3,284 research outputs found

    Ética ficcional-cartográfica: a procura humilde e a força frágil

    Get PDF
    Este artigo é um ensaio teórico-metodológico, no qual se problematiza a estratégia metodológica da cartografia-ficcional focando na questão ética de tal prática em sua invenção de mundos. Postura ética aqui operada na ficção-cartográfica pelos conceitos de procura humilde (Clarice Lispector) e de força frágil (Friedrich Nietzsche). A criação de uma personagem ficcional (Helena) delineia-se como ferramenta que possibilita o desvio heterotópico na construção do campo problemático e do corpo-pesquisa. Postura ética de experimentação e construção de problematizações que conduz a desvios e reinventares dos nossos regimes de dizibilidade e visibilidade. Cartografia e ficção agenciam-se em uma escrita heterotópica: possibilitando outramentos, desvios e deslocamentos em relação aos objetos dados.This article is a theoretical-methodological essay, in which the methodological strategy of cartography-fiction is problematized focusing in the ethical question of such practice in its invention of worlds. Ethical stance here operated in fiction-cartographic by the concepts of humble quest (Clarice Lispector) and fragile force (Friedrich Nietzsche). The creation of a fictional character (Helena) delineates as a tool that enables the heterotopic deviation in the construction of the problematic field and the body-research. Ethical posture of experimentation and construction of problematizations that leads to deviations and reinventing our regimes of readability and visibility. Cartography and fiction are organized in a heterotopic writing: making possible otherness, deviations and displacements in relation to the given objects.Este artigo é um ensaio teórico-metodológico, no qual se problematiza a estratégia metodológica da cartografia-ficcional focando na questão ética de tal prática em sua invenção de mundos. Postura ética aqui operada na ficção-cartográfica pelos conceitos de procura humilde (Clarice Lispector) e de força frágil (Friedrich Nietzsche). A criação de uma personagem ficcional (Helena) delineia-se como ferramenta que possibilita o desvio heterotópico na construção do campo problemático e do corpo-pesquisa. Postura ética de experimentação e construção de problematizações que conduz a desvios e reinventares dos nossos regimes de dizibilidade e visibilidade. Cartografia e ficção agenciam-se em uma escrita heterotópica: possibilitando outramentos, desvios e deslocamentos em relação aos objetos dados.Este artigo é um ensaio teórico-metodológico, no qual se problematiza a estratégia metodológica da cartografia-ficcional focando na questão ética de tal prática em sua invenção de mundos. Postura ética aqui operada na ficção-cartográfica pelos conceitos de procura humilde (Clarice Lispector) e de força frágil (Friedrich Nietzsche). A criação de uma personagem ficcional (Helena) delineia-se como ferramenta que possibilita o desvio heterotópico na construção do campo problemático e do corpo-pesquisa. Postura ética de experimentação e construção de problematizações que conduz a desvios e reinventares dos nossos regimes de dizibilidade e visibilidade. Cartografia e ficção agenciam-se em uma escrita heterotópica: possibilitando outramentos, desvios e deslocamentos em relação aos objetos dados

