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    Prevalence of thrombogenic risk factors in the portuguese population and identification of high-risk Individuals in Portugal

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    Tese de mestrado, Ciências Biofarmacêuticas, 2020, Universidade de Lisboa, Faculdade de Farmácia.Introdução: A trombose é uma patologia comum e complexa, referente à formação de um coágulo, que dificulta o normal fluxo sanguíneo. Sob condições normais, os mecanismos procoagulantes, anticoagulantes e fibrinolíticos regulam a hemostasia para evitar a formação patológica destes coágulos. No entanto, alterações nos genes de proteínas envolvidas direta ou indiretamente na regulação hemostática podem levar a um aumento anómalo da coagulação e a uma maior predisposição à formação de coágulos obstrutivos. Esta condição é conhecida como trombofília e descreve um estado de hipercoagulabilidade responsável pelo desenvolvimento de eventos trombóticos que comprometem a vida (como o enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral e embolia pulmonar) e que geralmente se desenvolvem na presença de um ou mais fatores de risco herdados (variantes genéticas) e ambientais (adquiridos). A trombose tem, portanto, uma origem multifatorial causada pela interação destes fatores de risco herdados e/ou outros adquiridos (tabagismo, gravidez, uso de contracetivos orais e terapia hormonal), que podem coexistir no mesmo indivíduo e conferir um risco contínuo ao longo da vida. Devido ao seu estado adquirido de hipercoagulabilidade, as grávidas apresentam ainda um risco acrescido à manifestação de tromboses, traduzido pela ocorrência de abortos espontâneos recorrentes. Através da eliminação de fatores de risco adquiridos é possível prevenir (até certo ponto) o desenvolvimento de trombose. É assim importante conhecer o perfil genético da população de forma a reunir dados que permitam a identificação de indivíduos de alto risco e antecipar a ocorrência destes eventos, bem como desenvolver medidas preventivas dirigidas aos mesmos. Os objetivos deste projeto são então estimar a prevalência das variantes trombogénicas FV G1691A (FV Leiden), FII G20210A, AT Cambridge II, PAI-1 4G/5G, MTHFR C677T e MTHFR A1298C na população portuguesa, estabelecer associações entre a presença destas variantes genéticas e outros fatores de risco adquiridos no desenvolvimento de eventos trombóticos e identificar grupos de indivíduos de alto risco em Portugal. Metodologia: 774 participantes do estudo e_COR, um estudo epidemiológico transversal, previamente desenvolvido no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) com participantes das 5 regiões de Portugal Continental (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), foram aleatoriamente selecionados para o presente estudo de forma a serem representativos da população portuguesa. A todos os participantes foi realizado um exame físico, bem como um questionário com informação clínica e pessoal necessária à realização do estudo. Após recolha das amostras de sangue, os parâmetros bioquímicos foram determinados e o ADN extraído, procedendo-se à genotipagem das variantes FV Leiden, FII G20210A, AT Cambridge II, PAI-1 4G/5G, MTHFR C677T e MTHFR A1298C pela tecnologia TaqMan® OpenArray™. As frequências alélicas e genotípicas das variantes foram determinadas de forma a estimar a sua prevalência na população portuguesa. Realizaram-se correlações entre os genótipos e a informação pessoal, bioquímica e clínica dos participantes, tendo sido também determinadas as frequências de subgrupos em risco acrescido de trombose. Resultados: Dos indivíduos estudados, apenas 2,2%, 4,1% e 0,6% apresentavam, respetivamente, as variantes genéticas FVL, FII G20210A e AT Cambridge II em heterozigotia, não sendo identificados casos de homozigotia para estas alterações genéticas. Por outro lado, as variantes PAI-1 4G/5G e MTHFR C677T e A1298C revelaram estar amplamente distribuídas pela população: 50,4% e 21,8% dos participantes eram respetivamente heterozigotos e homozigotos para o PAI-1 4G/5G; na mesma ordem, 43.2% e 12,8% eram heterozigotos e homozigotos para a MTHFR C677T; e 39,5% e 9,8% exibiam heterozigotia e homozigotia para a MTHFR A1298C. Apenas 3,6% dos participantes não apresentaram qualquer alelo de risco trombogénico para as variantes em estudo. A maioria dos Portugueses (69% da população) eram