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    Formação de docentes e pós-graduação: docente ou pesquisador? Há futuro para esse ofício?

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    This text is based on another one that was used for our intervention in the roundtable mentioned. Its hypothesis is that to exercise the trade of teacher and researcher is to work under a cloak of insecurity. While the current system appears increasingly solid, the ground on which teachers and students tread is increasingly shaky. We begin with the thesis that we teach and supervise based on an education that we did not receive and the education that we offer is not in keeping with the challenges our students face. Four sub-theses arise from this thesis and concern factors that explain and justify difficulties of methodology and content. The text is based on research data prepared under the auspices of CNPq and addresses issues concerning graduate work and a review of literature in the field. In addition to a reflection on the context, we conclude that instead of working with disjunctives such as “and” or polarizations such as “or” in relation to education, teaching and research, we should understand these processes as mutual fertilizations through which each one of the functions of the university can yield affirmative answers, particularly to the final question in the title.Key words: research, teaching, education, graduate studies.Este texto resulta de parte de outro que serviu de base à nossa intervenção na mesa redonda indicada. A hipótese é a de que professar o ofício da docênca e da pesquisa é trabalhar sob o signo da insegurança. Se o sistema vigente parece cada vez mais firme na rota da manutenção, o “território” onde se movem docentes e alunos parece cada vez mais movediço. Objetivando discutir esses aspectos, partimos da tese de que ensinamos/orientamos com base em uma formação que não recebemos e a formação que protagonizamos não está mostrando-se contemporânea aos desafios postos aos nossos alunos. Da tese desdobram-se quatro subteses que tratam de aspectos que explicam e justificam dificuldades de metodologia e conteúdo. O texto está baseado em dados de pesquisa desenvolvida sob os auspícios do CNPq, abordando questões da pós-graduação e conexas, e em revisão de literatura da área. Em termos de resultados, além de reflexões de contexto, concluímos que, em vez de trabalhar com disjuntivas (“e”) ou polarizações (“ou”) na formação, docência e pesquisa, seria mais adequado apreender esses processos na perspectiva das fertilizações mútuas, a partir das quais cada uma das funções da universidade poderia potencializar respostas afirmativas às interrogantes do título.Palavras-chave: pesquisa, docência, formação, pós-graduação

    Grupos de pesquisa e formação de orientadores: tributo à Marli André (in memoriam)

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    No contexto de pesquisa sobre os grupos de pesquisa como espaços-tempos de formação e de atuação de orientadores de dissertações e teses fizemos observação participante e desenvolvemos grupos focais no Grupo de Pesquisa coordenado pela professora Marli André. Realizamos também uma entrevista com ela. Impactados com a notícia da sua morte, neste texto resgatamos partes da entrevista que ela nos concedeu, intercaladas por depoimentos de componentes do seu grupo, colegas e ex-orientandas. Nas suas manifestações fica explicito o papel ímpar por ela desempenhado na constituição e funcionamento do Grupo, como Núcleo de Pesquisa que funciona como uma rede. Nas manifestações dos componentes do Grupo ressalta-se a habilidade da Coordenadora em fazer dele espaço de pesquisa, de ajuda mútua, de exercício da orientação e de construção e de socialização de conhecimentos sobre formação de professores. A forma de organização e funcionamento do Grupo coordenado pela professora Marli constitui-se em um efeito-demonstração daquilo que se esperava alcançar quando foram organizados os “Programas de Intercâmbios” (Gatti, 2005), na década de 1980, com o objetivo de formar grupos e redes de pesquisa, iniciativa que teve continuidade com os Grupos de Trabalho da ANPEd

    Pesquisa em Educação: do Indivíduo ao grupo/rede internacional. Apontamentos sobre origens e perspectivas

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    Neste artigo tem-se como objetivo resgatar alguns aspectos dos passos iniciais da organização daquilo que é considerado o embrião da passagem da pesquisa individual para a pesquisa de grupos, em direção às atuais redes de pesquisa, tendo no “Programa Institucional de Internacionalização” (CAPES/PrInt) a sua iniciativa atual mais vistosa. O foco inicialmente são os “Centros Regionais de Pesquisas Educacionais (CRPEs)” (1950-1960) e o “Programa de Intercâmbios” (1981-1992), iniciativas induzidas por políticas públicas. Num segundo momento apresentamos oCAPES/PrInt, como a política atual mais expressiva da passagem do grupo para as redes de pesquisa. Para isso, em termos metodológicos, lançamos mão de levantamento de literatura, análise de documentos e entrevistas. Destaca-se autilização de manifestações de Bernardete Gatti, uma das protagonistas envolvidas na organização e implementação do “Programa de Intercâmbio” e figura de proa na pesquisa educacional brasileira. Em linhas gerais, a pesquisa permite afirmar que, do mix dessas experiências pedagógicas e exigências formais, foi/vai se criando uma cultura de grupo/rede de pesquisa com potencial de passar da indução à práxis incorporad

    Declaração de Bolonha e internacionalização da educação superior: protagonismo dos reitores e autonomia universitária em questão

