8 research outputs found

    Observatório de Jornalismo Ambiental: um projeto de extensão em prol da cidadania

    Get PDF
    Os observatórios de mídia podem ser vistos como atores políticos que apresentam resistências, com o papel social de apontar aos públicos outras formas de ver os acontecimentos. A partir desse entendimento, o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental (GPJA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), percebeu que a criação de um observatório dedicado à cobertura de meio ambiente poderia não só extrapolar os muros da universidade, levando as reflexões acadêmicas para outros espaços e praticando a extensão a partir de atividades de ensino e pesquisa, como também qualificar o debate ambiental no contexto brasileiro, fomentando o exercício efetivo da cidadania planetária. Este texto, de caráter analítico-exploratório, apresenta a iniciativa e discute os desafios associados à crítica jornalística ambiental. Ressaltam-se, como considerações finais, os limites identificados na produção empírica, decorrentes de uma lógica jornalística nem sempre associada à cidadania, e na própria manutenção dos projetos de extensão nas universidades, fatores que restringem o potencial pedagógico dos observatórios e, nesse caso, do debate sobre jornalismo ambiental

    Eventos extremos e mudança climática no discurso dos jornais Folha de São Paulo e O Globo em 2016

    Get PDF
    Este estudo explora uma análise dos sentidos produzidos por reportagens sobre mudança climática e eventos climáticos extremos nos jornais Folha de São Paulo e O Globo no ano de 2016. Utiliza procedimentos teórico-metodológicos referentes à Análise do Discurso (Pêcheux, 1995; 2008; Orlandi, 2007). O mapeamento dos sentidos possibilitou examinar a construção discursiva de jornais de referência acerca de questões socioambientais emergentes. Por fim, essas formações indicaram a insegurança com um futuro perigoso que já vem sendo apresentado por danos catastróficos no presente, bem como a existência de enfrentamentos ineficazes e conflitos de deveres. Palavras-chave: Jornalismo ambiental. Mudanças climáticas. Análise do Discurso. Jornalismo

    Sustentabilidade, um dizer em partilha: o outro no discurso jornalístico do projeto editorial Ecoa e da seção Plural do UOL

    Get PDF
    Este estudo investiga o modo que o jornalismo institui relações com o outro ao tematizar a sustentabilidade. Nosso objetivo é analisar como o outro atua na constituição do discurso jornalístico sobre a sustentabilidade, a partir de uma análise comparativa entre o projeto editorial Ecoa, do UOL, e a seção Plural, uma iniciativa do Ecoa voltada para produção colaborativa entre o jornalismo mainstream e o jornalismo não-hegemônico. Enquanto os textos do Ecoa são redigidos pela equipe de jornalistas do UOL, Plural se destaca por elaborar textos noticiosos em parceria com coletivos jornalísticos independentes de periferias e favelas, possibilitando a incorporação de vozes e perspectivas diversas no discurso jornalístico. Interessa-nos analisar as divergências entre os discursos produzidos pelo Ecoa e pelo Plural. Para compreender como o jornalismo se singulariza nessa prática, recorremos à Análise do Discurso em conjunção com as teorias do jornalismo. O procedimento metodológico consiste em categorizar temas recorrentes nos textos sobre a sustentabilidade do Ecoa e Plural, identificar os sentidos regularizados no corpus discursivo e analisar como outros discursos intervêm na cristalização desses sentidos. Como resultados, identificamos que enquanto o Ecoa se filia à formação discursiva capitalismo reformado, Plural se insere na formação discursiva ecossocial. O UOL constitui o sentido da sustentabilidade a partir da complementaridade de discursos divergentes, reafirmando sua competência em apresentar múltiplas perspectivas da realidade. Os discursos-outros são definidos no corpus por meio do esforço do jornalismo em delimitar o espaço do outro no interior de seu dizer. Isso ocorre através da demarcação do espaço de Plural no interior do UOL.This study investigates how journalism establishes relationships with the other by addressing sustainability. Our objective is to analyze how the other acts in the constitution of journalistic discourse on sustainability, based on a comparative analysis between the editorial project Ecoa, by UOL, and the Plural section, an Ecoa initiative focused on collaborative production between mainstream journalism and non-hegemonic journalism. While Ecoa's texts are written by UOL's team of journalists, Plural stands out for elaborating news texts in partnership with independent journalistic collectives from peripheries and favelas, enabling the incorporation of diverse voices and perspectives in the journalistic discourse. We are interested in analyzing the divergences between the discourses produced by Ecoa and Plural. To understand how journalism singularizes itself in this practice, we resort to Discourse Analysis in conjunction with journalism theories. The methodological procedure consists of categorizing recurring themes in the texts on the sustainability of Ecoa and Plural, identifying the regularized meanings in the discursive corpus, and analyzing how other discourses intervene in the crystallization of these meanings. As results, we identified that while Ecoa affiliates itself with the reformed capitalism discursive formation, Plural is inserted in the ecossocial discursive formation. UOL constitutes the meaning of sustainability through the complementarity of divergent discourses, reaffirming its competence in presenting multiple perspectives of reality. The other discourses are defined in the corpus through the effort of journalism to delimit the space of the other within its saying. This occurs through the demarcation of Plural's space within UOL