portadores de pelo menos 2 variantes genéticas – a combinação mais prevalente foi a variante PAI-1 4G/5G com as variantes MTHFR C677T (24%) ou A1298C (19,8%), englobando ambos os genótipos hetero- e homozigótico. No que diz respeito aos fatores de risco trombogénicos adquiridos, observou-se que: 64,7% dos indivíduos apresentavam excesso de peso, 19,4% hiperhomocisteinemia e 24,3% hábitos tabágicos. Estes fatores revelaram ser mais prevalentes entre o sexo masculino. As mulheres podem apresentar um risco acrescido pelo uso de contracetivos orais (29,5% da população feminina em estudo) ou tratamentos hormonais (12,3%). Foi também analisada a ocorrência de enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral na população, bem como de abortos espontâneos entre as mulheres. Comparando os indivíduos que não desenvolveram nenhum evento trombótico, com o grupo de indivíduos que sofreu de enfarte do miocárdio, verificou-se que estes englobavam, com maior frequência, portadores das variantes FVL (5,3% vs. 2,1%) e FII G20210A (15,8% vs. 3,7%), assim como de homozigotos para a variante PAI-1 4G/5G (31,6% vs. 21,6%). O grupo com diagnóstico de AVC apresentava maior frequência de heterozigotos para o FVL (13,0% vs. 1,9%), de heterozigotos para a MTHFR C677T (65,2% vs. 42,4%), bem como, de homozigotos para o PAI-1 4G/5G (30,4% vs. 21,6%). Por fim, entre as mulheres que sofreram de aborto espontâneo, observou-se uma maior frequência dos genótipos heterozigóticos para o FVL (4,5% vs. 2%) e PAI-1 4G/5G (56,8 % vs. 47%), assim como, para o genótipo homozigótico da variante MTHFR A1298C (15,9% vs. 9,2%, p=0,037). Por outro lado, as mulheres fumadoras que tiveram pelo menos um aborto espontâneo apresentavam maior frequência do genótipo homozigótico da MTHFR C677T (18,2% vs. 3%). Discussão: A variante genética mais prevalente neste estudo foi a PAI-1 4G/5G, seguida pelas variantes MTHFR C677T e A1298C. A prevalência estimada para as variantes FVL e FII G20210A é claramente menor que as anteriores e a AT Cambridge II revelou-se rara na população Portuguesa. Embora as prevalências estimadas para Portugal se encontrem de acordo com as frequências esperadas para populações Caucasianas, as frequências determinadas para o FVL e FII G20210A diferem entre países Europeus. As variantes FVL, FII G20210A e MTHFR C677T parecem influenciar a ocorrência de trombose arterial. Pela análise realizada neste estudo, 0,3% da população pode estar em risco uma vez que apresenta as três variantes em simultâneo. Apresentar o genótipo PAI-1 4G/4G pode também influenciar estas ocorrências, colocando 21,8% da população portuguesa em maior risco trombótico, particularmente aqueles que apresentam simultaneamente hipercoagulabilidade e hipofibrinólise: 1,9% e 2,8% da população que é também portadora das variantes FVL ou FII G20210A, respetivamente. 43,8% da população Portuguesa apresenta simultaneamente a variante genética PAI-1 4G/5G com uma das variantes da MTHFR, o que sugere um perfil trombofílico caraterizado por fibrinólise anormal, maior procoagulação, possível aumento da inflamação, bem como, disfunção endotelial. As mulheres podem ter ainda acrescido risco pelo uso de contracetivos orais e por serem portadoras de pelo menos um alelo de risco das variantes: PAI-1 4G/5G (presente em cerca de 20% da população feminina), MTHFR C677T (cerca de 15%) e MTHFR A1298C (cerca de 15%). Têm também um risco aumentado 6 a 10% da população feminina portadora de pelo menos um dos alelos de risco para cada uma dessas variantes referidas e sob tratamento hormonal. Verificou-se que as mulheres que tomam contracetivos orais e apresentam as variantes FVL (0,2%) e FII G20210A (0,7%), assim como, as que fazem terapia hormonal e são portadoras do FII G20210A (0,7%) estão em maior risco, especialmente se forem obesas e/ou fumadoras. As grávidas que apresentam a variante MTHFR A1298C correm maior risco de aborto espontâneo, apesar das variantes FVL e PAI-1 4G/5G poderem também influenciar o risco. As variantes FII G20210A e MTHFR C677T (isoladamente) não parecem influenciar a ocorrência de aborto; no entanto, a homozigotia para a MTHFR C677T juntamente com o tabagismo aparentam ter influência nessas incidências. A presença de pelo menos um alelo de risco de qualquer uma das variantes da MTHFR em fumadoras pode também favorecer a ocorrência de aborto. Conclusão: A população portuguesa apresenta