2,491 research outputs found

    Initial root length in wheat is highly correlated with acid soil tolerance in the field

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    In acid soils, toxic aluminum ions inhibit plant root growth. In order to discriminate aluminum (Al) tolerance, trustful screening techniques are required. In this study, 20 wheat cultivars, showing different levels of Al tolerance, were evaluated in a short-term soil experiment to access their relative root length (RRL). Moreover, the alleles of two important genes (TaALMT1 and TaMATE1B) for Al tolerance in wheat were discriminated. Both of these genes encode membrane transporters responsible for the efflux of organic acids by the root apices that are thought to confer tolerance by chelating Al. Genotypes showing TaALMT1 alleles V and VI and an insertion at the TaMATE1B promoter were among the ones showing greater RRL. Mechanisms of Al tolerance, which are not associated with organic acid efflux, can be potentially present in two cultivars showing greater RRL among the ones carrying inferior TaALMT1 and TaMATE1B alleles. The RRL data were highly correlated with wheat performance in acid soil at three developmental stages, tillering (r = −0.93, p < 0.001), silking (r = −0.91, p < 0.001) and maturation (r = −0.90, p < 0.001), as well as with the classification index of aluminum toxicity in the field (r = −0.92, p < 0.001). Since the RRL was obtained after only six days of growth and it is highly correlated with plant performance in acid soil under field conditions, the short-term experiment detailed here is an efficient and rapid method for reliable screening of wheat Al tolerance

    Hábitos de consumo e conhecimento dos consumidores sobre o azeite.

