33 research outputs found

    Fatores associados à coinfecção HIV/sífilis no início da terapia antirretroviral

    Get PDF
    OBJETIVO Avaliar a prevalência e os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis em pessoas no início da terapia antirretroviral no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. MÉTODOS Foi realizado um corte seccional de um estudo de coorte prospectivo, com pessoas vivendo com HIV, sem tratamento prévio da infecção, em início da terapia antirretroviral, maiores de 16 anos e em acompanhamento em serviços de assistência especializada em HIV/aids de Belo Horizonte. Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, laboratoriais e relacionados ao tratamento farmacológico foram obtidos por meio de entrevistas, coleta em prontuários clínicos e nos sistemas de informação de controle de medicamentos antirretrovirais e exames laboratoriais. A variável dependente foi o primeiro episódio de sífilis ativa, registrado pelo médico em prontuário clínico, em um período de 12 meses após início da terapia antirretroviral. Os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis foram avaliados por meio de regressão logística binária múltipla. RESULTADOS Dentre os 459 indivíduos avaliados, observou-se uma prevalência de 19,5% (n = 90) de infecções sexualmente transmissíveis, sendo a sífilis (n = 49) a infecção sexualmente transmissível mais frequente nesses indivíduos. A prevalência da coinfecção HIV/sífilis foi de 10,6% (n = 49) e os fatores independentes associados foram o uso de álcool (OR = 2,30; IC95% 1,01–5,26) e ter diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis (OR = 3,33; IC95% 1,24–8,95). CONCLUSÕES Houve alta prevalência de coinfecção HIV/sífilis em pessoas vivendo com HIV em início de terapia antirretroviral em Belo Horizonte. A coinfecção HIV/sífilis foi associada a fatores comportamentais e clínicos, como uso de álcool e diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis. O conhecimento prévio sobre os fatores associados à essa coinfecção pode subsidiar as decisões dos profissionais de saúde inseridos no cuidado às pessoas vivendo com HIV, no que diz respeito ao diagnóstico oportuno, orientações, acompanhamento e tratamento adequado, tanto da sífilis quanto do HIV.OBJECTIVE To evaluate the prevalence and factors associated with HIV/syphilis co-infection in people initiating antiretroviral therapy in Belo Horizonte, capital of the state of Minas Gerais. METHODS A sectional section of a prospective cohort study was carried out with people living with HIV, treatment-naive, initiating antiretroviral therapy, older than 16 years, and in follow-up treatment at specialized HIV/Aids care services in Belo Horizonte. Sociodemographic, behavioral, clinical, laboratory and pharmacological treatment-related data were obtained through interviews, medical records, and information systems for logistical control of antiretroviral medications and laboratory tests. The dependent variable was the first episode of active syphilis, recorded by the physician in clinical records, within 12 months after beginning of the antiretroviral therapy. Factors associated with HIV/syphilis co-infection were assessed using binary multiple logistic regression. RESULTS Among the 459 individuals included, a prevalence of 19.5% (n = 90) of sexually transmitted infections (STI) was observed, with syphilis (n = 49) being the most frequent STI in these individuals. The prevalence of HIV/syphilis co-infection was 10.6% (n = 49), and the associated independent factors were alcohol use (OR = 2.30; 95%CI: 1.01–5.26), and having a diagnosis of other sexually transmitted infections (OR = 3.33; 95%CI: 1.24–8.95). CONCLUSIONS There was a high prevalence of HIV/syphilis co-infection in people living with HIV initiating antiretroviral therapy in Belo Horizonte. HIV/syphilis co-infection was associated with behavioral and clinical factors, such as alcohol use and diagnosis of other sexually transmitted infections. Prior knowledge about the factors associated with this co-infection may support the decisions of health professionals engaged in the care to people living with HIV, with regard to timely diagnosis, guidance, follow-up and adequate treatment, both for syphilis and HIV

