17 research outputs found

    A INSURREIÇÃO CONTESTADA: WILLIAM STYRON E AS CONFISSÕES DE NAT TURNER

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    Neste trabalho apresentamos meandros de “veracidade” no romance histórico de William Styron, As confissões de Nat Turner, levando em consideração o ponto de vista do narrador. Ao falar do negro, Styron mantém, de certa maneira, a perspectiva do branco, além de também perpetuar a distância criada pelo sistema escravista e segregacionista dos Estados Unidos da América.PALAVRAS-CHAVE: Literatura e história, William Styron, sistema escravagist

    Desesterro: silêncios, construtos e resistências na literatura latino-americana

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    When social constructs concerning women in Latin-American society are questioned, there are moments of resistance. In this article we will discuss on restrictive images of resistance, but propitiating another kind of resistance in the Brazilian novel Desesterro, by Sheyla Smanioto. In order to prove our hypothesis we have instability as foundation described in conditions that prevent us from living, revealing protests in disagreement. Nevertheless, the “gathering” of women in Smanioto’s text bursts possibilities. In order to do this, we will employ Judith Butler’s conception of assembly providing readers with a target claim, echoing the imposed silence towards women’s voices presented in the text.Quando construtos sociais, relativos à mulher na sociedade latina americana, são questionados, há momentos de resistências. Nesse artigo discorreremos sobre imagens impeditivas de uma resistência de fato, mas propiciadoras de resistência outra no romance brasileiro Desesterro, de Sheyla Smanioto. A fim de comprovar nossa hipótese, temos como fundamentação a instabilidade descrita em condições inviabilizadoras do viver, revelando protestos em desacordo. Não obstante, a “reunião” de mulheres no texto de Smanioto irrompe possibilidades. Para isso, empregaremos a concepção de assembleia de Judith Butler, proporcionando aos leitores uma visada reivindicativa, concedendo eco ao silêncio imposto às vozes femininas presentes no texto

    O estupro sob a ótica feminina: violência de gênero na literatura

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    Nesse artigo discutiremos como o estupro é um construto da sociedade sexista realizado com a finalidade de controlar inseguranças e impotências de “homens e mulheres”, personagens de obras literárias. A violência do corpo tomado sem consentimento sangra incapacidades, impulsos e sonhos, e na ausência do empoderamento pelo discurso, sujeitos são e estão estuprados

    De queer a quare: uma aposta interseccional entre gênero, raça, etnia e classe

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    In this paper we attempt to problematize some of the limitations of queer theory, proposing a more unrestricted theoretical view, capable of establishing correlations between gender, race, ethnicity and class. In order to articulate such identity cleavages, we address the contributions of intersectional thinking and quare studies, an interventionist disciplinary project which amplifies the prototypical, analytical and epistemological dimensions of queer studies to incorporate key issues faced by lesbians, gays, bisexuals, and transgendered people of color. From the analysis of Blackberri’s song Beautiful Blackman (1989), Giovanni’s Room (1956), a novel by African-American writer James Baldwin, and the photographic text of Érica Malunguinho (2018), by Sérgio Fernandes, we depict the operational potential of such a new proposal, allowing clearer readings of quare identities, forcibly restrained by hegemonically instituted regimes.Este artigo visa problematizar alguns dos limites da analítica queer, propondo uma abordagem teórica mais alargada, capaz de estabelecer correlações entre gênero, raça, etnia e classe. A fim de articular essas clivagens identitárias, recorre-se às contribuições aportadas pelo pensamento interseccional e pelos estudos quare, projeto disciplinar intervencionista que amplifica os marcos das dimensões prototípica, analítica e epistemológica dos estudos queer com o propósito de incorporar questões enfrentadas por lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros racializados. A partir da análise da canção Beautiful Blackman (1989), de Blackberri, do romance Giovanni’s Room (1956), do escritor afro-americano James Baldwin, e do texto fotográfico de Érica Malunguinho (2018) feito por Sérgio Fernandes, ilustra-se o potencial operante dessa nova proposta, arejando leituras mais apuradas das identidades quare, forçosamente refreadas por regimes hegemonicamente instituídos