vários fatores de risco genéticos e adquiridos que podem interagir e culminar na incidência de eventos trombóticos. Consciencializar para a trombofilia é crítico para a prevenção, quer seja pela redução de fatores de risco adquiridos (mudanças no estilo de vida) ou pela otimização da terapêutica, que pode melhorar o prognóstico destes indivíduos. Desta forma, os resultados obtidos no presente estudo são importantes para a elaboração de estratégias terapêuticas e diretrizes de saúde para a identificação dos grupos de maior risco trombótico.Introduction: Thrombosis is a pathology in which a blood clot (thrombus) hampers the normal blood flow to a tissue. Under normal conditions, procoagulant, anticoagulant and fibrinolytic pathways regulate hemostasis to avoid pathological clot formation. However, changes in the genes encoding proteins, directly or indirectly involved in hemostatic regulation, can lead to enhanced abnormal blood coagulation, resulting in an increased disposition to the formation of obstructive clots, known as thrombophilia. This state of hypercoagulability is responsible for the development of life-threatening thromboembolic events (like myocardial infarction, ischemic stroke and pulmonary embolism), which usually develop when one or more of both genetic (inherited) and environmental (acquired) risk factors come into play. Pregnant women are also at major risk to manifest thrombosis by recurrent spontaneous abortion episodes. Thus, thrombosis results from the interplay of inherited DNA changes and/or acquired risk factors (cigarette smoking, pregnancy and oral contraceptive or hormone therapy use) that may coexist in the same individual; however, it is preventable. Hence, it is important to recognize the genetic thrombogenic profile of the population to assemble data for identification of high-risk individuals and to develop local guidelines for prevention. With this in mind, this project aims to estimate the prevalence of the FV G1691A (FV Leiden), FII G20210A, AT Cambridge II, PAI-1 4G/5G and MTHFR C677T and A1298C thrombogenic variants in the Portuguese population, to establish associations between the presence of these genetic variants and the presence of other increasing risk factors in the development of thrombotic-related events and to identify groups of high-risk individuals in Portugal. Methodology: 774 e_COR participants from the North, Center, Lisbon, Alentejo and Algarve regions of Portugal were randomly selected to be representative of the Portuguese population. All participants were physically examined and had their personal and recent clinical data collected, as well as blood samples for biochemical analysis and DNA extraction. Participants were genotyped for the FV Leiden, FII G20210A, AT Cambridge II, PAI-1 4G/5G, MTHFR C677T and MTHFR A1298C variants by the TaqMan® OpenArray™ Technology. Allelic and genotypic frequencies were determined to estimate the prevalence of these thrombogenic variants in the Portuguese population. Correlations were made between the genotype data plus personal, biochemical and clinical information available and frequencies of subgroups of individuals with increased risk of thrombosis were determined. Results: Only 2.2%, 4.1% and 0.6% of the population were carriers of the FVL, the FII G20210A and the AT Cambridge II variants respectively, and no homozygosity was found for these genetic defects. In contrast, the PAI-1 4G/5G and the MTHFR C677T and A1298C variants were largely distributed among the population: 50.4% and 21.8% were, respectively, heterozygous and homozygous for the PAI-1 4G/5G; 43.2% and 12.8% were, in the same order, heterozygous and homozygous for the MTHFR C677T; and 39.5% and 9.8% displayed the heterozygous and homozygous genotype of the MTHFR A1298C variant. Only 3.6% of the participants did not display inherited genetic risk alleles for neither thrombogenic variants, while the majority (69% of the population) were carriers of at least two different genetic variants. The most prevalent coinheritances were the combination of the PAI-1 4G/5G variant with either the MTHFR C677T (24%) or the MTHFR A1298C (19.8%) variants, in heterozygous and/or homozygous genotypes. High frequencies of individuals with acquired thrombogenic risks were also observed: overweight or obesity (64.7%), hyperhomocysteinemia (19.4%) and cigarette smoking habits (24.3%); which were more