2,463 research outputs found

    Factores biológicos y ambientales que influyen en la exposición de lactantes a plaguicidas organoclorados a través de la ingésta de leche materna

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    Los niveles de plaguicidas detectados para ambos estados pueden representar un riesgo a la salud de los lactantes, principalmente los niveles de 4,4’ – DDE para Veracruz y los niveles de HCB para el Estado de México. Se obtuvieron valores para la dosis de exposición diaria por ingesta de leche materna para el plaguicida 4,4’- DDE hasta 2 veces superiores a la dosis de ingesta diaria admisible, así como para el plaguicida HCB, cuyos valores de dosis de exposición diaria observados fueron de hasta 165 veces superiores a la dosis de ingesta diaria admisible. Así, sería conveniente continuar con programas de monitoreo para poder evaluar el desarrollo futuro de la exposición de lactantes e infantes a los plaguicidas organoclorados en el ambiente y especialmente en la leche materna, pues situándose este alimento en el topo de la cadena alimentaria, los lactantes estarán consumiendo las concentraciones más altas de contaminantes orgánicos persistentes acumulados en el ambiente.Se eligieron dos poblaciones de diferentes estados de la República Mexicana (Veracruz y Edo. de México) con diferentes características geográficas y de uso de OCPs. A las voluntarias, se les aplicó un cuestionario para conocer sus hábitos, datos ocupacionales y de vivienda, y se colectaron muestras de leche materna que fueron posteriormente analizadas utilizando la microextracción en fase sólida, la cromatografía de gases y la espectrometría de masas. Se detectó, en 10% de las muestras procedentes del Edo. de México, por lo menos uno de los siguientes plaguicidas: 2,4’ – DDD, 4,4’ – DDE y HCB. Para Veracruz, se encontró que 37% de las muestras analizadas contenían 4,4’ – DDE y/o HCB. Los principales factores que influyeron en la contaminación de las muestras de leche materna analizadas fueron edad de la madre, número de partos, duración del período de lactancia, consumo de tubérculos, cereales y huevos, clima de la región, temperatura media anual, precipitación anual y altitud.UAE

    Aspetos logísticos no desenvolvimento de novos produtos

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    Mestrado em Engenharia e Gestão IndustrialNuma época cada vez mais competitiva, a diminuição ou redução de atividades que não acrescentam valor para as empresas é cada vez mais essencial. Ter presente uma filosofia que passa pela melhoria contínua na procura de processos mais eficazes e eficientes é hoje em dia essencial para as empresas. Neste contexto, surge o trabalho desenvolvido no âmbito do mestrado em Engenharia e Gestão Industrial que se efetuou na empresa OLIVEIRA & IRMÂO, SA. Tem como tema a melhoria do processo de paletização de embalagens e redução de custos de transporte, temas que se destacam na área da logística. Neste sentido, é de salientar a pesquisa sobre a logística relacionada com a embalagem. O objetivo central do projeto passa pela melhoria da embalagem em palete e consequentemente da melhoria das cargas no transporte. Como meio para pesquisas futuras, de forma a melhorar o processo interno na empresa, surge a procura e a pesquisa de um software de paletização, que permita fazer este processo de forma mais eficiente.In a time each day more competitive, the decrease or reduction of activities that not add value to de companies is increasingly essential. Following a philosophy that involves the continuous improvement in the search of more efficient and effective processes is nowadays essential for businesses. In this context, the present work comes within the Masters in Industrial Engineering and Management at the company OLIVEIRA & IRMÃO, SA. The theme of this work is to improve the palletizing process of the products packaging and the reduce transportation costs, issues that stand out in the area of logistics. According to this, it is noteworthy the research on logistics related to packaging. The main objective of the project involves the improvement of pallet packaging and consequently improvement of transportation cargo. As a means for further research, in order to improve the internal process in the company, appears the demand and search for palletizing software that can make this process more efficient

