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    O discurso patriarcal através da música popular brasileira: uma análise das canções misóginas do século XX

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    This article intends to conduct a preliminary discussion about the female representations contained in Brazilian songs of different musical genres that became popular in the country in the middle of the 20th century. Supported by feminist theory, the reflections intend to analyze the following songs contained in the popular local songbook: “Morocha”, by Mauro Ferreira and Roberto S. Ferreira; “Mulher Indigesta” by Noel Rosa; “Cabocla Tereza”, by João Pacífico; “Me Lambe” by Raimundos and “Mulher Vulgar”, by Racionais Mc’s explaining the patriarchal discourses related to them, in order to prove that patriarchal culture is naturalized through musical culture in Brazil. In this sense, each music chosen for analysis belongs to a distinct musical genre, a fact that corroborates the prerogative that misogyny permeates all musical styles, which express plural and distinct cultures. Each of the evaluated songs brings a different perspective on the feminine image, however, they have in common the fact of depreciating the woman, placing it in a position of inferiority in relation to the man. The androcentric vision reiterated and propelled through the popular songbook, perpetuates a culture of exclusion and violence against women, in this sense, it is proposed through these discussions, contribute to the deconstruction of a stereotyped and conventionalist view of gender roles. Submissão: 2018-03-15 Aceito: 2018-07-25O presente artigo pretende realizar uma discussão preliminar acerca das representações femininas contidas em canções brasileiras de diferentes gêneros musicais que popularizaram-se no país, em meados do século XX. Subsidiada pela teoria feminista, as reflexões pretendem analisar as seguintes músicas contidas no cancioneiro local popular: “Morocha”, de Mauro Ferreira e Roberto S. Ferreira; “Mulher Indigesta”, de Noel Rosa; “Cabocla Tereza”, de João Pacífico; “Me Lambe”, da banda Raimundos e “Mulheres Vulgares”, dos Racionais Mc’s explicitando os discursos patriarcais à elas relacionados, a fim de comprovar que a cultura patriarcal se naturaliza através da cultura musical no Brasil. Neste sentido, cada música eleita para a análise pertence a um gênero musical distinto, fato que corrobora com a prerrogativa de que a misoginia perpassa por todos os estilos musicais, que expressam culturas plurais e distintas. Cada uma das canções avaliadas trazem uma perspectiva diferente sobre a imagem feminina, entretanto, possuem em comum o fato de depreciarem a mulher, colocando-a em uma posição de inferioridade em relação ao homem. A visão androcêntrica reiterada e propalada através do cancioneiro popular, perpetua uma cultura de exclusão e violência contra as mulheres, neste sentido, propõem-se através destas discussões, contribuir para a desconstrução de uma visão estereotipada e convencionalista dos papéis de gênero.

    A Literatura como instrumento de visibilização da cultura “LGBTT” no ambiente escolar

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    Todas as minorias, inclusive as minorias sexuais, sofrem diversas formas de opressão. Dentre as diversas formas de opressão podemos elencar a invisibilização das culturas e/ou modos de vida que não são tidas como normais e aceitáveis, tampouco pertencentes a um cânone e um padrão figurativo. A partir dessa premissa o artigo tem por objetivo realizar uma breve reflexão sobre as possibilidades de a arte literária visibilizar e apresentar a cultura LGBTT no ambiente escolar. Este texto utiliza-se de bibliografias e estudos que versam sobre a  violência contra o sujeito LGBTT nos meios educacionais afim de traçar reflexões sobre o modo excludente e injusto com que os mesmos são inseridos nas instituições de Ensino. A seguir, apresentaremos argumentos que mostram a importância e a potência do trabalho com a arte literária afim de romper com tabus e inserir as minorias no seio do sistema escolar de modo pleno e igualitário

    O NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO E A EDUCAÇÃO: REFLEXOS NO CONTEXTO PAULISTA

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    O nacional desenvolvimentismo é alardeado como um momento de modernização para o Brasil. Contudo, é notável que a Educação não recebeu os mesmos incentivos que os demais setores. O principal objetivo do presente texto é analisar os condicionantes macroestruturais, especialmente os políticos, que incidiram sobre educação brasileira de um modo geral, e na realidade paulista, em particular, entre os anos de 1956 e 1961. Como metodologia, esta investigação se respaldou em uma abordagem qualitativa, utilizando-se da análise bibliográfica como método de coleta de dados. Como resultado, constatou-se que muito embora o governo do Estado de São Paulo conhecesse o problema da falta de prédios escolares, os investimentos decresceram no final da década de 1950. Por fim, como a preocupação dos governos se voltou para o atendimento da demanda, mas com baixos investimentos em infraestrutura e qualidade da educação, um cenário de estagnação se estabeleceu, sobretudo a partir de 1964