prevalent among men. Women can be at especially increased risk by using oral contraceptives (29.5% of this study female population) and hormone therapy treatments (12.3%). Some participants had also developed thrombotic-related events. Among those who suffered a myocardial infarction, it was detected an increased heterozygous frequency for the FVL (5.3% vs. 2.1%) and FII G20210A (15.8% vs. 3.7%) and an increased frequency for the PAI-1 4G/5G homozygous genotype (4G/4G) (31.6% vs. 21.6%). The group with stroke diagnosis revealed a higher heterozygous frequency for the FVL (13.0% vs. 1.9%) and MTHFR C677T (65.2% vs. 42.4%) and an increased homozygous frequency for the PAI-1 4G/4G variant (30.4% vs. 21.6%). Finally, among women who had a spontaneous abort, it was observed a higher frequency of FVL (4.5% vs. 2%) and PAI-1 4G/5G (56.8% vs. 47%) heterozygous genotypes and of the MTHFR A1298C homozygous genotype (15.9% vs. 9.2%, p=0.037). Additionally, women smokers who had spontaneous abortion displayed a higher frequency of the MTHFR C677T homozygous genotype (18.2% vs. 3%). Discussion: The PAI-1 4G/5G was the most prevalent variant in mainland Portugal, followed by the MTHFR C677T and A1298C variants. The estimated prevalence of FVL and FII G20210A variants was considerably lower, while the AT Cambridge II was quite rare. Even though the variants’ estimated Portuguese prevalence was within the same range for Caucasian populations, the FVL and FII G20210A frequencies appear to differ among European countries. In this study, the FVL, FII G20210A and MTHFR C677T variants seemed to impact the onset of arterial thrombosis; so, 0.3% of the population may be at increased risk due to coinheritance of these three genetic factors. The PAI-1 4G/4G genotype may also be involved in the arterial thrombosis pathology, putting 21.8% of the Portuguese population at higher thrombotic-risk, particularly those with the synergistic combination of hypercoagulability and hypofibrinolysis: 1.9% and 2.8% of the population who are simultaneously carriers of the FVL or the FII G20210A variants, respectively. However, the most prevalent coinheritances in Portugal were found to be the combination of PAI-1 4G/5G with the MTHFR variants (43.8% of the population), suggesting a thrombophilic genetic profile characterized by impaired fibrinolysis, greater procoagulant activity, possible enhanced inflammation and endothelial dysfunction. Women may also be at particular risk by using oral contraceptives and carrying at least one risk allele of either one of these variants: PAI-1 4G/5G (about 20% of all women), MTHFR C677T (about 15%) and MTHFR A1298C (about 15%). Another female fraction of about 6 to 10%, carriers of PAI-1 4G/5G, MTHFR C677T or MTHFR A1298C variants, is also at risk due to the concurrent use of hormone therapy. Women users of oral contraceptives who were also carriers of the FVL (0.2%) and FII G20210A (0.7%) variants, or those who do hormone therapy and were found to be FII G20210A carriers (0.7%) are expected to be the ones at high-risk, especially if they are obese and/or smokers. Pregnant carriers of the MTHFR A1298C can be at high-risk of spontaneous abortion, whereas the FVL and the PAI-1 4G/5G variants may also have some influence in such incidence. The FII G20210A did not seemed to influence the occurrence of spontaneous abortion, neither the MTHFR C677T, at least by itself. Taking into consideration a possible synergistic risk of smoking habits, the MTHFR C677T homozygous genotype may potentiate the occurrence of spontaneous abortion and the inheritance of at least one risk allele of either one of the MTHFR variants among smokers may indeed enhance the risk of spontaneous abortion. Conclusion: The Portuguese population was shown to present several genetic and acquired thrombotic risk factors, which can interact and culminate in the onset of the disease. Therefore, awareness about thrombophilia can be critical for prevention, either for the elimination of acquired risk factors (lifestyle changes) or to optimize prophylaxis. Our findings might be important to elaborate health guideline strategies and to identify thrombotic high-risk groups that deserve special attention.Com o patrocínio do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) - Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis / Unidade de Investigação e Desenvolvimento (DPS/UID)

