12 research outputs found

    Metáfora e metonímia como mecanismo de variação lexical em Apurinã (Aruák)

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    This paper presents the results of a study that seeks to describe and analyze the metaphorical and metonymic processes underlying lexical variation in Apurinã, a language of the Arawak language family. The data used in this study were collected in locus between the years 2013 and 2015, with a number of Apurinã communities, and previous research data (FACUNDES 2000 BARRETO 2007 and BRANDÃO 2007). The study is articulated theoretical and methodologically in the frameworks of Conceptual Metaphor Theory (LAKOFF and JOHNSON, 1980) and Variationist Sociolinguistics (LABOV, 2008 [1972]). Cases of lexical variation treated here mainly involve the naming of flora and fauna that make up the phenomenon of "double vocabulary" (extensive use of two or more ways to designate a same referent in a specific field of language lexicon) in this language. The results indicate that the phenomenon of "double vocabulary" existing in the language allows for inferences about the conceptual organization that speakers have of certain elements of fauna and flora. The fact that the "double vocabulary" presents semantic consistency built from metaphorical and metonymic relations that motivate the naming of two referents by the same form suggests the existence of an interconnected semantic network in the Apurinã lexicon.O presente trabalho visa apresentar os resultados de um estudo que busca descrever e analisar os processos metafóricos e metonímicos que subjazem a variação lexical em Apurinã, uma língua da família linguística Aruák. Os dados utilizados neste trabalho foram coletado in locus entre os anos de 2013 e 2015, junto a várias comunidades Apurinã, além de dados de pesquisa anteriores (FACUNDES 2000, BARRETO 2007 e BRANDÃO 2007). O estudo se articula no quadro teórico-metodológico da Teoria da Metáfora Conceptual (LAKOFF e JOHNSON, 1980) e da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]). Os casos de variação lexical tratados aqui envolvem principalmente a nomenclatura de fauna e flora que constituem o fenômeno do “duplo vocabulário” (uso extensivo de duas ou mais formas para designar um mesmo referente em um domínio específico do léxico da língua) presente na língua. Os resultados indicam que o fenômeno de “duplo vocabulário” existente na língua permite fazer inferências sobre a organização conceitual que os falantes têm de certos elementos de fauna e flora. O fato de o “duplo vocabulário” apresentar uma coerência semântica construída a partir das relações metafóricas e metonímicas que motivam nomear dois referentes com a mesma forma sugere haver uma rede semântica interligando referentes distintos no léxico Apurinã

    A CONSTRUÇÃO DE DICIONÁRIO BILINGUE PARA A LÍNGUA APURINÃ (ARUÁK): PASSOS INICIAIS

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    O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados iniciais sobre a construção de um dicionário bilíngue para a língua Apurinã (Aruák). Propõe-se, neste texto, abordar questões teóricas e práticas que envolvem a produção deste tipo de obra. Pretende-se também fazer algumas reflexões acerca da importância da elaboração de dicionário para o Apurinã e para as línguas indígenas em geral. Para tanto, a pesquisa se articula no quadro teórico-metodológico da lexicologia e da lexicografia, baseando-se nos trabalhos de Biderman (1998); Dapena (2000); Borba (2003); Welker (2004), entre outros.  Palavras-chave: Lexicografia. Dicionário. Línguas Indígenas. Apurin

    Apresentação

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    Este número temático contempla nove artigos que abordam diferentes fenômenos linguísticos presentes no falar das comunidades tradicionais que compõem a diversidade cultural e linguística do Brasil. O dossiê está dividido em três partes: i) artigos que tratam de pesquisas desenvolvidas sobre variedades do português falado em comunidades indígenas; ii) artigos sobre variedades do português falado em comunidades quilombolas e afro-brasileiras e, por fim, iii) artigos que abordam diferentes fenômenos fonológicos presentes no falar de ribeirinho e sertanejo do nordeste brasileiro

