45 research outputs found

    "As Línguas Fazem-nos Ser": superdiversidade e letramento escolar em cenário transfronteiriço

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    Esta publicação contém uma coletânea de textos produzidos pelos participantes do Seminário Ibero-Americano da Diversidade Linguística, que aconteceu em Foz do Iguaçu, Paraná, de 17 a 20 de novembro de 2014. O evento foi organizado pelo Departamento do Patrimônio Imaterial do Iphan e pela Diretoria de Relações Internacionais do Ministério da Cultura. Contou com a parceria e apoio da Universidade de Integração Latino-Americana (Unila), da Itaipu Binacional e da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib) - Produção e Gestão do Conhecimento sobre a Diversidade LinguísticaEste trabalho tem como objetivo refletir sobre o que constitui a pai- sagem linguística do cenário fronteiriço Brasil, Paraguai, Argentina e os entrelaçamentos dessa paisagem com o letramento escolar. Além do mul- tilinguismo próprio desse cenário, dado pela presença do português, espa- nhol e guarani, há outras línguas dos vários grupos imigrantes, como árabes e coreanos na cidade de Foz Iguaçu. No entanto, permanece, no Brasil, uma noção idealística de sermos um país monolíngue em português (BAGNO, 2013; FARACO, 2008), e exames nacionais apontam para índices bastante baixos dos nossos alunos, na Educação Básica. Pretende-se, então, apreen- der as práticas letradas nesse cenário emergente e marginalizado, focado pelas políticas públicas brasileirasDepartamento do Patrimônio Imaterial do Iphan; Diretoria de Relações Internacionais do Ministério da Cultura; Universidade de Integração Latino-Americana (Unila); Itaipu Binacional e da Secretaria Geral Ibero-americana (Segib

    Construindo entendimentos de língua para o exame de proficiência em alemão em um contexto de migração suábia no Brasil

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    Nosso foco são práticas em que professores e estudantes se engajam em um trabalho de elaboração de entendimentos para a prova de proficiência em alemão. O objetivo é discutir como o conceito de língua alemã padrão é elaborado por estudantes e professores que participam das aulas de Língua Alemã no 1.º e 3.º anos. Os dados foram gerados em uma turma de 3.º ano e de 1.º ano por Dalla Vecchia em 2015, por meio de uma etnografia da linguagem (Garcez; Schulz 2015) situada teórica e metodologicamente no escopo da Linguística Aplicada em articulação com construtos epistemológicos da Sociolinguística e da Análise da Conversa Etnometodológica. Como resultados, apresentamos que, para além de a translinguagem estar a serviço da participação e está resultar em elaboração de entendimentos e avanço nas tarefas e compreensão do que constitui a prova de proficiência em alemão, os interagentes lançam mão de seu repertório linguístico e semiótico, para compreenderem o que é aceitável ou não na prova de proficiência. São práticas em que tensões emergem, para as quais eles trazem capital cultural em suábio e capital econômico que os posiciona em termos de reconhecer o alemão padrão como uma habilidade interessante para acrescentar ao seu currículo.Nosso foco são práticas em que professores e estudantes se engajam em um trabalho de elaboração de entendimentos para a prova de proficiência em alemão. O objetivo é discutir como o conceito de língua alemã padrão é elaborado por estudantes e professores que participam das aulas de Língua Alemã no 1.º e 3.º anos. Os dados foram gerados em uma turma de 3.º ano e de 1.º ano por Dalla Vecchia em 2015, por meio de uma etnografia da linguagem (Garcez; Schulz 2015) situada teórica e metodologicamente no escopo da Linguística Aplicada em articulação com construtos epistemológicos da Sociolinguística e da Análise da Conversa Etnometodológica. Como resultados, apresentamos que, para além de a translinguagem estar a serviço da participação e está resultar em elaboração de entendimentos e avanço nas tarefas e compreensão do que constitui a prova de proficiência em alemão, os interagentes lançam mão de seu repertório linguístico e semiótico, para compreenderem o que é aceitável ou não na prova de proficiência. São práticas em que tensões emergem, para as quais eles trazem capital cultural em suábio e capital econômico que os posiciona em termos de reconhecer o alemão padrão como uma habilidade interessante para acrescentar ao seu currículo.Nosso foco são práticas em que professores e estudantes se engajam em um trabalho de elaboração de entendimentos para a prova de proficiência em alemão. O objetivo é discutir como o conceito de língua alemã padrão é elaborado por estudantes e professores que participam das aulas de Língua Alemã no 1.º e 3.º anos. Os dados foram gerados em uma turma de 3.º ano e de 1.º ano por Dalla Vecchia em 2015, por meio de uma etnografia da linguagem (Garcez; Schulz 2015) situada teórica e metodologicamente no escopo da Linguística Aplicada em articulação com construtos epistemológicos da Sociolinguística e da Análise da Conversa Etnometodológica. Como resultados, apresentamos que, para além de a translinguagem estar a serviço da participação e está resultar em elaboração de entendimentos e avanço nas tarefas e compreensão do que constitui a prova de proficiência em alemão, os interagentes lançam mão de seu repertório linguístico e semiótico, para compreenderem o que é aceitável ou não na prova de proficiência. São práticas em que tensões emergem, para as quais eles trazem capital cultural em suábio e capital econômico que os posiciona em termos de reconhecer o alemão padrão como uma habilidade interessante para acrescentar ao seu currículo.Nosso foco são práticas em que professores e estudantes se engajam em um trabalho de elaboração de entendimentos para a prova de proficiência em alemão. O objetivo é discutir como o conceito de língua alemã padrão é elaborado por estudantes e professores que participam das aulas de Língua Alemã no 1.º e 3.º anos. Os dados foram gerados em uma turma de 3.º ano e de 1.º ano por Dalla Vecchia em 2015, por meio de uma etnografia da linguagem (Garcez; Schulz 2015) situada teórica e metodologicamente no escopo da Linguística Aplicada em articulação com construtos epistemológicos da Sociolinguística e da Análise da Conversa Etnometodológica. Como resultados, apresentamos que, para além de a translinguagem estar a serviço da participação e está resultar em elaboração de entendimentos e avanço nas tarefas e compreensão do que constitui a prova de proficiência em alemão, os interagentes lançam mão de seu repertório linguístico e semiótico, para compreenderem o que é aceitável ou não na prova de proficiência. São práticas em que tensões emergem, para as quais eles trazem capital cultural em suábio e capital econômico que os posiciona em termos de reconhecer o alemão padrão como uma habilidade interessante para acrescentar ao seu currículo