    Modificação da pasta kraft de eucalipto para novas aplicações

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    Mestrado em Engenharia QuímicaEste trabalho constou num estudo da modificação da pasta kraft de eucalipto, utilizando uma técnica de processamento por alta pressão hidrostática com o intuito de melhorar a sua performance para novas aplicações tal como o papel tissue ou o papel para embalagens. Para tal pretendia-se melhorar algumas propriedades da pasta com a utilização da técnica de alta pressão hidrostática. Realizou-se um estudo preliminar onde se submeteu uma pasta branqueada A, não refinada, a um tratamento hiperbárico (TH) numa gama de pressões de 5000-8000 bar. Para uma pressão de 6000 bar constatou-se uma melhoria de cerca de 16 % no alongamento percentual na rotura, 17 % na resistência à tração, 27 % no índice de rebentamento e cerca de 19 % no índice de rasgamento. Posteriormente, e tendo em conta os resultados positivos verificados na pasta A, estudou-se o efeito do TH numa pasta branqueada B variando a consistência de tratamento (1,5% ou 3%) e o tempo de processamento (5 ou 10 minutos). Foi estudado também o efeito do TH quando aplicado antes e após a refinação da pasta. A pasta branca foi submetida à refinação num moinho PFI entre 1000 e 3000 rotações. Os resultados obtidos mostram que o TH realizado a menores consistências apresenta um efeito mais significativo nas propriedades físico-mecânicas de pastas e que o efeito é distinto quando o processamento é aplicado antes e depois da refinação, tendo-se registado melhoramentos das propriedades mecânicas apenas quando o TH ocorre após a refinação. A pasta kraft foi também modificada com anidrido alquenil succínico (ASA). A modificação da pasta de celulose com ASA resultou numa diminuição das propriedades mecânicas e para além disso não gerou qualquer alteração na termoplasticidade do material, no entanto registou-se um aumento na resistência à molhabilidade. Concluiu-se que o TH conduz a alterações ao nível de propriedades mecânicas e estruturais da pasta de interesse para a aplicação em papéis tissue no caso da pasta B. Para além disso a modificação da pasta com ASA resultou em alterações de interesse particular para papéis de embalagem.This work consisted on the study of the modification of a eucalyptus kraft pulp by using a high hydrostatic pressure processing technique in order to improve its performance for new applications such as tissue paper or packing paper. It was done a preliminary study where a bleached unrefined pulp (A), was submited to a hyperbaric treatment (HT) in a pressure range of 5000 to 8000 bar. For a pressure of 6000 bar it was found an improvement of approximately 16% percentage on the elongation at break, 17% in the tensile strength, 27% in the burst index and approximately 19% in the tear index. Subsequently, in view of the positive results observed in the paste, it was studied the effect of TH in a bleached pulp (B) by changing the processing consistence (1.5% or 3%) and the processing time (5 or 10 minutes) . It was also studied the effect of the HT when applied before and after the pulp refining. The white pulp was subjected to refining in a PFI mill between 1000 and 3000 revolutions. The results obtained have shown that the HT performed at lower consistencies result in the most significant effect on the physical and mechanical properties of the pulp and that the effect is distinct when the processing is applied before and after the refining, having recorded improvements of mechanical properties only when HT occurs after refining. The kraft pulp was also modified with alkenyl succinic anhydride (ASA). The modification of the cellulose pulp with ASA resulted in a decrease of mechanical properties and moreover did not cause any change in the material thermoplasticity, however there was an increase in resistance to wettability. The conclusion was that th HT leads to changes in the mechanical and structural properties of the pulp, which are of interest for use in tissue paper in the case of pulp B. In addition to the modification of the pasta ASA resulted in changes to particular interest for packing papers

    Caracterização e avaliação da rede de bibliotecas do município de Espinho

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    Tese de mestrado. Mestrado em Ciencia da Informação. Faculdade de Engenharia. Universidade do Porto. 201

    O lifestyle carioca na construção de marcas de moda: um estudo de caso da Farm

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    No mercado de moda do Rio de Janeiro, poucas marcas exploram de forma tão contundente os símbolos cariocas em seus produtos como a FARM. Em um momento no qual a cidade encontra-se valorizada, a figura (idealizada) da menina tipicamente carioca – as tais garotas de Ipanema, que vêm e que passam num doce balanço a caminho do mar – desponta como desejo entre as consumidoras de moda não só do Rio, mas de todo o país. Este trabalho busca analisar como a FARM conseguiu se transformar em uma marca de sucesso construindo sua identidade a partir desse lifestyle. Para tanto, foi feito um estudo detalhado sobre ela, com foco principalmente em suas estratégias de marketing e de posicionamento frente à concorrência. A pesquisa discute ainda até que ponto sua proposta de ter uma identidade arraigada carioca é compatível com a percepção do público

