86 research outputs found
Disoriented time and social knowledge : the historical essay in Brazil, c. 1870–1940
This article analyzes the relationships between the writing of history and the experience of time in Brazil, c. 1870–1940. The focus of the analysis is the historical essay, arguing that this kind of essay was a privileged discursive modality for dealing with the problems of temporal order that featured that historical moment, characterized by a deep questioning about the paths taken by the Brazilian republic, by a distortion of the ideal of progress that defined, since the nineteenth century, the features of the modern concept of history, and, finally, by a desire to renew interpretations focused on the development of the nation
O narrador e o viajante: notas sobre a retórica do olhar em Os sertões
The work brings a reflection on the writing strategies used by Euclides da Cunhawhen he wrote his Os sertões, specially on the discursive cut which opposes thenarrator, as the one who relates, from the observer, as the one who sees. Afteranalyzing the Euclides da Cunha’s “rhetoric of sight”, I suggest that one of themain aspects of the argumentation in Os sertões is the notion of distance, in thiscase, between the narrative and the observation.O artigo traça uma reflexão sobre as estratégias de escrita utilizadas por Euclides da Cunha na feitura de seu Os sertões, notadamente no recorte discursivo que separa as figuras do narrador, enquanto aquele que relata, e do viajante, enquantoaquele que observa. A partir da análise da “retórica do olhar” euclidiana, sugiro que um dos elementos constituidores da força argumentativa do livro reside na idéia de distância, no caso, a que cria o hiato entre narrativa e observação
As virtudes do herege: ensaio, modernismo e escrita da história em Casa-grande & senzala
O intuito deste artigo é elaborar uma reflexão em torno da escrita da história em Casa-grande & Senzala, livro publicado em 1933 por Gilberto Freyre, notadamente dos aspectos ensaísticos que caracterizam a obra. Após uma discussão a partir de trabalhos que comentaram o ensaísmo de Gilberto Freyre, sugere-se que uma chave de leitura importante para a compreensão da sua escrita é considerá-lo em relação às tendências intelectuais do modernismo brasileiro
O tempo do sertão, o sertão no tempo: antigos, modernos, selvagens. Leitura de Os sertões
This article presents a reading of the book of Euclides da Cunha, Os sertões (Rebellion in the backlands), considering the way in which the difference is represented within it. The central idea is that the work is constructed upon a notion of distance of times which separates the time of the backlands from the time of what the author calls civilization. In this sense, part of the discursive strategies used in the making of the book works on a comparison between ancients, moderns and savages so that the figure of otherness becomes assimilated there.Este artigo apresenta uma leitura do livro de Euclides da Cunha, Os sertões, considerando a forma pela qual a diferença é nele representada. Parte-se da ideia de que a obra é construída segundo uma noção de distância de tempos que separa o tempo do sertão da temporalidade daquilo que o autor define como civilização. Nesse sentido, parte das estratégias discursivas utilizadas na feitura do livro trabalha segundo uma comparação entre antigos, modernos e selvagens de forma que a figura da alteridade se torne ali assimilável
Apresentação
Apresentação do dossiê História e cultura histórica no alvorecer da época moderna (séculos XIV-XVII)
A narrativa da experiência em Foucault e Thompson
The text analyzes the concept of experience in Michel Foucault’s and Edward Thompson’s works, specifically the way both organize, in the historical narrative, a particular action, characterized by the temporality of the construction of a historical subject.O texto tem por escopo analisar o conceito de experiência nos escritos de Michel Foucault e de Edward Thompson, especificamente a maneira como cada um dos autores organiza, no espaço de uma narrativa histórica, um campo de ação particular, caracterizado pela temporalidade da construção de um sujeito na história
O historiador enquanto leitor: história da historiografia e leitura da história
This essay has as its starting point a suggestive statement made by Manoel Luiz Guimarães Salgado about the research procedures used in the history of historiography. By suggesting that the attention usually given to historical texts and their conditions of production always presupposes the existence of a “certain kind of reader”, the author brings to the foreground the issue of the reading of history. Based on this assumption that the legitimacy of historiographical discourse lies not only in the historian’s compliance with written protocols, but also in the intellectual performance of readers, this text offers a study of the reflections on historical reading developed by the French historian and antiquarian Claude-François Ménestrier in his work Les divers characters ouvrages des historiques, published in 1694.Este ensaio parte de uma sugestiva colocação feita por Manoel Luiz Salgado Guimarães a respeito dos procedimentos de pesquisa para a história da historiografia. Ao sugerir que a atenção voltada para os textos e suas condições de produção supõe sempre a existência de um “certo tipo de leitor”, o autor traz para o primeiro plano da investigação o tema da leitura da história. Nesse sentido, partindo da hipótese de que a legitimidade do discurso historiográfico reside não apenas no cumprimento dos protocolos de escrita efetivados pelo historiador, mas também no ato correlato da leitura realizada por seus leitores, este texto oferece um estudo sobre as considerações a respeito da leitura da história feitas pelo historiador e antiquário francês Claude-François Menestrier em sua obra Les divers caracteres des ouvrages historiques, publicada em 1694
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