    Interactional practices at school: negotiating a rural identity

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    Este artigo tem como objetivo evidenciar de que modo participantes de uma sala de aula precisam negociar significados sociais, como uma identidade rural. Os dados analisados são resultantes de uma pesquisa do tipo etnográfico realizada em uma comunidade multilíngue (português, brasileiro e ucraniano) do Sul do Brasil. A perspectiva teórico-metodológica é a da Sociolinguística Interacional, procurando evidenciar como alguns dos seus conceitos têm contribuído para compreender eventos interacionais em contextos institucionais escolares. Para tanto serão retomados conceitos, como encontro social, contexto, enquadre, footing, alinhamento, pistas de contextualização, estruturas de participação, a fim de discutir a concepção de interação dessa vertente teórica. Os resultados deste trabalho mostram como a análise no plano microanalítico de práticas interacionais escolares, como as que envolvem a participação e o gerenciamento de identidades sociais, apontam para as relações e conflitos macrossociais que constituem os membros da comunidade. Palavras-chave: interação, práticas escolares, identidades sociais, comunidade rural.This article aims at describing how participants in a classroom have to negotiate social meanings, like a rural identity. The data we analyze were gathered during an ethnographic research, in a multilingual community (Portuguese, Brazilian and Ukrainian), in southern Brazil. From an Interactional Sociolinguistic perspective, this paper discusses how some sociolinguistic concepts have helped understand interactional events in school. For this aim, concepts such as social gathering, context, frame, footing, alignment, contextualization cues and participation structures are reviewed, so as to discuss the view of interaction within this theoretical model. Results evidence that the microanalysis of interactional practices at school, such as those that involve participation and the management of the social identities, point to the macro-social conflicts that constitute the members of a community.Key words: interaction, school practices, social identities, rural community