    Colaboradores presentes, mas ausentes?: a influência da (in)satisfação profissional e do significado do trabalho no presentismo

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    O trabalho constitui uma parte bastante significativa na vida dos indivíduos, sendonecessário promover o bem-estar dos colaboradores e a sua qualidade de vida, para que odesempenho e a produtividade aumentem (Monjardino, Amaro, Batista & Norton, 2016).Este estudo tem como objetivo compreender de que forma a satisfação/insatisfaçãoprofissional e o significado do trabalho estão relacionados com o presentismo doscolaboradores. Também perceber como o presentismo se relaciona de forma diferencialcom diferentes variáveis sociodemográficas; adaptar a escala de satisfação com o trabalhoà população portuguesa (EST, Meliá & Peiró, 1998); e reformular a escala do presentismo(SPS-6, Koopman e colaboradores, 2002; Ferreira, Martinez & Sousa, 2010), propondo aconstrução de novos itens.A amostra é constituída por 242 participantes detentores de um contrato detrabalho, estando dividida em três subgrupos de idades: de 18 a 25 anos (17.8%); de 25 a35 anos (26.9%) e maiores de 35 anos (50.4%), sendo 109 participantes do sexomasculino (45.0%) e 132 participantes do sexo feminino (54.5%). Os resultados indicamque a análise dos valores da AFE da adaptação da EST à população portuguesa apresentavalores de qualidades psicométricas elevados, considerando-se que existe umaadequabilidade satisfatória. Foram, ainda, encontradas correlações negativas, emborabaixas, entre a satisfação com o trabalho e o presentismo e, uma correlação positiva baixaentre o presentismo e o significado negativo atribuído ao trabalho. Os colaboradores maisnovos e solteiros apresentam maior satisfação com os benefícios e políticas daorganização e com o ambiente físico do trabalho. Já os colaboradores do setor terciáriode atividade revelam-se mais satisfeitos quanto à supervisão do seu trabalho, quanto aoambiente físico e mais satisfeitos intrinsecamente, do que os trabalhadores do sectorsecundário. Os colaboradores com contrato a termo revelam maior satisfação do que oscolaboradores efetivos e de outro tipo de contratos. Para além disso, os colaboradores quetrabalham menos horas estão mais satisfeitos com os benefícios e políticas daorganização; os colaboradores menos escolarizados e os pertencentes ao setor secundáriosão os que apresentam maior presentismo psicológico. Refletem-se e discutem-se estesresultados à luz do estado da arte. Por fim, apresentam-se os principais contributos desteestudo, as suas limitações e sugestões futuras de investigação