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    Este artigo é parte de pesquisa sobre internacionalização da educação superior. Por meio dele analisamos alguns antecedentes da Declaração de Bolonha (DB) e o envolvimento dos reitores nesse processo. Detectamos que estes, da condição de protagonistas, embora predominantemente reativos, frente às exigências da União Europeia (UE) às universidades, foram tornando-se executores de um processo heterônomo na criação da Área Europeia de Ensino Superior. Demandas exógenas à instituição submeteram-na a um processo de constrição da sua condição de universitas, como se pode observar na Magna Charta Universitatum de 1988. A DB é um marco na história das universidades dos países da UE e de outros que aderiram ao Processo de Bolonha, com repercussões na autonomia da instituição. Focalizar esses aspectos ajuda a compreender o que está se passando com essas universidades. Porém, dada a “agenda globalmente estruturada para a educação”, a universidade brasileira poderia tirar desse fato muitas lições

    O Processo de Bolonha 1.0 e 2.0 e sua Globalização: implicações para a universidade

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    This article analyzes the transformation of European universities considering the implementation of the Bologna Process (PB 1.0) and its antecedents, including the Magna Charta Universitatum and the Sorbonne Declaration, and its continuation through Bologna Process 2.0, particularly through the Horizon 2020 program. We also investigate the diffusion of this process and model in a movement known as the “Globalization of the Bologna Process”. These initiatives are reactions of European leaders who want to restore Europe’s hegemony in the leadership and attraction that its universities had, as well as a loss of command in economic, political and cultural terms, particularly in relation to innovation in science and technology. The methodology involved a document analysis, in an effort to consider the entire historic process, from the perspective that the comprehension of the facts, events, episodes and phenomenon can only be attained in their constitutive process. The analysis indicated that the different phases of the Bologna Process represent different and complementary movements of a single process. Initiatives are evident at universities that are aimed at integration, homogenization and differentiation on a regional level, but which have gradually been globalizing. The radicalization of the Bologna Process has signified the subsumption of universities to the designations of the market, questioning the concept of universitas, while clearly causing harm, particularly for education.Objetivamos analisar o movimento de transformação da universidade europeia, a partir da implementação do Processo de Bolonha (PB 1.0), considerando seus antecedentes, dentre os quais a Magna Charta Universitatum e a Declaração da Sorbonne e continuidades por meio do PB 2.0 e especialmente a instituição do Programa Horizonte 2020. Investigamos também como a difusão deste Processo/modelo veio globalizando-se em um movimento denominado de ‘Globalização do PB’. Essas iniciativas são reações dos líderes europeus, que visam resgatar a hegemonia que a Europa veio perdendo no tocante à liderança e à atração que suas universidades exerciam, bem como na perda do protagonismo em termos econômicos, políticos, culturais e principalmente no quesito inovação em Ciência & Tecnologia. Utilizamo-nos da análise documental, como metodologia, buscando ter presente a totalidade do processo histórico, na perspectiva de que a compreensão de fatos, acontecimentos, episódios, fenômenos somente pode ser alcançada em seu processo constitutivo. Pela análise percebe-se que o PB, em suas diferentes fases, representa movimentos distintos e complementares de um mesmo processo. Em termos de universidade ficam evidentes as iniciativas e concretizações direcionadas à integração, homogeinização e diferenciação, em âmbito regional, mas que gradativamente vem globalizando-se. A radicalização do PB significa a subsunção da universidade aos desígnios do mercado, colocando em xeque a concepção de universitas, com claros prejuízos, particularmente à formação humana.

    A fase da iniciação científica e a ruptura no tempo - destino. Esboço de uma problemática sobre a preparação e expectativas de carreira na investigação científica

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    Publicado em "Tempos sociais e o mundo contemporâneo - as crises, as fases e as ruturas". ISBN 978-989-8600-23-3(Excerto) No Brasil é bastante recente a iniciação científica (IC) destinada a alunos da Educação Básica (EB). O processo de implementação desta “fase” no percurso de formação só pode ser compreendido – bem como aquilo que queremos caracterizar com a expressão “rutura tempo-destino” – tendo em conta, por um lado, a implementação da pós-graduação (PG) stricto sensu e, por outro, a forma como esta foi sendo avaliada e financiada. É ainda relevante atender à inscrição da formação de mestres e doutores num determinado “regime” de tempo ou, por outras palavras, no “Tempo Médio de Titulação” (TMT), tal como está legislado

    As tecnologias da informação e comunicação e o processo de orientação na pós-graduação

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    As mudanças introduzidas pela CAPES, no Brasil, e a implementação do Processo de Bolonha (PB), na União Europeia (UE), alteraram, entre outros aspectos, a relações orientador-orientando. A partir de modificações diversas, as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) passaram a desempenhar um papel determinante no processo de orientação, bem como para que as universidades melhorassem suas posições nos rankings. Por meio de entrevistas com pesquisadores brasileiros e investigadores de universidades da UE, vinculados à Pós-Graduação (PG), objetivamos analisar como as TIC foram incorporadas, que mediação desempenharam na relação orientador-orientando e as decorrências ao processo da comunicação entre estes. Os questionamentos sobre a qualidade do conhecimento produzido e as consequências da intensificação do trabalho aparecem na literatura e nas investigações empíricas que serviram de base para este trabalho

    O tempo da(na) investigação em tempos de crise

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    Este texto mostra quais são os principais pontos de reflexão necessários a uma compreensão da experiência do tempo na atividade de investigação e docência
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