    Interpretability of deep neural networks at the model level

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    Deep neural networks (DNN) are very powerful tools but remain black boxes. Convolutional neural networks (CNN) are a type of DNN specialized for certain tasks like image classification, image segmentation and object detection, among others. These are the focus of this study. Because of the risks involved in applying these networks to areas such as medical imaging and autonomous driving, it is important to understand the behaviour of CNNs, in particular, how they reach their predictions. This will also be beneficial for their further development. Currently, most interpretability techniques are aimed at providing better understanding of a single network instance and often explain only the prediction of a given individual input example. However, for the same model (same architecture, task and dataset), one can have many different hypotheses, simply by changing the initial conditions (weights initialization). These sources of variability, between examples, for the same hypothesis (model instance), and between hypothesis for the same example, are not taken into account by the vast majority of current interpretability methods. This opens the question whether there is consistency between hypothesis in the attributes the interpretability diagnostics capture as being relevant for the predictions. In this work, tools and methods were developed to analyse these two forms of variability. They were applied to two interpretability diagnostics (saliency maps and sensitivity to occlusion) for several models, with different architectures and tasks. Furthermore, it was shown how they can be used to identify potential problems in the relevance of the attributes the interpretability diagnostics capture in some of the scenarios studied. The method also provides a means to assess possible strategies for mitigating this issue.As redes neuronais profundas são ferramentas muito poderosas, mas permanecem caixas negras. As redes convolucionais são um tipo de redes neuronais profundas especialmente adaptado a tarefas como a classificação de imagens, a segmentação de imagens e a detecção de objectos, entre outras. Estas são o foco deste estudo. Devido aos riscos associados à aplicação destas redes a áreas como a imagiologia médica e a condução autónoma, é importante compreender o comportamento das redes convolucionais, em particular, como chegam às suas previsões. Esta compreensão também será benéfica para o seu crescente desenvolvimento. Actualmente, a maioria das técnicas de interpretabilidade estão vocacionadas para possibilitar uma maior compreensão de uma instância de rede em particular, e frequentemente oferecem uma explicação para um exemplo em particular tirado do conjunto de dados inicial. No entanto, para o mesmo modelo (mesma arquitectura, tarefa e conjunto de dados), podem ter-se muitas hipóteses diferentes, pela simples mudança das condições iniciais (inicialização dos pesos). Estas fontes de variabilidade, entre exemplos, para a mesma hipótese (instância do modelo), e entre hipóteses para o mesmo exemplo, não são tidas em conta na grande maioria das técnicas de interpretabilidade actuais. Isto abre uma questão sobre se há consistência entre hipóteses quanto aos atributos que os diagnósticos de interpretabilidade capturam como sendo relevantes para as previsões. Neste trabalho, desenvolveram-se ferramentas e métodos para analisar estas duas formas de variabilidade. Estas foram aplicadas a dois diagnósticos de interpretabilidade (mapas de saliência e sensibilidade à oclusão) para vários modelos, com diferentes arquitecturas e tarefas. Adicionalmente, mostrou-se como podem ser usadas para identificar potenciais problemas quanto à relevância dos atributos capturados pelos diagnósticos de interpretabilidade em alguns dos cenários estudados. Este método proporciona também uma forma de avaliar possíveis estratégias para mitigar o problema

    Aspectos do trabalho emocional estudados nas interacções entre colegas e factores facilitadores do bem-estar em Bombeiros Sapadores

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    Tese de mestrado, Psicologia (Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 2008O Trabalho Emocional tem sido definido como a regulação emocional necessária para expressar emoções organizacionalmente desejadas. Os estudos empíricos indicam que o trabalho é um contructo multidimensional com dimensões que têm efeitos positivos e negativos no bem-estar. No presente estudo, diferenciou-se entre os seguintes aspectos: exigências de regulação emocional: (1) a exigência para expressar emoções negativas aos colegas; (2) a exigência para expressar emoções positivas aos colegas; (3) dissonância emocional (a expressão de emoções que não estão a ser sentidas). Ao contrário da maioria dos estudos, estas exigências foram consideradas nas relações com colegas de trabalho. Os dados forma recolhidos com uma amostra de bombeiros (N = 417), constituída na sua maioria por homens. Os dados revelam que a exigência para exprimir emoções negativas aos colegas teve efeitos negativos na exaustão emocional e no cinismo. Pelo contrário, a exigência para exprimir emoções positivas aos colegas teve efeitos positivos na auto-eficácia profissional. Os indivíduos podem lidar de diversas formas com estas exigências do trabalho. As evidências empíricas sugerem que os comportamentos de coping antissociais estão relacionados com problemas de saúde. Os resultados obtidos neste estudo revelam que o coping activo e prossocial está positivamente relacionado com a auto-eficácia, e que o coping passivo e antissocial estão positivamente relacionados com o burnout. Finalmente, os resultados também indicam que o coping passivo é uma variável mediadora da relação entre as exigências para exprimir emoções negativas aos colegas e o burnout. Primeiro, esta investigação sugere que o trabalho emocional não é apenas importante nas interacções com clientes, mas também nas interacções com colegas. Segundo, demonstra que as exigências emocionais do trabalho têm simultaneamente efeitos positivos e negativos. Por último, os resultados apoiam a ideia de que existem estratégias de coping mais eficazes do que outras.Emotional work is defined as emotional regulation required to display organizationally desired emotions by the employees. Empirical studies indicate that emotional work is a multidimensional construct with dimensions having positive and negative effects on well-being. In the present study, the following aspects of emotional work were differentiated: emotional regulation requirements: (1) the requirement to display negative emotions; (2) the requirement to display positive emotions; (3) emotional dissonance (the expression of emotions that are not felt). Unlike most studies, these emotional work requirements are considered in co-workers interactions. The data was collected using a sample of firemen (N = 417), that mainly consisted of male individuals. The data showed that the requirement to display negative emotions to co-workers had negative effects on emotional exhaustion and cynicism. On the other hand, the requirement to display positive to co-workers had positive effect on professional self-efficiency. Individuals can cope in various ways with this kind of work stressors. Empirical evidence suggests that antisocial coping behaviors are more related to health problems. The results obtained in this study reveal that coping in a more prosocial form is positively related to self-efficiency, and that coping in a more passive and antisocial way is positively related to burnout. Finally, the results also have shown that passive coping is mediating variable on the relationship between requirement to display negative emotions and burnout. First, this study suggests that emotion work is not only important in client-related interactions, but also in interactions with co-workers. Second, it indicates that these emotional work requirements can have both negative effects and positive effects on well-being. Finally, the results support the idea that certain coping behaviors are more adaptive than others

