, com entrevistas semiestruturadas e desenhos. Participaram oito famílias de classe socioeconômica média e baixa, cinco com condições de segurança e três de insegurança alimentar. A análise revelou que a alimentação do campo, na infância dos pais, foi uma época difícil, porém, considerada mais saudável. Embora as famílias expressassem concepções normatizadas de alimentação saudável, várias forças, proximais e distais, tencionavam suas práticas atuais em outra direção. O acesso fácil a alimentos pouco saudáveis e as restrições financeiras, se somavam a vida corrida das famílias e a significados prazerosos associados as “porcarias/besteiras” como modo de sair da rotina. Os achados apontam que as representações sobre alimentação saudável abarcam diferentes contextos de sociabilidade da criança e são atravessados pelo contexto histórico e cultural das famílias, desafiando noções baseadas no conhecimento formal
Padrões alimentares e sua associação com fatores sociodemográficos e comportamentais : Pesquisa Saúde da Mulher 2015, São Leopoldo (RS)
Introdução: Padrões alimentares parecem predizer melhor o risco de doenças do que nutrientes ou alimentos isoladamente. Objetivo: Identificar padrões alimentares e fatores associados em mulheres adultas. Método: Estudo transversal, de base populacional, com 1.128mulheres, de 20 a 69 anos de idade, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul. O consumo alimentar foi avaliado por meio de um questionário de frequência. Utilizou-se análise de componentes principais para identificação dos padrões alimentares. Razõesde prevalências brutas e ajustadas foram estimadas por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Foram identificados três padrões alimentares que explicaram 25,8% da variância total: saudável (frutas, vegetais e alimentos integrais); de risco (alimentos ultraprocessados); e brasileiro (arroz e feijão). Opadrão saudável apresentou o maior percentual de variância explicada (11,62%). A probabilidade de adesão ao padrão saudável aumentou linearmente com a idade e a escolaridade e foi maior em ex-fumantes (razão de prevalência - RP = 1,22; intervalo de 95% de confiança (IC95%) 1,04 - 1,42). Já mulheres mais jovens e com maior escolaridade tinham maior probabilidade de aderir ao padrão de risco. A probabilidade de adesão ao padrão brasileiro aumentou à medida que diminuiu a escolaridade e foi maior em mulheres de cor de pele não branca (RP = 1,29; IC95% 1,04 - 1,59). Conclusões: Enquanto a adesão aos padrões saudável e de risco comportou-se distintamente segundo a idade das mulheres, ela foi semelhante para a escolaridade. Já a adesão ao padrão brasileiro foi definida pelas condições socioeconômicas.Introduction: Dietary patterns may be more predictive of disease risk than individual nutrients or foods. Objective: To identify dietary patterns and associated factors among adult women. Method: Population-based cross-sectional study with 1,128 women, aged 20 to 69 years, living in São Leopoldo, Rio Grande do Sul. Food intake was assessed with a frequency questionnaire. The principal component analysis identified dietary patterns. We estimated crude and adjusted prevalence ratios using Poisson regression with robust variance. Results: Threedietary patterns - responsible for 25.8% of the total variance - were identified: healthy (fruits, vegetables, and whole foods); risk (ultra-processed foods); and Brazilian (rice and beans). The healthy pattern showed the largest percentage of explained variation (11.62%). The probability of adherence to the healthy pattern increased linearly with age and schooling and was higher among ex-smokers [prevalence ratio (PR)=1.22; confidence interval of 95% (95%CI) 1.04 - 1.42]. Younger women and those with better schooling had more chances of adhering to the risk pattern. The probability of adherence to the Brazilian pattern increased as schooling decreased and was higher among non-white women (PR = 1.29; 95%CI 1.04- 1.59). Conclusions: While adherence to healthy and risk patterns behaved differently according to women’s age, it was similar regarding schooling. Socioeconomic conditions defined adherence to the Brazilian pattern
Dietary patterns of elementary school students in southern Brazil and associated factors: a cross-sectional school-based study
The objective was to identify dietary patterns and associated factors in schoolchildren from public schools in a city in southern Brazil. Cross-sectional, school-based study (31 schools; 1,750 students, 12-19 years), in the city of Caxias do Sul/Rio Grande do Sul, Brazil. A self-applicable questionnaire was used for data collection. Principal Component Analysis was used to identify dietary patterns and Poisson regression to test associations, considering a statistical significance level of 5% (p≤0.05). Three dietary patterns explained 39.65% of the total variance: Fast Food (19.14%); Fruits & Vegetables (13.15%) and Dairy Products (7.36%). Fast Food pattern was more likely among older students (55%; p=0.036), black/brown (33%; p=0.004), with excessive sedentary behavior (48%; p=0.003), alcohol intake (81%; p<0.001) and more family meals (56%; p=0.027). Fruits & Vegetables was more likely among sufficiently active schoolchildren (33%; p<0.001) and with more family meals (49%; p=0.001), and 30% lower among those with regular self-perceived health (p=0.014). Probability of adherence to the Dairy Products pattern was 23% lower in black/brown skin color (p=0.024); it increased with the maternal education, being higher in adolescents whose mother had completed higher education (67%; p=0.002); it was higher in those with excessive sedentary behavior (55%; p<0.001) and with more family meals (50%; p=0.007). Fast Food pattern was associated with risk behaviors, Fruits & Vegetables pattern to healthy behaviors and Dairy Products pattern to both behaviors. Our findings contribute to the formulation of public policies aimed at promoting healthy eating and other health-promoting behaviors in this population group