    DISTOPIAS CRIMINAIS: DESNATURALIZANDO A LÓGICA NEOLIBERAL-RELIGIOSA DO EMPREENDEDOR DE SI

    Get PDF
    Esse artigo formaliza em conceitos e linhas de arguição articuladas sobre eventos do nosso cotidiano contemporâneo, os resultados analíticos produzidos por meio de uma narrativa ficção sobre as articulações existentes entre as lógicas do empreendedorismo, do crime e da religiosidade em seu atravessamento por um dispositivo necropolítico colonial. A ficção operou tal análise com uma redução ao absurdo: colapsando as lógicas que buscam cindir o mundo entre “vagabundos” e “cidadãos de bem”. O racismo estrutural e o estigma da periculosidade criam a figura do “vagabundo” como par oposto ao trabalhador, por uma sobreposição de camadas discursivas e imagéticas que criminaliza, encarcera e extermina juventudes negras periféricas em nome da manutenção dos privilégios da branquitude. O sistema penal brasileiro é racista e classista, perpetuando a lógica moderno-colonial que entra para elaboração das políticas de segurança pública. Colapsando essa racionalidade, compreendemos que o crime organizado não funciona fora da lógica neoliberal, da moral empreendedora e conservadora vigente. A redução ao absurdo nos ajuda a olhar de outra forma para as noções de culpa, mérito e para a própria noção de trabalho, levando-a aos seus limites, transgredindo as fronteiras jurídicas, para visibilizar que ambos comungam de uma rede de valores coloniais: agressividade competitiva, disciplina, obediência à hierarquia e elevação moral. Nesse paradoxo entre a moral do crime organizado e da moralidade conservadora, visibilizamos elementos fundamentais da máquina de subjetivação do nosso tempo

    Imagem Técnica: Ontologia, Arte e Sociedade

    Get PDF
    Ética da Image

    Ética ficcional-cartográfica : a procura humilde e a força frágil

    Get PDF
    Este artigo é um ensaio teórico-metodológico, no qual se problematiza a estratégia metodológica da cartografia-ficcional focando na questão ética de tal prática em sua invenção de mundos. Postura ética aqui operada na ficção-cartográfica pelos conceitos de procura humilde (Clarice Lispector) e de força frágil (Friedrich Nietzsche). A criação de uma personagem ficcional (Helena) delineia-se como ferramenta que possibilita o desvio heterotópico na construção do campo problemático e do corpo-pesquisa. Postura ética de experimentação e construção de problematizações que conduz a desvios e reinventares dos nossos regimes de dizibilidade e visibilidade. Cartografia e ficção agenciam-se em uma escrita heterotópica: possibilitando outramentos, desvios e deslocamentos em relação aos objetos dados.This article is a theoretical-methodological essay, in which the methodological strategy of cartography-fiction is problematized focusing in the ethical question of such practice in its invention of worlds. Ethical stance here operated in fiction-cartographic by the concepts of humble quest (Clarice Lispector) and fragile force (Friedrich Nietzsche). The creation of a fictional character (Helena) delineates as a tool that enables the heterotopic deviation in the construction of the problematic field and the body-research. Ethical posture of experimentation and construction of problematizations that leads to deviations and reinventing our regimes of readability and visibility. Cartography and fiction are organized in a heterotopic writing: making possible otherness, deviations and displacements in relation to the given objects

    Tecnologia da Informação e contemporaneidade: do trabalho entre 0 e 1

    Get PDF
    As atividades do trabalhador em Tecnologia da Informação (TI), bem como suas características peculiares e desdobramentos em sua saúde mental é o tema que guia as problematizações deste artigo. Ainda que a emergência de um grande número de profissionais dedicados a esta área torne-a um importante campo para a psicologia que pensa o trabalho, não vemos atualmente no Brasil uma grande produção de trabalhos sobre o tema. O presente artigo apresenta uma perspectiva possível sobre a saúde mental no trabalho em TI, problematizando dois aspectos da sua produção: o desenvolvimento de linguagens e softwares, pensando as tensões entre padrão e diferença nesta atividade; e os modos de organização do trabalho em TI, pensando as transformações da lógica fabril-disciplinar para as novas capturas do controle contemporâneo. A partir desta trama, são apontadas algumas possibilidades de intervenção neste contexto em prol da produção de saúde através da atividade laboral imaterial