    Cinco para ouvir: discursos de ex-reclusos/as sobre a Prisão

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    Dissertação de mestrado integrado em PsicologiaOs cenários da reclusão são campos de análise complexos onde se cruzam saberes de ordem psicológica, antropológica, sociológica, jurídicos e políticos. Uma aproximação às experiências involuntárias da privação da liberdade, desafia a/o investigador/a a questionar as imagens que observa e analisa a partir do interior da sua própria liberdade (S. Moreira, 2007). Face aos estudos sobre as prisões que nos informam sobre os problemas da reinserção e ressocialização das pessoas alvo da pena privativa da liberdade, definimos como objetivos desta investigação compreender as experiências de reclusão, analisar os efeitos simbólicos decorrentes dessas experiências e auscultar as representações que os/as ex-reclusos/as possuem acerca de alguns aspetos centrais da finalidade da pena de prisão. Participaram neste estudo quatro pessoas do sexo masculino e uma pessoa do sexo feminino, que cumpriram pena de prisão devido a crimes motivados pelo tráfico e consumo de drogas ilícitas. Definimos como método de análise das entrevistas uma abordagem híbrida da análise temática, inscrevendo a interpretação dos dados num enquadramento epistemológico das teorias críticas da criminologia e da psicologia social. Os resultados sugerem que a preponderância do fenómeno de prisionização reforça a interiorização da realidade social e cultural que a prisão oferece nomeadamente ao nível dos estereótipos associados ao lugar do criminoso na sociedade e da importância das zonas de conflito inter e intrapessoal nas vivências quotidianas na prisão.The imprisonment settings are complex research fields which intersect psychological, anthropological, sociological, legal and political knowledge. An approach to involuntary experiences of deprivation of liberty, challenges the researcher to question the images they observe and analyze within their own freedom (S. Moreira, 2007). Taking into account the prisons studies that continuously inform us about the inmates problems of reintegration and rehabilitation, this paper aims to understand the imprisonment experiences, analyze those symbolic effects and check the representations that ex-offenders keep about some broader issues related with penalty. Took part in this study four men and 1 woman who have been imprisoned due to crimes related with drug dealing and drug use. It was selected a thematic analysis hybrid approach to explore the interviews with the contributions of critical criminology and social psychology as an epistemological framework. The results suggest that the preponderance of the prisonization phenomenon reinforces the internalization of the cultural and social prison reality particularly in terms of the stereotypes associated with the offender status within society, and the importance of the inter and intrapersonal conflict arenas in the daily life of the prison setting

    Clinical drug development in Parkinson’s disease : descriptive and exploratory analysis of success and failure pathways