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    Apesar da agricultura portuguesa ser pouco competitiva no mercado comunitário e mundial, existem alguns sectores ou produtos para os quais são apontadas algumas possibilidades nesses mesmos mercados. Um desses sectores é o do azeite. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2001), no ano de 1999, a superfície total de olival era de 368.974 ha, o que supõe cerca de 9,6% da superfície agrícola nacional; o olival cultivado é fundamentalmente dedicado à produção de azeite e somente 10.504 ha à produção de azeitona de mesa. Nesse mesmo ano, existiam 159.029 explorações que se dedicavam ao cultivo da oliveira, o que significava 38,5% do total das explorações com superfície agrícola utilizada. Trás-os-Montes com 72.295 ha (cerca de 20% da superfície olivícola portuguesa) produz cerca de 30% do azeite produzido no nosso país, sendo este de um modo geral azeite de boa qualidade. Apesar de já existirem muitos trabalhos referentes à oferta do produto, no que diz respeito à matéria-prima para a sua produção, a sua transformação e apresentação, há muito pouco conhecimento no que diz respeito ao lado da procura, isto é, quanto às necessidades e conhecimentos dos consumidores. Este aspecto é essencial quando estamos a falar de produtos agro-alimentares, em que o número de concorrentes regionais, nacionais e internacionais é muito grande e para além destes temos a concorrência de outros produtos que se podem apresentar como alternativos. Isto porque não nos podemos acomodar à ideia que temos produtos de elevada qualidade e deixar que sejam os nossos concorrentes a fazer chegar os seus produtos ao consumidor final, sendo estes os verdadeiros definidores da qualidade. Atenta a esta problemática a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região de Bragança financiou o referido estudo de mercado, o qual foi realizado pelo Departamento de Economia e Sociologia Rural da ESAB. Os dados deste estudo baseiam-se na realização de inquéritos que decorreram durante os primeiros meses do ano de 2003 nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. O número de inquéritos realizados foi de 200 (100 na região de Lisboa e 100 na do Porto). Os inquéritos foram aplicados de forma directa a inquiridos que declararam serem consumidores de azeite. A selecção foi aleatória, tendo como restrição a maioridade e a condição de decisor sobre as compras. As entrevistas foram concretizadas na rua, em grandes superfícies comerciais e locais públicos. Deste trabalho podem ser retiradas várias conclusões que passam em grande medida pela falta generalizada de conhecimentos sobre o azeite por parte dos consumidores. Verifica-se que embora o consumo não seja muito elevado (consumo médio per capita anual de 7,8 litros) o azeite é a gordura preferencial para a maioria das utilizações culinárias, exceptuando-se as frituras. Relativamente a este comportamento, favorável à utilização do azeite, há apenas que reforçá-lo positivamente de modo a intensificar ainda mais o consumo do azeite, designadamente a substituição da utilização mista de azeite/óleo pela utilização exclusiva de azeite. Não desvalorizando a opinião da importância do sabor transmitido aos alimentos e do factor económico, tendo presente que o azeite é, actualmente, considerado uma gordura saudável, julgamos haver perspectivas de aumento do seu consumo também para estas utilizações – frituras (pelo menos para algumas que não exijam grandes quantidades para a confecção dos pratos). Isto porque, por um lado, aguenta maiores temperaturas sem se degradar, logo é mais saudável e, por outro lado, atendendo à dimensão reduzida dos agregados familiares as quantidades exigidas são menores. Trata-se de alterar o hábito pela campanha de informação ao consumidor. A valorização do consumo de azeite poderá passar pelo incentivo ao uso de azeites com características diferentes para usos culinários também diferentes. Para isso é necessário demonstrar ao consumidor que os azeites não são todos iguais e podem ser adequados às diferentes utilizações culinárias, jogando com factores como o preço, quantidade e a qualidade dos azeites. De acordo com o estudo, tendo presente a recente alteração da legislação relativa à rotulagem dos azeites que impõe novos critérios de selecção, dado o hábito e a cultura instalada, parece-nos acertado, se possível, que seja feita a referência ao grau de acidez juntamente com os outros indicadores estipulados por lei. A ideia é fazer com que as pessoas aprendam a relacionar e a relativizar as categorias do azeite (obrigatória a referência no rótulo) com aqueles indicadores. Esta prática deverá ser mantida pelo período de alguns anos até a nova aprendizagem dos critérios de escolha estar interiorizada. Quanto à marca, verificámos que as marcas com maior presença na publicidade (sobretudo a TV), são as mais conhecidas e consumidas. A importância das marcas brancas (Pingo Doce, Dia, Aro, Continente) não pode ser descurada, verificando-se que ocupam uma importante fatia do mercado. Possivelmente, encontramos aqui associadas as três principais características que o consumidor procura na selecção de um azeite: grau de acidez baixo, a marca de uma cadeia de distribuição conhecida e um preço mais baixo associado a estas marcas brancas. Assim parece-nos fundamental desenvolver campanhas de marketing, incluindo: publicidade, promoções e informação ao consumidor. Dada a pequena escala da maioria das marcas de azeite de Trás-os-Montes e os elevados custos daquelas campanhas, propomos o desenvolvimento de acções conjuntas articulando as marcas individuais com uma “marca” que projectasse uma imagem regional. Esta “marca” regional deve estar associada à DOP Azeite de Trás-os-Montes, todavia é necessário levar em linha de conta que o consumidor é mais sensível às marcas comerciais (individuais) que à “marca” DOP. Por isso, é crucial que a estratégia de marketing encontre uma forma eficaz de ultrapassar esta dificuldade. Relativamente ao preço do azeite, de acordo com os resultados do estudo, há duas conclusões que podem ser inferidas: (1) um decréscimo no preço de venda do azeite em princípio poderá estimular o consumo, sobretudo nos azeites de menor preço e de menor qualidade (leia-se, na perspectiva dos consumidores azeite corrente com graus de acidez baixo); (2) a disposição para pagar preços mais elevados por parte de alguns consumidores na busca de uma pretensa maior qualidade dos mesmos, fazendo uso de um critério de avaliação dessa qualidade muito imperfeito que é o grau de acidez e a marca. Ambas as conclusões são indiciadoras da falta de informação do consumidor sobre a qualidade dos azeites. Por isso, qualquer estratégia comercial deve assentar no esclarecimento cabal dos consumidores, ao invés de reproduzir a mensagem muito redutora difundida pela publicidade (por exemplo, a publicidade da marca Gallo associa o azeite à região do Alentejo quando na realidade muito do azeite dessa marca não é dessa região, tirando partido do facto da maioria dos consumidores (77%) associar a qualidade à proveniência de uma determinada região). Reunindo as conclusões relativas ao grau de acidez, à marca e ao preço, conclui-se que o critério de decisão do consumidor se baseia na conjugação destes três factores. Assim, qualquer campanha de esclarecimento do consumidor e/ou de estratégia comercial deve abordar, relacionar e relativizar estes três factores. Quanto à venda do azeite, 78% dos inquiridos adquirem o azeite que consomem nos hiper/supermercados. Assim dada a tendência registada ser de difícil alteração, aliás será de prever que cada vez mais as pessoas optem por este tipo de estabelecimento de compra, pensamos que será acertado privilegiar este tipo de estabelecimento comercial, ou pelo menos não o descurar. Dada a necessidade de escala produtiva para aceder a estes estabelecimentos, uma vez mais se justifica uma estratégia comercial conjugada de diversas marcas comerciais individuais sob uma “marca” regional comum. Actualmente, a região de origem do azeite não é factor de escolha do azeite para a esmagadora maioria dos consumidores. Apesar disto regista-se algum reconhecimento da elevada qualidade do azeite de Trás-os-Montes, do Alentejo, bem como das Beiras. Relativamente ao caso concreto do azeite de Trás-os-Montes, há uma imagem geral positiva, quer por parte dos consumidores que dizem já ter consumido, quer dos que nunca consumiram azeite produzido na região, quer ainda seja ele DOP ou não, e/ou azeite proveniente da produção biológica ou não. Este facto, mais uma vez, leva-nos a considerar da máxima importância esclarecer o consumidor da relação estreita entre as regiões de origem e as DOP, desiderato que está por alcançar. Ou seja a tal “marca” regional de que vimos falando pode de facto ser a DOP desde que essa condição e relação sejam, devidamente, interiorizadas pelo consumidor. Relativamente às DOP’s e à produção biológica, apetece dizer que está tudo por fazer tão grande é o grau de desconhecimento e, pior do que isso, de confusão por parte dos consumidores. No entanto, verificámos que há uma predisposição favorável da parte dos consumidores mais esclarecidos para estes produtos, inclusive até para pagarem um preço mais elevado. Este facto, uma vez mais, reforça a importância do esclarecimento do consumidor em geral, como ponto de partida para qualquer projecto de valorização daqueles produtos

