23 research outputs found

    Psiconcologia: perspectiva teórica e metodológica comportamental

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    O presente estudo reflete dados, da literatura, relacionando os avanços no tratamento do câncer com conhecimentos da Psicologia segundo o referencial teórico comportamental. Aponta as origens da Psiconcologia (interface da Psicologia e Oncologia), observando que a preocupação em evidenciar fatores etiológicos e de manutenção das doenças é antiga, enquanto que o estabelecimento de relação entre doença e estilos de vida é recente. Pesquisas enfocando o estudo de aspectos psicológicos do câncer atrelam-se, ora à Medicina Comportamental, ora à Psicologia da Saúde. Na seqüência, analisa-se a influência de fatores psicossociais na adoção de comportamento de prevenção na área do câncer, bem como estratégias comportamentais de intervenção frente ao paciente com câncer ou a sua comunidade. O estudo enfoca a intervenção psicológica nas diferentes fases do tratamento médico: prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, pós-tratamento ou acompanhamento na fase terminal através de cuidados paliativos

    Apresentação

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    O presente Dossiê Temático Educação, Família e Necessidades Especiais tem como objetivo apresentar estudos teóricos, empíricos, além de propostas de intervenção, direcionados a pessoas com necessidades educativas especiais tanto no contexto familiar quanto no educacional. O conhecimento sobre as particularidades que envolvem a educação de crianças com necessidades especiais, por si só, favorece o estabelecimento de fatores de proteção ao desenvolvimento. Discute-se muito a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais no ensino regular, com vistas a uma integração maior de tais pessoas na sociedade, além de fortalecer, em todos, atitudes de respeito à diversidade. Porém, a inclusão ocorrerá de fato, e não apenas em registros nos documentos oficiais, quando a sociedade estiver aberta para tal perspectiva. E, só se abre para novas perspectivas, quando há espaço para conhecê-las, já que o novo, assim como o diferente, gera ansiedade e pode levar a respostas de fuga ou esquiva

    Comportamento Altruísta na Infância: O que a Literatura nos Mostra

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    A variety of altruistic behaviors differentiated has been evidenced in childhood. This article aimed to systematize empirical studies produced in the years 2010 to 2015 about child altruism. After the elaboration and application of a systematic selection protocol, were found 14 articles were fully analyzed. The studies have examined the child altruism (1 to 11 years old) in association with different variables such as moral evaluation, response costs, family income, social distance, ability to abnegate immediate awards, adverse events, representations of attachment, social dominance, genetic composition, among others. It was concluded that children still very young and in different contexts demonstrate altruism through different topographic actions if they find opportunities for this.Uma variedade de comportamentos altruístas diferenciados tem sido evidenciada na infância. O presente artigo objetivou sistematizar estudos empíricos produzidos nos anos de 2010 a 2015 sobre o altruísmo infantil. Após a elaboração e aplicação de um protocolo sistematizado de seleção, foram encontrados 14 artigos, os quais foram analisados na íntegra. Os estudos contemplaram o altruísmo infantil (1 a 11 anos de idade) em associação a diferentes variáveis, tais como avaliação moral, custos de resposta, renda familiar, distância social, capacidade de abster-se de prêmios imediatos, eventos adversos, representações de apego, dominância social, composição genética, entre outras. Concluiu-se que crianças ainda muito jovens em contextos variados demonstram altruísmo por meio de ações topograficamente diversas à medida que encontram oportunidades para isso

    Crenças e práticas educativas de mães de crianças com desenvolvimento atípico

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    O desenvolvimento humano atípico interfere no processo de aprendizado da criança que o apresenta, sendo que os pais têm importante papel no sentido de estimular o desenvolvimento dos filhos. Porém, o envolvimento paterno sofre influência das crenças que os pais têm sobre o desenvolvimento dos filhos. Para avaliá-las, Suizzo (2002) construiu a Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (E-CPPC). Assim, na presente pesquisa foi realizada uma pesquisa descritiva e transversal, utilizando o E-CPPC com 75 mães de crianças com diagnóstico de deficiência intelectual, das quais 41 sem fenótipo (grupo que abrangeu, dentre outros, crianças com Transtorno do Espectro Autista), cuja deficiência intelectual foi percebida nos primeiros anos de vida, e 34 mães de crianças com Síndrome de Down, identificada quando do nascimento. Das crianças com Síndrome de Down, 94,11% frequentavam escola especial e este percentual baixou para 80,48% nas crianças sem fenótipo. As mães dos dois agrupamentos apontaram em primeiro lugar a dimensão Apresentação Apropriada do bebê, envolvendo aqui a valorização de cuidados básicos, vindo a seguir: Estimulação; Responsividade/vínculo; Disciplina. Na análise de pares de dimensões do E-CPPC foi percebido que somente no par de dimensões Apresentação-Responsividade/vínculo houve diferença entre os grupos, sendo positiva e com significância estatística nas crianças com Síndrome de Down e não apresentando relação significativa no outro grupo. Poder contar com rede de apoio o quanto antes surge como sugestão importante aos dois grupos