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    Tese de mestrado, Neurociências, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2021INTRODUÇÃO: A marca patológica da Doença de Parkinson (DP) é a perda de neurónios dopaminérgicos, predominantemente nos gânglios de base, e a agregação de proteínas dos corpos de Lewys (LBs) nas células nervosas restantes. O início do desenvolvimento clínico de fármacos na DP começou com uma formulação oral de levodopa em 1967. Desde então, os ensaios clínicos foram essenciais para entender quão seguros são os tratamentos e para trazer novos compostos ao mercado com efeito terapêutico comprovado. Biofarmacêuticas em todo o mundo desenvolvem tratamentos inovadores para cobrir necessidades médicas ainda não exploradas. Contudo, e embora os numerosos avanços no desenvolvimento de fármacos nos últimos 20 anos, ensaios clínicos ainda não produziram um número significativo de medicamentos novos e seguros na DP. Efetivamente, menos de 10% dos medicamentos testados foram aprovados pelas agências reguladoras. É então importante identificar fatores que contribuam para uma trajetória de licenciamento de sucesso. Nas últimas décadas tem sido feito um esforço rigoroso em várias áreas como a genética, bioquímica, epigenética, ómica, clínica e imagem para definir marcadores fiáveis para melhorar a qualidade dos ensaios clínicos. Será que marcadores farmacológicos podem melhorar as abordagens para restaurar a dopamina no núcleo estriado de forma direcionada ou para prevenir a neurodegeneração e progressão da DP? OBJETIVOS: O principal objetivo desta tese é a descrição dos programas de desenvolvimento terapêutico na DP e a avaliação crítica das causas de atrito dos compostos nas fases distintas do desenvolvimento do fármaco, i.e., desde a fase 1 até à fase 4 dos estudos da DP. Quais as razões para o insucesso no desenvolvimento de fármacos na DP ser elevado? Quais as razões do decréscimo do número de compostos licenciados nas últimas duas décadas? O insucesso no desenvolvimento de drogas é observado em todas as fases de desenvolvimento, incluindo nas fases tardias? Estará o insucesso relacionado com ensaios iniciais não informativos? Para responder a estas questões, o propósito desta tese centra-se em identificar as razões de sucesso no desenvolvimento de fármacos na DP. MÉTODOS: Esta tese investigou 1304 ensaios clínicos na DP. A metodologia compreendeu uma revisão de literatura, o desenho de parâmetros de seleção de ensaios, uma extração de dados, uma análise de dados, a criação do PDCard Database e a análise estatística. Para esse efeito, foram utilizadas informações de ensaios clínicos relativos à doença de Parkinson que estavam registadas em 3 plataformas: clinicaltrials.gov, World Health Organization (WHO) International Clinical Trials Search Portal (ICTRP) e Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR). Uma base de dados incorporada, chamada PDCard Database, foi obtida usando os critérios de extração e análise de dados, totalizando uma soma de 613 estudos de intervenção em G20 – Doença de Parkinson. Em seguida, foi realizada uma análise exploratória das vias de sucesso e insucesso, e foram calculadas as respetivas taxas para cada fase experimental. RESULTADOS: Os programas de desenvolvimento de medicamentos para a DP entre o ano 2000 e agosto de 2019 foram analisados e os dados publicados no banco de dados PDCard. Ao analisar o banco de dados, verifica-se que há uma alta frequência de insucesso no desenvolvimento de fármacos, bem como uma diminuição no número de compostos licenciados para DP nas últimas duas décadas. Para estudar essa tendência, as vias de sucesso e insucesso dos 613 ensaios clínicos e dos 187 compostos testados, totalizando 77496 participantes, são exploradas. As 50 variáveis foram (i) categorizadas, (ii) sistematizadas e (iii) organizadas, com base nas diretrizes do SPIRIT. Cada uma das variáveis foi adicionada manualmente e extraída da publicação original do ensaio clínico ou dos bancos de dados clinictrials.gov, WHO ICTRP e ANZCTR. Objetivamente, o banco de dados inclui 115 ensaios clínicos na fase 1, 23 ensaios clínicos na fase 1|2, 194 ensaios clínicos na fase 2, 19 ensaios clínicos na fase 2|3, 172 ensaios clínicos na fase 3 e 90 ensaios clínicos na fase 4. 42,90% eram estudos multicêntricos, enquanto apenas 13,38% são monocentrados. 74,55% dos estudos foram randomizados e 9,79% são estudos não randomizados. 67,86% são estudos concluídos, 11,91% são estudos em fase de recrutamento, 9,62% são estudos que não estão a recrutar, 8,16% são estudos terminados e 2,45% são estudos desqualificados. São apresentadas falhas no desenvolvimento de fármacos em todas as fases do programa de desenvolvimento, incluindo estágios tardios. Efetivamente, de todas as causas para terminar um ensaio clínico, na fase 1, o mais importante foi o primeiro milestone não ser atingido. Na fase 2, a falta de eficiência foi a principal causa. Na fase 2|3, o principal motivo foi que era improvável fornecer evidências de efeito significativo. Na Fase 3, a falta de eficácia foi o principal motivo para o término do estudo. Portanto, as falhas estão principalmente relacionadas aos estudos de fases precoces serem pouco informativos. A maioria dos estudos (79,93%) recrutou indivíduos adultos ou idosos. Apenas 10,77% dos estudos incluíram indivíduos saudáveis. A maioria das condições estudadas nos ensaios clínicos são doenças do sistema nervoso (IV), relacionadas com a condição DP, totalizando 265 estudos. Os outros 264 ensaios clínicos estudaram a eficácia e a segurança do próprio medicamento, sem especificar uma condição relacionada com a DP. A maioria dos ensaios é projetado para fins de tratamento. A eficácia é o primary gold predominante em todas as fases do desenvolvimento na população estudada. Como o principal objetivo desta tese foi identificar as razões para o sucesso ou insucesso no programa de desenvolvimento do fármaco, dois tipos de caminhos foram comparados: a taxa de sucesso vs. a taxa de insucesso. A taxa de sucesso é mais alta na vigilância e monitorização pós-mercado, i.e. em compostos licenciados em fase 4, e é mínima na transição do active pharmaceutical ingredient (API) da fase 2 e 1|2 para a fase 3, i.e. antes das provas regulatórias. Assim sendo, 613 ensaios clínicos em DP realizados de 1998 a 2019 e 187 compostos foram amplamente estudados. Destes 187 compostos, apenas 29 passaram os ensaios de confirmação e foram finalmente considerados caminhos de sucesso, que permitiram o licenciamento do fármaco. Boehringer Ingelheim, Sandoz e GlaxoSmithKline foram as grandes empresas farmacêuticas que conduziram mais estudos completando a totalidade do programa de desenvolvimento do fármaco, incluindo a vigilância e monitorização pós-mercado de moléculas em fase 4. De todos os 29 compostos testados, 12 foram considerados novas entidades moleculares. As novas entidades moleculares mais estudadas foram a rasagilina (30,77%), seguida pela rotigotina, ropinirol e pramipexol. De todos os 29 compostos aprovados, 75,44% foram testados numa amostra de indivíduos em todas as fases da DP. Os ensaios clínicos de quadrupla ocultação (47,22%) são os que produziram mais compostos licenciados por ensaios confirmatórios, seguidos pelos de ocultação dupla (38,89%). Os estudos paralelos (59,65%) foram o tipo de desenho que produziu mais compostos aprovados, seguidos pelos estudos de grupo único (26,32%) e pelos estudos cruzados (12,28%). Os estudos (76,79%) que utilizaram a via oral como via preferencial de administração e comprimidos como formulação preferida foram os que tiveram mais sucesso nas fases confirmatórias do programa de desenvolvimento do fármaco. Os moduladores dos recetores de dopamina, assim como as formulações puras de levodopa e as combinações de levodopa, representam 52,63% das vias de sucesso nos últimos 20 anos. Seguidamente, os moduladores da monoamina oxidase (19,30%), como a selegilina e a rasagilina, foram os compostos testados com mais sucesso. Em terceiro lugar, os moduladores de recetores adrenérgicos (5,26%), como a droxidopa e o mirabegron, e os moduladores da catecol o-metiltransferase (5,26%), como o entacapone e o opicapone, foram os compostos aprovados pelas autoridades reguladoras com mais sucesso. Dos 29 compostos licenciados e comercializados que passaram nos ensaios confirmatórios, 26,32% dos estudos que foram realizados foram para medicamentos não parkinsonianos, enquanto 73,68% dos estudos que foram realizados foram para agentes antiparkinsonianos. Nos últimos 20 anos, e resumindo as vias de sucesso no programa de desenvolvimento, 15 agentes antiparkinsonianos passaram primariamente na fase 3 e, portanto, completaram as provas regulatórias. Após o processo e aprovação do New Drug Application, apenas 14 APIs foram registados para a DP e, subsequentemente, concluíram com êxito os estudos de vigilância e monitorização pós mercado. Os agentes antiparkinsonianos bem-sucedidos são a amantadina, a apomorfina, a carbidopa/levodopa, a levodopa, a levodopa/carbidopa/entacapona, a entacapona, a opicapona, o pramipexol, a rasagilina, a rivastigmina, o ropinirol, a rotigotina, a safinamida e a selegilina. Esses 14 agentes antiparkinsonianos diferentes foram comercializados por 16 promotores diferentes e em 20 formulações distintas. A Novartis foi a farmacêutica que licenciou mais compostos. Contrastando com os caminhos de sucesso, os caminhos de insucesso que forçaram a suspensão do ensaio antes da fase final do programa de desenvolvimento também são descritos. Nos últimos 20 anos, os motivos foram principalmente devido à falta de eficácia, segurança e financiamento. Trinta e cinco compostos falharam na fase 3 e seis compostos falharam na fase 4. A maioria dos estudos que falharam a completa aprovação após os estudos de vigilância e monitorização pós-mercado (34%), não publicam os motivos da interrupção ou retirada do ensaio clínico. CONCLUSÃO: A tese revisou o estado de arte do desenvolvimento clínico de fármacos na doença de Parkinson entre 1998 e 2019. A problemática de explorar as causas do sucesso e insucesso é um tópico de tendência na neurociência. Fundamentalmente, o trabalho desta dissertação respondeu aos objetivos inicialmente definidos. Espera-se, então, que este trabalho leve a novas e interessantes questões, que possam justificar uma análise multivariada das 50 variáveis obtidas. O panorama dos programas de desenvolvimento terapêutico da DP foi investigado e as causas de atrito dos compostos nos distintos estágios do desenvolvimento farmacológico, da fase 1 à fase 4 nos estudos da doença de Parkinson, foram avaliadas criticamente. Com efeito, há uma diminuição do sucesso no desenvolvimento de fármacos e do número de compostos licenciados nos últimos 20 anos. Além disso, falhas no desenvolvimento de medicamentos são observadas em todas as fases do desenvolvimento, incluindo em fases