152 research outputs found

    Aulas de História: questões do/no tempo presente

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    Este artigo tem por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa voltada para a busca da compreensão de como/quais sentidos são induzidos por docentes no tempo presente, em diferentes contextos curriculares, no entendimento do “ensinar” enquanto fazer conhecer pelos sinais, produzir significados, histórica, política, teórica e culturalmente situados. Operando com o sentido de currículo como “lugar de fronteira”, no qual são realizadas mediações didático-culturais, incorporamos a necessária articulação de referenciais teóricos disciplinares do campo do currículo/educação com aqueles do campo da historiografia, de forma a possibilitar a análise epistemológica do conhecimento produzido. A metodologia utilizada possibilitou a identificação de “professores de História marcantes”. Suas aulas, após observação, foram analisadas buscando-se compreender a mobilização de saberes e referências culturais para tornar compreensível aos alunos a História ensinada no fazer curricular do/no tempo presente – o “contemporâneo do não contemporâneo”. A questão da temporalidade foi considerada na análise das explicações realizadas pelos professores, entendida como dimensão estruturante do raciocínio histórico induzido em um contexto curricular específico no/do tempo presente, bem como as possibilidades e limites das mediações didático-culturais

    Concepções sobre currículo de formadores de professores: o curso de licenciatura em Química do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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    In this paper, we discussed the conceptions of curriculum of teachers' trainers from de course of Chemistry from de Chemistry Institute and from the Education School of the Federal University of Rio de Janeiro. We understand that the curriculum results from a social construction, so, we intent to comprehend how happen the constitution of the course's curriculum, based on documents and interviews with the subjects of the research. The study showed that there were competitions for status, resources and territories between the Chemistry Institute and the Education School when the course was created, as well as there were internal competitions in the creation of the disciplines depending on the department of origin of the teachers

    Livros didáticos: autoria em questão

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    A autoria de livros didáticos tem ocupado, em nossa sociedade, um lugar secundarizado em parte decorrente da desvalorização dos conhecimentos e materiais produzidos na/para a instituição escolar. Reconhecendo a relevância de pesquisas que buscam compreender a especificidade e complexidade dessa produção, discutimos, em diálogo com as teorizações foucaultianas sobre “o que é um autor”, a autoria de livros didáticos em perspectiva de investigação que a considera uma função discursiva, constituinte de sujeitos em contextos nos quais saberes e poderes são disputados, negociados, validados. Essa questão é discutida no âmbito das políticas públicas e do mercado editorial brasileiro, no qual profundas transformações têm afetado as condições e possibilidades do exercício desta função, reposicionando sujeitos e suas produções

    O processo alternativo de readaptação de indivíduos adictos frente ao ambiente de uma comunidade terapêutica: um relato de experiência

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    Este relato de experiência expõe uma ação educativa realizada pelos alunos do quarto período do curso de medicina da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA) proposta pela subárea de Humanidades e Comunicação IV. A atividade teve como objetivo inserir os acadêmicos no cotidiano de uma comunidade terapêutica no estado de Goiás, na qual adictos são acolhidos para que passem por um processo de recuperação frente aos problemas gerados pelo abuso ou dependência de drogas lícitas e ilícitas. Desse modo, a visita colocou em pauta um cenário expressivamente presente na saúde pública, que afeta não só o indivíduo, mas que levanta consequências sociais e estruturais para toda a sociedade, enfatizando a importância dos profissionais de saúde na construção de um meio adequado para a reabilitação dessas pessoas

    ‘People lie’: overcoming obstacles to incorporate social science research to biodiversity conservation

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    Mesmo com o reconhecimento da importância da interdisciplinaridade na conservação da biodiversidade, ainda há resistência em incorporar a pesquisa em ciências sociais (PCS) ao pensamento e à prática conservacionista. As razões para tal resistência podem ser resumidas em três afirmações gerais ainda comumente atribuídas à PCS: 'tem pouca utilidade' e 'menos rigor metodológico' quando comparada à pesquisa em ciências naturais e, sobretudo, é pouco confiável porque 'as pessoas mentem'. Neste ensaio, desenvolvido a partir da experiência dos participantes de uma comunidade de prática, formada por profissionais de diversas áreas e setores relacionados à conservação, e das discussões geradas nesse espaço de aprendizado coletivo, abordamos as limitações e os equívocos por trás das afirmações acima. A PCS não é menos útil na conservação e nem tem menos rigor metodológico do que a pesquisa em ciências naturais, e quando as pessoas mentem para o pesquisador o problema não está na pesquisa em si, mas na relação entre sujeito e pesquisador. Argumentamos que à medida que os conservacionistas se familiarizam com a PCS e que os princípios de equidade e justiça são incorporados aos valores e objetivos da conservação, a importância e necessidade da PCS na conservação tornam-se óbvias, e a falta de confiança entre pesquisador e sujeitos deixa de ser uma preocupação significativa. Capacitar, integrar e apoiar são nossas recomendações básicas para pesquisadores, educadores, gestores e tomadores de decisão nas áreas de conservação, ensino, publicação e financiamento, para que a PCS cumpra plenamente seu papel na conservação.Despite the acknowledged importance of interdisciplinarity in biodiversity conservation, there is still resistance to incorporate social science research (SSR) to both conservationist thinking and practice. The reasons for such a resistance can be summarized in three general statements still commonly attributed to SSR, namely: it is of 'little use' and it has 'less methodological rigor' than research in the natural sciences and, above all, it is unreliable because 'people lie'. The current essay was developed based on the experience of participants of a community of practice (formed by professionals from different fields and sectors  associated with conservation), as well as on discussions held in this space of collective learning. It addresses the limitations and misconceptions behind the aforementioned statements. SSR is not less useful in conservation and not less methodologically rigorous than research conducted in the natural sciences. When researchers are lied to, the problem does not lie on the research itself, but on the subject-researcher relationship. We herein argue that as conservationists become more familiar with SSR, and as principles like equity and justice are incorporated to conservation values and goals, both the importance and need of SSR in conservation become obvious, making the lack of trust between researcher and subjects no longer a significant concern. Increasing capacity, integrating and supporting are our basic recommendations for researchers, educators, managers and decision-makers in the conservation, teaching, publishing and funding fields, so that SSR can fully fulfill its role in conservation
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