    Narrativas das infâmias : um pouco de possível para a subjetivação contemporânea

    Get PDF
    O que pode a psicologia social ao somar em seu corpo metodológico e conceitual algumas estratégias vindas das artes poéticas? O que pode a psicologia social se somamos narrativas ficcionais aos nossos trabalhos e pesquisas com as vidas infames que foram trancadas e esquecidas nos antigos hospícios e hospitais psiquiátricos? Este artigo apresenta três perspectivas sobre os potenciais advindos da hibridização entre a psicologia social e as narrativas ficcionais: a escrita ficcional para além do dizível, para além do juízo e para além dos silêncios produzidos nos espaços de fechamento disciplinar. Propomos aqui um ensaio conceitual que explore as potencias expressivas da ficção para fazer emergir novas visibilidades possíveis sobre estas esquecidas vidas infames. Com estas ferramentas conceituais ao redor do trabalho biografemático e da potência da escrita ficcional, podemos ultrapassar o silêncio produzido pelos muros do antigo Hospital Psiquiátrico São Pedro com nossas pesquisas.What can social psychology do by adding to its own methodological and conceptual body some strategies originating from the poetic arts? What can social psychology do if we add fictional narratives to our works and researches about infamous lives that were locked and forgotten into asylums and mental hospitals? This article presents three perspectives about the potential resulting from the hybridization between social psychology and fictional narratives: the fictional writing situated beyond whats is speakable, the writing beyond judgment, the writing beyond the silences produced in spaces of disciplinary closure. We propose a conceptual essay that explores the expressive potential of fiction to bring out new possible visibilities about those forgotten and infamous lives. With these conceptual tools, towards a biographematical work and the potency of the fictional writing, we are able to overcome with our research, the silence produced by the walls of the ancient São Pedro Psychiatric Hospital

    The image and the humanities : visual poetics as the possibility of construction of knowledge

    Get PDF
    Este artigo propõe uma nova perspectiva sobre o papel da imagem na produção do conhecimento, especialmente no que se refere às ciências humanas. Na modernidade científica a imagem foi considerada um ente de ontologia falha. Na contemporaneidade a imagem ganhou uma nova importância: ela se tornou nosso principal meio de expressão e comunicação além de servir importante estratégia de pesquisa. Por outro lado, a produção de saber/conhecimento através de imagens poéticas e experimentais é ainda hoje um tabu na academia. Contra esta concepção, muitos artistas e pensadores criaram outro modo de pensar as relações entre imagem e ciência: a imagem é real e imanente ao nosso mundo, posto que ambos nada mais são do que ação. A imagem poética produz uma grande variedade de transformações nos nossos modos de ver ao mundo, resultando em uma interessante estratégia para a pesquisa.The article proposes a new perspective on the role of image in the production of knowledge, particularly with respect to the humanities. In the scientific modernity, image was regarded as an entity of imperfect ontology. Nowadays images have acquired a new importance: they have become our chief means of expression and communication, apart from their important role in research strategies. On the other hand, the production of knowledge through experimental and poetic images is still taboo in academia. Against such notion, many artists and thinkers have created a new way of conceiving the relations between images and science: the image is real and immanent to our world, since both are nothing more than action. The poetic image produces a large variety of transformations in our ways of seeing the world, resulting in an interesting research strategy

    Da natureza do artifício e dos artifícios da natureza: Simondon entre o natural e o artificial

    Get PDF
    O presente artigo é um ensaio sobre as possibilidades oriundas de distintas construções do conceito de natureza e a longa série de binarismos que pode daí advir: natureza e artifício, natureza e homem, natureza e cultura, etc. Desde a antiguidade até os nossos dias o construto “natural” serve para garantir unidade, estabilidade e harmonia para a ontologia, impedindo que o devir e a diferença maculem as simetrias do ser. No entanto, desde a mesma antiguidade temos uma série de propostas alternativas a este mundo: são perspectivas que afirmam o mundo como uma relação em devir, vendo tensão e criação como base da ontologia do mesmo. Um destes mundos é o que nos é apresentado pela filosofia de Gilbert Simondon: singularidades nômades em relação, tensão, disparando, transduzindo, produzindo um ser metaestável que torna patente ao nosso pensamento a impossibilidade de separar o artifício da natureza, diluindo toda a série conseqüente de binarismos que daí decorrem. Tal perspectiva nos abre a possibilidade de pensar a tecnologia de outras maneiras, para além das tecnofilias progressistas ou tecnofobias apocalípticas, esquecendo a lógica da dominação e substituição para poder pensar a relação homem-tecnologia a partir de uma ética da diferença
    corecore