mais tardias, que estão maioritariamente relacionadas a ensaios clínicos não informativos principalmente em estágios iniciais. Duas vias foram comparadas: (i) uma via de sucesso, completando as provas regulatórias e ensaios confirmatórios, com uma taxa de sucesso de 16%, que permitiu o licenciamento e a vigilância e monitorização pós-mercado de 29 medicamentos; e (ii) uma via de insucesso com uma taxa de insucesso de 84%, que levou à suspensão de 158 compostos antes da fase final do programa de desenvolvimento. Finalmente, dos 613 ensaios clínicos em DP realizados entre 1998 e agosto de 2019 e dos 187 compostos, apenas 14 APIs foram finalmente aprovados e comercializados como agentes antiparkinsonianos. A taxa de sucesso específica para agentes antiparkinsonianos é igual a 7% e a taxa de insucesso específica de agentes antiparkinsonianos é igual a 93%.INTRODUCTION: The pathological hallmark of Parkinson’s Disease (PD) is the loss of dopaminergic neurons, most prominently in certain parts of the basal ganglia, and the aggregation of Lewy bodies proteins in remaining nerve cells. The beginning of clinical drug development in PD started with an orally formulation of levodopa in 1967. Since then, clinical trials were essential to understand how safe the treatments are and to bring new compounds to the market with a proven therapeutic effect. Biopharmaceutical companies around the world attempted to develop innovative therapies to achieve unmet medical necessities. Although the numerous advances on drug development in PD, a significant number of clinical trials still fail to produce new and safe medicines. Indeed, less than 10% of the drugs have been approved by regulatory agencies. It is then important to identify factors that contribute to a successful licensing path in regard to PD. Rigorous efforts have been made in the last decades in various areas such as genetic, biochemistry, epigenetic, omics, clinic and imaging to define reliable markers to improve the quality of clinical trials. Can drug related markers improve the pharmacologic approaches for restoring striatal dopamine in a targeted and physiological manner or to prevent ongoing neurodegeneration and progression of disease? OBJECTIVES: The principal aim of this thesis is the description of the landscape of PD therapeutic development programs and critically appraise the causes of compound attrition in the distinct stages of drug development, from phase 1 to phase 4 in Parkinson Disease’s studies. Why is it elevated the frequency of drug development failures? Why have it been a decrease in the number of approved compounds in the last two decades? Are failures in drug development observed in all phases of drug development including late stages? Are failures related with non-informative early stage trials? To answer these questions, the outcome of this thesis is centered in identifying the reasons for development drug success. METHODS: This thesis researched 1304 PD clinical trials. The methodology comprehended a literature research, the design of trial selection parameters, the data extraction, the data analysis, the creation of the PDCard Database and the statistical analysis. For that matter, this study used information from clinical trials relating to Parkinson's disease that were recorded on the 3 platforms: clinicaltrials.gov, World Health Organization (WHO) International Clinical Trials Search Portal (ICTRP) and Australian New Zealand Clinical Trials Registry (ANZCTR). An embedded type database, named PDCard Database, was finally obtained using criteria the data extraction and analysis, totaling a sum of 613 interventional studies of G20 – Parkinson’s disease. Then an exploratory analysis of success and failure paths was conducted, and success and failure rates for each trial phase were calculated. RESULTS: PD drug development registry between 2000 and August 2019 was analyzed, and data published in the PDCard Database. By analyzing the database, it is shown that there is a high frequency of drug development failures and there is a decrease in the number of licensed compounds in the last two decades. For that matter, success and failure paths of the 613 clinical trials and 187 tested compounds, in 77496 total participants, are explored. Fifty variables were (i) categorized (ii) systemized and (iii) organized, based on the SPIRIT guidelines. Each of the variables was added manually and extracted from the original publication of the clinical trial or the clinicaltrials.gov, WHO ICTRP and ANZCTZ. Objectively, the database includes 115 clinical trials in phase 1, 23 clinical trials in phase 1|2, 194 clinical trials in phase 2, 19 clinical trials in phase 2|3, 172 clinical trials in phase 3 and 90 clinical trials in phase 4. 42,90% were multicentered studies, while only 13,38% are monocentered. 74.55% of the studies were randomized and 9,79% are non-randomized studies. 