    Comportamento dos consumidores e a evolução do mercado de combustíveis em Portugal e os combustíveis simples

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    Orientação: Felipa Cristina Henriques Rodrigues Lopes dos ReisEste estudo pretende averiguar como é que as pessoas reagiram perante a introdução de novos produtos neste setor, designados de combustíveis não aditivados ou combustíveis simples. Foi efetuado um levantamento de leis que exercem influência neste setor e que foram consideradas relevantes para o estudo, acompanhando uma revisão teórica centrada nos processos de compra dos consumidores e nos fatores que influenciam estas escolhas. Realizou-se também um questionário aplicado a consumidores de combustíveis, obtendo-se uma amostra de 327 consumidores de uma população de 547733 pessoas, com o objetivo de conhecer as opiniões das pessoas acerca deste mercado e seus produtos. Durante o estudo verificou-se que os consumidores se encontram pouco satisfeitos com os preços praticados. Foi possível concluir ainda que os consumidores consideram importante a inclusão destes produtos no mercado e que na altura de escolher qual a variedade de combustível que pretendem adquirir, é o preço que exerce maior influência na escolha. Com esta informação os intervenientes podem realizar campanhas de sensibilização mais específicas e eficazes. Assim, os consumidores passariam a disponibilizar de mais e melhor informação quando adquirissem estes produtos. Futuramente este estudo poderia ser levado a um nível nacional ou procurar saber as opiniões dos revendedores relativamente aos mesmos, ao invés dos consumidores.This study seeks to find out how people reacted to the introduction of new products in this sector, called non-additive fuels or simple fuels. A survey was made of laws that influence this sector and were considered relevant to the study, following a theoretical review focused on consumer buying processes and the factors that influence these choices. A questionnaire was also applied to fuel consumers, obtaining a sample of 327 consumers from a population of 547733, in order to know people's opinions about the fuel market and its products. During the study it was found that consumers were dissatisfied with the prices charged, but that simple fuels are important to the market. It was also possible to conclude that consumers consider it important to include these products on the market and that when choosing which variety of fuel to buy, it’s the price that exerts the greatest influence on the choice. In this way, consumers would be able to acquire more and better information, enabling them to make the best possible choices when they want to buy fuel. In the future this study could be taken to a national level or seek out the opinions of the resellers regarding them, rather than the consumers