    A VIOLÊNCIA CONJUGAL EXPRESSA DURANTE A GESTAÇÃO E PUERPÉRIO: O DISCURSO DE MULHERES

    Get PDF
    RESUMO Objetivo: conhecer as expressões da violência conjugal vivenciada durante a gestação e puerpério. Método: trata-se de estudo qualitativo realizado com 11 mulheres em processo judicial que vivenciaram violência conjugal na gestação e puerpério. Após entrevistas, os dados foram sistematizados com base no discurso do sujeito coletivo. Respeitaram-se os critérios éticos da Resolução 466/2012 do CNS. Resultados: o conteúdo emanado nos discursos referentes às expressões da violência permitiu emergir as seguintes ideias centrais síntese: física, sexual, psicológica e moral e patrimonial. Conclusão: a violência conjugal no período gravídico-puerperal se expressa de diversas formas, sendo os abusos muitas vezes experienciados por mulheres antes da gestação e podendo se manifestar até mesmo no puerpério. Tais evidências poderão nortear o preparo profissional para o reconhecimento precoce do agravo no pré-natal

    Violência conjugal e suas implicações para o binômio mãe-filho: o discurso feminino

    Get PDF
    Desvelar os sinais e sintomas indicativos de implicações para o binômio mãe–filho em mulheres em situação de violência conjugal. Pesquisa qualitativa em que a organização dos dados se deu a partir do Discurso do Sujeito Coletivo. Realizou-se entrevistas com 11 mulheres em processo judicial junto às 1ª e 2ª Varas de Justiça pela Paz em Casa de Salvador, BA, Brasil. Emergiram do discurso feminino duas Ideias Centrais Síntese referentes aos sinais e sintomas psíquicos e físicos relacionados à vivência de violência, que indicam implicações para o binômio mãe–filho. Os distúrbios do sono, tensão emocional, comportamento depressivo, marcas da agressão física, cefaleia foram apontados como sintomatologias associadas à violência conjugal que podem predispor gestantes e puérperas a complicações. Diante de tais sinais e sintomas, torna-se necessário um preparo profissional para identificação precoce da violência conjugal, sobretudo nos espaços de acompanhamento pré-natal e puerperal

    Sinais de risco para o suicídio em mulheres com história de violência doméstica

    Get PDF
    Objective: To identify risk signs for suicide in women with a history of domestic violence. Method: An exploratory-descriptive study with a qualitative approach Participated ten women with a history of domestic violence and attempted suicide by poisoning. The research was carried out at the Center for the Study and Prevention of Suicide, linked to a Toxicological Information Center, in Salvador, Bahia, Brazil. Results: It indicates the relationship between the experience of domestic violence and the commitment to mental health, represented by: Depressive behavior and Suicidal behavior. Conclusions: The study revealed behaviors that consist of warning signs for the risk of suicide, while providing subsidies for the promotion of care strategies for women with a history of domestic violence.Objetivo: Identificar sinais de risco para o suicídio em mulheres com história de violência doméstica. Método: Estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. Participaram dez mulheres com história de violência doméstica e tentativa de suicídio por envenenamento. A pesquisa foi realizada no Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio, vinculado a um Centro de Informação Toxicológica, em Salvador, Bahia, Brasil. Resultados: Sinaliza para a relação entre a vivência de violência doméstica e o comprometimento para a saúde mental, representado por: Comportamento depressivo e Comportamento suicida. Conclusão: O estudo revelou comportamentos que consistem em sinais de alerta para o risco de suicídio, ao tempo em que oferece subsídios para a promoção de estratégias de cuidado às mulheres com história de violência doméstica.Objetivo: Identificar signos de riesgo para el suicidio en mujeres con historia de violencia doméstica. Método: Estudio exploratorio-descriptivo, con abordaje cualitativo Participaron diez mujeres con historia de violencia doméstica e intento de suicidio por envenenamiento. La investigación fue realizada en el Núcleo de Estudio y Prevención del Suicidio, vinculado a un Centro de Información Toxicológica, en Salvador, Bahia, Brasil. Resultados: Señala para la relación entre la vivencia de violencia doméstica y el compromiso para la salud mental, representado por: Comportamiento depresivo y Comportamiento suicida. Conclusiones: El estudio reveló comportamientos que consisten en señales de alerta para el riesgo de suicidio, al tiempo que ofrece subsidios para la promoción de estrategias de cuidado a las mujeres con historia de violencia doméstica

    ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA COVID-19

    Get PDF
    RESUMO Objetivo: descrever a experiência no ensino remoto emergencial para as aulas teóricas na graduação em Enfermagem em decorrência da COVID-19. Método: trata-se de um relato de experiência pautado na análise de Paulo Freire que aborda o processo de ensino remoto emergencial das aulas teóricas ocorrido em um curso de graduação em Enfermagem pertencente a uma instituição de ensino superior de Salvador, Bahia, Brasil, após as medidas de afastamento social em consequência da pandemia. Resultados: amparado pelo modelo de educação dialógica, o processo de ensino remoto emergencial das aulas demandou a aproximação de docentes e discentes à realidade virtual, além da reestruturação das estratégias de ensino adotadas pelo corpo docente. Conclusão: a experiência de ensino remoto perpassou pela capacitação e acompanhamento das docentes e discentes quanto o uso de ferramentas virtuais, bem como pela necessidade de readequação das estratégias de ensino, as quais variaram desde a realização de conferências virtuais até a elaboração conjunta de produtos que compuseram atividades avaliativas nesse ambiente

    Compreendendo a violência conjugal: um estudo em Grounded Theory

    Get PDF
    Objective: to understand the phenomenon of marital violence based on the experience of women in judicial process and network professionals. Method: a qualitative study, with theoretical-methodological support in grounded theory. Data collection took place in two regional Courts for Peace in the Home in a municipality of the Brazilian Northeast. Interviews were conducted with 38 participants, who composed two sample groups: women in situations of violence and network professionals. Results: the understanding of marital violence emerged for the phenomenon “Experiencing marital violence as a progressive and cyclical process, with repercussions for health and implications for social relations”. Conclusion: in recognizing marital violence as a recurring problem in the life of women, with implications for their own health and that of their children, the study points to the relevance of coping strategies based on institutional and social support.Objetivo: comprender el fenómeno de la violencia conyugal desde la experiencia de mujeres en proceso judicial y de profesionales de la red. Método: estudio cualitativo, con aporte teórico-metodológico en la grounded theory. La recogida de datos ocurrió en dos Jurisdicciones de Justicia por la Paz en Casa de un municipio del noreste brasileño. Se realizó encuesta con 38 participantes, que conformaron dos grupos de muestra: las mujeres en situación de violencia y los profesionales de la Red. Resultados: la comprensión de la violencia conyugal emergió el fenómeno “Vivenciando la violencia conyugal como un proceso progresivo y cíclico, con repercusiones para la salud e implicaciones para las relaciones sociales”. Conclusión: al reconocer la violencia conyugal como un problema recurrente en la vida de la mujer con implicaciones para su salud y la de sus hijos, el estudio indica para la relevancia de estrategias de enfrentamiento del fenómeno desde el soporte institucional y social.Objetivo: compreender o fenômeno da violência conjugal a partir da experiência de mulheres em processo judicial e de profissionais da rede de atenção a mulheres em situação de violência. Método: estudo qualitativo, com aporte teórico-metodológico na grounded theory. A coleta de dados ocorreu em duas varas de Justiça pela Paz em Casa de um município do Nordeste brasileiro. Realizou-se entrevista com 38 participantes, que compuseram dois grupos amostrais: mulheres em situação de violência e profissionais da rede. Resultados: a compreensão da violência conjugal despontou para o fenômeno “Vivenciando a violência conjugal como um processo progressivo e cíclico, com repercussões para a saúde e implicações para as relações sociais”. Conclusão: ao reconhecer a violência conjugal enquanto um problema recorrente na vida da mulher com implicações para sua saúde e de seus filhos, o estudo aponta para a relevância de estratégias de enfrentamento do fenômeno a partir do suporte institucional e social