67,86% are completed studies, 11,91% are studies in recruiting phase, 9,62% are studies that are not recruiting, 8,16% are terminated studies and 2,45% are withdrawn studies. It is presented that failures in drug development are observed in all phases of drug development including late stages. Effectively, from all the terminated study causes of all studies, in Phase 1 the most important was first milestone was not met. In Phase 2, lack of efficiency was the primary cause. In Phase 2|3, the main reason was that it was unlikely to provide evidence of significant effect. In Phase 3, lack of efficacy was the main reason for terminating the study. Therefore, failures are mostly related with non informative early stage trials. The majority of the studies (79,93%) have recruited adult or older adult subjects. Only 10.77% of clinical trials studies included healthy subjects. Most of the diseases studied in clinical trials are diseases of the nervous system (IV), totaling 265 studies. Otherwise, 264 of the clinical trials were studying the efficacy and safety of the drug itself, without specifying PD as a condition to the study. The majority of the trials are designed for treatment purpose. Efficacy is the predominating gold at all phases of development in the study population. As the main outcome of this thesis was identifying the reasons for development drug success or failure, two types of paths were compared: the success rate vs the failure rate. The success rate is higher in PostMarketing Surveillance (PMS), i.e. in phase 4 licensed compounds, and is minimum in the transition of the API from phases 2 and 1|2 to phase 3, i.e. before regulatory proofing. Henceforth, 613 clinical trials in PD conducted from 1998 to 2019, and 187 compounds were vastly studied. From these 187 compounds, only 29 passed confirmatory trials and were finally considered successful paths, that allowed drug licensing. Boehringer Ingelheim, Sandoz and GlaxoSmithKline were the big pharma that conducted more studies completing the full drug development program, including postmarketing surveillance of molecules in phase 4. From all the 29 compounds that were tested, 12 were considered new molecular entities. The new molecular entities that were more studied were rasagiline (30,77%), followed by rotigotine, ropinirole and pramipexole. From all the successful 29 approved compounds, 75,44% were tested in a sample of subjects with all stages of PD. Clinical trials that used quadruple blinding (47,22%) are the ones that produced more licensed compounds that passed confirmatory trials, followed by double blinding (38,89%). The parallel assignment (59,65%) was the type of design that produced more approved compounds, followed by single group assignment (26,32%) and crossover assignment (12,28%). The studies (76,79%) that used oral as a preferred route of administration, and tablets as a preferred drug formulation are the ones that approved more compounds passing confirmatory trials. Dopamine receptor modulators, like pure levodopa and levodopa combinations, represent 52,63% of the success path in the last 20 years. In second, monoamine oxidase modulators (19,30%), like selegiline and rasagiline, were tested in PD drug development. Thirdly, adrenergic receptor modulators (5,26%), like droxidopa and mirabegron, and catechol o-methyltransferase modulators (5,26%), like entacapone and opicapone, were approved compounds that passed confirmatory trials by the regulatory authorities. From the 29 licensed compounds that passed confirmatory trials, 26,32% of the studies conducted were for non-parkinsonians drugs, while 73,68% of the studies conducted were for antiparkinsonian agents. In the past 20 years, and reviewing the successful path, 15 antiparkinsonian agents primarily passed phase 3 and thus showed regulatory proof. After NDA process and approval, only 14 APIs were registered for PD and, subsequently, completed successfully the postmarketing surveillance studies. The successful antiparkinsonian agents are amantadine, apomorphine, carbidopa/levodopa, levodopa, levodopa/carbidopa/entacapone, entacapone, opicapone, pramipexole, rasagiline, rivastigmine, ropinirole, rotigotine, safinamide and selegiline. Those 14 different antiparkinsonian agents were marketed by 16 different sponsors, in 20 different formulations. Novartis was the big pharma licensing more compounds. Contrasting the success paths, the failure paths that forced the suspension of trial before the final phase of the development program are also described. In the last 20 years, the reasons were mainly due to efficacy, safety and financing. Thirty-five compounds failed to succeed phase 3, and six compounds failed to succeed phase 4. The majority of studies that failed to be approved (34%) do not publish the reasons for terminating or withdrawing the clinical trial. CONCLUSION: The thesis reviewed the state of the art of clinical drug development in Parkinson’s Disease from 1998 to 2019. The problematic of exploring the causes for success/unsuccess is a trending topic in neuroscience. Fundamentally, the work of this dissertation responded to the initially defined objectives. It is then expected that this work will lead to new and interesting questions, which might justify a future multivariate analysis of the 50 obtained variables. The landscape of PD therapeutic development programs was probed and the causes of compound attrition in the distinct stages of drug development, from phase 1 to phase 4 in Parkinson Disease’s studies were critically appraised. Indeed, there is a decrease on the success of drug development and in the number of approved compounds that passed confirmatory trials in the last 20 years. Moreover, failures in drug development are observed in all phases of development including late stages, but are mostly related with non-informative early stage trials. Two paths were compared: (i) a successful pathway, passing regulatory proof and confirmatory trials, with a success rate of 16%, that