    Evaluation of social skills from mothers of children with onco-hematological disease treatment

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    A avaliação das habilidades sociais de mães de crianças em tratamento de doenças crônicas pode favorecer o planejamento de intervenções capazes de contribuir para a melhora da qualidade das relações estabelecidas entre a mãe e as pessoas que estão presentes durante o tratamento (a própria criança, profissionais da saúde, outras mães), propiciando assim uma maior adesão da criança ao tratamento. Este estudo tem como objetivo realizar uma análise descritiva das respostas relativas às habilidades sociais de mães de crianças entre cinco a onze anos, portadoras de doenças onco-hematológicas e que apresentam bom nível de adesão ao tratamento médico. A adesão ao tratamento foi medida inicialmente com 25 díades (mãe-crianca) pelo instrumento JAT-DH e as respostas maternas relacionadas às habilidades sociais foram levantadas pelo questionário "Se...você...", com as 20 díades que indicaram bom nível de adesão da criança ao tratamento. O questionário "Se...você..." enfocou predominantemente as classes de empatia e assertividade, em nove situações conflitivas do tratamento distribuídas em interação com a criança, a equipe médica e outros. Os dados indicaram a predominância de respostas assertivas+empáticas na interação com a criança, respostas não assertivas seguidas de respostas assertivas na interação com a equipe médica e não assertivas, assertivas e assertivas+empáticas na interação com outros. A discrepância entre as respostas confirmam que a avaliação das habilidades sociais deve ser realizada situacionalmente.Assessments of the social skills of mothers whose children are undergoing treatment for chronic illnesses can help design strategies to improve the quality of relationships between mothers and other people involved in the treatment (the child being treated, healthcare professionals, and other mothers) and thereby increase children's adherence to treatment. This study aimed at providing a descriptive analysis of the social skills illustrated by the responses of 20 mothers of children who were aged 5 to 11 years, suffered from blood cancers, and showed a good level of adherence to treatment. Adherence to treatment was evaluated using the ATG-BC tool and the social skills illustrated by mothers' answers were evaluated using the "If... then you..." questionnaire; both methods were designed by the researchers. The "If... then you..." questionnaire measured levels of empathy and assertiveness in nine hypothetical conflictive situations during treatment, including interactions with children, the medical team, and others. Results indicated a predominance of assertive/empathetic answers in interactions with children, non-assertive and assertive answers in interactions with the medical team, and non-assertive, assertive, and emphatic/assertive answers in interactions with others. These discrepancies between interactions confirmed that evaluations of mothers' social skills should be situation-dependent. Future studies should test the hypothesis that serious chronic illnesscan significantly affect the maternal repertoire of social skills

    Indicadores de rejeição em grupo de crianças

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    The issue of rejection is motivating countless researchers due to the close relationship between peer rejection and difficulties in future adjustment. The study of this issue can contribute towards the detection of factors that trigger rejection, consequently making possible preventive interventions. This text is intended to provide a summary of the research undertaken by the author as part of her Master's Degree, the aim of which was to detect indicators of rejection in the final year of a private primary school in Curitiba (n=52). In this study, “indicators of rejection” are understood to be criteria that lead children to exclude each other from their recreation and working activities, within the context of the school. The study used one instrument designed to collect data from the children (“voting for the least popular” and “tag”) and another aimed at obtaining data from the teachers (“teacher's card”). The analysis and cross-referencing of the data obtained indicated that children tend to reject their peers based on their inadequate behaviour (bossiness, disruptive behaviour), and this perception was reinforced by the data obtained from the teachers. On the other hand, children tend to chose other children who frequently demonstrate sociable behaviour to be their peers. Keywords: Rejection, rejected children, peer rejection, recognition of rejection.O tema rejeição vem motivando inúmeros pesquisadores, devido à íntima relação entre a rejeição dos pares e dificuldades de ajustamento futuro. Estudar tal tema pode contribuir para a detecção de fatores desencadeadores de rejeição, propiciando em decorrência, intervenções preventivas. O texto pretende resumir a pesquisa de mestrado da autora em que se objetivou detectar os indicadores de rejeição entre crianças de 4ª série de uma escola particular de Curitiba (n=52). Entende-se, no presente estudo, ”indicadores de rejeição” como critérios que levam crianças a excluírem umas às outras de suas atividades de jogo e de trabalho, dentro do contexto escolar. No estudo foram utilizados instrumentos dirigidos à coleta de dados junto às crianças (“votação às avessas” e “passa a bola”) e outro visando à obtenção de dados por parte dos professores (“ficha do professor”). A análise e o cruzamento dos dados obtidos permitiram constatar que as crianças tendem a rejeitar os seus pares com base em comportamentos inadequados emitidos por estes (autoritarismo, conduta perturbadora), percepção esta, reforçada pelos dados obtidos dos professores. Em contrapartida, as crianças tendem a escolher seus pares devido à emissão, em alta freqüência, de comportamentos pró-sociais por parte destes.Palavras-chave: rejeição, crianças rejeitadas, rejeição entre pares, reconhecimento da rejeição

