12 research outputs found

    “SUA VIDA ESTÁ NA TV”: O TELEJORNALISMO DA NOTÍCIA AO ENTRETENIMENTO NO JORNAL DO ALMOÇO

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    O artigo discute as mudanças editoriais e estéticas observadas no telejornalismo contemporâneo, tomando como objeto de estudo o programa Jornal do Almoço da RBS TV. O telejornal que passou por uma reestruturação em 2010 tanto em forma quanto em conteúdo, passou a trabalhar a factualidade e o entretenimento a partir de uma perspectiva difusa, na qual os limites são pouco claros. A análise do programa foi operacionalizada em dez edições a partir da combinação de métodos quantitativos e qualitativos

    ELIANE BRUM E AS PERSONAGENS COMPLEXAS DA OBRA A VIDA QUE NINGUÉM VÊ

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    Este artigo discute as apropriações da literatura na obra A vida que ninguém vê (2006) da jornalista Eliane Brum. As reportagens da autora são exemplos de como a narrativa jornalística propõe desvendar o humano por meio da observação de suas ações, intenções e percepções. Assim, a pesquisa utiliza o estudo sobre a personagem dos teóricos Antonio Candido (1998) e E.M Forster (1974) para mostrar que as fontes jornalísticas de Eliane Brum comportam-se como entes ficcionais ao tornarem-se protagonistas e, ao mesmo tempo, representarem a complexidade da natureza humana. PALAVRAS-CHAVE: jornalismo; literatura; jornalismo humanizado

    Um Rio Grande do Sul narrado: identidade regional no Jornal Nacional

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    This article analyzes how journalism interprets facts and in doing so attributes senses to the experience in society. For this purpose, we take TV journalism and analyze two reports aired on Rede Globo’s Jornal Nacional (evening news). Both have been selected as an analytical cut because of the regional identity elements they present in the narrative and which is recurrent in the media about Rio Grande do Sul State. Based on this phenomenon we establish an association between cultural studies and narrative theories, understanding journalism as a cultural form with aesthetic and political materiality. We take the model of the culture circuit ( Johnson, 1999) to perform the analysis. The communicative process is studied as a whole, which makes it possible to establish a relationship between the journalistic production, the text, its consumption and the implications in the social fabric. Keywords: narrative, TV journalism, region, cultural identity, culture circuit.O artigo trata de como o jornalismo, ao interpretar os fatos, os institui atribuindo sentidos à experiência em sociedade. Para tanto, toma o jornalismo televisivo por meio da análise de duas reportagens do Jornal Nacional ( JN), da Rede Globo. Ambas são escolhidas como recorte analítico em decorrência dos elementos identitários regionais que apresentam na narrativa e que é recorrente na mídia sobre o Rio Grande do Sul. A partir desse fenômeno, faz-se uma associação entre os estudos culturais e as teorias da narrativa, compreendendo o jornalismo como uma forma cultural, com uma materialidade estética e política. Toma-se o modelo do circuito da cultura ( Johnson, 1999) para realizar a análise, para o qual o processo comunicativo é estudado em sua integralidade, possibilitando estabelecer relações entre a produção jornalística, o texto, seu consumo e as implicações no tecido social. Palavras-chave: narrativa, telejornalismo, região, identidade cultural; circuito da cultura

    As representações do território: as regiões do Rio Grande do Sul no Programa Jornal Nacional

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    This paper seeks to understand how the journalistic production operates and the implications of this operation in territorial representations, based on the dynamics of TV news production of national coverage. The sample for this article is the workings of RBS TV, a station in the state of Rio Grande do Sul affiliated with Rede Globo (the largest TV network in Brazil), as related to the coverage of the regions of Rio Grande do Sul for Rede Globo’s “Jornal Nacional” (national evening news). It is based on literature review and interviews with three journalists from RBS TV, held in 2011. The results point to the representation of a "specific territory" built in media discourse from stereotypes and folkloric brands.O estudo que aqui se apresenta busca compreender como a produção jornalística opera e as implicações dessa operação nas representações do território, a partir da dinâmica da produção do telejornalismo de alcance nacional. O recorte para o artigo está no estudo do funcionamento da produção da emissora afiliada à Rede Globo no Rio Grande do Sul, a RBS TV, em relação à cobertura das regiões do Rio Grande do Sul para o programa Jornal Nacional, da Rede Globo. Baseia-se em revisão de literatura e em entrevistas com três jornalistas da RBS TV, realizadas em 2011. Os resultados apontam para a representação de um “certo território” construído no discurso midiático a partir de marcas estereotipadas e folclóricas