    Relatório de estágio na empresa IEMANJÁ

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    O peixe, segundo as orientações da FAO, revela-se como um alimento extremamente importante e deve ser considerado como primordial na dieta alimentar das pessoas. A Pescaria IEMANJÁ, empresa onde foi realizado este trabalho, dedica-se essencialmente à captura, congelação e comercialização de pescado. O trabalho realizado nesta empresa incidiu na descrição dos processos produtivos, realçando o facto de algum pescado, em determinada fase da minha presença como colaborador, ter apresentado, após o congelamento, irregularidades na superfície e derramamento de sangue, visivelmente inapropriados a comercialização dos mesmos. Após observação do referido fenómeno, tentámos seguir um sequencial de análise que passa por questões, hipóteses para as questões levantadas, pesquisas bibliográficas e experiências possíveis, análise de resultado e finalmente as conclusões.Fish, according to FAO guidelines, proves to be an extremely important food and should be considered essential in people's diets. IEMANJÁ, the company where this work was carried out, is essentially dedicated to the capture, freezing and marketing of fish. The work carried out in this company focused on the description of the production processes, highlighting the fact that some fish, at a certain stage of my presence as a collaborator, have presented, after freezing, irregularities on the surface and bloodshed, visibly inappropriate for the commercialization of the same products. After observing this phenomenon, we tried to follow a sequence of analysis that goes through questions, hypotheses for the questions raised, bibliographical research and possible experiences, result analysis and finally the conclusions

    As fontes renováveis na indústria como contributo de sucesso das políticas climáticas na The Navigator Company

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    A tendência que se verifica atualmente quer através do aumento do consumo de energia a nível global, quer pelas restrições cada vez maiores no acesso aos combustíveis fósseis, os aumentos galopantes da energia e tensões geopolíticas atuais, provocam e aceleram ainda mais a necessidade de procurar soluções alternativas. A produção de energia elétrica, a partir de fontes renováveis, além de reduzir essa dependência de combustíveis fósseis é também um dos meios para atingir a neutralidade carbónica nas empresas. A NVG não é exceção e tem esse compromisso assumido até 2035. Neste trabalho, é apresentada uma solução fotovoltaica implementada em contexto industrial que prova ser possível a utilização de energia elétrica produzida para autoconsumo, reduzindo dessa forma a dependência e baixando os custos operacionais com a compra de energia elétrica. É também proposta a produção de energia elétrica, com origem fotovoltaica, para aplicação na mobilidade elétrica já implementada e em crescendo na NVG.The actual trend through the increase in energy consumption at a global world, or through the increase restrictions on access to fossil fuels, the energy price growing up and the geopolitical tensions on the world, accelerate even more the need to look for alternative solutions The production of electricity from renewable sources, in addition to reducing this dependence on fossil fuels, is also one of the means to achieve carbon neutrality in companies. NVG is no exception and is committed to this by 2035. This work presents a photovoltaic solution implemented in an industrial context that proves that it is possible to use produced electrical energy for self-consumption, thus reducing dependence and lowering operating costs with the purchase of electrical energy. It is also proposed the production of electrical energy, with photovoltaic origin, for application in electric mobility already implemented and growing at NVG

