37 research outputs found

    O Nome “Índio”: patronímico étnico como suporte simbólico de memória e emergência indígena no Médio Jequitinhonha – Minas Gerais

    Get PDF
    This paper deals with the ethnic emergence of anextended family in the area of Vale do Jequitinhonha River. Thisprocess took place, both in the personal and social levels, as thefinding out of Indian patronymic, also used in the area forethnically labeling out people. The aim is to follow analytically aprocess through which names occur as symbolic carriers ofmeaning, which make it possible for the actors to criticallyelaborate social vectors present in the field of interethnic relationsof categories for the self-identification of Brazilian Indians. Forthis research, several methodological approaches have been usedin a complementary way, according to procedures for onomasticstudies. These studies deal with proper names, based on theepistemological presupposition that there is a close relationshipbetween the name and the Person. The hypothesis, bothpsychoanalytical and anthropological, of a “fetishism of a name”   has been taken to a social arena where interethnic relations have  historically been dealt with in a confliting way. This takes place on the inside of a “struggle of taxonomies”, here as a movement    of the re-shaping of social vectors, after the setting up of a   Pankararu settlement in the rural area of Aracuai- State of Minas  Gerais, Brazil, which was made possible by the action of the Indian Workforce from the local Diocese.O ensaio aborda a emergência étnica de uma famíliaextensa na região do Vale do Jequitinhonha a partir daintensificação – incidente tanto sobre o plano pessoal como osocial – de significados para o patronímico Índio, tambémutilizado regionalmente como um designativo étnico naidentificação de seus portadores. Trata-se de acompanharanaliticamente um processo através do qual os nomes constituemveículos simbólicos que possibilitam aos atores a elaboraçãocriativa de traduções das forças presentes no campo das relaçõesinterétnicas para as categorias da auto-identificação indígena.Para conduzir a investigação, diversas abordagens teóricas foramutilizadas de modo complementar, de acordo com a metodologiacaracterística da onomástica - que se dedica ao estudo dos nomespróprios, partindo do pressuposto epistemológico da existênciade um estreito vínculo entre o nome e a Pessoa. A hipótese,tanto psicanalítica quanto antropológica, do “fetichismo donome”, foi levada para um campo social onde as relaçõesinterétnicas são travadas, historicamente, de forma conflituosa,no interior de uma “luta de classificações” que ora se apresentaem movimento de reconfiguração de forças, a partir da instalaçãode uma aldeia Pankararu na área rural do município de Araçuaí– MG, viabilizada pela pastoral indigenista da Diocese local

    Da Etnoarqueologia à História Indígena: os botocudos em seus processos identitários (século XIX ao XXI)

    Get PDF
    Resumo: os processos de elaboração identitária do povo Botocudo (Borún), analisados por meio de metodologias diversifi cadas no decorrer de dois séculos, são cotejadas neste estudo tendo por base o argumento central de que defl agrações de novas identidades (ou etnogênese) observadas - seja na história ou na contemporaneidade - apresentam imbricações complexas e diversifi cadas entre política indígena e políticas indigenistas e estatais. A ferramenta investigativa da etnohistória utilizada designa uma posição teórica e metodológica que valoriza as formas e estratégias nativas, priorizando sua visibilidade, mesmo em fontes destinadas a objetivos diversos, e permitindo a observação de regularidades relativas ao universo sociocosmológico indígena. Palavras-chave: Botocudos. Etnoarqueologia. Identidade. Eetnohistória

    Indígenas, catequesis y civilización en la Provincia de Minas (Brasil, siglo XIX)

    Get PDF
    El presente artículo trata sobre un período en el cual una numerosa población indígena “desapareció” tanto en la Provincia de Minas Gerais, foco de este estudio, así como en todo Brasil. El análisis de la historia de los grupos indígenas corresponde al establecimiento de un modelo “civilizador” de administración indígena y otorga visibilidad a los mecanismos a través de los cuales se planificó y llevó a cabo el proceso de “desaparición”. Por otro lado, sin embargo, dicho análisis revela los fracasos observables en las situaciones y prácticas cotidianas de los aldeamientos. Se analizan algunos episodios, como la revuelta de los indios considerados “civilizados” en la misión de Itambacuri en el año 1893 (después de 20 años de catequesis misionera), como metáfora de las relaciones de contradicción existentes entre las fuerzas actuantes por la integración nacionalizadora y las que detonaron movimientos de división, que luchaban por la recuperación de la autonomía local. La posibilidad de articulación entre la perspectiva etnológica e histórica orientó el abordaje teórico, de modo que la acción de los actores indígenas fue cotejada en relación a las concepciones nativas, aunque la actualización de estas concepciones asumiera diversas formas en las diferentes situaciones analizadas. De esta forma, la investigación del fenómeno empírico de la dinámica de las identidades indígenas en la situación colonial puede revelar tanto sus directrices históricas, fornecidas principalmente por las prácticas indigenistas coetáneas, como su contracara nativa, la de los procesos etnopolíticos

    A ocupação das fronteiras dos Sertões do Leste: o Itambacuri e a civilização indígena (Minas Gerais, Século XIX)

    Get PDF
    Ao longo dos Setecentos e Oitocentos, os chamados “Sertões do Leste” da Província de Minas eram considerados “infestados” pela presença numerosa de populações indígenas e figurados como antítese do espaço “cristão” e “civilizado”. Neste artigo examinarei aquela região ao longo dos Oitocentos, a partir de alguns empreendimentos de fronteira situados no “centro da mata” – região do Vale do Rio Mucuri – inicialmente com a implementação da Colônia Militar do Urucu, passando pelo projeto colonizador de capital misto da Companhia do Mucuri e culminando com o aldeamento missionário do Itambacuri e a revolta indígena ali protagonazida em 1893 por povos Botocudos nele estabelecidos. A composição étnica ao longo dos Oitocentos naquela região será acompanhada em sua imensa variedade e intenso dinamismo e examinada tanto à luz da competição de projetos civilizacionais relacionados à formação da nação brasileira quanto relativamente às dificuldades e conflitos observados nas relações entre povos nativos e adventício

    CIDADANIA DESIGUAL E QUESTÃO RACIAL NA FORMAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL DO BRASIL PÓS-COLONIAL

    Get PDF
    corecore