    ENQUADRAMENTOS NO DISCURSO DA SÉRIE CRISE DO CLIMA DA FOLHA DE SÃO PAULO

    No full text
    O estudo apresenta uma análise sobre os enquadramentos discursivos da série de reportagens Crise do clima veiculada na versão digital do jornal Folha de São Paulo de abril a junho de 2018. A pesquisa discute o modo de produção desses enquadramentos discursivos (Moraes, 2016), na perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso (Pêcheux, 1995; Orlandi, 2007) que possibilitou definir cinco formações discursivas que tensionam os efeitos gerados pela crise climática em contraste com o enfrentamento da mudança do clima. A análise encontrou um tom alarmista e angulação dramática, com fraca ênfase nas possíveis soluções ao problema

    Observatory of environmental journalism: an extension project in favor of citizenship

    No full text
    Os observatórios de mídia podem ser vistos como atores políticos que apresentam resistências, com o papel social de apontar aos públicos outras formas de ver os acontecimentos. A partir desse entendimento, o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental (GPJA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), percebeu que a criação de um observatório dedicado à cobertura de meio ambiente poderia não só extrapolar os muros da universidade, levando as reflexões acadêmicas para outros espaços e praticando a extensão a partir de atividades de ensino e pesquisa, como também qualificar o debate ambiental no contexto brasileiro, fomentando o exercício efetivo da cidadania planetária. Este texto, de caráter analítico-exploratório, apresenta a iniciativa e discute os desafios associados à crítica jornalística ambiental. Ressaltam-se, como considerações finais, os limites identificados na produção empírica, decorrentes de uma lógica jornalística nem sempre associada à cidadania, e na própria manutenção dos projetos de extensão nas universidades, fatores que restringem o potencial pedagógico dos observatórios e, nesse caso, do debate sobre jornalismo ambiental.Media observatories can be seen as political actors who show resistance, remindingaudiences of the social role of journalism and showing critical ways of seeing events. Based on this understanding, the Environmental Journalism Research Group (GPJA), from the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS) presents that the creation of an observatory dedicated to environmental coverage could not only expand knowledge beyond the walls of the university, taking academic reflections to other spaces and actually practicing extension from teaching and research activities, but qualify the environmental debate in the brazilian context, fostering the effective exercise of planetary citizenship. This text, with an exploratory analytical character, presents an initiative and discusses the challenges associated with environmental journalistic criticism. As final considerations, the limits identified in empirical production are highlighted, arising from a journalistic logic not always associated with citizenship, and in the maintenance of extension projects in universities, factors that restrict the pedagogical potential of observatories and, in this case, of the debate on environmental journalism

    Observatório de Jornalismo Ambiental: um projeto de extensão em prol da cidadania