    CINEMA E FUTEBOL: DOS GRAMADOS PARA AS TELAS

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    Este artigo apresenta o estudo de investigação que incorre na questão da construção do personagem protagonista. Neste aspecto destaca-se que tanto o futebol quanto o cinema, ao longo de suas trajetórias, percorreram caminhos semelhantes até alcançarem o status de entretenimento por grande parte da população no século XXI. O futebol e o cinema chegaram ao Brasil como atividades da elite. Porém, com o passar dos anos as duas formas de entretenimento atraíram a atenção da população brasileira. Neste contexto, pode-se olhar para dois grandes mitos do futebol nacional que se destacaram nas décadas de 40, 50 e 60 e que se sucederam no Botafogo: Heleno e Garrincha. Em razão disso, a partir da produção cinematográfica nacional sobre a história desses jogadores, busca-se analisar a partir da teoria da narrativa o filme Heleno, dirigido por José Henrique Fonseca no ano de 2011, e Garrincha, do diretor Milton de Alencar e lançado em 2003. Para observação dos filmes foram selecionados elementos comuns presentes em ambos os filmes e relacionados ao desempenho das personagens protagonistas, como por exemplo, a relação destes com o futebol, com a fama, com os relacionamentos, com o declínio/doenças

    “12 ANOS DE ESCRAVIDÃO” E A PAIXÃO PELO REAL

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    Este artigo propõe uma reflexão sobre as narrativas audiovisuais contemporâneas marcadas pelo choque do real ou pela paixão pelo real. Em perspectivas semelhantes, os autores defendem a ideia de que, diante da experiência virtualizada e fragmentada atual, as produções audiovisuais construídas a partir da estética realista buscam ofertar um real mais real do que o real, portanto, explícito e contundente, buscando reduzir as mediações e artifícios em seu narrar. A observação deste fenômeno, bem como o estudo das estratégias de autenticação da linguagem audiovisual foram feitas no filme “12 Anos de Escravidão”, de Steve McQueen, vencedor de três Oscars e integrante de uma safra de filmes oscarizados que, em boa parte, foram resultantes da retratação de histórias reais de anônimos

    MÍDIA E IDENTIDADE – O REGIONAL NO JORNAL NACIONAL

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    O artigo se propõe a discutir como o telejornal mais antigo e de maior audiência do Brasil, o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, constrói, por meio de suas notícias, a realidade brasileira e, desta forma, contribui para a construção de identidades sobre as distintas regiões do Brasil. Toma-se, particularmente, o caso das regiões do Rio Grande do Sul para um olhar mais atento. Compreende-se a construção de identidade na mídia como estreitamente relacionada aos processos de visibilidade pública e de construção de sentidos ofertados pelo jornalismo de televisão sobre as regiões e suas populações. No artigo, busca-se estabelecer uma relação entre as implicações de determinada produção de sentidos e o processo de desenvolvimento. Tomam-se as teorias dos estudos culturais e da análise do discurso como base reflexiva para a discussão feita por meio de pesquisa bibliográfica

    Metanarrativa, ficção e não ficção em Táxi Teerã, de Jafar Panahi

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    O objetivo deste artigo é discutir como o cinema contemporâneo vem evidenciando o tensionamento dos limites entre ficção e não ficção por meio do emprego estratégico de recursos metanarrativos. A metanarrativa expõe e problematiza os inevitáveis processos de ficcionalização da narrativa, ao pretender ofertar provas de autenticação do real, suposta e dialeticamente construído nas relações limítrofes da interferência subjetiva de uma instância enunciadora. No caso da cinematografia do diretor iraniano Jafar Panahi, marcada pela autorreflexão, a proposta é que a arte olhe para dentro e reconheça a si mesma enquanto discurso. Metodologicamente, analisa-se o filme Táxi Teerã (2015), cuja eleição de linguagem e discurso é resultante dos constrangimentos operacionais a que está submetido Panahi, por conta de ter sido proibido pela justiça iraniana de fazer cinema. Buscando apresentar situações ordinárias da vida em Teerã, o diretor liga uma câmera dentro de um táxi, onde desempenha a função de motorista enquanto conversa com os passageiros. Conclui-se que Panahi faz cinema para, metanarrativamente, problematizar e posicionar esse fazer enquanto um ato político, ao mostrar a impossibilidade de limitar a natureza do audiovisual e ao mostrar, por extensão, a natureza dos próprios princípios reguladores da produção audiovisual no país, denunciando o aparato repressivo que age sobre a produção cinematográfica
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