    UM OLHAR SOBRE O BRASIL HOJE: GÊNERO E RAÇA NA PRODUÇÃO DE ESCRITORAS BRASILEIRAS

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    O (re)pensar o Brasil, por meio da representação que faz da vida mais prosaica como processo detransformação, encontra-se incorporado na linguagem literária. Em vista dessa natureza particular,a literatura permite (re)pensar construtos de gênero e “raça”. Desse modo, pode-se dizer que a arspoética dos estudos de gênero e dos estudos subalternos pode funcionar como uma militânciaartística, veemente e mordaz contra os modelos impostos pela cultura vigente. Trata-se de umaliteratura sem remorsos que, abraçando estratagemas políticos que promovem a autodefinição e atotal expressão, modifica valores e leis, tornando as instituições e as relações opressivas. Esse artigotratará de problematizar a pluralidade de significados que produções de mulheres trazem hoje para aliteratura

    A insurreição contestada: William Styron e As confissões de Nat Turner

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    This work presents intricacies of "truth" in the historical novel Confessions of Nat Turner, by William Styron, considering the point-of-view of the novel's narrator. When speaking about the black, Styron somehow keeps the white's perspective, and also perpetuates the distance created by the slavery and segregationist system of the United States of America.Neste trabalho apresentamos meandros de “veracidade” no romance histórico de William Styron, As confissões de Nat Turner, levando em consideração o ponto de vista do narrador. Ao falar do negro, Styron mantém, de certa maneira, a perspectiva do branco, além de também perpetuar a distância criada pelo sistema escravista e segregacionista dos Estados Unidos da América

    Racismo, gênero e mito atualizado no arco-íris de "Ponciá Vicêncio"

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    In this article, we propose to read the novel Poncia Vicencio (2003) from the symbology of what we now call the rainbow myth updated. In the work in question, we point out how the bantu, yoruba, nordic, romanian, irish, greco-roman, jewish myths, as well as the rainbow symbology of the whipala andean flags and the LGBTQI + movement, can be seen in the poetic plot of Conceição Evaristo's narrative. Ribeiro (2018), Daibert (2015), Dionísio (2013) and Ford (1999) are some of the authors who support the perspective present in the analyzed text. We justify this study because, aware of African ancestral knowledge and knowledgeable about the cultures of the world that surround it, Conceição Evaristo de Brito is a safe haven in the debate of black feminism. A writer responsible for opening opportunities for black women in literature, Conceição has made her way through the race. Considered internationally and nationally as the holder of a careful and potent writing, and also as a dear and respected Yabá in the black community, Evaristo is recommended reading and obligatory for everyone.Neste artigo, propomos a leitura do romance Ponciá Vicêncio (2003) a partir da simbologia do que por ora denominamos mito atualizado do arco-íris. Na obra em questão, apontamos o modo como os mitos bantu, iorubá, nórdico, romeno, irlandês, greco-romano, judaico, bem como a simbologia do arco-íris das bandeiras whipala andina e do movimento LGBTQI+, podem ser vistos na trama poética da narrativa de Conceição Evaristo. Ribeiro (2018), Daibert (2015), Dionísio (2013) e Ford (1999) são alguns dos autores que fundamentam a perspectiva presente no texto analisado. Justificamos este estudo porque, sabedora do conhecimento ancestral africano e conhecedora das culturas do mundo que a circundam, Conceição Evaristo de Brito é porto seguro no debate do feminismo negro. Escritora responsável pela abertura de oportunidades para as mulheres negras na literatura, Conceição fez o seu percurso na raça. Considerada internacionalmente e nacionalmente como detentora de uma escrita cuidada e potente, e também como Yabá querida e respeitada na comunidade negra, Evaristo é leitura recomendada e obrigatória a todas e todos

    Apresentação

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    APRESENTAÇÃO – Polifonia v. 27, n.46 (2020) - DOSSIÊ: LINGUAGEM, RAÇA, GÊNERO E CLASSE SOCIAL: EPISTEMES DE RESISTÊNCIA Neste dossiê, acolhemos pesquisas que dialogam com diferentes processos intersecionais, levando em consideração as relações de gênero, negritude, branquitude, sexualidade, educação e sociedade para problematizar os sentidos discriminatórios ainda persistentes no Brasil contemporâneo. Sendo assim, nosso objetivo é ampliar a discussão na área de Linguagem, fomentando  debates que possam alargar nossa compreensão sobre gênero, raça e classe social e seus efeitos discursivos
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