    POR UMA ARQUEOLOGIA NÃO COLONIALISTA: ENTREVISTA COM PAULETTE SETEEVES

    Get PDF
    It is with pleasure that Habitus magazine presents, in its 2023 edition, volume 21, n. 1, an interview with Dr. Paulette Steeves, a researcher who has made significant contributions to the field of Archeology in deep and non-colonial temporalities. The interview was granted in early March 2022.Paulette Steeves is an indigenous archaeologist of Cree-Meti descent. She is an associate professor at Algoma University. She has received numerous honors, including an Honors Cum Laude title in 2000 from the University of Arkansas and being awarded the Research Canada Chair, Level II in Indigenous History Healing and Reconciliation.Our interviewee taught Anthropology courses at several universities, focusing on Native American sovereignty and the antiquity of human settlement in the Americas. In her latest book, The Indigenous Paleolithic of the Western Hemisphere, published in 2021, she defends human occupation of the American continent in the Pleistocene period, therefore, before the Clovis First model. In this work, Steeves also reinforces the importance of the decolonization of the academy and the production of knowledge for the full recognition of the cultural and temporal diversity of the native American peoples of the past and present.Es un placer que la revista Habitus presente, en su edición de 2023, el volumen 21, n. 1, una entrevista con el Dr. Paulette Steeves, investigadora que ha realizado importantes aportes al campo de la Arqueología en temporalidades profundas y no coloniales. La entrevista fue concedida a principios de marzo de 2022.Paulette Steeves es una arqueóloga indígena de ascendencia Cree-Meti. Es profesora asociada en la Universidad de Algoma. Recibió varios honores, como el título Honors Cum Laude, en 2000, de la Universidad de Arkansas y galardonada como titular de la Cátedra de Investigación de Canadá, nivel II en Historia Indígena, Sanación y Reconciliación.Nuestro entrevistado impartió cursos de Antropología en varias universidades, centrándose en la soberanía de los nativos americanos y la antigüedad de los asentamientos humanos en las Américas. En su último libro, El Paleolítico Indígena del Hemisferio Occidental, publicado en 2021, defiende la ocupación humana del continente americano en el Pleistoceno, por tanto, ante el modelo Clovis First. En este trabajo, Steeves también refuerza la importancia de la descolonización de la academia y la producción de conocimiento para el pleno reconocimiento de la diversidad cultural y temporal de los pueblos nativos americanos del pasado y del presente.É com prazer que a revista Habitus apresenta, em sua edição de 2023, volume 21, n. 1, uma entrevista com a Dra. Paulette Steeves, uma pesquisadora que tem realizado contribuições significativas no campo da Arqueologia em temporalidades profundas e não colonialista. A entrevista foi concedida no início de março de 2022.Paulette Steeves é arqueóloga indígena, de descendência dos povos Cree-Meti. É professora associada da Universidade Algoma. Recebeu diversas homenagens, como o título Honors Cum Laude, em 2000, da Universidade de Arkansas e premiada como titular de Cátedra de Pesquisa do Canadá, nível II em Indigenous History Healing and Reconciliation. Nossa entrevistada ministrou cursos de Antropologia em diversas universidades, focando sobre a soberania dos nativos americanos e sobre a antiguidade do povoamento humano nas Américas. Em seu último livro, The Indigenous Paleolithic of the Western Hemisphere, publicado em 2021, ela defende a ocupação humana no continente americano em período Pleistocênico, portanto, antes do modelo Clovis First. Nessa obra, Steeves também reforça a importância da descolonização da academia e da produção de conhecimento para o pleno reconhecimento da diversidade cultural e temporal dos povos originários americanos do passado e do presente

    ASSOCIAÇÃO ENTRE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR E BULLYING EM ADOLESCENTES ESCOLARES

    Get PDF
    RESUMO OBJETIVO: estimar a prevalência de violência intrafamiliar e sua associação com o bullying em adolescentes de uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil. MATERIAIS E MÉTODO: estudo do tipo corte transversal. A coleta de dados, com 239 discentes, se deu por meio de formulário padronizado. Os dados foram processados no Programa Stata versão 12. RESULTADOS: verificou-se associação entre a vivência de violência intrafamiliar (geral e psicológica) e o alto risco para o bullying direto (RP = 1,89 e IC95%: 1,11 - 3,21; RP = 2,76 e IC95%: 1,57 - 4,85), relacional (RP = 2,59 e IC95%: 1,49 - 4,49; RP = 2,89 e IC95%: 1,64 - 5,09) e vitimização (RP = 2,02 e IC95%: 1,19 - 3,43; RP = 3,10 e IC95%: 1,71 - 5,64). CONCLUSÃO: a associação entre vivenciar violência intrafamiliar e bullying sinaliza para a necessidade de estratégias de prevenção, sobretudo a partir da articulação entre os cenários da saúde e da educação
    corecore