649 research outputs found

    O Corpo-bagulho: ser velho na perspectiva das crianças

    Get PDF
    As crianças muito têm a dizer sobre a cultura societal na qual estão inseridas. Por meio de seus saberes, elas nos permitem conhecer não apenas seus hábitos, cotidianos e brincadeiras, mas, também, um amplo conjunto de conhecimentos sobre a sociedade em que vivem. Nesta pesquisa, um grupo de dezesseis meninos e meninas da periferia de Porto Alegre é chamado a colocar em relevo seus conhecimentos sobre a velhice, trazendo à tona, por meio de discussões realizadas em encontros de grupo focal, como o velho é concebido e representado na contemporaneidade. Os saberes das crianças fazem referência a um amplo currículo cultural que produz e legitima enunciados discursivos sobre o corpo que envelhece. Enunciados que, ao relacionarem o corpo-velho a determinados atributos, acabam por controlar seus modos de ser, de fazer e de viver

    Morando com meus avós: as famílias conviventes na perspectiva das crianças

    Get PDF
    AbstractThis article deals with intergenerational relationships between grandparents and grandchildren in threegeneration households. It is based on the report of twelve boys and girls, aged between eight and ten years, from the middle class of the city of Porto Alegre, southern Brazil. In this research project, the children discuss how these homes are organized, the roles played by some family members and the solidarity networks between the generations. Such realities constitute the daily life of many children, marking their childhood and their family relationships.El presente artículo se ocupa de las relaciones intergeneracionalesentre abuelos y nietos niños en situacionesde cohabitación que constan de tres generaciones. Paraello, parte del relato de doce niños y niñas de edadesentre los ocho y los diez años, de la clase media de laciudad de Porto Alegre, al sur de Brasil. En este estudio,los niños van a discutir cómo se organizan estas casas,los roles que ocupan los diversos miembros y las redes desolidaridad entre las generaciones. Estas son realidadesque constituyen la vida diaria de muchos niños, dejandomarcas importantes en su infancia y en sus relacionesfamiliares.Palabras claveInfancia, abuelos, nietos, relaciones intergeneracionales,familias cohabitantes.ResumoO presente artigo trata das relações intergeracionais entre avós e netos crianças em lares conviventes formados por três gerações. Para tanto, parte do relato de doze meninos e meninas, com idades entre oito e dez anos, pertencentes à classe média da cidade de Porto Alegre, região Sul do Brasil. Nesta pesquisa, as crianças discutem o modo como esses lares se organizam, os papéis ocupados por seus diferentes membros e as redes de solidariedade entre as gerações. São realidades que constituem o cotidiano de muitas crianças, deixando marcas importantes em suas infâncias e em suas relações familiares

    Wohlbefinden von Kindern in der deutschsprachigen Schweiz

    Full text link
    Die Frage, was Kinder unter Wohlbefinden verstehen und was sie aus ihrer Sicht brauchen, damit es ihnen gut geht, steht im Mittelpunkt des vom Schweizerischen Nationalfonds (SNF) finanzierten Forschungsprojekts Wohlbefinden von Kindern in der deutschsprachigen Schweiz (Laufzeit 09/2021 bis 08/2024). Das Forschungsprojekt beschäftigt sich mit der Frage nach dem Wohlergehen und Wohlbefinden von Kindern, nach dem, was ihnen wichtig ist und wie sie ihren Alltag gestalten, nicht mehr allein über Erwachsene vermittelt, sondern durch die Kinder selbst erzählt. In diesem Sinne bearbeitet es folgende Forschungsfragen: Wann, unter welchen Bedingungen und wie erleben Kinder Wohlbefinden

    ‘People lie’: overcoming obstacles to incorporate social science research to biodiversity conservation

    Get PDF
    Mesmo com o reconhecimento da importância da interdisciplinaridade na conservação da biodiversidade, ainda há resistência em incorporar a pesquisa em ciências sociais (PCS) ao pensamento e à prática conservacionista. As razões para tal resistência podem ser resumidas em três afirmações gerais ainda comumente atribuídas à PCS: 'tem pouca utilidade' e 'menos rigor metodológico' quando comparada à pesquisa em ciências naturais e, sobretudo, é pouco confiável porque 'as pessoas mentem'. Neste ensaio, desenvolvido a partir da experiência dos participantes de uma comunidade de prática, formada por profissionais de diversas áreas e setores relacionados à conservação, e das discussões geradas nesse espaço de aprendizado coletivo, abordamos as limitações e os equívocos por trás das afirmações acima. A PCS não é menos útil na conservação e nem tem menos rigor metodológico do que a pesquisa em ciências naturais, e quando as pessoas mentem para o pesquisador o problema não está na pesquisa em si, mas na relação entre sujeito e pesquisador. Argumentamos que à medida que os conservacionistas se familiarizam com a PCS e que os princípios de equidade e justiça são incorporados aos valores e objetivos da conservação, a importância e necessidade da PCS na conservação tornam-se óbvias, e a falta de confiança entre pesquisador e sujeitos deixa de ser uma preocupação significativa. Capacitar, integrar e apoiar são nossas recomendações básicas para pesquisadores, educadores, gestores e tomadores de decisão nas áreas de conservação, ensino, publicação e financiamento, para que a PCS cumpra plenamente seu papel na conservação.Despite the acknowledged importance of interdisciplinarity in biodiversity conservation, there is still resistance to incorporate social science research (SSR) to both conservationist thinking and practice. The reasons for such a resistance can be summarized in three general statements still commonly attributed to SSR, namely: it is of 'little use' and it has 'less methodological rigor' than research in the natural sciences and, above all, it is unreliable because 'people lie'. The current essay was developed based on the experience of participants of a community of practice (formed by professionals from different fields and sectors  associated with conservation), as well as on discussions held in this space of collective learning. It addresses the limitations and misconceptions behind the aforementioned statements. SSR is not less useful in conservation and not less methodologically rigorous than research conducted in the natural sciences. When researchers are lied to, the problem does not lie on the research itself, but on the subject-researcher relationship. We herein argue that as conservationists become more familiar with SSR, and as principles like equity and justice are incorporated to conservation values and goals, both the importance and need of SSR in conservation become obvious, making the lack of trust between researcher and subjects no longer a significant concern. Increasing capacity, integrating and supporting are our basic recommendations for researchers, educators, managers and decision-makers in the conservation, teaching, publishing and funding fields, so that SSR can fully fulfill its role in conservation
    corecore