    SURVEY OF LINGUISTIC VARIATION IN THREE DOMAINS OF THE APURINÃ DIALECTAL COMPLEX (ARAWAK)

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    Este trabalho tem o objetivo de apresentar um levantamento dos tipos mais representativos de variação linguística atestados na língua Apurinã (Aruák) em três domínios da língua: fonologia, morfologia e o léxico. Discutiremos os processos linguísticos envolvidos na variação, a direção das mudanças e, os fatores extralinguísticos correlatos. Mostraremos que as variações vocálicas envolvem alteamento ou síncope, que a variação consonantal envolve o apagamento da fricativa glotal e a alternância entre as consoantes líquidas, que a variação morfológica consiste, principalmente, de morfemas com sentidos semanticamente redundantes, e que os casos de variação lexical são motivados por uma rede de relações semânticas construídas a partir de sistema sociocultural e cognitivo que subjaz o fenômeno do “duplo vocabulário” Apurinã.This work aims to present a survey of the most representative types of linguistic variation attested in the Apurinã language (Arawák) in three domains of the language: phonology, morphology and lexicon. We will discuss the linguistic processes involved in the variation, the direction of the changes and some extralinguistic correlators. We will show that the vowel variations involve vowel raising or vowel syncope, that the consonantal variation involves the glottal fricative deletion and the liquid consonants alternatios, that the morphological variation consists mainly of morphemes with semantically redundant meanings, and that the cases of lexical variation are motivated by a network of semantic relations built from a sociocultural and cognitive system that underlies the phenomenon of the "double vocabulary" in Apurinã

    Variação e relações semânticas no léxico Apurinã (Aruak): o “duplo vocabulário”

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    O presente trabalho busca demonstrar que padrões metáforicos e metonímicos são mecanismos essenciais na variação da taxonomia Apurinã (Aruak) e importantes na formação das nomenclaturas para fauna e flora dessa língua. Para tanto, o estudo se pauta na Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008) e na Semântica Cognitiva (LAKOFF; JOHNSON, 1980; LAKOFF, 1987). Os casos de variação tratados aqui restringem-se à nomenclatura de fauna e flora que constituem o fenômeno de “duplo vocabulário” (uso de duas ou mais formas para designar um mesmo referente em um domínio específico do léxico) presente na língua. Um exemplo disso seria a maneira como os Apurinã nomeiam o termo ‘quatipuru-roxinho’. O mesmo conceito pode ser chamado de axipitiri ou de ãkiti tikakiẽrike. A distinção na formação desse par de nomes é que o segundo termo tem um sentido mais descritivo. A forma ãkiti tikakiẽrike está relacionada ao aspecto da barriga do animal, a qual tem pintas que se parecem com as pintas da onça; por isso essa forma recebe o mesmo nome da onça. Portanto, a motivação de usar o nome que designa ‘onça’, ãkiti, para designar também ‘quatipururoxinho’ é o mapeamento de propriedades físicas da ‘onça’ (domínio-fonte) a propriedades físicas do ‘quatipuru’ (domínio-alvo). O que caracterizaria um processo metafórico. É desse tipo de variação que trataremos e do qual apresentaremos uma análise sobre o seu status linguístico e sócio‑históricocultural em Apurinã