    The dynamics of data donation : privacy risk, mobility data, and the smart city

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    With the development of new technologies and their increased applications in the context of a local government, cities have started to claim that they are smart. Smart Cities make use of Information and Communication Technologies (ICTs) to support planning and policy making. For an appropriate and sustainable functioning of these smart cities, collecting data about the different aspects of their territory and operations, including its citizens, is a crucial activity. Currently, there are two main avenues in which smart cities can collect data about their citizens: either through sensors, and cameras strategically placed throughout the city or by asking citizens to voluntarily donate to the local government their personal data (i.e., citizen engagement or ‘e-participation’). Despite the growth and increasing prevalence of the latter practice, little attention has been given to how individuals experience the risks of data donation. Often, studies consider data donation as an aspect of the phenomenon of surveillance, or as a type of data sharing. This study theorises and empirically examines data donation and its risks as a phenomenon which is separate from either surveillance or data sharing. Focusing on mobility data, this study draws on two established donation and privacy risk frameworks to investigate how the risks of donating personal data to a smart city are experienced and socially constructed. The thematic analysis of ten focus groups conducted showed that, in the context of this empirical examination, privacy-specific risks alone do not constitute constructed risks. Instead, they combine in various ways with perceived donation risks to constitute more nuanced and embedded risk constructions. Donation risks are seen as potential consequences of privacy risks and combined they constitute the risks of donating data. This thesis underlines the importance of the context under which data donation takes place as well as privacy’s value in a free and democratic society."This work was supported by the University of St Andrews and the Social Sciences and Humanities Research Council of Canada (SSHRC) under the ‘Big Data Surveillance’ partnership grant. The grant’s reference is: SSHRC 895-2015-1003" -- Fundin

    “Those blimmin Ts and Cs”:a mixed methods analysis of how people manage personal information, privacy, and impressions

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    Interconnected and smart technologies complicate personal information management (PIM) because users delegate the storing, organizing, and retrieving of personal information to smart and mobile service providers. Meta-level PIM activities are required to maintain the privacy and security of personal information. This study provides insights into how users of location tracking, mobile apps, and smart home technologies perceive PIM and privacy. We turn to the privacy as contextual integrity (CI) and impression management (IM) literatures to explore informational norms and interpersonal dynamics in PIM. This study is based on a mixed methods design to analyze focus groups and interviews with 106 British and Dutch respondents. Combining unsupervised Latent Dirichlet allocation (LDA) topic modeling and thematic analysis, we reveal discursive patterns in respondent accounts of technology use and provide an in-depth interpretation of these patterns. Our findings indicate that PIM practices are associated with the perceived appropriateness of information flows, anthropomorphic interpretations of technologies, and interpersonal surveillance. Thus, impressions are managed toward social actors as well as technology providers. We contribute to PIM research with a demonstration of how PIM in mobile, smart, and location-based technology use cannot be separated from contextual factors and strategies to manage impressions of habits and behaviors.</p