    Letramentos escolares: relações de poder, autoridade e identidades

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    Neste artigo, partindo da perspectiva dos Novos Estudos de Letramento (STREET, 1984, 1993, 2014), temos como objetivo reconhecer organizações da fala-em-interação, a fim de discutir procedimentos, papéis sociais e identidades coconstruídas em eventos de letramentos escolares. Analisamos duas atividades de leitura, uma em aula de língua espanhola e outra em aula de língua portuguesa de um colégio público do Paraná. Os dados mostram organizações de fala-em-interação institucional em que as professoras controlam o sistema de tomada de turnos e apresentam instruções sobre como lidar com o texto naquele aqui e agora, e os alunos ratificam esses procedimentos, embora alguns apresentem também ações de resistência. Em termos de resultados, identificamos que ainda temos muito presente em nossas escolas uma pedagogização do letramento, em que regras para o engajamento dos participantes como professor e como alunos são continuamente afirmadas e reforçadas dentro de práticas que supostamente têm a ver apenas com usar o letramento e falar dele, confirmando desse modo relações de hierarquia, autoridade e controle por meio dessas práticas letradas (STREET, 2014)

    Letramento no ensino fundamental de nove anos no Brasil: ações legais e pedagógicas previstas nos documentos oficiais

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    Social literacy is a concept that has been widely addressed in studies related to reading and writing. The need for âstudents' literacy in native languages that exceeds standard school curricula is a major issue for literacy discourses in Brazil (SOARES, 2004, 2010a; TERZI, 1995; KLEIMAN, 1995; CERUTTI-RIZZATTI, 2009, 2012). Thus, this study attempts to facilitate a discussion of the politics related to increasing the number of elementary school years to nine, and verify the implications of literacy education in this new educational scenario. The theory and methodology of this study are based on Social Literacy New Studies (STREET, 1984, 2010; HEATH, 1983; BARTON; HAMILTON, 2000) and propose an analysis of documented data concerning the introduction of the nine-year elementary school. The data of the results reveal that the initiative to increase Brazilian students' education is important, but beyond increased schooling, it does not establish a clear strategy that schools should implement at this grade level. The documents describe treating literacy as a social practice, but do not specify that literacy is a part of the broader social literacy. Therefore, the schools need to identify the relationship between phonemic-graphemes and graphemes-phonemic in literacy (CERUTTI-RIZZATTI, 2009) to create an effective strategy for the social practice of writing. Further, the documents reveal our students' insufficient knowledge about the culture of writing.Letramento é um conceito que vem sendo amplamente abordado em estudos relacionados à leitura e à escrita. A necessidade de o letramento escolar propiciar aos sujeitos um domínio da língua materna que se estenda para além da própria escola é uma das principais questões presentes nas discussões realizadas em torno do tema no Brasil (SOARES, 2004, 2010a; TERZI, 1995; KLEIMAN, 1995; CERUTTI-RIZZATTI, 2009, 2012). O objetivo deste trabalho é possibilitar uma discussão a respeito da política de ampliação do ensino fundamental de nove anos e verificar as ações educacionais previstas em termos de leitura e escrita dentro desse novo cenário educacional. Assim, quanto aos aspectos teóricos e metodológicos, o trabalho pauta-se nos novos estudos do letramento (STREET, 1984, 2010; HEATH, 1983; BARTON; HAMILTON, 2000) e propõe uma análise de dados documentais a respeito da implantação do ensino fundamental de nove anos. Em termos de resultados, os dados evidenciam que a iniciativa de aumentar o tempo de escolaridade do aluno brasileiro é importante, mas que, infelizmente, ainda não se estabeleceu um caminho claro do que a escola deve fazer nesse ano a mais de escolaridade. Os documentos mencionam um trabalho efetivo com o letramento como prática social, mas não deixam claro que a alfabetização é uma parte mais ampla do processo de letramento e que a escola precisa abordar as relações fonêmico-grafêmica e grafêmico-fonêmica na alfabetização (CERUTTI-RIZZATTI, 2009) para garantir um efetivo trabalho do uso social da escrita. Além disso, evidencia-se nos documentos o pouco conhecimento a respeito da cultura escrita de nossos alunos