    Têmpera forte e completo desprendimento: história e memória das docentes no sertão paulista (1932-1960)

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    O presente artigo exibe a atuação das professoras primárias na construção das bases da cultura escolar frente ao cenário de rudeza e precariedade do extremo oeste paulista, entre as décadas de 1930 e 1960. Para tanto, a pesquisa recorreu à documentação oficial do período e aos relatos orais de algumas docentes que atuaram naquela região. As professoras tiveram que enfrentar as dificuldades inerentes ao início de suas carreiras e de lecionar em imóveis improvisados para a finalidade educativa, como parte de uma espécie de “estágio” na zona rural imposto pelo Estado. Ao lidar com a precariedade das instalações escolares e a presença fiscalizadora do Estado, essas educadoras construíram a cultura escolar das escolas em lecionaram, improvisando com os recursos que possuíam

    ESCOLA, HOMOSSEXUALIDADES E HOMOFOBIA: REMEMORANDO EXPERIÊNCIAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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    Anchored in gender and queer studies we aims to analyze the social labeling of homosexuality through in physical education practices at school. We present reports from six semi-structured interviews with young adults, who self-recognized as homosexuals, regarding their experiences in physical education classes. Non-heterosexual sexualities are stigmatized and framed in hierarchical relationships where young homosexuals are constantly targeted by prejudice and have their expressions of preference negated. Understanding physical behaviors from a dichotomous gender perspective, such as in sports, reiterates the cultural process that constructs masculinity and femininity, thus relegating homosexuality to the sphere of social "unintelligibility".Anclado en los estudios de género y queers nosotros analizamos cómo la homosexualidad etiquetado social, se lleva a cabo a través de las clases de Educación Física. Presentamos seis entrevistas semi-estructuradas con jóvenes adultos que autorreconheceram como homosexuales. Las sexualidades no heterosexuales son estigmatizados y se insertan en jerarquías, donde los hombres gay están sujetos a las manifestaciones de perjuicio que negativizam sus expresiones. La comprensión de las prácticas corporales en la perspectiva dicotómica de género, tales como deportes, reitera el proceso de construcción cultural de la masculinidad y feminidad, relegado a la homosexualidade en la esfera de "ininteligibilidades" sociales.Ancorado nos estudos de gênero e teoria queer, o presente trabalho objetiva problematizar como a marcação social da homossexualidade é instituída por intermédio de práticas escolares da Educação Física. Apresentam-se relatos da realização de seis entrevistas semiestruturadas com jovens adultos, que se autorreconheceram como homossexuais, acerca de suas experiências em aulas de educação física. Os resultados permitem problematizar que as sexualidades não heterossexuais são estigmatizadas e inseridas em relações hierárquicas nas quais jovens homossexuais são alvo constante de manifestações de preconceito que negativizam suas expressões desejantes. A compreensão sobre algumas práticas corporais na perspectiva dicotômica do gênero, como as esportivas, reitera o processo de construção cultural das masculinidades e feminilidades, relegando às homossexualidades ao âmbito das “ininteligibilidades” sociais

    CAPOEIRA E ENSINO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA: ANÁLISE DO MATERIAL DO ALUNO – CICLO II

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    O presente estudo teve por objetivo elaborar uma análise sobre a realidade do ensino de cultura africana nas instituições escolares dentro da grade curricular do Ensino Fundamental, construindo um entendimento sobre a importância da Lei nº 10.639/2003 (temática afro-brasileira) para o ensino brasileiro. Discutiu-se a possibilidade de sua aplicação via aulas de Educação Física, materializada no ensino da capoeira. A metodologia adotada apoiou-se na abordagem qualitativa elaborando uma pesquisa bibliográfica e análise do material didático do Ensino Fundamental – Ciclo II do Governo do Estado de São Paulo. Concluímos assim, que a capoeira está inserida na grade curricular do Ensino Fundamental – Ciclo II, na 8°série/9°ano, porém sua prática ainda não compreende todos os aspectos necessários para a efetivação da lei

    A educação da mulher no Brasil-colonia

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    Orientador: Gilberta Sampaio de Martino JannuzziDissertação (mestrado)-Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoMestrad

    Estrutura Educacional na Primeira República

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    A pesquisa Vestígios da Educação Feminina no Século XVIII em Portugal procura reunir o maior numero possível de informa96es sobre a Educação das mulheres portuguesas no século XVIII. Busca-se estas informações em autores que escreveram sobre a necessidade e a concepção desejada para a educação feminina em Portugal. A representação do universo feminino e analisada a partir de leituras realizadas sobre gênero e educação em dois aspectos: como ato de escolarização e como pratica de sociabilidade.Analisa também algumas vozes dissonantes e consoantes ao Marques de Pombal, durante o reinado de D. Jose I. bem como relatos de alguns viajantes, relativosas mulheres
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