    Estudos comparativos sobre Apurinã baseados em documentos antigos

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    O presente trabalho é resultado de uma pesquisa comparativa dos dados da língua Apurinã (Aruák), falada pelo povo Apurinã no sudeste do estado do Amazonas, e com base em dados dessa mesma língua registrados em documentos antigos. A ideia é que, após a etapa de reconstrução interna dessa língua, poderemos reconstruir formas lexicais antigas e depois compará-las a formas cognatas presentes em línguas próximas de Apurinã, neste caso, Piro e Iñapari. Tivemos como principais objetivos: (i) contribuir para a descrição da língua, especialmente em relação ao desenvolvimento dos principais traços ‘dialetais’; e (ii) contribuir para estudos histórico-comparativos aruák, que partem de uma abordagem bottom-up. A aplicabilidade do método histórico-comparativo, principalmente, reconstrução interna, permite determinar a presença de formas lexicais em documentos antigos, os quais corresponderiam a variantes distintas presentes nas variedades atuais do Apurinã moderno. A determinação da presença de tais variações nos permitirá identificar formas mais antigas entre as variantes que existem atualmente na língua. A partir desse conhecimento, poderemos construir hipóteses sobre o desenvolvimento dessa variedade lexical e postular qual entre elas é a mais antiga. Os resultados, portanto, contribuem para o conhecimento do passado da língua e do povo Apurinã e para estudos histórico-comparativos da família aruák

    Number Expression in Apurinã (Arawák)

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    Apurinã (Arawak), spoken along several tributaries of Purus River (Southwest of Amazonas State, Brazil), presents a plural morphological system that marks pronouns and nouns. The language has some free pronominal forms that distinguish singular from plural; additionally, it has bound pronominal forms, with singular/plural distinction made only in the first person for the enclitic forms. In the case of nouns, there are two suffixes that mark plural, -waku (that occurs only with [+human] nouns, as kyky-waku-ry (man-pl-m) ‘men’), and -ny (that can occurs both, with [+human] nouns, as in pupỹka-ry-ny-ry (indigenous person-m-pl-m) ‘indigenous people’; or [-human] nouns, as in aiku-ny-ry (house-pl-m) ‘houses’). The language also presents some quantifiers and numerals that encode number syntactically. The quantifiers are ithu, kaiãu and kuna kamuny to encode the notion of ‘much’, puiãu, referring to ‘some/few/little’, and ykyny to mean ‘all/every’. Additionally, there are the following numerals: (h)ãty(tu) ‘one’ and epi ‘two’, which combine to derive higher numbers, and the word for ‘hand’, waku/ piu, indicating the numeral five. Thus, the plural marking in the language can be marked in different ways, none of which is, however, required by the grammar. With that in mind, we discuss the extent to which plural marking is, to a great extent, constructed by the speakers in daily language use, according to whether it is contextually important to do so, and raise the question of the relevance of this problem to a computationally implementable grammar of the language

    Universal Dependencies 2.8.1

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    Universal Dependencies is a project that seeks to develop cross-linguistically consistent treebank annotation for many languages, with the goal of facilitating multilingual parser development, cross-lingual learning, and parsing research from a language typology perspective. The annotation scheme is based on (universal) Stanford dependencies (de Marneffe et al., 2006, 2008, 2014), Google universal part-of-speech tags (Petrov et al., 2012), and the Interset interlingua for morphosyntactic tagsets (Zeman, 2008). Version 2.8.1 fixes a bug in 2.8 where a portion of the Dutch Alpino treebank was accidentally omitted

    Universal Dependencies 2.7

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    Universal Dependencies is a project that seeks to develop cross-linguistically consistent treebank annotation for many languages, with the goal of facilitating multilingual parser development, cross-lingual learning, and parsing research from a language typology perspective. The annotation scheme is based on (universal) Stanford dependencies (de Marneffe et al., 2006, 2008, 2014), Google universal part-of-speech tags (Petrov et al., 2012), and the Interset interlingua for morphosyntactic tagsets (Zeman, 2008)

    Universal Dependencies 2.10

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    Universal Dependencies is a project that seeks to develop cross-linguistically consistent treebank annotation for many languages, with the goal of facilitating multilingual parser development, cross-lingual learning, and parsing research from a language typology perspective. The annotation scheme is based on (universal) Stanford dependencies (de Marneffe et al., 2006, 2008, 2014), Google universal part-of-speech tags (Petrov et al., 2012), and the Interset interlingua for morphosyntactic tagsets (Zeman, 2008)
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