    Análise toxicológica de canabinóides sintéticos em contexto forense

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    Os canabinóides sintéticos são um grupo de substâncias psicoativas que emergiram no mercado das drogas em meados da década de 2000, desenhadas com a finalidade de mimetizar os efeitos psicoativos do delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), canabinóide responsável pela maioria dos efeitos psicoativos da canábis. Estes produtos são vendidos como misturas de ervas para fumar, sob uma variedade de nomes como “K2” e “Spice”. No entanto, apesar de algumas semelhanças farmacológicas à canábis, estas drogas não devem ser confundidas. Os canabinóides sintéticos são substâncias muito potentes, que podem ter consequências graves e potencialmente letais. Desta forma, a determinação dos canabinóides sintéticos e dos seus metabolitos em amostras biológicas assume grande interesse em Toxicologia Forense. O presente trabalho pretendeu promover o conhecimento dos efeitos fisiológicos, farmacológicos e toxicológicos dos canabinóides sintéticos, e destacar as implicações forenses e médico-legais do uso destas drogas. Para o desenvolvimento do trabalho, foi realizada primeiramente uma revisão da literatura sobre as características principais dos canabinóides sintéticos, incluindo a prevalência do seu consumo, formas de administração, aspetos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, efeitos fisiológicos e toxicidade aguda e a longo prazo. Posteriormente, são referidos vários aspetos relevantes em contexto forense, nomeadamente as matrizes biológicas usadas na sua deteção, os procedimentos de colheita e preservação dessas amostras, as metodologias empregues na análise toxicológica e as potenciais áreas de aplicação dessas análises.Synthetic cannabinoids are a group of psychoactive substances which arose in the drugs market in the mid-2000’s, designed to mimic the psychoactive effects of the delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), the cannabinoid responsible for most of the psychoactive properties of cannabis. These products are sold as herbs mixtures to smoke, under a variety of names such as “K2” and “Spice”. However, despite of some pharmacological similarities to cannabis, these drugs should not be confounded. Synthetic cannabinoids are very powerful substances, which may have serious and potentially lethal consequences. Therefore, the determination of synthetic cannabinoids and their metabolites in biological specimens assumes a great interest in Forensic Toxicology. The present work intended to promote the awareness of physiological, pharmacological and toxicological effects of the synthetic cannabinoids, and to highlight the forensic and medical-legal implications of these drugs usage. Firstly, to the development of this study, a literature review on main characteristics of synthetic cannabinoids was held, including the prevalence of its consumption, forms of administration, pharmacokinetic and pharmacodynamic aspects, physiological effects and acute and long-term toxicity. Subsequently, several aspects relevant in forensic context are referred, namely the biological matrices used in its detection, sampling procedures and the preservation of those samples, methodologies applied in the toxicological analysis and potential application areas of those analyses

    Análise toxicológica de canabinóides sintéticos em contexto forense

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    Os canabinóides sintéticos são um grupo de substâncias psicoativas que emergiram no mercado das drogas em meados da década de 2000, desenhadas com a finalidade de mimetizar os efeitos psicoativos do delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), canabinóide responsável pela maioria dos efeitos psicoativos da canábis. Estes produtos são vendidos como misturas de ervas para fumar, sob uma variedade de nomes como “K2” e “Spice”. No entanto, apesar de algumas semelhanças farmacológicas à canábis, estas drogas não devem ser confundidas. Os canabinóides sintéticos são substâncias muito potentes, que podem ter consequências graves e potencialmente letais. Desta forma, a determinação dos canabinóides sintéticos e dos seus metabolitos em amostras biológicas assume grande interesse em Toxicologia Forense. O presente trabalho pretendeu promover o conhecimento dos efeitos fisiológicos, farmacológicos e toxicológicos dos canabinóides sintéticos, e destacar as implicações forenses e médico-legais do uso destas drogas. Para o desenvolvimento do trabalho, foi realizada primeiramente uma revisão da literatura sobre as características principais dos canabinóides sintéticos, incluindo a prevalência do seu consumo, formas de administração, aspetos farmacocinéticos e farmacodinâmicos, efeitos fisiológicos e toxicidade aguda e a longo prazo. Posteriormente, são referidos vários aspetos relevantes em contexto forense, nomeadamente as matrizes biológicas usadas na sua deteção, os procedimentos de colheita e preservação dessas amostras, as metodologias empregues na análise toxicológica e as potenciais áreas de aplicação dessas análises.Synthetic cannabinoids are a group of psychoactive substances which arose in the drugs market in the mid-2000’s, designed to mimic the psychoactive effects of the delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), the cannabinoid responsible for most of the psychoactive properties of cannabis. These products are sold as herbs mixtures to smoke, under a variety of names such as “K2” and “Spice”. However, despite of some pharmacological similarities to cannabis, these drugs should not be confounded. Synthetic cannabinoids are very powerful substances, which may have serious and potentially lethal consequences. Therefore, the determination of synthetic cannabinoids and their metabolites in biological specimens assumes a great interest in Forensic Toxicology. The present work intended to promote the awareness of physiological, pharmacological and toxicological effects of the synthetic cannabinoids, and to highlight the forensic and medical-legal implications of these drugs usage. Firstly, to the development of this study, a literature review on main characteristics of synthetic cannabinoids was held, including the prevalence of its consumption, forms of administration, pharmacokinetic and pharmacodynamic aspects, physiological effects and acute and long-term toxicity. Subsequently, several aspects relevant in forensic context are referred, namely the biological matrices used in its detection, sampling procedures and the preservation of those samples, methodologies applied in the toxicological analysis and potential application areas of those analyses
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