    Um conto de dois bioprocessos

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    Doutoramento em Engenharia QuímicaBioprocesses use microorganisms or cells in order to produce and/or obtain some desired products. Nowadays these strategies appear as a fundamental alternative to the traditional chemical processes. Amongst the many advantages associated to their use in the chemical, oil or pharmaceutical industries, their low cost, easily scale-up and low environmental impact should be highlighted. This work reports two examples of bioprocesses as alternatives to traditional chemical processes used by the oil and pharmaceutical industries. In the first part of this work it was studied an example of a bioprocess based on the use of microorganisms in enhanced oil recovery. Currently, due to high costs of oil and its scarcity, the enhanced oil recovery techniques become very attractive. Between the available techniques the use of microbial enhanced oil recovery (MEOR) has been highlighted. This process is based on the stimulation of indigenous microorganisms or by the injection of microorganism consortia to produce specific metabolites and hence increase the amount of oil recovered. In the first chapters of this work the isolation of several microorganisms from samples of paraffinic Brazilian oils is described, and their tensioactive and biodegradability properties are presented. Furthermore, the chemical structures of the biosurfactants produced by those isolates were also characterized. In the final chapter of the first part, the capabilities of some isolated bacteria to enhance the oil recovery of paraffinic Brazilian oils entrapped in sand-pack columns were evaluated. In the second part of this work it was investigated aqueous two-phase systems or aqueous biphasic systems (ABS) as extractive strategies for antibiotics directly from the fermented broth in which they are produced. To this goal, several aqueous two-phase systems composed of ionic liquids (ILs) and polymers were studied for the first time and their phase diagrams were determined. The novel ATPS appear as effective and economic methods to extract different biomolecules or/and biological products. Thus, aiming the initial antibiotics extraction purpose it was studied the influence of a wide range of ILs and polymers in the aqueous two-phase formation ability, as well as their influence in the partitioning of several type-molecules, such as amino acids, alkaloids and dyes. As a final chapter it is presented the capacity of these novel systems to extract the antibiotic tetracycline directly from the fermented broth of Streptomyces aureofaciens.Os bioprocessos utilizam microrganismos ou células de forma a produzir e/ou obter determinados produtos. Nos dias de hoje estes bioprocessos assumem uma posição fundamental como alternativa aos processos químicos tradicionais. Entre as diversas vantagens associadas ao seu uso pelas indústrias químicas, petrolíferas e farmacêuticas destacam-se o seu baixo custo, facilidade de “scale-up” e menor impacto ambiental. Este trabalho reporta dois exemplos de bioprocessos utilizados como alternativa aos processos químicos utilizados pelas indústrias petrolífera e farmacêutica. Na primeira parte deste trabalho foi estudado um bioprocesso alternativo recorrendo ao uso de microrganismos para a recuperação avançada de petróleo. Actualmente, devido aos elevados preços do petróleo e à sua escassez, as técnicas de recuperação avançada de petróleo tornaram-se muito atractivas. Entre as várias técnicas tem-se destacado o uso da recuperação avançada de petróleo com microrganismos (MEOR), técnica que se fundamenta na estimulação de microrganismos indígenas ou injecção de consórcios de microrganismos de forma a produzir metabólitos específicos e consequentemente aumentar a quantidade de óleo recuperado. Nos primeiros capítulos deste trabalho descreve-se o isolamento de diversos microrganismos de um óleo parafínico brasileiro e a caracterização das suas propriedades tensioactivas e de biodegradação. Posteriormente caracterizaram-se as estruturas químicas dos biosurfactantes produzidos. No final desta primeira parte foi avaliada ainda a capacidade de algumas das bactérias isoladas na recuperação do óleo parafínico brasileiro aprisionado em colunas de areia. Na segunda parte deste trabalho apresenta-se um exemplo da utilização de sistemas de duas fases aquosas ou sistemas bifásicos aquosos (ABS) para a extracção de antibióticos directamente do meio fermentativo no qual foram produzidos. Neste contexto foram estudados pela primeira vez sistemas de duas fases aquosas constituídos por líquidos iónicos (LIs) e polímeros e onde se determinaram os respectivos diagramas de fase. Os novos ABS surgem como uma metodologia eficaz e economicamente viável para a extracção de diversas biomoléculas e/ou produtos biológicos. Assim, e tendo como objectivo final a extracção de antibióticos de um meio fermentativo, foi estudada a influência de uma vasta gama de líquidos iónicos e polímeros na formação destes sistemas, bem como o seu efeito na partição de diferentes moléculastipo, como aminoácidos, alcalóides e corantes. Como capítulo final apresentase a capacidade destes novos sistemas de duas fases aquosas para extrair o antibiótico tetraciclina directamente do meio fermentativo de Streptomyces aureofaciens
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