    Get PDF
    Os observatórios de mídia podem ser vistos como atores políticos que apresentam resistências, com o papel social de apontar aos públicos outras formas de ver os acontecimentos. A partir desse entendimento, o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Ambiental (GPJA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), percebeu que a criação de um observatório dedicado à cobertura de meio ambiente poderia não só extrapolar os muros da universidade, levando as reflexões acadêmicas para outros espaços e praticando a extensão a partir de atividades de ensino e pesquisa, como também qualificar o debate ambiental no contexto brasileiro, fomentando o exercício efetivo da cidadania planetária. Este texto, de caráter analítico-exploratório, apresenta a iniciativa e discute os desafios associados à crítica jornalística ambiental. Ressaltam-se, como considerações finais, os limites identificados na produção empírica, decorrentes de uma lógica jornalística nem sempre associada à cidadania, e na própria manutenção dos projetos de extensão nas universidades, fatores que restringem o potencial pedagógico dos observatórios e, nesse caso, do debate sobre jornalismo ambiental

    Porto Alegre e a mudança climática: abordagens do jornalismo local na construção da resiliência

    No full text
    A Organização das Nações Unidas (ONU) destacou em 2019 que a população mundial vivendo em áreas urbanas chegou a 55% tendendo a crescer a 70% até 2050. Mas as cidades ainda carecem de políticas públicas de resiliência com objetivo de mitigar os efeitos e adaptar sua infraestrutura urbana diante da mudança climática (PBMC, 2016). Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (Brasil), já foi atingida por ciclones e inundações, estiagem e ondas de calor, entre outros efeitos. Considerando a importância da notícia devido à capacidade de nutrir a “ação política possível” e mobilizar as comunidades (Park, 2008), o artigo recorta uma análise de conteúdo qualitativa da circulação de informações pelos agentes públicos e jornais locais sobre a crise climática

    Porto Alegre e a mudança climática: abordagens do jornalismo local na construção da resiliência

    No full text
    The United Nations (UN) highlighted in 2019 that the world population living in urban areas reached 55%, tending to grow at 70% by 2050. But cities still lack public resilience policies in order to mitigate the effects and adapt its urban infrastructure in the face of climate change (PBMC, 2016). Porto Alegre, capital of Rio Grande do Sul (Brazil), has already been hit by cyclones and floods, drought and heat waves, among other effects. Considering the importance of the news due to its capacity to nurture “possible political action” and mobilize communities (Park, 2008), the article outlines a qualitative content analysis of the circulation of information by public agents and local newspapers about the climate crisisA Organização das Nações Unidas (ONU) destacou em 2019 que a população mundial vivendo em áreas urbanas chegou a 55% tendendo a crescer a 70% até 2050. Mas as cidades ainda carecem de políticas públicas de resiliência com objetivo de mitigar os efeitos e adaptar sua infraestrutura urbana diante da mudança climática (PBMC, 2016). Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (Brasil), já foi atingida por ciclones e inundações, estiagem e ondas de calor, entre outros efeitos. Considerando a importância da notícia devido à capacidade de nutrir a “ação política possível” e mobilizar as comunidades (Park, 2008), o artigo recorta uma análise de conteúdo qualitativa da circulação de informações pelos agentes públicos e jornais locais sobre a crise climáticaLa Organización de las Naciones Unidas (ONU) destacó en 2019 que la población mundial que vive en áreas urbanas alcanzó el 55%, tendiendo a crecer al 70% para 2050. Pero las ciudades aún carecen de políticas públicas de resiliencia para mitigar los efectos y adecuar su infraestructura urbana ante el cambio climático (PBMC, 2016). Porto Alegre, capital de Rio Grande do Sul (Brasil), ya ha sido azotada por ciclones e inundaciones, sequías y olas de calor, entre otros efectos. Considerando la importancia de la noticia por su capacidad para nutrir “posibles acciones políticas” y movilizar comunidades (Park, 2008), el artículo plantea un análisis de contenido cualitativo de la circulación de información por agentes públicos y periódicos locales sobre la crisis climática
    corecore