    Transcriptional regulation of neurogenesis by the proneural factor Ascl1

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    Dissertação de mestrado BioinformaticsThis project aims to provide a better understanding of the transcriptional regulation of neurogenesis by the proneural factor Ascl1. The first genome-wide characterization of Ascl1 transcriptional program in the embryonic mouse brain was performed by ChIP-chip. However, the restriction to proximal promoter regions, excluding genes bound by Ascl1 to distal enhancers, and the need to validate the model with a more robust experimental approach, prompted the use of ChIP-seq. Genome-wide mapping of Ascl1 binding sites with higher resolution, reveals 3054 high confidence binding regions in ventral telencephalon. The chromatin states of genomic regions associated with Ascl1 recruitment were also characterised, concluding that these bear marks of distal enhancers, but also proximal promoter regions. Further integration of expression profiling data from Ascl1 LoF experiments identifies 643 target genes. Results from functional annotation of these targets corroborate previous findings, showing that Ascl1 coordinates neurogenesis by regulating a large number of target genes with a wide variety of biological functions, and associated with different stages of neurogenesis. Additional investigations should address how Ascl1 coordinates this complex transcriptional program along the neuronal lineage. This could explore a possible crosstalk with the Notch program, taking advantage of the 105 regulatory regions identified where Ascl1 is co-recruited by RBPJ, as assessed by ChIP-seq.O objetivo principal deste projeto consiste em compreender melhor a regulação transcricional da neurogénese pelo fator proneural Ascl1. A primeira caracterização à escala do genoma do programa de transcrição do Ascl1 no cérebro de embriões de ratinho foi realizada pela técnica de ChIP-chip. No entanto, a restrição a regiões próximas do promotor, com exclusão de genes ligados pelo Ascl1 a distal enhancers, e a necessidade de validar o modelo com uma abordagem experimental mais robusta, motivou o recurso à técnica de ChIP-seq. A análise de localização, com alta resolução, ao longo de todo o genoma para sítios de ligação do Ascl1, revelou 3054 regiões de ligação de elevada confiança no telencéfalo do ratinho. De seguida, caracterizaram-se os chromatin states de regiões genómicas associadas com o recrutamento do Ascl1. Desta análise conclui-se que estas regiões possuem marcas de distal enhancers, mas também de regiões próximas do promotor. A posterior integração de perfis de expressão em experiências de perda-de-função para o Ascl1 identificou 643 genes alvo. Os resultados da anotação funcional desses alvos corroboram as conclusões anteriormente publicadas, mostrando que o Ascl1 coordena a neurogénese através da regulação de um grande número de genes alvo, com uma ampla diversidade de funções biológicas, associados a diferentes fases da neurogénese. Estudos futuros deem abordar de que forma o Ascl1 coordena este programa de transcrição complexo ao longo da linhagem neuronal. Tal poderia explorar um possível crosstalk com o programa Notch, tirando partido das 105 regiões regulatórias identificadas por ChIP-seq, onde o Ascl1 é co-recrutado pelo RBPJ

    The allure of controversial brands: the effect of consumers- power on purchase intentions

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    Brands are more frequently engaging with controversial issues and clearly taking a stand on them, making it important to understand how consumers view and react to these brands. The present research focuses on analyzing if controversial brands are perceived as more powerful and risk-taking, and how this can lead to compensatory consumption, by assessing consumers’ purchase intentions. An online experiment was conducted, where participants were primed with low or high power followed by a manipulation of controversy. It was possible to infer that low-power individuals tend to have higher brand perceptions, even though the hypotheses were inconclusive
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