    LETRAMENTOS: CONCEPÇÕES DE ESCRITA E PONTUAÇÃO

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    One of the barriers to be overcome so that a society can achieve a reasonable level of literacy is the understanding on the part of the mediators of this process that the whole conception of teaching how to write, whether it is guided by a vision of literacy or alphabetisation, presupposes a concept of writing. To help facilitate this understanding, in this article we propose a review of the concepts of literacy, seeking to present, discuss and recognise the concept of writing present in these conceptions of literacy, as well as their representation in schools. To this end, we analyse the use of punctuation in texts written by two children in the early stages of schooling and also the proposal for the use of punctuation in a Portuguese textbook, adopted for the first grade, second year of elementary school. The results indicate that although the school and the school textbook continue to focus on an autonomous view of literacy, there are cases where children demonstrate traits of authorship in their writings, either because they have the opportunity to study in a school that understands the social functions of writing, or because they arrive from home with different interactional modes relating to written text than that which predominates in their school. The data also allows us to point to the importance of articulating more unique perspectives with social perspectives of writing, since distinctive features may be indicative of social constructions of literacy, such as a child's access to written text and the ways of interacting with the written text. In conclusion, we emphasise the importance for a teacher undergoing training to recognise the concepts of writing that are present in both theory and practice.  : Uma das barreiras a ser vencida para que uma sociedade possa alcançar um nível razoável de letramento é a compreensão por parte dos mediadores desse processo de que toda concepção de ensino de escrita, seja ela pautada em uma visão de letramento ou de alfabetização, pressupõe um conceito de escrita. Visando contribuir para viabilizar essa compreensão, propomos, neste artigo, uma revisão dos conceitos de letramento, procurando apresentar, discutir e reconhecer o conceito de escrita presente nessas concepções, bem como sua representação no universo escolar. Para isso, analisamos o uso da pontuação em textos escritos por duas crianças em fase inicial de escolarização e a proposta referente à pontuação de um livro didático de Língua Portuguesa, adotado para a primeira série/segundo ano do ensino fundamental. Os resultados indicam que, ainda que a escola e o livro didático continuem privilegiando uma perspectiva autônoma de escrita, há casos em que as crianças apresentam traços de autoria em seus textos, seja porque têm a oportunidade de estudar em uma escola que compreenda as funções sociais da escrita, seja porque vêm de casa com modos interacionais com o texto escrito diferente do predominante na escola. Os dados nos permitem ainda apontar para a importância de articular perspectivas mais singulares com perspectivas sociais de escrita, uma vez que traços singulares podem ser reveladores de construções sociais de letramento, como o acesso da criança ao texto escrito e as formas de interagir com o texto escrito. Como conclusão, destacamos a importância, para um professor em formação, de reconhecer os conceitos de escrita presentes na teoria e na prática

    Concepção dialógica de língua(gem) e multiletramentos: uma proposta didática com o gênero infográfico hipermidiático

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    Quais as contribuições, a criação e exploração de recursos didáticos elaborados por arte-educadores/as podem acrescentar para o ensino de Arte na Educação Infantil? Nesta reflexão, temos como objetivo relatar o processo criativo que envolveu a produção de recursos didáticos para ações com Artes Visuais na Educação Infantil. Tais recursos foram desenvolvidos em 2019, durante a disciplina de Estágio Supervisionado em Artes Visuais, realizada junto a estudantes de um curso de licenciatura em Artes Visuais de uma Instituição de Ensino Superior e um Centro Municipal de Educação Infantil. Os recursos didáticos criados por nós foram elaborados a partir das obras do artista brasileiro Aldemir Martins e levaram em conta as especificidades identificadas em uma turma, com 25 crianças entre 11 meses e 1 ano e 11 meses. Na descrição desse processo, primeiro explicamos as especificidades do Estágio Supervisionado em Artes Visuais e enfatizamos as contribuições que ações educativas com Artes Visuais podem conferir às crianças da Educação Infantil. Depois, relatamos o processo criativo a partir do qual criamos e exploramos um conjunto recursos didáticos, e analisamos as maneiras como as crianças do Infantil 1 interagiram com aspectos artísticos e estéticos das obras de Aldemir Martins. Consideramos, por fim, que as intervenções, estudos e avaliações realizadas durante o Estágio Supervisionado apontam para a valorização das formas de ampliar/diversificar as maneiras como são criados e utilizados os recursos didáticos que promovem o conhecimento em Artes Visuais e chamamos atenção para a potência educativa que o/a arte-educador/a pode acarretar à Educação Infantil

    Diálogos Possíveis no Âmbito da Pluralidade Linguística e da Educação Intercultural

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    Este trabalho tem por objetivo estabelecer um diálogo entre o material Português: um nome, muitas línguas, produzido no âmbito no programa Salto para o futuroe os conceitos de plurilinguismo, interculturalidade, preconceito linguístico (MAHER, 2007; ALTENHOFEN, 2013;CAVALCANTI,2015; dentre outros citados neste estudo),propondo articular a pedagogia do plurilinguismo (ALTENHOFEN; BROCH, 2011) e interculturalidade crítica (WALSH, 2009; MIGNOLO, 2008; MAHER, 2007) para uma visão ampliada de educação linguística (CAVALCANTI, 2015) no Brasil.Assim como no material analisado neste artigo, queremos problematizar o conceito de língua padronizada (MILROY, 2011) e as consequências dessa padronização para o ensino e para a cidadania. Em termos de resultados, apontamos para a necessidade de um diálogo mais intenso da academia com os educadores a fim de reconhecer os conceitos de língua dos alunos, professores e demais agentes educacionais, e a partir desse diálogo pensar em uma pedagogia do plurilinguismo articulada à interculturalidade crítica.3http://dx.doi.org/10.5935/1981-4755.2017003