    New and old family dynamics : Their influence in the wellbeing of adolescents and their caregivers

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    Que a família é o primeiro contexto social e tem importância fundamental no desenvolvimento e bem estar das crianças e adolescentes, já está amplamente documentado. Os pais influenciam os filhos, pela herança genética e muito particularmente pela herança comportamental, modelagem e estilo parental. Sabemos que tanto pais negligentes como mais superprotectores , ou ainda pais autoritários, (sem falar de pais abusadores), podem acarretar consequências muito negativas no potencial, no desenvolvimento e no bem estar de crianças e adolescentes. Sabemos que ser pai e mãe é um desafio único pela dificuldade, mas também, em geral, pela gratificação. Não somos ensinados a ser pais e, como dizia Kundera, também neste caso a vida de todos os dias é ao mesmo tempo o “ensaio geral” e a própria “performance”. Sabemos que em tempo de crise, de conflito, de precaridade , os filhos são multiplamente afectados: directamente pelas dificuldades, pela sua preocupação com as preocupações dos pais, porque os pais não tem a mesma disponibilidade para eles, porque os pais ficam eles próprios afectados, podendo estes efeitos ter repercussões dramáticas no dia a dia da família. Então o que mais pode ser dito sobre as famílias? Qual o melhor modo de se incluir os pais como parceiros nas acções dos técnicos de educação, saúde e segurança social, e conseguir-se assim ser útil e eficaz respeitando as culturas famíliares?ABSTRACT: Families are the first social context and are of fundamental importance in the development and wellbeing of children and adolescents that is now a widely documented evidence. Parents influence their children by genetic inheritance and particularly by behavioral inheritance, modeling and parenting style. It is known that both neglectful parents as more overprotective, or authoritarian parents, or even worst abusive parents, can cause very negative consequences in the potential, development and wellbeing of children and adolescents. It is known that being a parent is a unique challenge due to the difficulty, but also in general, for the gratification. None is taught to be parents and, as Kundera said, the life of every day is both the “ rehearsal” and the “performance” itself. It is known that in times of crisis, conflict, insecurity, children are multiply affected: directly by difficulties, by their attention to the concerns of parents, because parents do not have the same availability to them, because the parents are themselves affected, these effects can have dramatic effects on the daily life of the family. So what else can be said about families? What is the best way to include parents as partners in the activities of education, health and social security professionals, -being useful and effective while respecting the family cultures

    Comportamento altruísta em crianças de dois a cinco anos de idade

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    The altruistic behavior, studied under different labels is a behavior of moral nature essential for the human relations maintenance, is associated with adequate socioemotional development and is a potential inhibitor of antisocial behavior. This is extremely relevant, especially in childhood since most moral behaviors begin at this stage. This study aimed to investigate the verbal report of children aged from 2 to 5 years in the face of problem situations that have brought opportunities for the altruistic behaviors expression. Additionally, the perception of parents and teachers about the child's possible choices was investigated. The results showed that more than half of the children indicated altruistic responses appropriate to the problem situation in question. This indicates that from an early age children are sensitive to the need of the others, and make it possible to reflect on the various ways in which parents and teachers as reference figures can plan opportunities for the effective exercise of altruism.O comportamento altruísta, estudado sob diferentes rótulos, é um comportamento de natureza moral essencial para a manutenção das relações humanas, está associado ao desenvolvimento socioemocional adequado e é um potencial inibidor do comportamento antissocial. O que é de extrema relevância, sobretudo na infância, já que a maioria dos comportamentos morais tem seu início nessa fase. Este estudo teve como principal objetivo investigar o relato verbal de crianças com idade de dois a cinco anos diante de situações-problema que trouxeram oportunidades para emissão de comportamentos altruístas. Objetivou ainda, de forma específica, investigar a percepção de pais e professores acerca das possíveis escolhas da criança. Os resultados demonstraram que mais da metade das crianças indicou respostas altruístas adequadas à situação-problema em questão. O que indica que, desde muito cedo, as crianças são sensíveis às necessidades de outros e torna possível refletir sobre as diversas formas pelas quais pais e professores, enquanto figuras de referência, podem planejar oportunidades para o exercício efetivo do altruísmo
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