    EL PAISAJE LINGUISTICO DEL TURISMO COMO POLÍTICA Y REPRESENTACIÓN SOCIOCULTURAL EN PUERTO IGUAZÚ – ARGENTINA

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    Este artículo tiene por objetivo comprender como la construcción de las representaciones socioculturales se refleja en el paisaje lingüístico del turismo en los espacios públicos en la ciudad fronteriza de Puerto Iguazú, en Argentina. Para eso, buscamos reflexiones acerca del multilingüismo en el contexto de la globalización, considerando la tensión entre la mercantilización y el proceso de autenticación de las lenguas y culturas locales que componen el paisaje lingüístico. El material analizado fue colectado durante una observación de campo dentro de un trabajo etnográfico. Nuestra reflexión confirma la presencia del multilingüismo, dado que las etiquetas, los anuncios, los murales, es decir, los textos escritos en la vía pública, evidencian una tensión permanente entre la búsqueda por la autenticidad de las lenguas y culturas locales y la mercantilización

    Letramento escolar: Interculturalidade e poder na produção de um artigo de opinião no ensino médio integrado

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    This article presents a reflection about writing in Basic Education, considering language and writing as situated social practices (STREET, 2014; KLEIMAN; ASSIS, 2016). The objective in this article is to identify if there are “cultural models” of writing, guiding students’ productions, and “hidden dimensions” in the process of writing an Opinion Article in a context of professional training in Technical Course Integrated to High School at a Federal Institute of Science and Technology. We start from discussions of researches on academic literacies that inquiry about interculturality, power and identity, that result in “hidden dimensions” in processes of written production of academic genres. In methodological terms, this is an linguistic ethnography (GARCEZ; SCHULZ, 2015), which analyzed texts produced by 18 students during Portuguese and Brazilian Literature classes in the third year of the Technical Course in Integrated High School Computer Science. The results present that the students showed their world perceptions, articulating dialogues between the cultural model in which they are inserted, which Street (2014) recognizes as vernacular literacy, and the cultural model proposed by the school. In the texts, occurred a process of meaning production that indicates the interculturality and how these students perceive the themes discussed and how these are part of their repertoire and, by extension, their life. It was possible to identify two “hidden dimensions”: the first one related to the theme, which may improve authorship or production of a text; and the second related to interculturality and power relations negotiated and / or articulated through social voices brought from the supporting texts.Este artigo apresenta uma reflexão sobre a produção escrita na Educação Básica, considerando língua e escrita como práticas sociais situadas (STREET, 2014; KLEIMAN; ASSIS, 2016). O objetivo proposto para o artigo é identificar se há “modelos culturais” de escrita, orientadores das produções dos alunos, e “dimensões escondidas” no processo de produção de um Artigo de Opinião em um contexto de formação profissional em Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em um Instituto Federal de Ciência e Tecnologia. Partimos de discussões de trabalhos sobre letramentos acadêmicos as quais trazem questões de interculturalidade, poder e identidade, que resultam em “dimensões escondidas” em processos de produção escrita de gêneros acadêmicos. Em termos metodológicos, trata-se de uma etnografia da linguagem (GARCEZ; SCHULZ, 2015) que analisou textos produzidos por 18 alunos, durante as aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira III na terceira série do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio. Os resultados evidenciaram que os alunos deixaram à mostra as suas percepções de mundo, articulando diálogos entre o modelo cultural em que estão inseridos, que Street (2014) reconhece como letramento vernacular, e o modelo cultural proposto pela escola. Nos textos, ocorreu um processo de produção de sentidos que indicializa a interculturalidade e a forma como esses alunos percebem as temáticas discutidas e como estas fazem parte de seu repertório e, por extensão, da sua vida. Foi possível identificar duas “dimensões escondidas”: a primeira relacionada ao tema, que pode favorecer autoria ou produção de um texto; e a segunda relacionada à interculturalidade e relações de poder negociadas e/ou articuladas por meio de vozes sociais trazidas dos textos de apoio
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